O programa Ciimar Watch, lançado pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (Ciimar) da Universidade do Porto, está a monitorizar os ecossistemas costeiros do noroeste português para compreender melhor o impacto das alterações climáticas e da pressão humana. Este projeto multidisciplinar adota uma abordagem holística para observar a evolução desses ecossistemas e disponibiliza os dados recolhidos de forma livre, visando promover decisões políticas mais informadas. “Os ecossistemas entre os estuários e a costa são complexos, interdependentes e as alterações climáticas impõem a sua observação atenta”, destaca um artigo do Público.
Com campanhas de recolha de amostras realizadas sazonalmente, os investigadores analisam parâmetros como a temperatura, a salinidade, a contaminação por derivados do petróleo e a diversidade de espécies microbianas, utilizando técnicas como o ADN ambiental. Catarina Magalhães, coordenadora do projeto, explicou ao jornal que a recolha regular e sistemática permite detetar mudanças nos ecossistemas e avaliar a sua resiliência. “Daqui a dez anos será informação preciosa”, refere ao Público, enfatizando a importância de identificar precocemente a necessidade de restaurar um ecossistema para facilitar a intervenção.
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O projeto também visa ampliar os seus esforços, instalando superestações na costa para recolha contínua de dados. Além disso, explora a monitorização de cetáceos e planeia incluir análises de peixes nos estuários, o que poderá orientar políticas de pesca. “Estes ecossistemas são responsáveis por ‘serviços’ vitais para o homem e o planeta, como a maior parte do oxigénio que respiramos”, sublinha a investigadora ao jornal, apontando para os benefícios globais desta monitorização.
Os resultados esperados do Ciimar Watch incluem não apenas a conservação dos ecossistemas locais, mas também o fortalecimento de redes internacionais de observação. “Todos estes dados terão ‘impactos a nível regional, nacional e internacional’, uma vez que permitem decisões informadas e orientadas para a sustentabilidade a nível global”, remata a investigadora ao Público, salientando a contribuição do projeto para a compreensão do Atlântico como um todo.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Gatis Marcinkevics.