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natureza

A observação de aves nas cidades

Observar aves no seu esplendor não só é possível na floresta, nos campos agrícolas e no mar. As cidades também proporcionam a observação de aves, que ali encontram o equilíbrio entre a abundância de alimento e o seu habitat. Além dos já habituais pombos, gaivotas e até patos, existe outro grande leque de espécies que vivem livremente e podem ser avistadas nas cidades. Por exemplo, nas zonas verdes da cidade do Funchal, é habitual a observação do canário-da-terra, pintassilgo e do melro-preto. Menos fáceis de observar, são a toutinegra e o papinho mas que têm vocalizações características, semelhantes a estalidos rochosos ou metálicos, respetivamente. Os habitats húmidos proporcionados pelas ribeiras, lagoas e zonas à beira-mar, são geralmente associados a aves migratórias. O arquipélago, privilegiado pela sua posição atlântica, recebe algumas destas aves que repousam de longas rotas migratórias. Assim é possível a observação ocasional de garças, patos, pilritos, borrelhos e outras espécies aquáticas. Por outro lado, devido à abundância de presas como roedores e insetos, é possível observar aves de rapina. Durante o dia o francelho assume o controlo das cidades e chega a construir os seus ninhos em edifícios degradados, enquanto a noite fica reservada para a coruja-das-torres. A presença destas aves permite o equilíbrio do ecossistema nos centros urbanos, favorecendo os espaços verdes e o controlo de pragas. Agora, a cidade é convidativa a andar com os binóculos ao pescoço. SPEA Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves

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Área Protegida do Cabo Girão

Objetiva uma proteção especial dos recursos marinhos, bem como do património natural e geológico, em harmonia com o desenvolvimento de atividades humanas compatíveis com a salvaguarda dos interesses ambientais. O Cabo Girão é uma das mais altas arribas do mundo (580 m), devendo o seu nome ao facto de ter sido o ponto onde João Gonçalves Zarco terminou o giro da primeira viagem de reconhecimento da ilha, aquando da sua descoberta. Apresenta um relevante património natural, onde se destaca o geossítio do Miradouro do Cabo Girão (CL01) que evidencia particularidades naturais de elevado interesse científico, pedagógico, didático e turístico. A estas, associam-se formações vegetais naturais, zonas de nidificação e repouso da avifauna marinha e ainda o património cultural presente nas várias fajãs, testemunho da presença humana numa tentativa de ultrapassar as dificuldades físicas impostas pelo acesso àquela área. A singularidade, qualidade e diversidade dos valores presentes conferem-lhe o privilégio de ser um dos espaços naturais da Região com grande atratividade de visitantes. A área marinha do Cabo Girão, costa e as arribas, tem um interesse natural e cénico extremamente elevado, particularidades que têm suscitado uma crescente procura desta área, para o desenvolvimento de múltiplas atividades humanas com relevância socioeconómica. Importa assim, fomentar este usufruto, compatibilizando-o com os interesses ambientais prevalentes nestes espaços naturais. É neste enquadramento que é proposta a criação da Área Protegida do Cabo Girão! Esta Área Protegida inclui uma parte marinha designada de Parque Marinho do Cabo Girão e uma parte terrestre que inclui o Monumento Natural do Cabo Girão e a Paisagem Protegida do Cabo Girão. Estas diferentes categorias estão de acordo com as características e com os objetivos específicos de gestão, segundo o sistema de classificação da International Union for Conservation of Nature (IUCN). Assim, o Parque Natural Marinho do Cabo Girão tem como objetivo a proteção, a valorização e o uso sustentado do Mar através da integração harmoniosa das atividades humanas, contribuindo para o bom estado ambiental do espaço marítimo da Região Autónoma da Madeira. Os limites territoriais do Parque Marinho são: a sul a batimétrica dos 50 metros; a norte os 10 metros acima da linha de costa definida pela amplitude média das marés; a este a Ribeira da Alforra e a oeste a Ribeira da Quinta Grande. O Monumento Natural do Cabo Girão é uma área que contém zonas de elevado valor e importância natural e cultural e que devido à sua raridade e qualidades estéticas importa preservar e salvaguardar. Os seus limites territoriais englobam toda a área de encosta definida a este pelo Boqueirão e a oeste pela Ribeira da Quinta Grande; a sul pela linha de base da arriba e a norte pela linha de início do desnível orográfico (excluindo os terrenos agrícolas). A Paisagem Protegida do Cabo Girão define-se como uma paisagem onde a interação das pessoas com a natureza através do tempo tem produzido uma área de carácter distinto, com grande valor estético e cultural que importa preservar, vital para a manutenção e evolução daquela área. Os seus limites territoriais englobam toda a área de terrenos agrícolas das Fajãs, delimitada a este pelo Boqueirão e a oeste pela Ribeira da Quinta Grande. IFCN, IP-RAM

