Alexandre Freitas

Falta-te um par de mamas

Ana percebeu cedo que as raparigas têm tarefas distintas das dos rapazes. Quando a sua amiga Cloé chega do Canadá, trazendo consigo os dias brilhantes da juventude, Ana embarca numa viagem que a levará a atravessar a linha do seu horizonte. Repleta de desejo e liberdade, a luz de Lobo e Cão revelará a Ana o mar certo para navegar.

Emancipação nipónica

A viúva Nobuko partilha residência com Tamiko e Junjiro, os dois filhos do seu falecido marido. Tamiko é uma jovem mulher com pretensões de independência, enquanto que Junjiro vive acamado, acometido por uma doença e a tristeza de uma separação recente. As tensões familiares crescem quando Nobuko decide procurar um pretendente para casar com Tamiko. A escolha recai entre um mulherengo descarado e um romântico com problemas de assertividade. Autópsia das angústias do pós-guerra, o filme esboça um retrato imperdoável da nova sociedade japonesa.

Uma busca pelo conhecimento e pelo amor

Não há ciência, nem progresso no conhecimento, sem amor, sem paixão, sem identificação, mesmo quando se trata de um tema aparentemente desprovido de vida, como a evolução de uma vertente ou a génese de um aguaceiro. Pode-se, talvez, aplicar rotineiramente uma técnica com pura objectividade, não se pode com certeza, descobrir algo de novo sem que o investigador se implique por completo no tema que tenta elucidar.

Espírito de Luta

DESTERRO é a sugestão do Screenings Funchal para 11 e 12 de novembro. A sinopse da película conta que, antes de pegar fogo, o Brasil já estava pegando fogo. Um casal de classe média tenta, a todo custo, manter a estrutura que os segura. Laura vive com Israel, com quem tem um filho pequeno. Um dia, sem que alguém o pudesse prever, abandona tudo e foge. Ao desaparecer, esta mulher deixa a vida de todos os que ama em suspenso.

Bruxas em Trás-os-Montes

Como todos os anos no Verão, a pequena Salomé regressa à aldeia natal da sua família, nas montanhas de Trás-os-Montes, para passar as férias. É um tempo de festa e de descontração, mas de repente a sua adorada avó, morre. Enquanto os adultos se disputam por causa do funeral, Salomé é assombrada pelo espírito daquela que na aldeia era vista como uma bruxa, a sua avó.

“Uma Familia Normal”

“Decidida a saldar uma antiga dívida de gratidão, Hatsu desloca-se de Akita a Tokyo de modo a oferecer os seus serviços enquanto ama dos Kajiki, família urbana exemplarmente burguesa. A jovem provinciana cedo se apercebe das diferenças entre a sua terra e a capital japonesa enquanto desenvolve uma relação especial com Katsumi, o filho mais novo dos Kajiki.” Após a Segunda Guerra Mundial, o território japonês está em construção e Hatsu, personagem principal do filme está determinada a fazer a sua missão, não só pelos seus pais, mas também pela nação. Crescida no campo, Hatsu tem uma perceção diferente do que dela é esperado. Agora, na grande capital, tenta fazer o seu melhor para corresponder às exigências da família Kajiki, enquanto tenta uma aproximação ao filho da família. Desta forma, encurta as distâncias geográficas, psicológicas e sociais no microcosmos da casa para apenas nos preparar para uma despedida inevitável. Tomotaka Tanaka, autor do filme desta semana, nasceu a 14 de abril de 1901 em Hiroshima, Japão. Tomotaka foi um diretor e um escritor conhecido por filmes como Gonin no Sekkôhei (1938) Hi no Atari sakamichi (1958) e Ubaguruma (1956). O portal do Screenings Funchal afirma que “este é o primeiro de 3 obras que compõe o ciclo MESTRES JAPONESES DESCONHECIDOS, que iremos exibir com a frequência de um filme por mês até Dezembro.” O Menino da Ama é uma sugestão do Screenings Funchal, numa parceria com os Cinemas NOS e a ACADÉMICA DA MADEIRA, para sexta e sábado, 28 e 29 de outubro. O cliente NOS, portador do seu cartão, tem direito a dois bilhetes pelo preço de um. Se for sozinho, além do bilhete, tem a oferta de um menu pequeno de pipocas e bebida. Vamos aproveitar estas vantagens com mais um momento de grande cinema que o Screenings Funchal proporciona. Esta longa metragem a preto e branco relata a vida de uma família burguesa e da sua ama, com raízes no mundo rural. O seu quotidiano é altamente alterado pela Segunda Guerra Mundial. A família tenta manter as aparências, mas o grande desafio surge quando terá de se deixar o novo elemento da família. No olho da tempestade, será que os Kajiki permanecem unidos? Poderá a ama juntar e dar uma nova e melhor esperança à família? Venha testemunhar os eventos que irão decorrer, na nossa companhia. Até lá, confira o que lhe contamos e muito mais e deixe-se ficar com a antevisão. Alexandre Freitas ET AL. Com fotograma da película O Menino da Ama .

