Procurar
Close this search box.

Na floresta encantada

Esta é história de uma jovem inglesa sonhadora que se deixa deslumbrar por um fauno, pelas ninfas e um pequeno Cupido, durante um passeio pelo Rabaçal, nas frondosas e encantadas florestas da Madeira.

Eis a última apresentação de fevereiro focada no cinema dedicado à Madeira, num trabalho conjunto da Cinemateca Portuguesa com a Screenings Funchal. O Fauno das Montanhas, de 1926, foi gravado nas serras da Madeira, especialmente na área do Rabaçal, sob a direção de Manuel Luiz Vieira.

O filme conta a história do naturalista Mr. Garton e de sua filha Jenny, hospedados num hotel do Funchal para passar parte do inverno.  Montados em mulas guiadas por burreiros, seguem para o Rabaçal onde o naturalista se aloja e começa a trabalhar. Jenny, romântica e fantasiosa, reconhece no guarda das casas onde se alojam as feições do sátiro que adorna o jardim do pai em Inglaterra e num túnel de 700 metros sob a montanha a entrada para o Inferno. Entretanto, como que num sonho, o  vilão do Rabaçal toma a forma de um fauno e toca o aulo encantando as ninfas.

Prudência nas compras remotas

A Internet revolucionou a nossa forma de comunicar, de adquirir produtos e serviços, e de aprofundar conhecimentos num universo ilimitado de oportunidades. A evolução tecnológica, não obstante as suas inúmeras vantagens, poderá conduzir-nos a locais onde a criminalidade informática invade a nossa privacidade e identidade. As lojas virtuais apresentam plataformas,

Trata-se de um filme mudo, que era acompanhado por uma pequena orquestra ou por um piano ao vivo, como era próprio dos anos 1920, antes do aparecimento dos talkies, os filmes sonoros. Nele vemos um pouco da Madeira, das suas gentes e dos seus visitantes há cem anos. Produzido pela então Empresa Cinamatográfica Atlântica (ECA), O Fauno das Montanhas foi apresentado, em antestreia a 11 de maio de 1927, no Teatro-Circo, que se situava na praça Marquês de Pombal, a oeste do palácio de São Lourenço. Sobre o filme, o Diário de Notícias desse dia escreveu ser um “drama em 4 partes” que “é no entanto apreciável, especialmente nos bailados das ninfas em redor do «Fauno», que nos fazem reviver os tempos da antiga Grécia”.

Manuel Luiz Vieira foi um fotógrafo e cineasta madeirense nascido em 1885, que fundou a ECA, uma filial da Pathé, no Funchal. Jovem, interessou-se pela fotografia animada, e, em 1924, começou a experimentar o cinema, usando uma câmara de filmar Pathé Fréres, que adquiriu em Paris. A ECA ficava na rua Dr. Câmara Pestana e possuía um laboratório com várias tinas de revelação de películas, tanques com capacidade para 250 litros para lavagem e secadores para 240 metros de fita, para além de projetores e dois aparelhos Debrie, modelos Parvook e Enterview.

A anteceder a O Fauno das Montanhas será também exibido a Tosquia de Ovelhas no Paul da Serra, Madeira (1937), do mesmo realizador, uma curta-metragem documental que regista a prática madeirense (verdadeiro ritual sociocultural) da tosquia de ovelhas nas serras da ilha.

Esta sessão será em formato cine-concerto com os músicos madeirenses: Francisco Andrade, Jorge Maggiore, Nuno Filipe e Ricardo Dias.

O Fauno das Montanhas é a sugestão do Screenings Funchal e da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, numa parceria com os Cinemas NOS e a ACADÉMICA DA MADEIRA, para sábado, 24 de fevereiro.

O cliente NOS, portador do seu cartão, tem direito a dois bilhetes pelo preço de um. Se for sozinho, além do bilhete, tem a oferta de um menu pequeno de pipocas e bebida. Vamos aproveitar estas vantagens com mais um momento de grande cinema que o Screenings Funchal proporciona.

Convidamos a assistir esta longa metragem com a nossa companhia. Até lá, confira o que lhe contamos no portal do Screenings Funchal.

Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotograma da película de Manuel Luiz Vieira.

DESTAQUES