Os 715 inquiridos revelam que os maiores riscos de abandono e desistência não são por razões financeiras. Quando questionados sobre se alguma vez ponderaram abandonar ou desistir do curso, quase metade dos inquiridos respondeu afirmativamente. Em 2023, 42,7% dos inquiridos indicaram já ter pensado em abandonar ou desistir do curso. Trata-se de um aumento do risco de abandono quando comparado com 2022, pois a mesma resposta foi dada por 40,9% dos inquiridos.
Da amostra que respondeu afirmativamente, a falta de motivação (57,7%; com 59,5% em 2022) continua a ser a razão predominante para ponderar o abandono ou desistência. Segue-se uma nova categoria de resposta nesta edição, a “insatisfação com o curso”, indicada por 49% dos inquiridos.
Comissão de Educação e Ciência questiona sobre o alojamento
O alojamento estudantil continua a ser um problema na vida dos estudantes madeirenses, que estudam na UMa e noutras universidades. A ACADÉMICA DA MADEIRA foi inquirida pela Comissão de Educação e Ciência para emissão de um parecer sobre “a tomada de medidas urgentes de apoio ao alojamento de estudantes do
Portugal deve colocar-se na linha da frente da investigação oceânica
Portugal tem o dever e o interesse em se colocar na linha da frente dos países europeus que desenvolvem a investigação
Também são apontadas razões relacionadas com o sucesso académico, como “sentir não conseguir realizar todos os trabalhos ou exames propostos” (41,9%; com 49,2% em 2022) e as “dificuldades de aprovação em unidades curriculares” (30,6%; com 34,7% em 2022). 28,1% dos estudantes consideram não ter feito uma boa escolha de curso em 2023, contra 36,4% em 2022. As “dificuldades financeiras” outra nova categoria inserida nesta edição do inquérito, foram apostadas por 15,8% dos inquiridos.
Seguem-se dificuldades de conciliação com o trabalho (15,5%; com 16,5% em 2022) ou com a vida familiar (14,8%; com 19% em 2022). 6,5% dos inquiridos indicaram dever-se a razões de saúde, contra 8,3% no ano de 2022. Para 47% há outros motivos para terem ponderado abandonar os seus estudos, explicação dada por 23,6% no ano de 2022.
TRANSLOCAL: um contributo para partilha de conhecimento
Mensalmente, a ACADÉMICA DA MADEIRA tem um espaço de opinião no JM Madeira. Ricardo Freitas Bonifácio, Presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA, escreve este mês sobre a revista TRANSLOCAL, criada pelo Centro de Investigação em Estudos Regionais e Locais da Universidade da Madeira.
Obra de antigo estudante da UMa no Monte Palace
“Mil e um quebra-mares”, obra inspirada nas enxurradas de 20 de fevereiro de 2010, é uma instalação do madeirense Ricardo Barbeito
Inquérito por questionário realizado, na primavera de 2023, pelo OBSERVATÓRIO DA VIDA ESTUDANTIL, uma estrutura de investigação da ACADÉMICA DA MADEIRA, sobre vários aspetos da vida universitária. A amostragem consistiu em 715 estudantes que aceitaram participar no inquérito por questionário, quando inquiridos pelos entrevistadores no Campus Universitário da Penteada.
Carlos Diogo Pereira
e Luís Eduardo Nicolau
ET AL.
Com fotografia de Eric Ward.