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Associativismo Juvenil

No passado dia 20 de abril passou pela Assembleia da República Portuguesa. A proposta de lei do Associativismo Jovem. O primeiro sinal de alteração desta Lei consistiu em tornar comum um conjunto de matérias aplicáveis quer às associações juvenis, quer às associações estudantis, permitindo assim consagrar num único conceito o “Associativismo Jovem”.

No passado dia 20 de abril, passou pela Assembleia da República Portuguesa, a proposta de lei do Associativismo Jovem. O primeiro sinal de alteração desta Lei consistiu em tornar comum um conjunto de matérias aplicáveis quer às associações juvenis, quer às associações estudantis, permitindo assim consagrar num único conceito o “Associativismo Jovem”.

Para falarmos de associativismo, temos o exemplo belicoso dos estudantes de Coimbra: “Vinham de longe as diligências realizadas pelos estudantes junto da Universidade, no sentido de instalar convenientemente a academia universitária. Ansiavam os estudantes da época por uma sede condigna, onde pudessem receber professores, literatos e homens de ciência. Para tanto, desejavam possuir uma biblioteca, uma sala de conferências, de jogos, etc., mas o seu brado, apesar de justo, não encontrou repetidos ecos para lá da Porta Férrea”.

Resolveram, então, alguns estudantes da época, agir pelos seus próprios meios, e num grupo deles surgiu uma ideia. Uma luminosa ideia, que tempos depois se transformaria numa realidade para prestígio da Briosa: tomar de assalto o Clube dos Lentes e instalar nas suas salas, a sede da Associação Académica de Coimbra, dando assim realização a uma velha aspiração da Academia”.

Consignatária de uma recordação dificilmente equiparável na história das associações estudantis, tanto em Portugal como no resto da Europa, a Associação Académica de Coimbra que, pelos seus 115 anos, é a mais antiga do país, reúne todos os direitos, os interesses e a própria liberdade dos estudantes, que estiveram em causa, amparando solidária e intransigentemente dos valores humanistas que a incorpam e os interesses específicos da camada que representa.

É realmente um grande desafio incentivar ou tentar consciencializar os jovens a associarem-se e a defenderem os direitos de todos.

Actualmente o associativismo jovem, particularmente no meio onde nos inserimos, defronta-se não com uma Ditadura onde não temos voz activa, mas sim com um sistema sempre aberto a mais e melhores participações.

A luta pelo processo de adaptação ao espaço europeu do Ensino Superior, o já conhecido Processo de Bolonha e as suas implicações, vão requerer um carácter belicoso dos estudantes em geral.

Outras são as realidades às quais os estudantes têm que fazer frente: o financiamento da acção social, a qualidade do ensino, a interminável luta pelo preço da educação, ou seja, propinas, e claro, o papel do estudante na Universidade. São apenas alguns moldes que o associativismo jovem tem que fazer frente.

É realmente um grande desafio incentivar ou tentar consciencializar os jovens a associarem-se e a defenderem os direitos de todos. Lutar por uma causa comum com uma voz activa, nos lugares certos. Nos vários órgãos que constituem a universidade existe uma paridade entre professores e estudantes. Porém muitos alunos não assumem a responsabilidade dos seus cargos e, tomadas as decisões, só lhes cabe o silêncio ou a ignorância. De modo a combater essa lacuna, no seio da nossa mui nobre Academia, a Associação Académica vai apresentar uma proposta para promover as eleições dos órgãos da Academia no próximo ano, zelando por uma participação sempre activa nas decisões.

Esperamos que a nova lei aprovada no seio da Assembleia da República sobre o associativismo jovem, aquele que nos defendeu no passado, aquele que rios regerá no futuro e que está constantemente no nosso dia – a – dia, apresente disposições gerais que zelem pelos direitos e deveres dos estudantes.

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