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Carlos Diogo Pereira

Encontro de Preparação para a Missa da Bênção das Fitas

“Se te sentes agradecido a Deus, concretiza também o teu obrigado preparando-te para viver a Eucaristia com todo o seu significado de união e entrega a Ele. Se há muito não tempo não comungas ou se te sentes mais afastado de Deus, porque não aproveitares este momento da tua vida para te aproximares do sacramento da confissão? Podes fazê-lo na tua paróquia, ou outra, ou também junto do Pe. Assistente da Pastoral de Ensino Superior.” Os finalistas da Universidade da Madeira participam do Encontro de Preparação para a Missa Bênção das Fitas de 2022, que acontece no sábado, no Savoy Palace. A ET AL. conversou com a Ir. Teresa Pinho, de Departamento da Pastoral do Ensino Superior, que tem como missão “oferecer a toda a comunidade académica um espaço de acolhimento, formação, partilha e celebração comunitária da fé cristã”. Para os que vão participar na Missa da Bênção das Fitas, haverá o encontro de preparação prévia na quinta-feira anterior, dia 7 de julho, às 21:00, na Igreja do Colégio no Funchal, orientado pelo Departamento da Pastoral de Ensino Superior na Madeira. Esse encontro é destinado a todos os finalistas inscritos para a GRADUAÇÃO. Sobre a importância da preparação para os finalistas que participam na Missa da Bênção das Fitas, um momento fulcral na vida universitária, a Pastoral do Ensino Superior reforça a importância para uma vivência plena. Teresa Pinho, dirigindo-se aos finalistas, reforça que “será um momento muito importante, onde daremos informações relevantes para a Bênção e onde terás oportunidade de ouvir alguns testemunhos cheios de significado que não vais esquecer”. Não se trata, contudo, de um momento único e isolado. Os finalistas, com as suas famílias e amigos, podem apoiar a sua preparação espiritual para esse momento. Nesse sentido, o Departamento da Pastoral do Ensino Superior refere que os finalistas podem começar por fazer uma lista pessoal de agradecimentos aos colegas, familiares, amigos e professores que apoiaram neste caminho até à GRADUAÇÃO. Teresa Pinho indica ao estudante que pode agradecer “com palavras ou mesmo com um gesto, a cada uma dessas pessoas que escreveste na tua lista”. Durante a missa, haverá a atuação do Coro Universitário cujos ensaios são abertos a todos os interessados. Haverá três ensaios na semana da GRADUAÇÃO: 4, 6 e 8 de julho, às 18:30. Os ensaios são na Cúria Diocesana que fica no Largo Visconde Ribeiro Real, n.º 49, entre o Centro Comercial La Vie e o Castelo dos Hambúrgueres. Na entrada, há uma campainha junto ao portão grande. O Departamento da Pastoral do Ensino Superior “disponibiliza um serviço de acompanhamento pessoal e espiritual nas diversas situações e momentos da vida, desde a vivência dos diversos sacramentos, passando pelas experiências de luto e frustrações, e promovendo o compromisso pessoal cristão através de um espaço de missão ou voluntariado”. Carlos Diogo Pereira ET AL. Com fotografia de David Bumgardner.

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Constrangimentos no acesso aos fundos comunitários com promessa de fim na UMa

