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Reviver o ballet em Portugal com Marco Martins

O Ballet Gulbenkian, companhia de bailado formada em Portugal a partir da década de 70, define-se não só pelo maravilhoso do ballet e da comunicação corporal dos bailarinos, mas também pela capacidade de encanto ao povo português. O movimento dos corpos dos profissionais de dança e as emoções do público lusitano juntam-se em cinesia, em mudança e em dinâmica criando uma magnífica utopia.

Haveria de se pensar: Como criar algo mais permanente, para os momentos tão limitados de um espetáculo harmonioso? Através do recolher de textos, de imagens e de fotografias do movimento, além do acesso a arquivos e aos testemunhos de investigadores e dos próprios bailarinos, constrói-se um documentário que homenageia e (re)lembra este mundo artístico.

Quem melhor saberá juntar esse útil e esse agradável seria Marco Martins, cineasta português. Esculturou um corpo cinematográfico fascinante, criativo e diferente que legitima o mundo das artes performativas, nos anos 70 e 80 do século XX. Falamos de Um Corpo que Dança, filme produzido em 2022, que mostra o percurso do Ballet Gulbenkian à medida que ganha aceitação da sociedade de Camões.

Um Corpo que Dança é a sugestão do Screenings Funchal, numa parceria com os Cinemas NOS e com o apoio da ACADÉMICA DA MADEIRA, para sexta e sábado, 01 e 02 de junho. O cliente NOS, portador do seu cartão, se acompanhado, tem 2 bilhetes pelo preço de 1. Se for sozinho, ao comprar 1 bilhete de cinema, tem a oferta de 1 menu pequeno de pipocas e bebida. Não há, portanto, desculpa para não aproveitar mais um momento de grande cinema que o Screenings Funchal proporciona.

“Este filme nasce de um desejo antigo de Jorge Salavisa, formulado por si ao longo dos anos e em diversas ocasiões. (…) Sabia como era particularmente ambicioso fazer um filme sobre os quarenta anos de uma companhia que mudou a forma de pensar e fazer dança em Portugal. Uma companhia que formou grande parte das novas gerações da dança e um público exigente e conhecedor. Uma companhia envolta numa certa mitologia, rodeada de paixões e, como todas as paixões, com um final turbulento.”, afirma o realizador.

Este seu documentário aparente acompanha o tracejado percurso da companhia de dança em destaque no século XX, em Portugal. Esse trajeto segue também as impressões políticas, económicas e socioculturais do país que acabavam por influenciar na projeção do ballet. Assim como qualquer outro modo de manifestação artística no decorrer do século, também esta incorporação é relatada de forma evolutiva.

Segundo aquilo que podemos retirar da sinopse e da antevisão, “[a] partir de imagens de arquivo inéditas e entrevistas a vários criadores e bailarinos acompanhamos o trajeto de uma companhia extraordinária, através dos movimentos e das palavras dos seus protagonistas, da sua génese no início dos anos 60 até à extinção em 2005. Além de dar a ver o percurso de uma das maiores companhias de dança portuguesas do século XX, a obra revela o modo como o Ballet Gulbenkian espelhou a sociedade em que viveu, acompanhando as suas profundas mudanças e abertura ao mundo exterior, após o 25 de abril, deixando um enorme legado à dança portuguesa, através dos seus bailarinos e dos criadores que colaboraram com a companhia em diferentes áreas artísticas.”.

Gostaria de revisitar a prestigiosa companhia Ballet Gulbenkian e assistir o evoluir de uma sociedade artística? Se já concluiu a visualização da antevisão, então só tem de acompanhar as restantes informações aqui.

Luís Ferro
ET AL.
Com fotografia de Nihal Demirci Erenay.

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