Paulo Miguel Rodrigues, docente e investigador da Universidade da Madeira, recebeu, das mãos do Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira a 19 de julho, Dia da Assembleia Legislativa da Madeira, o Prémio Emanuel Rodrigues, que “tem como objetivo distinguir trabalhos que relevem a importância da identidade regional e da Autonomia”.
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“O reconhecimento – seja ele particular, privado ou público – é sempre algo que satisfaz, neste caso o individuo, o docente universitário e o investigador”, indica Paulo Miguel Rodrigues, “se é certo que a produção científica não se realiza tendo em vista a premiação, porque visa, acima de tudo, o progresso do conhecimento, a verdade e, de uma forma geral, a consolidação da vida, o seu reconhecimento público significa que, pelo menos em certa medida, o trabalho realizado foi bem sucedido, comunicado e transmitido”.
Para o vencedor do prémio “a respeito do Prémio Emanuel Rodrigues, que me foi atribuído pela Assembleia Legislativa da Madeira, por sugestão de diversas entidades e após deliberação de um Júri, confesso que no meu currículo o coloco logo atrás do Doutoramento. Creio que isto basta para que se perceba a importância que lhe atribuo e o quanto honrado me sinto por recebê-lo. Sem nunca esquecer que tais prémios se devem partilhar com a família e até, neste caso, com a Universidade da Madeira”.
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Paulo Miguel Rodrigues é a terceira personalidade cujo mérito no trabalho desenvolvido no relevo à Autonomia da Madeira foi destacado pelo Prémio. Entre outros trabalhos sobre a temática, publicou o Dicionário Breve da História da Autonomia da Madeira (2021), editado pela IMPRENSA ACADÉMICA, chancela editorial da ACADÉMICA DA MADEIRA.
“Sinto-o, não só pela entidade que o atribui, que é o primeiro dos Órgãos de Poder Próprio da Região Autónoma da Madeira, cujo 47.º aniversário se comemora em 2023 (19 Julho 1976), mas também porque através deste Prémio se presta anualmente homenagem àquele que foi o primeiro Presidente da nossa Assembleia Legislativa e – indubitavelmente – uma das principais figuras da Autonomia madeirense do pós-“25 de Abril””, sublinhou o historiador à nossa redação, destacando o patrono do prémio atribuído anualmente pelo Parlamento Regional
“o Dr. Emanuel Rodrigues deve ser – para todos, mas em particular para as novas gerações – um exemplo constante da resiliência, da tenacidade, da inteligência, da convicção, da perspicácia, da capacidade política e até do sacrifício (por vezes pessoal) que foi preciso saber ter ou saber exercer para que nós, hoje, aqui possamos existir, com Liberdade e Autonomia. Não foi o único, eu sei. Mas foi, naqueles anos de árdua luta e muito custosa conquista da Autonomia, um dos seus mais relevantes expoentes!”
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“Por tudo isto – e acredite-se que não é pouco – guardarei para sempre com muita honra e proporcional prazer na minha memória um reconhecimento que me associa a tal personalidade e à Assembleia Legislativa da Madeira” declarou o historiador. “Oxalá todos nós, Madeirenses, saibamos honrar sempre a sua Memória e os seus valores, na defesa intransigente e responsável da nossa Autonomia e do seu progresso. Porque que também isso – entendo – que este Prémio e o reconhecimento público dele resultante me exigem.”
Criado na atual legislatura, este prémio distinguiu Alberto João Jardim, antigo presidente do Governo Regional da Madeira, e Paulo Santos, jornalista e autor da série documental Uma história de Autonomia, transmitida por vários canais da RTP, respetivamente nas duas primeiras edições.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.