O Presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF) defende que a cultura seja uma porta aberta “aos nossos jovens artistas”. “Nós queremos que os jovens sintam que o município do Funchal dá oportunidade de crescerem, de apresentarem os seus trabalhos e desenvolverem connosco as suas aptidões culturais, nas mais diversas áreas, sejam da expressão plástica, da pintura, da escultura, da música, da dança, do canto, daquilo que entenderem”, afirmou Pedro Calado durante a inauguração, ontem, da exposição ‘Ceramic Art Madeira 2022’ da artista plástica Luz Henriques, no Teatro Municipal Baltazar Dias.
Pedro Calado realçou que há uma grande aposta do município para a área da cultura, lembrando que no orçamento municipal para este ano, a verba para este sector quase duplicou.
O Presidente da Câmara Municipal pretende concretizar já em 2023, a ‘Primeira Bienal Internacional de Artes no Funchal’, trazendo pessoas de fora “para ajudar os nossos jovens artistas a crescerem, para valorizarem aquilo que é feito aqui, dar uma visibilidade exterior aos nossos artistas e para fazer acreditar nos nossos jovens que vale a pena trabalhar nesta área na região”.
Pedro Calado destacou a aposta no Centro Cultural e de Investigação no Funchal (antigo Matadouro), que será a “casa dos nossos artistas” onde vão poder ter as suas galerias de arte para fazerem as suas apresentações e servirem de montra para todo o mundo. Um investimento superior a 5 milhões de euros dedicado às artes, um espaço aberto para permitir que “os nossos valores” tenham expressão artística, tenham reconhecimento internacional, mas sobretudo dar uma perspectiva de vida artística dentro das nossas portas”. “Este é o grande legado que nós queremos deixar durante o nosso mandato”.
No âmbito dos apoios ao associativismo e atividades de interesse municipal, a autarquia concedeu um apoio a esta exposição Ceramic Art Madeira 2022 no valor de 6.000 euros. A exposição decorre em dois espaços. Hoje foi feita a abertura no Salão Nobre do Teatro Municipal Baltazar Dias e amanhã às 18:00, no espaço de exposições temporárias do Museu Henrique e Francisco Franco.
A exposição é de entrada livre e está patente até 28 de novembro.
O projeto iniciou-se em 2018 e os trabalhos de cerâmica apresentados cresceram “qualitativa” e “quantitativamente”, passando de 12 para 80 peças. No total estão expostas 80 obras de cerâmica artística com a participação de 15 ceramistas, sendo 7 destes artistas madeirenses que se juntam a artistas internacionais, demonstrando a proximidade entre artistas, apesar das distâncias físicas.
O projeto é uma “verdadeira coprodução” sendo que a CMF acompanhou todo o projeto através da construção de dois catálogos para a exposição com o trabalho do designer Juan Abreu e o trabalho fotográfico de Ângelo Sousa. A Luz Henriques, a curadora da exposição, uma ceramista regional, começou a sua paixão pela cerâmica nos anos 70, com a mentora da escultora Manuela Aranha. O presidente da CMF enalteceu a carreira “brilhante” de 30 anos da artista, bem como o trabalho de Manuela Aranha.
Texto e fotografia da Câmara Municipal do Funchal.
O título original do artigo era “CMF abre portas aos jovens artistas”.