O Fura Bardos, grupo informal de voluntários, representa a esperança de que, com a ajuda de todos os envolvidos, o Parque Ecológico do Funchal volte à época que antecedeu o dia 13 de Agosto do ano passado. Para aqueles que já não se lembram, o grande incêndio que assolou o Parque deixou-o com cerca de 92% da sua área ardida. Daí que seja necessário o auxílio de todos os interessados na renovação e continuidade do trabalho de reflorestação que durava há mais de 16 anos. Este grupo fez no dia 6 do Setembro um ano desde a sua criação pelo colaborador do parque Bruno Fernandes. E conta, de momento, com cerca de 30 voluntários inscritos dos quais 20 participaram com maior assiduidade. Estas acções de voluntariado decorrem nas manhãs de domingo, com transporte cedido pela Câmara Municipal do Funchal, mediante aviso prévio da disponibilidade dos participantes aos responsáveis do grupo, sendo a saída junto à Câmara às 8h30 e regresso às 12h30.
Esporadicamente, o grupo também conta com a colaboração de instituições e empresas que num gesto de responsabilidade social levam os seus colaboradores a passar um domingo diferente, em contacto com os trabalhos de reflorestação. Estes trabalhos passam pelo corte das árvores carbonizadas por todo o parque, pela sua remoção/limpeza, preparação do terreno; plantação; manutenção das espécies florestais, sem descurar o trabalho embrionário levado a cabo nos viveiros onde ocorre a preparação das espécies antes da fase do terreno.
Todos aqueles que ficaram incomodados com a tragédia e que se queiram juntar ao grupo poderão contactar o responsável, Bruno Fernandes através do 924351238 ou o seu braço direito neste projecto, a voluntária do Parque, Cátia Mendonça através do 962989648. O grupo pode, igualmente, ser contactado através da sua página no Facebook – Fura Bardos Pico Alto, onde é possível acompanhar as suas actividades.
O responsável espera que este grupo informal deixe de o ser e que se venha a tornar numa associação, visto que tem sido gratificante o trabalho desenvolvido por todos aqueles que não ficam de braços cruzados, fazendo com que desta forma haja mais envolvimento das pessoas.
Ser voluntário deste grupo não requer nada de especial, apenas vontade em ajudar e dedicação a todo o género de tarefas dentro das possibilidades de cada um. Com esta acção, o indivíduo leva consigo uma experiência enriquecedora de relações interpessoais e de contacto com a natureza. Sem muito saber técnico sabe-se que quantos mais se juntarem mais rápido será o processo de recuperação de um dos espaços mais conhecidos do nosso património natural.
Elisabete Andrade
Estudante de Comunicação, Cultura e Organizações