A ET AL. apresenta um ciclo de entrevistas com vários deputados da Madeira na Assembleia da República. A primeira entrevista, dividida em duas partes, foi com Marta Luísa de Freitas, deputada do Partido Socialista. Na madrugada do dia 25 de maio, os deputados continuavam com a votação do Orçamento do Estado para 2022. No universo do Ensino Superior, a proposta com maior impacto orçamental veio do Partido Socialista (PS) para fixar, no ano letivo de 2022-2023, o valor das propinas, não podendo ser superior ao valor estabelecido no ano letivo de 2021-2022, para esse mesmo ciclo de estudos. Alguns dias antes da votação final, no dia 19 de maio, o Presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA, Alex Faria, reuniu com os deputados do PS-Madeira na Assembleia da República para discussão de alguns temas relacionados com o ensino superior, a ciência e a tecnologia. Na sequência dessa reunião, a ET AL. entrevistou a deputada Marta Luísa de Freitas, que também exerceu funções na anterior legislatura. Atualmente, em São Bento, integra Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão e o Grupo de Trabalho – Inclusão e Direitos das Pessoas com Deficiência. A ET AL. publica, aqui, a segunda parte da entrevista. O que consideram que seria adequado, no quadro do ensino superior, para constar no OE para 2023? Prevê-se, com certeza, a continuidade da aposta na execução das medidas que vêm sendo referidas, procurando-se, ao mesmo tempo, dar resposta aos desafios concretos que venham a ser colocados pela realidade, que, como sabemos, é sempre muito dinâmica. Há vários anos a Universidade da Madeira enfrenta constrangimentos no acesso aos fundos comunitários, representando um entrave no seu desenvolvimento. Quais são as perspetivas para resolução desse problema? Está já assegurado que no período de programação de 2021-2027, através da articulação e conjugação dos programas operacionais nacionais e internacionais de carácter temático, a Universidade da Madeira terá acesso aos fundos comunitários em igual circunstância, como qualquer outra universidade do país. A atual legislatura, com o apoio de uma maioria parlamentar, permite que o governo implemente, com outra liberdade, a sua política para o país. O que os deputados do PS-Madeira irão defender para a Universidade da Madeira? A igualdade de acesso aos fundos nacionais e comunitários como já está assegurada, agora continuaremos a trabalhar junto do Governo da República no sentido de sensibilizar para as dificuldades e especificidades das universidades localizadas nas Regiões Autónomas, de natureza insular e ultraperiférica, que levam a particulares fragilidades sociais e económicas que necessitam de ser atenuadas em prol da coesão nacional. Prevê-se em breve o processo de reavaliação do atual financiamento das universidades e politécnicos, com vista ao novo “Contrato de Legislatura 2022-2026”, onde as especificidades da Universidade da Madeira deverão ter lugar nesta avaliação, nomeadamente a menor capacidade de captação de alunos, a caracterização do universo de alunos com acesso às bolsas de estudo, a dificuldade na contratação de docentes, a capacidade de oferta formativa e menor captação de financiamento através de receitas próprias. Também o acesso a contratos-programa para projetos, estará no nosso foco, em iguais circunstâncias ao que se prevê para a Universidade dos Açores. Quando verificamos outros indicadores como a bolsa média, em 2014 tinha um valor de 227€, sendo de 183€ em 2022. Note-se, além dessa disparidade, a diferença do RMN em 2014 (485€) e 2022 (705€). Não será falso pensarmos que há mais apoio social para as bolsas? O Orçamento do Estado reflete e reforça, de forma clara, a tendência de aumento dos apoios sociais para os estudantes, que se vem verificando nos últimos anos. No ano letivo de 2014/2015, eram cerca de 64 mil os estudantes bolseiros de ação social escolar; em 2021/2022 eram já 79 mil. A estas somam-se 5737 bolsas do Programa +Superior e ainda 1118 bolsas para estudantes com incapacidade. A somar-se a este aumento em número, há ainda um claro aumento do valor, com as bolsas de mestrado a suportar até 2750€ da propina, enquanto hoje apoiam até 871€. A diminuição do valor da propina, em cerca de 20% desde 2019 e, consequentemente, o seu congelamento, vem tendo um impacto positivo visível na vida das famílias que têm de suportar essa despesa. O valor da bolsa mínima, fixado em 871€, corresponde, hoje, a 125% do valor da propina máxima, 697€, paga pelo estudante de licenciatura. Por isso não podemos olhar a esses dados de forma isolada, porque assim ocultamos todas estas medidas que vieram nitidamente reforçar o apoio social aos estudantes do ensino superior. Entrevista conduzida por Carlos Diogo Pereira ET AL.

