Enquanto o país se preparava para celebrar o Natal, em Lisboa, o Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior (MCTES) teve poucos motivos para festejar pelo fracasso do primeiro Inquérito aos Hábitos de Leitura dos Estudantes do 1.º Ciclo do Ensino Superior, um inquérito que vem marcar a entrada no Plano Nacional de Leitura neste sistema de ensino.
Dos mais de 440 mil estudantes inscritos, em 2022 (quando foi realizada a recolha das respostas), somente 1982 estudantes do primeiro ciclo de estudos aceitaram responder ao inquérito proposto pela equipa da ministra Elvira Fortunato. O número conseguido foi considerado pelos estudiosos envolvidos como residual.
Marcelo Rebelo de Sousa destaca “a importância da voz ativa dos jovens”
Na segunda-feira, o Palácio de Belém voltou a receber os representantes das Associações e Federações Académicas. O Presidente da República recebeu 12 líderes estudantis, num encontro que contou com a Ministra Elvira Fortunato e o Secretário de Estado Pedro Nuno Teixeira.
Programa de Apoio a Iniciativas de Acolhimento e Integração dos Novos Estudantes
O novo programa governamental, que procura salientar a importância das diversas iniciativas promovidas pelas IES e pela comunidade estudantil, será implementado
Para que se perceba o problema, o inquérito, para ser representativo do universo em estudo e permitir uma leitura correta do que se queria conhecer, necessitava da participação de cerca de 41 mil participantes, ou seja, vinte vezes mais estudantes a responder, no mínimo. Assim, o relatório “é apenas descritivo da informação reportada” devendo ser visto antes com “um exercício-piloto” e o de um estudo, como referido no documento. O jornal Público de 19 de dezembro, entretanto, publicou algumas das respostas dadas.
As respostas conseguidas vieram de várias instituições de ensino superior, com a Universidade de Coimbra a fornecer o número mais elevado de inquéritos (691 no total). A Universidade de Lisboa foi tão parca na recolha que integra a categoria de “Outras”.
Dos inquiridos 68% indicaram ser do sexo feminino e 29% do sexo masculino, o que segundo o o documento confirma o “fosso entre géneros no que toca à leitura” que é “transversal do sistema de ensino português e não só”, diz o periódico.
Marcelo Rebelo de Sousa volta a reunir com os Presidentes das Associações Académicas
Marcelo Rebelo de Sousa recebe, em Belém, dos dirigentes associativos de Portugal, incluindo o Presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA. O Presidente da República concederá uma audiência conjunta aos representantes das Federações e Associações Estudantis, no dia 17 de outubro de 2022, às 17:00, no Palácio de Belém, em
Assédio(s) no Ensino Superior: Políticas e práticas de intervenção nas comunidades educativas
A 5 de dezembro de 2022, em formato remoto, a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra promove o seminário comemorativo do
Entre os inquiridos, estavam estudantes de engenharias, indústrias transformadoras e construção (19%); ciências sociais, jornalismo e informação (17%); e artes e humanidades (16%), entre os principais. Entre os menos representados estavam os estudantes em educação (2%).
54% dos estudantes informou que escolhiam leituras em suporte de papel e 43% tanto papel, como digital. Somente 3% responderam ler exclusivamente em suporte digital.
49% dos inquiridos respondeu positivamente a manter uma “leitura de livros para entretenimento e lazer”, 20% respondeu de forma negativa e 31% não deu resposta.
No que toca às leituras sem fins académicos, 92% dos inquiridos indicou ler pelo menos um tipo de publicação que não os livros, com os textos publicados online entre os mais populares (55%), seguido de jornais (22%) e, destes últimos, 61% leem o jornal no computador. Os periódicos semanais ou generalistas são os mais populares (33%), empurrando para o fundo da tabela os económicos e os desportivos.
Estão abertas as candidaturas às bolsas de estudo do Funchal
Helena Leal, nova vereadora da Câmara Municipal do Funchal (CMF), apresentou o novo plano da Câmara para as comunidades educativas apostando “em políticas educativas que promovam a coesão e justiça social, a empregabilidade, a melhoria do tecido económico e a qualidade de vida dos munícipes do Funchal”. No passado dia
Conhece os contingentes especiais para candidatos com deficiência
O portal informativo de defesa do consumidor, Deco Proteste defende que, “a intenção de prolongar os estudos no ensino superior
Outra questão interessante refere-se aos hábitos de leitura com fins académicos, em que 38% dos inquiridos afirmou “Nunca” ou “Raramente” lerem a bibliografia indicada nos programas das disciplinas que estudam. A falta de tempo (28%), o grau de dificuldade dos textos (20%) e a dificuldade de acesso às referências bibliográficas (17%) estão entre as razões mais apontadas.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de David Monje.