Todas as formas de vida na Terra estão dependem dos recursos da terra, mesmo as aquáticas. A terra é a maior riqueza da humanidade, pois ela é o primeiro suporte da habitação e da subsistência.
Ao fim de várias gerações, uma família de agricultores vê-se na eminência de perder tudo o que tem, porque o que tem nunca foi de facto seu. O que farão os Solé agora?
A catalã Carla Simón adaptou esta história para a tela cinematográfica em Alcarrás (2022), um drama hispano-italiano, em língua catalã “ambientado e filmado perto de Alcarrás”, naquela província espanhola, interpretado por “um elenco não profissional de atores”.
É Alcarrás, uma sugestão do Screenings Funchal, numa parceria com os Cinemas NOS e com o apoio da ACADÉMICA DA MADEIRA, para sexta e sábado, 19 e 20 de agosto. O cliente NOS, portador do seu cartão, se acompanhado, tem 2 bilhetes pelo preço de 1. Se for sozinho, ao comprar 1 bilhete de cinema, tem a oferta de 1 menu pequeno de pipocas e bebida. Não há, portanto, desculpa para não aproveitar mais um momento de grande cinema que o Screenings Funchal proporciona.
Queira o espectador integrar-se nesta estória rural, de uma família que, ainda que dividida, luta pela recuperação do seu património. A partir do momento em que entramos em cena junto com os personagens, a história dos laços familiares e das práticas agrícolas dessa típica família são altamente e prematuramente quebrados pelos preceitos e ensejos da elite: “Um olhar sobre o presente e o futuro das nossas sociedades num mundo sempre a mudar em nome da expansão de painéis solares”.
“Com cada vez mais dificuldade em sustentar a família apenas com o cultivo de fruta e legumes, surgem novas oportunidades nas imediações, com a instalação de painéis solares. Mas para isso é necessário modificar todo um modo de vida, para o qual não há vontade.”
Ao longo do drama, Simón consegue equilibrar a realidade e o estado em que ficou a família Solé, através dessa união em constante tensão. Um pequeno descuido leva ao fim de uma era para esta família, perdendo todo o valor qualquer acordo entre os Solé e os Puyol.
Retirando um pequeno excerto do site de crítica cinematográfica, “Fio Condutor”, “Carla Simón continua, neste seu segundo filme, a privilegiar o aspeto natural na imagem e o olhar das crianças para transmitir a mensagem de um mundo que lentamente desaparece sem ninguém se aperceber”.
É uma verdadeira apologia aos valores familiares e à riqueza emocional, como verdadeiros motores de humanidade e humildade. Acompanhe as informações do filme no portal do Screenings Funchal. Anseia por mais? Então não vai querer deixar de parte a antevisão do desta obra de Carla Simón.
Luís Ferro
ET AL.
Com imagem do fotograma da película realizada por Carla Simón.