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Como se posiciona face ao futuro e à vida?

Na vida assume, tendencialmente, o papel de condutor ou de passageiro? Ainda que não tenha controlo sobre todos os acontecimentos, pode decidir como se posiciona face aos mesmos, ou seja, se assume uma postura mais proativa ou mais reativa.

O futuro é um projeto de autor. Não vale fazer cábula ao projeto de outra pessoa. Por isso, quando excessivo, o papel de “passageiro” é perigoso – são as escolhas e os caminhos do outro, certamente não alinhados com quem é. Por outro lado, uma postura mais ativa – de “condutor”, está associada a níveis mais elevados de autoeficácia e bem-estar. Estudos da psicologia positiva mostram que indivíduos com maior bem-estar psicológico são mais capazes de “alargar e construir”, ou seja, são mais capazes de ativar recursos pessoais e sociais, superar adversidades e adotar uma postura de resolução de problemas, elementos essenciais na construção de um projeto de vida.

A reflexão sobre estas questões tem servido de mote para iniciativas desenvolvidas neste 2.º semestre (ex.: workshops integrados no Projeto “Investe em ti. Ganha vantagem competitiva na transição para o mercado de trabalho”; workshops em contexto de sala de aula “Passion and Drive: caminhos para o sucesso” e colaboração no VII Fórum da Empregabilidade).

A forma como perceciona os acontecimentos da vida e o que diz a si próprio sobre tal, influencia os comportamentos e atitudes que adota. Por isso, importa envidar esforços para substituir eventuais discursos mais reativos “não há nada a fazer”, “sou assim e pronto”, por outros mais flexíveis e assertivos “eu escolho fazer”, “vou procurar alternativas”.

Assumir este papel de “condutor” implica preparação prévia, respondendo a perguntas como “Para onde quero ir? Que recursos tenho? Que skills preciso desenvolver?”. Implica ainda desenhar um plano de ação, definindo objetivos e passos a dar, antecipando dificuldades e planeando formas de as ultrapassar. Segue-se o colocar o plano em marcha, lidando com inquietações e dúvidas (“Irei conseguir? Será que tenho o que é necessário?”) e perseverando.

Importa ressalvar que este plano deverá ser feito a “lápis”, porque é necessário fazer uma avaliação e reflexão contínuas, bem como proceder a ajustes no mesmo (ex.: o que corre bem e menos bem, o que me aproxima/distancia dos objetivos).

Ser curioso sobre a envolvente e sobre si próprio, experimentar com intenção, criar oportunidades, dar passos e tentar ser um pouco melhor do que ontem, numa postura de abertura à aprendizagem, são outros elementos essenciais para conseguir se posicionar na vida de forma mais proativa. E porque sem a ajuda e o feedback dos outros, a caminhada torna-se mais difícil, pode ser importante a escolha de se fazer acompanhar de um ou mais copilotos e assumir também este papel para si.

Na UMa pode contar com o apoio dos psicólogos do Serviço de Psicologia. Saiba mais em scp.uma.pt e siga-nos no Facebook, onde partilhamos informação sobre o bem-estar psicológico.

Carla Vale Lucas, Filipa Oliveira
e Luísa Soares
Serviço de Psicologia da UMa

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