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Açores criticam o financiamento das universidades insulares

A Assembleia Legislativa Regional dos Açores (ALRA) manifestou-se, na semana passada, contra a falta de apoio à Universidade dos Açores. O voto de protesto pela “ausência de compensação dos sobrecustos de insularidade para a Universidade dos Açores”, apresentado pelos partidos PSD, CDS-PP e PPM, como indica a página da ALRA, foi aprovado por maioria, com o apoio do BE, do PAN, do IL, do Chega e do deputado independente. O documento identifica a UAç como “um dos pilares da autonomia”, sendo necessário apoiá-la nos custos advindos, não só da insularidade, como da tripolaridade da instituição, visto funcionar em 3 campi em ilhas distintas: São Miguel, Terceira e Faial. A Lei do Orçamento do Estado de 2019 já reconheceia a necessidade de reforço do apoio às instituições e o Governo da República ficou “incumbido de promover os estudos necessários com vista à majoração do financiamento das instituições públicas de ensino superior dos Açores e Madeira”. Porém, como indica o protesto, o “subfinanciamento das Universidades dos Açores e Madeira mantém-se com o Orçamento do Estado para 2022, recentemente aprovado”. A ARLA  sublinha a “profunda desconsideração […] na discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2022, com o chumbo da maioria do PS à proposta de alteração que visava criar uma compensação dos sobrecustos da insularidade e da ultraperiferia para instituições públicas de ensino superior das regiões autónomas”. Carlos Diogo Pereira ET AL.

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Começa a entrega de convites da GRADUAÇÃO

O grande dia, para mais de 500 finalistas, está perto e a ACADÉMICA DA MADEIRA dá início, segunda-feira, à entrega dos convites para as cerimónias de GRADUAÇÃO de 2022. Os finalistas deverão levantar os seus convites no STUDENTS’ HELP DESK, de segunda a sexta-feira, das 9:00 às 13:00 e das 14:00 às 18:00. Pela primeira vez, o evento ocorre no The Ballroom do Savoy Palace, revestindo a GRADUAÇÃO da importância que merece. A ACADÉMICA DA MADEIRA preparou convites para até 5 pessoas, além do finalista. Entre fevereiro e maio deste ano, todos os finalistas puderam indicar os convites que desejavam recolher para entregar aos seus convidados. Até 2019, último ano de realização da GRADUAÇÃO antes da crise pandémica, os finalistas tinham a sua cerimónia realizada numa sala com cerca de 500 lugares. Com a inauguração do Savoy Palace, a ACADÉMICA DA MADEIRA decidiu que os eventos que englobam a GRADUAÇÃO seriam realizados no grande salão dessa unidade, o The Ballroom, permitindo quase triplicar os presentes no evento. Em 2022, a procura pela GRADUAÇÃO, em função da pandemia e do aumento de alunos inscritos na UMa, aumentou muito e o evento acabou dividido por faculdades e escolas, preservando o número de convidados dos finalistas. As cerimónias de GRADUAÇÃO de 2022 acontecem no sábado, 9 de julho de 2022, integradas nas celebrações que a ACADÉMICA DA MADEIRA organiza para todos os estudantes e antigos estudantes da UMa. Na parte da manhã, as portas abrem às 9:00. De tarde, às 14:30 os finalistas poderão entrar no The Ballroom. A ACADÉMICA DA MADEIRA divulgou os detalhes sobre o procedimento de recolha: “entre os dias 6 e 30 de junho, no STUDENTS’ HELP DESK (piso -1), deves recolher os convites para a GRADUAÇÃO. Serão entregues num envelope único, contendo todos os seus convites. Guarda-os com cuidado, e indica aos convidados, pois não poderemos emitir novos convites”. Outro esclarecimento da organização indica que, caso o finalista não possa recolher os seus convites, pode delegar essa responsabilidade noutra pessoa: “deves remeter, a partir do seu e-mail de aluno (númerodealuno@student.uma.pt), uma mensagem para gaudeamus@amadeira.pt, a indicar que os teus convites serão recolhidos por terceiros, referindo o nome completo da pessoa que irá recolher. Não receberás resposta, mas ficará registado o pedido. No ato de entrega, será obrigatório que a pessoa apresente um documento de identificação oficial (Cartão de Cidadão, por exemplo). Sem esse procedimento, os convites do finalista não poderão ser recolhidos por outra pessoa”. No portal da ACADÉMICA DA MADEIRA existe um conjunto vasto de esclarecimentos sobre o evento. No dia 7 de julho, às 21:00, na Igreja do Colégio, orientado pelo Departamento da Pastoral de Ensino Superior na Madeira, haverá um encontro de preparação para a Missa da Bênção de Finalistas. Carlos Diogo Pereira ET AL.

