Académicas

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“O movimento associativo nacional “Académicas.” composto pelas Associações Académicas das Universidades de Aveiro, do Algarve, da Beira Interior, de Coimbra, de Évora, da Madeira, do Minho e de Trás-os-Montes e Alto Douro, foi formado em Junho de 2020. A Académica da Madeira integrou o movimento em Outubro deste ano.”

O movimento associativo Académicas., composto pelas associações académicas de oito universidades – Aveiro, Algarve, Beira Interior, Coimbra, Évora, Madeira, Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro – surge para promover a discussão sobre o futuro do ensino superior em Portugal. Tendo em consideração o contexto que atravessamos, entendem ser necessária uma reflexão profunda e urgente sobre o futuro do Ensino Superior em Portugal, com balanço nas respostas de emergência que as suas Instituições de Ensino Superior propuseram, mas, acima de tudo, promover a discussão numa ótica de oportunidade de mudança e evolução para o futuro.

Quando questionado sobre as razões que levaram a Académica da Madeira a integrar este movimento associativo nacional, o Presidente da Direção, Eng. Carlos Abreu, responde que “as decisões sobre o ensino superior devem também ser tomadas auscultando os estudantes, independentemente da região do país onde estudam. Isso é fundamental. Além disso, e no nosso caso enquanto estudantes da mais nova instituição de ensino superior público português, localizada numa região insular e com estatuto de ultraperiférica, vivemos desafios e constrangimentos específicos que precisam ser minimizados. A insularidade constitui-se como um grande desafio do ensino superior português”.

O movimento associativo pretende juntar as vozes dos estudantes das diversas instituições e ajudar o Governo na tomada de medidas para o futuro ao apresentar aquilo que consideram, na visão dos estudantes, preocupações e reformas fundamentais para o Ensino Superior e para o país.

Por considerarem que o futuro de Portugal depende do ensino superior o movimento “Académicas.” lançou agora uma nova campanha com o objetivo de reivindicar o aumento do financiamento para o Ensino Superior no Orçamento de Estado. A campanha tem por base as principais preocupações dos estudantes que as estruturas estudantis representam e ouviram, nomeadamente no que diz respeito aos problemas relacionados com o financiamento, a qualidade da educação, o alojamento, o impacto da pandemia na saúde mental dos estudantes, o transporte, a resposta das Academias à situação pandémica e a oferta formativa.

Não quero depender de quanto a minha família ganha para continuar a estudar!
Quero escolher onde e o que estudo!

Preciso que a bolsa não seja para a propina!

Preciso de apoio e soluções para me deslocar, porque a minha cidade não tem Metro!

O Plano de Alojamento também tem de ser para mim!

Quero ter onde dormir!

Quero dormir num quarto que tenha mais que quatro paredes e uma cama!

Já não cabemos nas salas!

Quero sair das aulas e ter onde estudar!

Quero ir para mestrado e doutoramento sem ter que vender um rim!

Quero aprender de uma forma diferente dos meus pais!

Gostava de não ter de tomar um ansiolítico para me conseguir sentar a fazer um teste.

Andreia Micaela Nascimento
Alumnus