Homem de Luz

“Antes não havia nada, depois fiat lux.” A evocação da luz, que foi a matéria-prima da obra do Homem de Luz durante a sua vida no cinema, leva-o a novas reflexões sobre a sua natureza misteriosa numa peregrinação que entrelaça memórias pessoais com interrogações metafísicas até aos confins do Cosmos. Em Objectos de Luz, viajamos pelas imagens de alguns dos 150 filmes em que Acácio de Almeida imaginou e dirigiu a fotografia e que foram realizados por João César Monteiro, Paulo Rocha, António Reis e Margarida Cordeiro, Raul Ruiz, Rita Azevedo Gomes e Teresa Villaverde, entre outros.” Onde a única esperança ao fim do túnel é o raio de luz, perguntamo-nos se o que está do outro lado é o que queremos. Começamos a perguntar porque é que esta luz nos dá esperança pois afinal somos filhos da escuridão apenas contornados pela antítese ” O que somos nós em relação à Luz? Qual o elo que nos liga a ela?”. Objectos de Luz é uma sugestão do Screenings Funchal, numa parceria com os Cinemas NOS e a ACADÉMICA DA MADEIRA, para sexta e sábado, 21 e 22 de Outubro. Acácio de Almeida nasceu a 29 de Junho de 1938 em Souto, Portugal. É um cinematógrafo e produtor conhecido pelas Sombras dos Abutres (1998), Raiva (2018) e Se eu fosse Ladrão… Roubava (2013). Marie Carré, atriz de nacionalidade Portuguesa, produtora e escritora mais conhecida por Agosto (1988), L’homme imaginé (1990) e Objectos de Luz (2022). “Revisitar é encontrar espaços, mas que já não são dos filmes”, escuta-se no filme. “Pois, é, somos nós que os vemos. E nos apoderamos deles. E eles de nós.” (Acácio de Almeida, em Objectos de Luz). Objectos de Luz é uma sugestão do Screenings Funchal, numa parceria com os Cinemas NOS e a ACADÉMICA DA MADEIRA, para sexta e sábado, 21 e 22 de Outubro. O cliente NOS, portador do seu cartão, tem direito a dois bilhetes pelo preço de um. Se for sozinho, além do bilhete, tem a oferta de um menu pequeno de pipocas e bebida. Vamos aproveitar estas vantagens com mais um momento de grande cinema que o Screenings Funchal proporciona. Trabalhar a luz, é como trabalhar os signos da vida. É ser Deus por um dia, ou melhor, por um filme. É questionar a nossa existência. É ceder ao reduzido da nossa insignificância. Um filme que nos vais ajudar na nossa jornada do auto descobrimento. Questionar quem somos e para onde vamos é sempre melhor na companhia deste filme. Aproveite a chance e confira isto e muito mais no portal do Screenings Funchal e fique com a antevisão. Alexandre Freitas ET AL. Com fotograma da película realizada por Acácio de Almeida.

Ilha à vista!

”Os modelos Carl e Yaya movimentam-se no mundo da moda, enquanto exploram os limites da sua relação. O casal é convidado para fazer um cruzeiro luxuoso na companhia de um conjunto de “infames” passageiros riquíssimos, um oligarca russo, um traficante de armas inglês e um capitão idiossincrático e alcoólico, dado a citações de Marx. Parece o cenário perfeito para muitas publicações de Instagram. Mas durante o esmeradíssimo Jantar do Comandante, uma tempestade avoluma-se e os passageiros sofrem um intenso enjoo… Uma sátira desinibida em que se assiste a uma inversão de papéis e classes e onde se revela o sórdido valor comercial da beleza.“ Quando um navio de celebridades e magnatas se afunda, a sua capacidade de desenrasque e de sobrevivência é desafiada. Deparamo-nos com a sua impotência numa situação de risco. Veem-se numa ilha deserta onde vão precisar de caçar para sobreviver, entre o possível e o impossível, em desespero, andando na corda bamba. Ruben Östlund é um cineasta, produtor, roteirista e diretor de fotografia sueco. Os seus filmes Force Majeure (2014) e The Square (2017) foram agraciados no Festival de Cannes e condecorados com a Palme d’Or, “justificando o prestígio e trabalhoso esforço que o mesmo fornece ao mundo cinematográfico“. Triângulo da Tristeza é uma sugestão do Screenings Funchal, numa parceria com os Cinemas NOS e a ACADÉMICA DA MADEIRA, para sexta e sábado, 14 e 15 de outubro. O cliente NOS, portador do seu cartão, tem direito a dois bilhetes pelo preço de um. Se for sozinho, além do bilhete, tem a oferta de um menu pequeno de pipocas e bebida. Vamos aproveitar estas vantagens com mais um momento de grande cinema que o Screenings Funchal proporciona. Para conseguirem sobreviver à mãe natureza, as personagens do filme terão que voltar às raízes da civilização. Conseguirão superar os desafios que se lhes põem? Não se esqueça de embarcar nos barcos salva-vidas e vamos ver este filme! Até lá, pode conferir o que lhe contámos, e muito mais, no portal do Screenings Funchal e fique com a antevisão. Alexandre Freitas ET AL. Com fotograma da película realizada Ruben Östlund.

