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A importância dos instrumentos tradicionais

“A Região Autónoma da Madeira é uma das regiões com maior diversidade musical e cultural, onde as tradições ainda se mantêm vivas…’’ A história de um país escreve-se não só sobre as suas conquistas, mas também sobre a sua arte, pois, como disse Simone de Beauvoir, é na arte que o homem se ultrapassa definitivamente. Através de pinturas rupestres, que retratam pessoas a dançar e a produzir sons vocais, é que é possível verificar-se a existência, na história, de formas de arte desde cedo. Inicialmente o ser humano procurava imitar e reproduzir os sons da natureza, mas a partir do momento em que começou a ter consciência de si mesmo, a música passou a ter uma correspondência directa com o universo, adquirindo assim grande importância espiritual, completando a sua essência e alma. Com o passar do tempo a música e os instrumentos musicais desenvolveram-se de formas distintas em diferentes regiões, dando assim origem a uma diversidade cultural e musical esplêndida. Desta forma apareceram os chamados ‘’instrumentos tradicionais’’ que representam não só estilos musicais característicos, como diversas culturas. Cada vez mais os instrumentos tradicionais são desvalorizados e até mesmo esquecidos. Porque razão isto acontece? Talvez por estarem relacionados com tradições de outros tempos, por não se passar o interesse por estes às gerações mais novas, ou até mesmo por não terem uma sonoridade comum presente na industria da música. Mas será esta individualidade e características algo imperfeito? A Região Autónoma da Madeira é uma das regiões com maior diversidade musical e cultural, onde as tradições ainda se mantêm vivas, devido aos músicos e professores que tentam passar estas tradições aos mais novos. Com este empenho colectivo os instrumentos tradicionais como os cordofones (viola de arame, braguinha e rajão) já são ensinados em escolas por toda a região e cada vez mais com a ajuda da investigação da Associação Musical e Cultural Xarabanda entre outras, se descobre e se faz história. Os instrumentos tradicionais madeirenses são utilizados também por grupos de música tradicional madeirense como o Xarabanda, Banda de Além entre outras, mas ainda dão-lhe uso bandas com géneros de música mais alternativa como os Emperium. Um instrumento musical não é feito com o propósito de tocar apenas um género de música, a experimentação deste dá asas à imaginação de quem o toca, podendo, desta forma, interpretar qualquer estilo musical desde o clássico ao pop e ao rock. Os instrumentos tradicionais, servem assim de união entre as gerações passadas e futuras, dando características únicas à região onde foram feitos, porque são nada mais que pedaços vivos de história, que podem juntar pessoas de todas as idades. É preciso continuar a valorizar e a inovar os instrumentos tradicionais, porque só depende de nós a decisão de fazer ou não história. Ester Caldeira Estudante da UMa

Turismo sustentável na Madeira

O STARS Sustainable Tourism Agents in Rural Societies é um projeto desenvolvido no âmbito do programa de voluntariado da Comissão Europeia e cofinanciado pelo ERASMUS+. Este projeto, dirigido pela Universidade de La Laguna, em parceria com a SPEA, pretende fomentar a mobilidade intercontinental de voluntários entre seis países que partilham algumas caraterísticas e problemáticas semelhantes: Espanha, Portugal, Ilhas Salomão, Chile, Sri Lanka e Indonésia. Além do intercâmbio de jovens, o principal objetivo deste projeto prende-se com a criação de uma nova ferramenta de dinamização e desenvolvimento local, identificando e promovendo novos trilhos turísticos para observação da natureza, auxiliando o desenvolvimento das comunidades locais e criando oportunidades de trabalho para jovens com menos oportunidades. Neste momento, duas jovens madeirenses estão no Chile e nas Ilhas Salomão desenvolvendo formações na área da proteção do ambiente e, até final de dezembro, contamos com a colaboração de dois jovens chilenos na identificação de setores passíveis de dinamização deste tipo de atividades turísticas. Relembramos que este projeto prevê vários cursos e eventos, além de muitas outras atividades com o objetivo de dinamizar o turismo sustentável e os maravilhosos recursos que a nossa ilha oferece. Contando com a parceria da Câmara Municipal do Porto Santo e de Santa Cruz, mantemos a vontade e expectativa de continuar a trabalhar na conservação da natureza e promoção do turismo sustentável, como recurso da proteção das aves e dos seus habitats. SPEA Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves

