“Trata-se de um estudo sem paralelo entre os universitários madeirenses”. Foi desta forma que Ricardo Freitas Bonifácio, Presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA, destacou o estudo que está a ser feito pelo OBSERVATÓRIO DA VIDA ESTUDANTIL da ACADÉMICA DA MADEIRA. O líder estudantil referiu a importância de inquirir os estudantes sobre as suas perceções da política do Ensino Superior, as suas perspetivas profissionais e as propostas que consideram urgentes para a Universidade da Madeira (UMa).
Para o Presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA as políticas que a estrutura associativa defende passam pela análise do que os estudantes, na atualidade, consideram como premente. A defesa de melhores condições nas infraestruturas da UMa, as preocupações em matérias como o ambiente, a justiça social e a participação cívica são tratados no inquérito por questionário que recolheu centenas de respostas presenciais.
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60,2% dos estudantes inquiridos não consideram que o percurso académico até ao 12.º ano os preparou
Os resultados do Inquérito anual das dificuldades dos estudantes 2021-2022 foram divulgados pela ACADÉMICA DA MADEIRA. O inquérito por questionário foi aplicado entre os dias 27 de abril e 2 de junho de 2022. Teve uma amostra de quase seis centenas de inquéritos válidos, a maior recolhida desde 2012, data do primeiro estudo.
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Quase 8 em 10 estudantes da UMa com altas expetativas sobre empregos na área de formação
O OBSERVATÓRIO DA VIDA ESTUDANTIL revelou os resultados do INQUÉRITO SOBRE AS PREOCUPAÇÕES DOS ESTUDANTES PERSPETIVANDO AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE MARÇO
Em 2022, a Fundação Calouste Gulbenkian divulgou um vasto estudo sobre a Participação Política da Juventude em Portugal: “Qual a participação dos jovens no futuro da democracia? Que estratégias usam os partidos políticos para mobilizar os jovens? Que outras formas de ativismo cívico e político existem em Portugal?”. De acordo com as conclusões do estudo, “os rumores sobre a morte da política entre os jovens têm sido francamente exagerados”.
O Fórum Gulbenkian Futuro, em parceira com o Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa, concluiu haver “alguma vitalidade da participação cívica e política de jovens portugueses – mesmo se essa vitalidade também é marcada pela desilusão e pelo afastamento crítico de formas mais convencionais de participação, sendo o voto o seu sinal mais preocupante para a qualidade de uma democracia representativa como é a nossa”.
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85 estudantes indicaram que já foram vítimas de algum tipo de assédio ou de violência na UMa
Para Patrícia Martins Marcos, uma das autoras do manifesto “Todas Sabemos”, o que foi notícias nos últimos dias “não é a excepção, é a norma”. Em 2022, no Inquérito anual aos estudantes da UMa, com uma amostra de quase seis centenas de inquéritos válidos, 85 pessoas indicaram que já foram vítimas de algum tipo de assédio ou de violência na Universidade. Desde a criação do Portal do Denunciante, a UMa recebeu duas denúncias. Há muitas vítimas que continuam sem conseguir denunciar os seus agressores, sendo que apenas 6,2% dos estudantes que sofreram assédio ou violência reportaram a uma entidade.
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De 715 estudantes inquiridos, mais de metade considera que o seu percurso académico não foi adequado para realidade que encontraram
Os resultados do INQUÉRITO ANUAL AOS ESTUDANTES DA UMa, edição de 2022-2023, foram divulgados pela ACADÉMICA DA MADEIRA. Os resultados dos
Ricardo Freitas Bonifácio destacou que o interesse pela participação cívica ficou vincado, no caso da UMa, pela forte participação que os estudantes tiveram no estudo do OBSERVATÓRIO DA VIDA ESTUDANTIL. Segundo o dirigente académico, “com quase mil respostas recolhidas, raras vezes, de acordo com os entrevistadores, um estudante não pretendeu participar no estudo, sendo que a larga maioria mostrou interesse e relatou pertinência sobre o estudo”.
A ACADÉMICA DA MADEIRA irá partilhar os dados com os líderes partidários, com os atuais governantes e com a reitoria da UMa. Além disso, a publicação do estudo permite que a comunidade científica possa utilizar os dados para integração em estudos paralelos ou para promoção de análises mais profundas em dissertações ou teses.
Luís Eduardo Nicolau
ET AL.
Com fotografia de iStock.