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Março… mês da Floresta!

“Ao celebrar o Dia Internacional das Florestas, é relembrar a importância deste ecossistema para todos, que de modo algum podemos esquecer, numa época em que a valorização da Natureza, por vezes é ignorada…!” No calendário anual de atividades de sensibilização florestal da Direção Regional de Florestas e Conservação da Natureza, existe, no primeiro trimestre de cada ano, um mês que se destaca pela sua importância… o de março, por ser, por excelência, o mês da Floresta. Em março são assinaladas diversas datas comemorativas muito importantes para a Floresta da Madeira: a 8, o Dia do Corpo de Polícia Florestal da RAM; a 21, o Dia Internacional das Florestas; e a 22, o Dia Mundial da Água. Apesar de todo o ano serem realizadas muitas atividades relacionadas com estas temáticas, em março é promovida uma campanha temática alusiva à comemoração destas datas que se interrelacionam. Quase que se confundem porque, na Madeira, como em todo o Mundo, a água é um elemento da natureza determinante da sobrevivência da espécie humana (elemento da natureza e da floresta). Além disso, na Madeira, o percurso ou a rota da água faz parte da dinâmica da Floresta. A existência da Polícia Florestal quase se confunde com a história da Madeira, pois a relação entre o Homem e a Floresta é muito próxima. Celebrar a Floresta, no dia 21 de março, é celebrar também a sobrevivência do Homem neste pequeno ponto do planeta Terra, na região Macaronésica, no meio do oceano Atlântico… no arquipélago da Madeira! Celebrar o Mês da Floresta, em particular o Dia Internacional das Florestas, é relembrar a importância deste ecossistema para todos nós. Numa época essencialmente tecnológica, a valorização da Natureza e da Floresta é, por vezes, ignorada! Será que só devemos celebrar a FLORESTA neste mês? Como outras causas ambientais, deve ser debatida, recordada, celebrada todos os dias. É um trabalho permanente, contínuo, sem dias de descanso, fins de semana ou feriados… É um trabalho voluntário e contínuo! Recorde-se que pelos seus os objectivos, a celebração da Floresta iniciou-se na década de 70 do século XIX, em plena revolução industrial, simbolizada pela proteção das árvores. Ao longo dos tempos houve a necessidade de, explicitamente, proteger a FLORESTA e as FLORESTAS do nosso Planeta, da Nossa Casa – HOME. Por este facto, em 2013, a data 21 de março passou a designar-se DIA INTERNACIONAL DAS FLORESTAS. Celebrar é fundamental mas como fazê-lo? Um dos objetivos resultantes do Ano Internacional das Florestas (2011) é a aproximação das pessoas à Floresta (Floresta para Todos) para tal é necessário organizar um conjunto de atividades diversas como palestras, ateliers, oficinas, percursos interpretativos em áreas naturais florestais, percursos pedestres, exposições, atividades lúdico-culturais, destinadas a diversos públicos-alvo: comunidade escolar, comunidade em geral, incluindo crianças, jovens, adultos, adultos séniores e famílias – com temas diversificados mas com algo comum: alertar, sensibilizar, educar, valorizar, compreender a dinâmica… da FLORESTA, um bem essencial para Todos. Celebre a Floresta da Madeira…!

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IFCN: que responsabilidades na RAM?

