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Dois novos programas de apoio a cientistas com burocracia reduzida

O ERC-Portugal de Estímulo à Captação de Financiamento Europeu e o Programa Restart, novos programas da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, foram anunciados no final de novembro. Ambos os programas foram desenvolvidos tendo em conta o Simplex na Ciência, definido pela Ministra como uma prioridade.

A Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior afirmou querer «um sistema científico e tecnológico ágil» e que, para tal, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) está a trabalhar na simplificação administrativa do setor científico e tecnológico nacional. Elvira Fortunato intervinha na sessão que assinalou o Dia Mundial da Ciência e o Dia Nacional da Cultura Científica, em Lisboa, que foi presidida pelo Primeiro-Ministro António Costa.

«A carga burocrática dos nossos investigadores é significativa. Estamos a trabalhar em novos procedimentos associados à introdução de custos simplificados aplicados à gestão de projetos. (…) O objetivo é focar mais a atividade dos investigadores na ciência que produzem, e menos na burocracia e justificação de despesa que ainda permeiam o dia-a-dia de um investigador», afirmou Elvira Fortunato na sessão durante e qual foram apresentados dois novos programas de financiamento: o ERC-Portugal de Estímulo à Captação de Financiamento Europeu e o Programa Restart.
Ambos os programas foram desenvolvidos tendo em conta o Simplex na Ciência, definido pela Ministra como uma prioridade. No entanto, «uma transformação desta natureza é delicada e não se faz unilateralmente», pelo que decorre um processo de diálogo entre a FCT e diversas entidades nacionais e europeias, de forma a que a simplificação tenha reflexo na atribuição de fundos de Orçamento de Estado e fundos europeus via Portugal 2030.

“A carga burocrática dos nossos investigadores é significativa” – Elvira Fortunato

Elvira Fortunato anunciou ainda a criação de contratos de estímulo ao emprego científico em setores não académicos, de forma a reforçar as sinergias entre sistema científico e ecossistema empresarial. «Procuraremos estabelecer parcerias com entidades do setor privado e da administração pública (incluindo outras áreas governativas). O objetivo é o de criar emprego altamente qualificado e promover a integração de doutorados no mercado de trabalho, contribuindo para a diminuição da precariedade», disse.

Através da FCT, a área governativa da ciência, tecnologia e ensino superior pretende reforçar as bolsas de doutoramento com planos de trabalhos a desenvolver (parcialmente ou em totalidade) em ambiente não académico (setor empresarial, administração pública, entidades do terceiro setor).

Elvira Fortunato acrescentou que «o sistema científico que almejamos é de todos e para todos» e que conta por isso com investigadores, instituições, entidades públicas e privadas, sociedade civil para alcançar «a valorização e progresso da ciência».

Na sessão, além do Primeiro-Ministro António Costa, estiveram presentes os Ministros da Defesa Nacional, Helena Carreiras, e da Economia e do Mar, António Costa Silva, e foram assinados contratos do Programa Nacional de Alojamento do Ensino Superior.

Texto do Governo de Portugal.
Com fotografia da Oficina CHUTTERSNAP.

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