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Ampliação do edifício da UMa fica fora do PRR

Ampliação do edifício da UMa fica fora do PRR

A ampliação do edifício do CITMA, excluída do PRR por falta de tempo de execução, será financiada pelo programa Madeira 2030 e deverá concentrar toda a área da Saúde da Universidade da Madeira.

A ampliação do edifício do CITMA, na Universidade da Madeira (UMa), foi retirada do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) devido à impossibilidade de cumprir os prazos definidos por Bruxelas. Como avançou o DIÁRIO, na edição de 21 de abril, “a ampliação do edifício do CITMA saiu do PRR porque não daria tempo para executar a obra até ao final de Junho de 2026, a data limite do plano europeu”. Contactada pelo jornal, a Secretaria Regional de Equipamentos e Infraestruturas não respondeu em tempo útil, justificando-se com a recente mudança no governo e a transição da tutela.

Apesar do revés, o projeto não será arquivado. O reitor da UMa, Sílvio Fernandes, garantiu ao DIÁRIO que a obra avançará com recurso ao novo programa Madeira 2030. “Está programado, é um compromisso que o Governo Regional tem com a UMa, para o desenvolvimento do Ensino Politécnico”, afirmou. De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Regional, este programa é “o principal instrumento de operacionalização da estratégia de desenvolvimento económico, social e territorial da Região Autónoma da Madeira no horizonte de 2030”.

Medicina em Évora foi chumbado

A Agência de Acreditação chumbou a proposta de mestrado integrado em Medicina da Universidade de Évora devido a falhas no corpo docente e no plano de estudos, comprometendo a abertura do curso.

Embora não haja um calendário fechado para a execução, a universidade mostra-se confiante de que o processo será célere. O reitor assegura que tudo está a ser preparado para avançar “o mais rapidamente possível”, sublinhando que a instituição já conseguiu financiamento adicional para equipar o novo edifício e que está agora a preparar os concursos para aquisição de material. A intenção é clara: garantir que a infraestrutura esteja apta a responder às exigências atuais da formação superior.

O projeto de ampliação prevê a construção de quatro novos pisos, destinados ao ensino politécnico. Segundo o reitor, ali ficarão instaladas a Escola Superior de Saúde — que inclui o curso de Enfermagem —, os cursos técnicos superiores profissionais e a Escola Superior de Turismo. A ambição é também concentrar ali “toda a área da Saúde”, incluindo o curso de Medicina. Esta reorganização responde às exigências da A3ES, uma vez que “a separação física entre o ensino politécnico e o universitário é uma das exigências da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior”.

Atualmente, o edifício do CITMA acolhe vários serviços da UMa. Com a obra, o espaço será adaptado para dar resposta mais eficaz à missão da universidade, permitindo reunir valências que hoje se encontram dispersas. Esta reorganização procura também tornar o funcionamento interno mais eficiente e o ambiente de aprendizagem mais coeso.

O impacto será significativo: cerca de mil estudantes deverão ser diretamente beneficiados com esta intervenção. “Nós temos cerca de 4.000 alunos, vai andar à volta dos mil alunos, é essa a projeção”, referiu Sílvio Fernandes. A ampliação do CITMA representa, assim, um passo importante na consolidação da UMa enquanto instituição de referência no ensino e na investigação, com particular foco em áreas estratégicas para o futuro da região.

Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Pedro Pessoa.

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