Sendo da sua responsabilidade promover a conservação da natureza, o ordenamento e a gestão sustentável da bio e da geodiversidade, da paisagem, da floresta e dos seus recursos associados, a gestão das áreas protegidas. Foi no dia 13 de maio do corrente ano que foi criado o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN), IP-RAM que resulta da fusão do Serviço do Parque Natural da Madeira e da Direção Regional de Florestas e Conservação da Natureza, passando a constituir uma estrutura de gestão integrada da paisagem, da floresta e dos espaços naturais da Madeira, do Porto Santo, das Desertas e das Selvagens. Integra a Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais sendo da sua responsabilidade promover a conservação da natureza, o ordenamento e a gestão sustentável da bio e da geodiversidade, da paisagem, da floresta e dos seus recursos associados, a gestão das áreas protegidas, como é o caso da área de Parque Natural da Madeira e as reservas naturais, e também de alguns espaços de cariz emblemático para os madeirenses, como o Jardim Botânico, as Quintas e os Parques Florestais, as Veredas e as Levadas, sendo que estas últimas integram a atual lista indicativa de bens portugueses candidatos a Património Mundial da UNESCO, a par das Ilhas Selvagens. São igualmente suas atribuições: coordenar as medidas e as ações necessárias à proteção, à conservação e à recuperação dos ecossistemas florestais e associados, à gestão do património e espaço florestal; assegurar o acesso à utilização social da floresta salvaguardando os seus aspetos paisagísticos, recreativos, científicos e culturais. Deve também asseverar a gestão das áreas protegidas e da Rede Natura 2000 na vertente terrestre e na marinha, assim como propor e implementar a criação de novas áreas a classificar. Deve igualmente propor a proteção de indivíduos ou formações vegetais ou de unidades geomorfológicas de reconhecido interesse científico ou paisagístico e ainda promover a reintrodução de espécies indígenas ameaçadas em território regional. Compete-lhe assegurar a elaboração, a aprovação, a execução e a monitorização dos planos de gestão e de outros instrumentos de planeamento; garantir a gestão sustentável e a certificação das áreas sujeitas ao regime florestal; e promover as medidas e as ações necessárias à prevenção e à deteção de incêndios florestais. Ainda é da sua responsabilidade promover o ordenamento, a exploração sustentada e a conservação dos recursos cinegéticos, aquícolas de águas interiores, pastoris e de outros recursos e espaços associados à floresta, assim como, as atividades não extrativas associadas à biodiversidade marinha. Paralelamente a todas a estas medidas deve divulgar e implementar planos e programas sistemáticos de sensibilização das populações com vista à conservação da natureza. É igualmente da sua competência elaborar os estudos e emitir os pareceres que lhe forem solicitados; implementar, a nível regional, diretivas e instrumentos operacionais e legais, nacionais e comunitários, nos domínios das áreas florestais e da conservação da natureza e proceder à respetiva adaptação e aplicação a nível regional; e por fim, mas não menos importante, fiscalizar o cumprimento das normas legais e regulamentares em matérias de proteção e conservação da natureza. Instituto das Florestas e Conservação da Natureza

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A sustentabilidade das Tradições Madeirenses