Amor de mãe

“A Civil conta a história de Cielo, uma mãe à procura da sua filha, raptada por um gangue criminoso no norte do México. Perante a falta de apoio das autoridades nas buscas, Cielo resolve o assunto pelas próprias mãos.” O laço de uma mãe e filha é como ouro e diamantes, puro e forte. Cielo é uma mãe solteira que se dedicou inteiramente à filha. Quando a menina é raptada, o seu mundo desmorona-se e não tendo a quem recorrer, arrisca tudo para a poder abraçar de novo. Cielo começa a busca, ganhando a confiança de Lamarque, um pouco convencional tenente do exército a trabalhar na região, que concorda em ajudá-la na sua investigação, uma vez que esta também é útil às suas operações no terreno. “A colaboração de Cielo com Lamarque empurra-a ainda mais para um círculo vicioso de violência. O filme foca-se na montanha-russa emocional de Cielo, à medida que ela vai sendo arrastada para circunstâncias cada vez mais intensas e perigosas.” Este filme baseia-se na experiência vivida por Miriam Rodríguez Martínez, a mãe que na vida real perseguiu os responsáveis pelo rapto da sua filha de 14 anos. A Civil foi escrito e realizado por Teodora Mihai, realizadora belga-romena natural de Bucareste (1981), também produtora de Waiting for August (2014) e de Civil War Essay (2000). Teodora faz um excelente trabalho a retratar as emoções de desespero, angústia e loucura que uma pessoa passa quando perde o que é mais valioso para si. “A câmara fica perto, sendo que nunca a perdemos de vista enquanto ela se transforma de dona de casa em ativista vingativa. Com o desenrolar dos acontecimentos, Cielo aproxima-se cada vez mais da verdade.” A Civil é uma sugestão do Screenings Funchal, numa parceria com os Cinemas NOS com a ACADÉMICA DA MADEIRA, para sexta e sábado, 7 e 8 de outubro. O cliente NOS, portador do seu cartão, tem direito a dois bilhetes pelo preço de um. Se for sozinho, além do bilhete, tem a oferta de um menu pequeno de pipocas e bebida. Vamos aproveitar estas vantagens com mais um momento de grande cinema que o Screenings Funchal proporciona. Não deixe a história de mãe e filha no esquecimento. Confira isto e muito mais no portal do Screenings Funchal e fique com a antevisão. Alexandre Freitas ET AL. Com fotograma da película realizada por Teodora Mihai.

O propósito de Israel

“Y., um cineasta israelita na casa dos 40, viaja para uma aldeia remota, em pleno deserto, para apresentar o seu mais recente filme. Lá, conhece Yahalom, uma funcionária do Ministério da Cultura, que lhe pede para assinar um documento que contém uma série de restrições ao que pode dizer no Q&A final. Y. dá por si a travar duas batalhas perdidas: uma contra a morte da liberdade do seu país, a outra contra a morte da sua mãe.” Após viver uma vida camuflada de ilusões Y desperta e faz um filme sobre o governo Israelita. No decorrer da história Y revela-nos o seu passado, uma parte da sua vida no exército. Y é um ativista contra a guerra de Israel e a Palestina. O Joelho de Ahed é um filme de guerra onde nos mostra a vida das pessoas, as suas dificuldades e como vivem numa terra linda, mas ferida dos conflitos que não terminam. Um filme realizado por Navad Lapid, diretor e escritor, nascido em Tel Aviv (Israel) e autor dos livros Sinónimos (2019), Hanganenet (2014) e O Polícia (2011). A longa-metragem foi elaborada com muita urgência e o guião escrito num espaço de duas semanas, como disse o realizador à World Socialist Web Site (WSWS). O elenco conta com Avshalom Pollak, Nur Fibak e Oded Azulay, entre outros. O Joelho de Ahed é uma sugestão do Screenings Funchal, numa parceria com os Cinemas NOS com a ACADÉMICA DA MADEIRA, para sexta e sábado, 30 de setembro e 1 de outubro. O cliente NOS, portador do seu cartão, tem direito a dois bilhetes pelo preço de um. Se for sozinho, além do bilhete, tem a oferta de um menu pequeno de pipocas e bebida. Vamos aproveitar estas vantagens com mais um momento de grande cinema que o Screenings Funchal proporciona. No excerto da prévia, poderá assistir, em registo videográfico, à mensagem que o realizador ao espetador: “Tudo o que vão ver é verdade. No final teremos uma sensação de perguntas e respostas, mesmo que não haja respostas.” Um filme sobre ativismo em Israel que não irá querer perder. Confira isto e muito mais no portal do Screenings Funchal e fique com a antevisão. Alexandre Freitas ET AL. Com fotograma do filme realizado por Navad Lapid.