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A GRADUAÇÃO mais participada de sempre

As cerimónias de GRADUAÇÃO de 2022 acontecem no sábado, 9 de julho de 2022, integradas nas celebrações que a ACADÉMICA DA MADEIRA organiza para todos os estudantes e antigos estudantes da UMa. A ACADÉMICA DA MADEIRA divulgou que as cerimónias de GRADUAÇÃO de 2022 serão as mais participadas desde o estabelecimento do CARUNCHO, a designação que as festividades de final de curso recebem na Madeira desde os anos 90. Estão inscritos mais de 400 estudantes, desde os cursos profissionais até aos cursos de doutoramento. A ACADÉMICA DA MADEIRA espera receber quase 3 mil convidados no The Ballroom do Savoy Palace, a maior sala de congressos e conferências de toda a ilha. Em função da procura inédita pela cerimónia, potencializada pela ausência do evento nos últimos dois anos e pela nova configuração que a organização deu, o evento acontece na parte da manhã e na parte da tarde, sendo que os finalistas estão divididos por faculdades e escolas superiores. A ACADÉMICA DA MADEIRA já divulgou a divisão. Na parte da manhã, o The Ballroom receberá os estudantes da Faculdade de Ciências Exatas e da Engenharia da UMa, da Faculdade de Ciências Sociais da UMa, do Pólo da Madeira da Universidade Aberta e da Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny. Na parte da tarde, a sala acolhe os finalistas da Faculdade de Artes e Humanidades da UMa, da Faculdade de Ciências da Vida da UMa, da Escola Superior de Tecnologias e Gestão da UMa e da Escola Superior de Saúde da UMa. A relação detalhada de cursos e um conjunto de perguntas e respostas podem ser consultados no portal da ACADÉMICA DA MADEIRA. A entrega de convites a todos os participantes, a integração da missa da Bênção das Fitas no mesmo local, a entrega de diplomas personalizados, a atuação dos FATUM, o grupo de fados da ACADÉMICA DA MADEIRA e um momento musical surpresa são apenas algumas das novidades que a organização divulgou para o dia 9 de julho. Na noite desse dia a discoteca Copacabana recebe o tradicional Baile de Finalistas, a partir das 23:00. CARUNCHO? Porquê CARUNCHO para designar o período de festividades académicas que celebram o final do curso e do ano académico? A explicação foi dada em 1996, por Orlando Vasco Oliveira, no jornal da ACADÉMICA DA MADEIRA: “o caruncho é o aluno que, ao longo do curso ‘rói’ os livros e cadernos, desgastados, quer seja pelo estudo ou pelo passar dos livros e cadernos, chegando ao fim do curso com o canudo numa mão e o título de dr. na outra, em abreviatura, é claro. Completa-se assim um ciclo académico, que terá de ser necessariamente regenerado, em prol das gerações”. Carlos Diogo Pereira ET AL. Com fotografia de Pedro Pessoa.