São muitos os elementos naturais que se mantêm na arte decorativa popular, embora nos últimos anos substituídos, aos poucos, por novos elementos importados de outros povos. A população da Madeira tem orgulho nas suas tradições, registos dos costumes dos seus antepassados ao longo dos tempos. Durante o ano são várias as “Festas” pagãs e/ou religiosas que se sucedem em diferentes momentos do calendário como a época natalícia, festas regionais e locais, como os arraiais que proliferam pelas ilhas da Madeira e do Porto Santo e que são momentos de reflexão e momentos de diversão. Neste sentido os madeirenses desde sempre aproveitaram os recursos naturais (recursos recolhidos na Natureza) para decorar as suas “Festas” – as “lapinhas” (rochinha ou em escadinha – altares), os arcos e os tapetes das festas religiosas, as “barraquinhas” de comes e bebes, os enfeites das romagens. São muitos os elementos naturais que se mantêm na arte decorativa popular, embora nos últimos anos substituídos, aos poucos, por novos elementos importados de outros povos ou porque a cidadania e a responsabilização ambiental são cada vez maiores. No entanto, tudo é pouco em prol do equilíbrio, entre a preservação dos costumes e a necessária preservação da Natureza que nos rodeia e dos ecossistemas em que vivemos. Na atualidade é urgente ser-se um cidadão responsável, mobilizado para a defesa das causas ambientais, do equilíbrio Natureza-Homem. Aqui ficam algumas notas para que possamos “Prevenir… para Proteger!” 1 Os elementos naturais mais utilizados nas tradições madeirenses são os musgos (diversas espécies), os líquenes, o azevinho, o alegra-campo, os ensaiões, os fetos (como as cabrinhas), a areia amarela do Porto Santo, as rizoconcreções das Dunas da Piedade, algumas rochas extraídas de grutas vulcânicas, ou a pedra de cantaria de diversas tonalidades (património protegido). 2 Também são utilizados “socas” de cana-vieira, “searinhas” – pequenos vasos de milho, trigo, lentilha, ervilha, favas e tremoços, frutas da época – as tangerinas, os pêros e as laranjas; 3 A ornamentar uma “lapinha”, uma árvore de natal e as festas e romarias em geral, lembre-se sempre que: · Os musgos são pequenas plantas que contribuem para a proteção do solo, para a retenção de grandes quantidades de água (elevada humidade) e que a sua recolha, sem regras, causa impactos negativos na proteção dos solos e na segurança das populações; · Os líquenes são seres vivos que também retêm grande quantidade de água contribuindo para o potencial hídrico de uma dada região; · O alegra-campo (Semele androgyna) é uma planta trepadeira que vive na Floresta Laurissilva do Barbusano, é uma espécie indígena da Madeira e Canárias e protegida; · O azevinho é uma espécie protegida a nível nacional, apesar de ser exótica na Madeira. · O feto – “cabrinhas” (Davallia canariensis) – é uma espécie indígena da Madeira e protegida. · A areia amarela da Ilha do Porto Santo é um recurso não renovável, que é afetado pela ação do Homem e das frequentes tempestades. · Prefira os elementos que podem ser semeados, ou cultivados, cuide da sua “árvore” em vaso, adquira produtos certificados; · Utilize elementos artificiais que podem imitar os naturais, utilize materiais recicláveis ou reutilizáveis. Aproveite algumas plantas exóticas de jardim ou invasoras contribuindo para o controle ambiental; · Cumpra as boas práticas ambientais; · Inove e utilize a sua criatividade para manter as tradições de modo sustentável…contribua para a PRESERVAÇÃO DO PLANETA TERRA, A NOSSA ÚNICA CASA! Direção Regional de Florestas

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A floresta mágica… na Ilha da Madeira

A propósito da comemoração do Dia Internacional da Biodiversidade, cujo tema em 2014 é a Biodiversidade Insular (Diversidade Biológica das Ilhas), é proposta uma observação na Ilha da Madeira da Floresta Laurissilva, uma floresta mágica que em cada recanto por pequeno que seja, pode ser observada uma grande diversidade de espécies, nunca sabendo o que pode ser “descoberto “para além de um destes recantos, aspetos muito diferentes desta floresta: o solo, as encostas, as falésias, os cursos de água, as cascatas, as clareiras. No chão da floresta, na estação das chuvas são observados cogumelos, que parecem ‘brotar’ das folhas de diferentes espécies que se acumulam, formando uma espessa camada de húmus alternando com um manto verde formado pelas pequenas plantas como a erva redonda (Sibthorpia peregrina) ou pelos muitos musgos que dão continuidade às paredes do bosque, muito húmidas parecendo ‘fontes’ de água e biodiversidade. No interior denso da Floresta Laurissilva, as grandes árvores por exemplo o til (Ocotea foetens), o pau branco (Picconia excelsa), o vinhático (Persea indica), o folhado (Clethra arborea), o perado (Ilex perado) acolhem diversas espécies de outros seres vivos nos seus troncos, como os líquenes, os ensaiões, os fetos alguns fungos como a madre louro que vive em associação com o loureiro (Laurus novocanariensis) ou pequenos animais como o bisbis (Regulus ignicapillus madeirensis) a mais pequena ave da floresta da Madeira ou o ‘simpático’ tentilhão (Fringilla coelebs madeirensis). As clareiras da floresta são ótimos recantos para observar muitas flores de diversas cores rosa, amarelo, branco, pigmentando o verde floresta, são as flores de diversas espécies: do gerânio (Geranium palmatum), do ranúnculo (Ranunculus cortusifolius), das estreleiras (Argyranthemum pinnatifidum), das orquídeas (Dactylorhiza foliosa) formando um conjunto de imensa beleza ainda por desvendar, mágica e inesquecível! Direção Regional de Florestas e Conservação da Natureza

