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Natal época de consumo ou de união familiar e religiosidade

Está a chegar mais um Natal…

Pode-se notar que ao longo dos tempos o conceito de Natal tem vindo a alterar-se e a evoluir de festividade religiosa, da família e época de reflexão sobre os problemas da condição humana (como o da pobreza), para uma verdadeira festa do consumismo constituindo-se como o expoente máximo da cultura do desperdício.

Apela-se ao consumo de todas as formas possíveis e imaginárias, tornando-se particularmente nefasta a publicidade dirigida às crianças.

O consumismo associado à época do Natal, para além dos efeitos sociais conhecidos, traz consigo importantes impactes negativos ao nível do ambiente.

Com efeito, o consumismo assenta na exploração irracional dos recursos naturais para o fabrico de produtos com pouco tempo de vida útil que rapidamente passarão a ser resíduos, enchendo os aterros e aumentando as emissões poluentes das incineradoras. Esta lógica que se repete e agrava todos os anos tem de ser invertida!

Os cidadãos devem evitar consumir o supérfluo, o desnecessário, visto que são recursos desperdiçados que só vêm aumentar a produção de lixo.

No entanto, se os cidadãos têm a sua parte de responsabilidade na diminuição da quantidade de lixo, também os produtores e comerciantes não ficam sem a sua quota-parte e devem aplicar o primeiro princípio da regra dos três R’s, a redução. Esta é perfeitamente aplicável, visto que as embalagens podem vir menos adornadas e tudo o que não tenha utilidade é dispensável.

A reutilização é outro princípio que pode contribuir em muito para a época que se irá viver, principalmente para quem gosta de originalidade. Podem-se reutilizar diversos materiais, acumulados durante o ano, e fazer diversos objectos para colocar na árvore e até para decorar a casa. Uma outra forma de reutilização é guardar as decorações deste Natal para o próximo.

Mas, a parte mais preocupante vem com o término das festas, quando após consumir-se sem qualquer preocupação ambiental pergunta-
-se o que fazer com o imenso lixo acumulado. Aqui aplicar-se o terceiro princípio, a reciclagem. Como grande parte do lixo será papel de embrulho, se não quisermos guardá-lo para fazer objectos e decorações no próximo ano, o melhor é separá-lo e colocá-lo mais tarde no papelão. O vidro deve-se separá-lo e colocá-lo no vidrão. Com esta atitude estamos a contribuir em muito para a redução de lixo neste Natal.

Outra parte que poderá ser reciclada é o plástico, tipo filme que pode ser colocado dentro de um saco devidamente limpo e colocado no papelão, assim como, as embalagens da Tetrapack. Ao lixo indiferenciado somente há que referir que os cidadãos não o devem abandonar em nenhum local que não os que têm esse fim, tendo em conta os dias de recolha por parte dos serviços camarários.

É necessário incentivar o consumo sustentável, conceito segundo o qual uma atitude responsável dos consumidores face ao ambiente poderá ser determinante para a evolução da nossa sociedade no sentido de se desenvolver, preservando simultaneamente os recursos para as futuras gerações.

A atitude de todos nós conta para todos. Tenham um Bom Natal e um Bom Ambiente.

Idalina Perestrelo
Quercus – Madeira

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