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As torres no coração do Funchal

Uma das maravilhas da cidade do Funchal é o seu bosque de torres que se ergue sobre as águas dos telhados. Muitas ainda são usadas para habitação, trabalho ou armazenamento. Ao subi-las, tiram-nos o fôlego não só pelo número de degraus (que nos deixam de pulmões a arder), como pelo deslumbre da vista, lá em cima, em qualquer direcção. Para os pouco amantes do campo e para todos os curiosos em geral, um excelente sítio a visitar são as torres do centro do Funchal. Estão abertas ao público as que rodeiam a Praça do Município: uma no Colégio dos Jesuítas, outra nos Paços do Concelho e uma terceira no Museu de Arte Sacra. A dos Jesuítas é um dos torreões da fachada da Igreja, cuja subida atravessa uma exposição de arte sacra e fotografias antigas do templo. A da Câmara Municipal albergou a primeira central telefónica da cidade e tem uma vista de 360º sobre o anfiteatro do Funchal. A do Museu, finda uma sucessão de espaços imponentes de altos tectos e intermináveis escadarias, abre para um mirante ao mar revestido a azulejos barrocos dedicados a São Miguel Arcanjo e às três Virtudes Teologais. É um passeio cultural e uma caminhada dentro da cidade. CARLOS DIOGO PEREIRA Alumnus da UMa

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Carpe Diem

Livro Para quem gosta de um bom livro, sugiro Saias de Balão de Ricardo Nascimento Jardim. Trata-se de um dos vários livros de autores madeirenses que têm vindo a ser lançados pela Imprensa Académica. Trata-se de uma história de amor, em que uma rapariga pouco ajuizada, mas muito decidida, troca as voltas à família, aos namorados e à boa sociedade madeirense do século XIX. Entretanto, a Madeira daquele século não se fica pelos elegantes bailes do Clube Funchalense. Pelo caminho, o Funchal trava lutas políticas internas que levam mesmo ao lançamento de pedras sobre um deputado de visita à cidade. Entre factos e fantasias, é uma história de que vai gostar de ler! Filme Com mais uma adaptação cinematográfica, Mulherzinhas é uma obra-prima. É a história das românticas e divertidas irmãs March, que se mantêm juntas, face a pequenas dificuldades domésticos, ou a grandes problemas do seu país, como a fome, a guerra e as epidemias. Uma das aclamadas obras da literatura internacional, da autoria da americana Louisa May Alcott, numa forma mais rápida e dinâmica. Se gostou da versão de 1994, com actrizes de dois dos mais icónicos filmes de vampiros do cinema, acompanhadas por um Batman, ainda muito jovem, veja agora o filme que integra a uma rainha dos Escoceses, a senhora dos dinossauros, a menina do Harry Potter e, claro, Meryl Streep. Para fazer Com mais uma adaptação cinematográfica, MuÓpera é daquelas coisas que ou se gosta ou se odeia. Mas não se gosta verdadeiramente de ópera até se ver uma ao vivo. Esqueça o teatro, o cinema, o bailado, o concerto. Enfim, esqueça tudo o que pensa que pode subir a palco. Não há espectáculo mais completo do que uma ópera, até porque ela reúne um pouco de tudo o resto. Este ano, se for a Lisboa, faça um favor e aproveite para ir à ópera. Mas vá em grande! Esqueça o CCB ou o Coliseu. Vá ao São Carlos! Em diferentes meses, apresentam diferentes produções. Puccini está esgotado há meses. Verdi vai a caminho disso, tal como Donizetti. Pode tentar Wagner e perceber de onde veio a banda sonora de Apocalypse Now. Eu vou ver O Conde Ory de Rossini, uma comédia. Ainda há bilhetes! Venha também, será uma experiência para toda a sua vida! Carlos Diogo Pereira Alumnus

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Feriados: para que vos queremos?

