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Tese das angústias

A depressão afecta pessoas de todas as idades, desde a infância à terceira idade, sendo mais predominante na idade adulta.

A vida académica de um estudante universitário é muito mais complexa do que aparenta. Por um lado temos a vida boémia própria desta nova fase à qual está inerente uma adaptação a um novo ambiente social, por outro temos as frequências, os exames, as aulas, a elaboração dos projectos, a comunicação com os docentes, entre outros afazeres de quem quer um curso superior. Para os alunos que se encontram em Mestrado, encontra-se sobretudo a pressão do estágio ou investigação e da elaboração do relatório, da tese ou dissertação.
Após terminarem a licenciatura, é cada vez maior o número de estudantes universitários que procuram aumentar os seus conhecimentos, concorrendo a Mestrado. Estará esta procura de sabedoria a influenciar negativamente a saúde dos estudantes?

Em Portugal, o Mestrado corresponde ao segundo ciclo de estudos superiores conforme o disposto pelo Processo de Bolonha, conferindo um diploma final ao estudante. Este tem por norma a duração regulamentada de dois anos, sendo o primeiro dedicado a unidades curriculares simples e o segundo à investigação ou prática profissional coroada com a elaboração da tese ou da dissertação submetida a um júri, perante o qual é defendida pelo candidato ao título de Mestre.

A elaboração desta tese tende a sobrecarregar os estudantes de Mestrado pelo facto de conjugarem a parte escrita com a prática, além da burocracia inerente. A motivação para escrever a tese torna-se pouca e os alunos ficam alarmados com a quantidade de trabalho e com os prazos que têm de cumprir, sendo sujeitos a situações de stress, que podem conduzir a comportamentos depressivos.

Para a Organização Mundial de Saúde a depressão é responsável por 11,8% das doenças a nível global, afectando pessoas de todas as idades, desde a infância à terceira idade, sendo mais predominante na idade adulta.

De modo a diminuir o risco de depressão os estudantes devem saber reconhecer os seus principais sintomas: perturbação do apetite e do sono, fadiga e perda de energia, sentimentos de inutilidade, de culpa e de incapacidade, falta de concentração e preocupação com a morte, desinteresse e tristeza. Ao estarem cientes que podem estar em risco de sofrer de depressão devem procurar a ajuda do médico de família ou de um terapeuta profissional de modo a tentarem resolver os problemas que desencadearam o estado de depressão.

Todos nós estamos sujeitos a enfrentar situações mais complicadas, mas o importante é saber superá-las com positivismo, esforço e trabalho. Para tal devem ter-se em atenção os factores de risco e saber reduzi-los essencialmente através da aquisição hábitos saudáveis: repousar o número suficiente de horas, ter uma alimentação o mais saudável possível e principalmente saber controlar os níveis de stress. Ao evitar-se os factores de risco podemos diminuir o risco de depressão e de outras doenças, aumentando a nossa qualidade de vida e conseguindo, desta forma, estudar sem colocar em risco a nossa saúde.

Bons estudos e boa sorte!

Ester Caldeira
Aluna da UMa

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