No 2.º Semestre do ano lectivo anterior, duas estudantes do nosso curso de Educação Básica, Cláudia Abreu e Rosária Viveiros, aventuraram-se no programa de mobilidade ERASMUS. Actualmente, ambas em mestrado, desvendam-nos um pouco da sua experiência.
JA: Que motivos te levaram a fazer ERASMUS?
RV: Vir a conhecer novas pessoas, novas culturas e para aprender a falar inglês.
CA: A procura de uma experiência nova no Ensino Superior, saber se era igual ou diferente ao nosso. Procurar conhecer novas culturas e sair um pouco daqui.
JA: Qual foi o destino escolhido e porquê?
RV: Escolhi a Eslovénia porque é um país pequenino que se encontra no centro da Europa e que me dava a oportunidade de conhecer vários países que estão à sua volta.
CA: Foi a Eslovénia, não era a 1.ª opção; mas como tivemos conhecimento de outras colegas que também iam para lá, decidimos seguir o mesmo caminho. E por ser um país mais distante com uma cultura distinta da nossa.
JA: Quais eram as tuas expectativas?
RV: Eu criei expectativas muito boas, até porque, cá na Madeira tínhamos pessoal de ERASMUS vindos da Eslovénia que nos falavam muito bem do seu país.
CA: Apesar das minhas expectativas serem boas, ainda foram melhores do que aquilo que pensava que iam ser.
JA: Como descreves a tua adaptação ao lugar?
RV: A adaptação foi boa, contudo, o primeiro impacto foi negativo, visto ser um sítio muito diferente daquele a que estava habituada. Só comecei a simpatizar com o local assim que começou a nevar, fiquei fascinada. O acolhimento foi fantástico, graças a um grupo de estudantes, de nome ESN, que está preparado para receber o pessoal de ERASMUS. Estão sempre prontos a ajudar. Ajudam a procurar casa; preparam programas de festas e actividades de modo a proporcionar o convívio entre todos; organizam viagens. Facilitaram-nos muito a adaptação.
CA: Eu adaptei-me super bem. E sempre fui bem acolhida lá. Os professores na Universidade foram muito simpáticos connosco. E fizeram os possíveis para que nos integrássemos nas aulas.
JA: Que acontecimentos te marcaram mais?
RV: Primeiramente as pessoas espectaculares com quem criei laços muito fortes, nomeadamente pessoas provenientes da Polónia e da Grécia. A nível da universidade, o que me marcou foi o meu estágio de observação, porque lá no que diz respeito ao meu curso, as coisas são um bocadinho diferentes. As viagens também me marcaram. Tive oportunidade de conhecer vários países e cidades lindíssimas. As viagens de comboio |risos| têm outro sabor. E as festas. Não podia deixar de falar nas festas, porque se há algo que me marcou foram as festas. São espectaculares.
CA: Uma viagem que fizemos à volta da Eslovénia, no primeiro mês, assim como conhecer outros sítios, pois nunca pensei que em quatro a cinco meses pudesse conhecer tantos países. As pessoas que conheci também me marcaram bastante, assim como as festas.
JA: Achas que esta experiência influenciou a tua personalidade?
RV: Não diria a minha personalidade, mas que me marcou, marcou, porque comecei a ver determinadas coisas de outra forma. Comecei a dar mais importância a coisas que antes não dava.
CA: Acho que sim. Aprendi a lidar com várias situações, entre elas, viver sozinha. Tornei-me uma pessoa mais sociável. A minha maneira de ver as coisas, agora é diferente. As pessoas lá são muito mais abertas e não te olham de lado, não te criticam, e talvez fiquei um bocado assim.
JA: Que conselho deixas para futuros alunos que queiram fazer ERASMUS?
RV: Que aproveitem ao máximo. E que tentem viajar! Às vezes é complicado por causa do dinheiro, mas vale a pena!
CA: Se estão a pensar fazer ERASMUS, sigam com essa ideia, nunca olhem para trás. Nunca pensem: E se correr mal? Vão e aproveitem, pois é uma oportunidade única na vida e que vale a pena. E eu arrependi-me de não ter feito um ano. Se soubesse o que sei hoje, tinha ido um ano.
Elisabete Andrade
Estudante de C. C. O.