Numa clara alusão ao Parlamento, que detém a capacidade de criar e de eliminar dias de descanso, diz a música ‘Viva até São Bento, se nos arranjar/Muitos feriados para festejar”. Em 2016, São Bento trouxe de volta dos feriados pedidos em 2013, começando com as comemorações históricas da Restauração da Independência e da Implantação da República (preteridas pelo Dia da Liberdade, mais querido à democracia). Em Janeiro de 2016, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, anunciou ainda a reposição das festas religiosas do Corpo de Deus e de Todos-os-Santos, após o contacto com a Santa Sé. Independentemente do jogo de palavras que utilizemos, não terá sido grande o mérito do actual governo da república nesta situação pois, se revirmos o que foi dito pelo governo anterior, os quatro feriados desaparecidos não foram eliminados, apenas suspensos por 4 anos, com intensão de os repor ao final desse período. A própria forma como o processo foi conduzido foi criticada pelo cardeal-patriarca de Lisboa que, em Novembro de 2015, se queixava ao Económico da excessiva laicização da República Portuguesa que se dava ao luxo de interferir com a comemoração das festas religiosas. Portugal voltou a ocupar a lista de países com mais feriados na União Europeia, com 13 no total e embora alguns coincidem com os fins-de-semana, depressa se arranjou espaço para se criarem 3 pontes para os feriados que calhassem em terças ou em quintas-feiras, conforme referia o Jornal de Negócios, a 24 de Fevereiro. Porque é que os feriados são um assunto passível de tanta discussão? Resposta: Dinheiro. Nos Media esgrimem-se argumentos em ambas as direcções deixando o leitor à vontade para escolher se concorda ou não com a existência de feriados. Serviços públicos e indústria são prejudicados pelo aumento do número de feriados; tudo o que dependa directamente do turismo ou do lazer beneficia – são algumas das ideias mais apresentadas. Há, no entanto, quem veja outras questões: os salários, por exemplo. Não havendo feriados, os trabalhadores que estão em funções nessas efemeridades recebem o mesmo valor que num qualquer outro dia de trabalho, poupando aos privados e ao Estado uns bons milhares, se não mesmo, milhões de euros. Afastando-nos da visão economicista da coisa, qual é o interesse dos feriados nacionais para o comum cidadão? Damos assim tanta importância a essas efemeridades? Em Janeiro de 2012, Paulo Baldaia, num artigo de opinião para o Diário de Notícias de Lisboa, comentava quão vazios de significado estavam a ficar os feriados nacionais, não passando de dias de ócio para o trabalhador. Num discurso bastante assertivo e não distinguindo a diferença entre importância dos feriados civis da dos religiosos, o comentador fez notar que cada vez mais pessoas não comemoram a Restauração da Independência, a República ou a Democracia, nem tão pouco o Carnaval, a Assumpção ou o Corpo de Deus. Então para que queremos os feriados? Para férias, lógico. Carlos Diogo Pereira Estudante da UMa

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Dia Nacional do Estudante

“Melhor Ensino, Menos Polícias. Menos espingardas, quartéis, repressão.” Isto exigiam os estudantes universitários no princípio de Março de 1962. Meses antes Santos Júnior, Ministro do Interior, havia ameaçado as AE’s com a PIDE em caso de insurreição. Entre 3 e 4 de Fevereiro, na Associação de Económicas de Lisboa criou-se o Secretariado Nacional para representar os universitários portugueses e marcou-se o I Encontro Nacional, em Coimbra. A 28 de Fevereiro o Via Latina anunciou o programa do Encontro, entre 9 e 11 de Março, mas o movimento foi proibido, a 2 de Março, por notificação da Direcção da Académica de Coimbra pelo Comando da PSP. A Direcção chegou a pedir uma audiência a Lopes de Almeida, Ministro da Educação, seguindo para Lisboa para juntar-se à Reuniões-Inter-Associações, face à gravidade da situação. O Ministro recusou a audiência e a reunião foi tensa e cheia de ameaças. A 9 de Março, Lisboa e Coimbra viram a polícia a barrar autocarros cheios de estudantes que se deslocavam ao I Encontro Nacional. A contenda foi particularmente forte em Coimbra e a Crise teve início, com as autoridades a encerrarem a sede da Académica de Coimbra. Nos meses seguintes, vários estudantes foram expulsos das universidades e outros tantos acabarem encarcerados. Que estudante hoje faria este tipo de sacrifício por um bem maior? Algo se perdeu com o tempo… Carlos Diogo Pereira Alumnus da UMa

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