Terapia de Bowen em cães e gatos

A terapia de Bowen é uma terapia complementar desenvolvida na Austrália e muito praticada em países de língua Anglo-Saxónica. Auxilia a medicina alopática a prevenir, manter e curar o estado de saúde dos nossos animais (embora por vezes possa atuar autonomamente). Caracteriza-se por movimentos subtis que são realizados em determinados pontos (músculos, tendões e nervos), promovendo um mecanismo de AUTO CURA do organismo (nada é imposto, os terapeutas apenas funcionam como mediadores, acreditando que cada indivíduo tem a capacidade de ao seu ritmo restabelecer o equilíbrio que conduz à cura). Isso é feito porque o Bowen catalisa a predominância do sistema nervoso autónomo simpático para o sistema nervoso autónomo parassimpático, o que na prática significa que o Bowen permite um relaxamento total no qual o organismo reencontra o seu estado hígido. Pode ser utilizado em qualquer circunstância e em qualquer indivíduo, independentemente da idade, do sexo e da raça, não tendo contra-indicações por ser uma técnica subtil, não invasiva e que não recorre a fármacos. Em conjugação com a medicina convencional, é usado em casos de perturbações neuromusculares, osteoarticulares, doenças endócrinas, doenças de foro neurológico, gastrointestinal, respiratórias, cardiovasculares, usada também eficazmente no controlo de dor e recuperação pós-cirúrgica de ortopedias. Consegue tratar condições que a medicina convencional só por si não consegue dar resposta, excelente técnica, excelente complemento. Nunca abandone o seu animal de estimação!!! Carolina Martins Médica veterinária, C.P. 3021 · Terapeuta de Bowen

Alfândega Nova do Funchal

A primeira alfândega foi instalada no largo do Pelourinho, por ordem de D. Beatriz, com o contador Luís de Atouguia, um almoxarife e os “quatro homens d’el-rei”. A partir de 1483, D. Manuel ampliou a equipa. Com a restruturação do Funchal, determinada em 1485 por D. Manuel, foram construídas a câmara municipal, em 1491, e a “igreja grande”, depois acabada para sé, começada em 1493 e praticamente pronta em 1514, e iniciou-se a construção da Alfândega Nova. A obra foi entregue ao mestre de carpintaria Pero Eanes, que trabalhava na Sé. As novas casas da alfândega deveriam estar levantadas em outubro de 1516 ou em 1517. A alfândega manuelina tinha uma grande sala de despacho no piso térreo, com arcarias de sabor tardo gótico, colunas oitavadas e capitéis esculpidos com motivos vegetalistas e abria ao mar por três arcos. No piso superior, mais compartimentado, a sala de despacho do provedor, ou sala dos contos, apresentava um teto semelhante aos da sé, sendo hoje a biblioteca da Assembleia. Na fachada sobre a rua da Alfândega subsistem as mais importantes gárgulas figurativas existentes na ilha da Madeira. Ao longo do séc. XVII e XVIII o conjunto foi sendo alvo de obras, com a construção de uma bateria de artilharia e de uma capela. Devem datar dessa época as grandes portas maneiristas, hoje montadas a poente e a nascente. Em 1715, o então provedor da alfândega Dr. João de Aguiar mandou levantar uma capela, sendo ali enterrado. Sem contacto com o exterior, abre ao pátio por um dos mais bonitos portais barrocos da região, encimado com a inscrição “Ad Salem Sol”, alusão a Santo António, “O Sol de Salvação do Ocidente”. