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Apostar na tradição… o Caminho de Ferro do Monte

No passado dia 15 de outubro, o Centro Interpretativo do Caminho de Ferro do Monte, no largo da Fonte, foi palco para uma das muitas iniciativas no âmbito do projeto teatral “Estórias a vapor”, que recriou a lembrança do tempo em que o caminho de ferro do Monte existia.

Foi uma viagem ao passado e em família, realizada no dia 15 de outubro, no Centro Interpretativo do Caminho de Ferro do Monte, no largo da Fonte, como parte do projeto ES.CU.TO-Espaço Cultural para Todos, criado e promovido pelo Departamento Cultural da Câmara Municipal do Funchal. O momento levou crianças e famílias numa viagem aos tempos em que uma via-férrea atravessava a cidade em direção ao Monte, dinamizada por dois atores do Teatro Bolo do Caco, que interpretam personagens do início do século passado.

O espetáculo, que juntou a fantasia com os factos históricos, foi dinamizado com peças de coleção, com comboios de brincar e com casas de cartão que tentam fomentar o espírito que uma viagem no tempo deve propiciar.

Em entrevista à RTP Madeira, Andreia Baptista, coordenadora do ES.CU.TO, reitera que a importância deste evento não é só em contar estórias sobre o comboio às crianças, mas também em envolver toda a família. Os que assistiram à demonstração aplaudiram a aposta em iniciativas que visam o conhecimento do património histórico, social e cultural madeirense. Nas palavras de uma espectadora, esta iniciativa é exatamente uma “revitalização do comboio”, para as crianças e para os adultos que nunca o conheceram. Desmantelada em 1943, poucas pessoas terão memória desta estrutura que aparece em vários postais e fotografias antigos do Funchal.

O chamado comboio do Monte foi um ascensor de cremalheira planeado pelo engenheiro franco-português Raoul Mesnier de Ponsard para o Funchal. A sua história pode ser conhecida em O Comboio da Rua do Comboio, obra infantil inédita de José Viale Moutinho e Sofia Reis, editada pela CADMUS.

O antigo ascensor a vapor seguia a chamada rua do Comboio, partindo da rua do Pombal, em Santa Luzia, até ao terreiro da Luta, passando pela velha estação do Atalhinho, no Monte, que acolhe atualmente o Centro Interpretativo. A próxima viagem está marcada para o dia 19 de novembro no mesmo espaço.

Se não quer perder esta nostálgica viagem à Madeira oitocentista, então não se esqueça de reservar o seu bilhete de comboio para uma das datas que se encontram no cartaz promocional, disponibilizado pelo portal CulturaMadeira e inscreva-se, preenchendo o formulário aqui disponibilizado.

Luís Ferro
ET AL.
Com fotografia de Kyle Head.

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