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Transportes públicos

A ilha da Madeira é coberta, em todo o seu território, por transportes públicos que, na maioria dos casos, seguem para o centro do Funchal. No entanto, e apesar desta cobertura, temos notado que o uso do automóvel próprio tem vindo a crescer e que o Funchal é quem mais sofre as consequências desse aumento. Quem se lembra de passar pelo centro do Funchal e não sentir o efeito das horas de ponta, que já começam a tornar-se em dias de ponta. A pergunta é, porquê este grande aumento de tráfego? Será porque temos melhores condições de vida e já podemos ter o nosso automóvel? Será porque a política dos transportes públicos não é a melhor? Pois bem, a única certeza que fica é que já sofremos o stress das filas de trânsito e o ambiente, nomeadamente a atmosfera, sofre as consequências deste aumento de tráfego com a emissão de fumos. O ar torna-se menos respirável e para correr ou passear a pé já temos de escolher bem os locais para o fazer. As consequências do aumento do uso do automóvel ligeiro são grandes e graves quer para o meio ambiente quer para a população em geral (devido aos efeitos na sua saúde e no gasto do seu dinheiro). Por isso, é necessária uma maior consciencialização por parte da população para o uso dos transportes públicos e também uma maior exigência às autoridades para uma política de transportes mais vantajosa para todos os cidadãos. O conforto, a rapidez e o preço são os factores encorajadores do uso do transporte público que têm obrigatoriamente que ser melhorados. O conforto em toda a rede de transportes tem de ser melhorado quer com a renovação dos autocarros quer com uma melhor formação por parte de todos os motoristas para que tenham uma condução segura e delicada tendo em conta todo o tipo de passageiros, jovens, velhos, mulheres com crianças, grávidas e outros. A rapidez, não a velocidade com que se conduz, depende do cumprimento de horários e do ajustamento das carreiras conforme a procura, tendo em atenção as horas em que há mais utentes. É importante que se cubram as necessidades dos utentes, o que nem sempre equivale a que sejam só de manhã e à tarde. Existem horas durante o dia em que há necessidade de uma grande mobilidade, mas os autocarros não correspondem. E por fim temos o preço. Talvez este seja o maior factor dissuasor da pouca adesão ao transporte público e até da perda de mais utentes. Um bilhete na Horários Funchal custa 1,10 €, na Carris (Lisboa) custa 1, 05 €; um passe estudante na Horários Funchal custa 35,50 €, na Carris custa 16, 00 €. Estes são só alguns exemplos de como o transporte público na Região é extremamente caro, isto para não falar nos preços de outras companhias regionais que cobram valores exorbitantes. Seria importante que o Governo Regional tivesse uma aposta mais eficaz no que respeita a este importante serviço público. Seria essencial que houvesse uma baixa nos tarifários praticados, o que talvez fosse possível se o Governo Regional apoiasse mais este sector imprescindível para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e também para a qualidade ambiental e turística da Região. É necessário rever prioridades e os transportes públicos têm de estar no topo dessas prioridades. Idalina Perestrelo Quercus-Madeira

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Lobo marinho da Madeira

“A utilização dos Lobos Marinhos, vivos e de sua cor, simboliza a homenagem da Região aos únicos grandes mamíferos encontrados quando da chegada dos primeiros povoadores. Esta homenagem integra-se no esforço geral desenvolvido para a preservação ecológica.” É assim que se explica a representação dos lobos-marinhos no brasão de armas da Região Autónoma da Madeira, o que ilustra não só o orgulho da presença desta espécie na região, mas também o reconhecimento do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido para a sua conservação. Esta espécie autóctone é a foca mais rara do mundo e em Portugal, existe unicamente no arquipélago da Madeira onde a população está em recuperação, ao contrário do acontece com a população mundial que não ascende aos 500 indivíduos, distribuídos pela bacia do Mar mediterrâneo e no Atlântico, no arquipélago da Madeira e no litoral do Sahara Ocidental. Foi em 1988, quando não existiam mais do que 8 lobos-marinhos confinados às Ilhas Desertas para onde fugiram depois de terem sido perseguidos pelo Homem, que o Serviço do Parque Natural da Madeira (SPNM) iniciou um Programa para a Conservação do Lobo marinho. Dois anos depois, em 1990, foi então criada a Área de Protecção Especial das Ilhas Desertas (passando a Reserva Natural em 1995), protegendo assim o principal habitat do Lobo marinho. Desde então a estratégia para a protecção do Lobo-marinho baseia-se na protecção do Lobo-marinho e do seu habitat, na monitorização e estudo da espécie considerando que é necessário conhecer para proteger, e na educação ambiental considerando que a conservação da natureza deve envolver as pessoas. E os resultados são positivos! Hoje em dia são 30 a 40 lobos-marinhos que se distribuem não só pelas Ilhas Desertas mas também pela ilha da Madeira, onde regressaram depois de terem praticamente desaparecido. São inúmeros os registos de observações de lobos-marinhos feitos na Madeira. E actualmente qualquer pessoa poderá vir a observar um enigmático animal destes. E os registos destas observações são extremamente importantes, pois é através da reunião desta informação que o SPNM vai realizando a monitorização do Lobo-marinho na Madeira e consequentemente adquirindo conhecimentos para definir as melhores estratégias para a sua conservação na região. Agora, que temos os lobos-marinhos de regresso a casa, é preciso aprender a respeitar e a coexistir com estes animais que afinal tanto dignificam a região. Se observar um lobo-marinho informe o Serviço do Parque Natural da Madeira através de rosapires.sra@gov-madeira.pt. Serviço do Parque Natural da Madeira

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Natal época de consumo ou de união familiar e religiosidade

Está a chegar mais um Natal… Pode-se notar que ao longo dos tempos o conceito de Natal tem vindo a alterar-se e a evoluir de festividade religiosa, da família e época de reflexão sobre os problemas da condição humana (como o da pobreza), para uma verdadeira festa do consumismo constituindo-se como o expoente máximo da cultura do desperdício. Apela-se ao consumo de todas as formas possíveis e imaginárias, tornando-se particularmente nefasta a publicidade dirigida às crianças. O consumismo associado à época do Natal, para além dos efeitos sociais conhecidos, traz consigo importantes impactes negativos ao nível do ambiente. Com efeito, o consumismo assenta na exploração irracional dos recursos naturais para o fabrico de produtos com pouco tempo de vida útil que rapidamente passarão a ser resíduos, enchendo os aterros e aumentando as emissões poluentes das incineradoras. Esta lógica que se repete e agrava todos os anos tem de ser invertida! Os cidadãos devem evitar consumir o supérfluo, o desnecessário, visto que são recursos desperdiçados que só vêm aumentar a produção de lixo. No entanto, se os cidadãos têm a sua parte de responsabilidade na diminuição da quantidade de lixo, também os produtores e comerciantes não ficam sem a sua quota-parte e devem aplicar o primeiro princípio da regra dos três R’s, a redução. Esta é perfeitamente aplicável, visto que as embalagens podem vir menos adornadas e tudo o que não tenha utilidade é dispensável. A reutilização é outro princípio que pode contribuir em muito para a época que se irá viver, principalmente para quem gosta de originalidade. Podem-se reutilizar diversos materiais, acumulados durante o ano, e fazer diversos objectos para colocar na árvore e até para decorar a casa. Uma outra forma de reutilização é guardar as decorações deste Natal para o próximo. Mas, a parte mais preocupante vem com o término das festas, quando após consumir-se sem qualquer preocupação ambiental pergunta- -se o que fazer com o imenso lixo acumulado. Aqui aplicar-se o terceiro princípio, a reciclagem. Como grande parte do lixo será papel de embrulho, se não quisermos guardá-lo para fazer objectos e decorações no próximo ano, o melhor é separá-lo e colocá-lo mais tarde no papelão. O vidro deve-se separá-lo e colocá-lo no vidrão. Com esta atitude estamos a contribuir em muito para a redução de lixo neste Natal. Outra parte que poderá ser reciclada é o plástico, tipo filme que pode ser colocado dentro de um saco devidamente limpo e colocado no papelão, assim como, as embalagens da Tetrapack. Ao lixo indiferenciado somente há que referir que os cidadãos não o devem abandonar em nenhum local que não os que têm esse fim, tendo em conta os dias de recolha por parte dos serviços camarários. É necessário incentivar o consumo sustentável, conceito segundo o qual uma atitude responsável dos consumidores face ao ambiente poderá ser determinante para a evolução da nossa sociedade no sentido de se desenvolver, preservando simultaneamente os recursos para as futuras gerações. A atitude de todos nós conta para todos. Tenham um Bom Natal e um Bom Ambiente. Idalina Perestrelo Quercus – Madeira

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40 Anos Ilhas Selvagens

Em 2011, a Reserva Natural das Ilhas Selvagens, a primeira Reserva de Portugal, celebra o seu 40.º aniversário. O programa de comemorações conta com um embaixador muito especial: o velejador João Rodrigues, que este ano também completa 40 anos! Este atleta, com dimensão Mundial, é o Padrinho desta emblemática Reserva Natural durante o corrente ano, o que seguramente garante de que o nome da Madeira e das Ilhas Selvagens será levado muito longe. As Ilhas Selvagens constituem o ponto mais a sul do território português, distando cerca de 300km da Ilha da Madeira. São constituídas por três ilhas de origem vulcânica, a Selvagem Grande, a Selvagem Pequena e o Ilhéu de Fora. Constituem um habitat único no mundo, com ecossistemas praticamente inalterados na Selvagem Pequena e Ilhéu de Fora, e apresentam a percentagem mais elevada de endemismos por unidade de superfície de toda a Região da Macaronésia. Estas Ilhas são um santuário de nidificação de aves marinhas, conhecendo-se nove espécies que aqui se reproduzem, como sejam a Cagarra cuja colónia apresenta a maior densidade em todo o mundo, Calcamar, Alma negra, Roque de castro e Pintainho. Outras espécies de vertebrados que podemos encontrar são a Osga e a Lagartixa, espécies estas que ocorrem exclusivamente nestas Ilhas. Um adequado conhecimento do património natural da Região e das acções de conservação desenvolvidas, constitui um aspecto determinante para que sejam tomadas medidas adequadas, com vista à salvaguarda do meio ambiente e à melhoria da qualidade de vida da população. Uma das ferramentas que está ao dispor de quem tem por missão fazer a gestão de áreas protegidas, são as acções de sensibilização ambiental, permitindo desta forma aproximar cada vez mais as reservas das populações. A abertura destes espaços conduz a um melhor e mais atractivo usufruto dos mesmos pela população, tendo como retorno uma maior valorização e maior empenho na sua preservação. É pelo conjugar destes factores, e por ocasião do 40.º aniversário da Reserva Natural das Ilhas Selvagens, que a Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, através do Serviço do Parque Natural da Madeira, tem desenvolvido várias iniciativas e organizado eventos que ajudam a divulgar o esforço de conservação que tem estado subjacente ao sucesso desta Reserva. Junte-se a nós no Facebook: www.facebook.com/parquenaturaldamadeira, consulte e participe em todas estas iniciativas, associando-se desta forma às comemorações dos 40 Anos Ilhas Selvagens. Parque Natural da Madeira

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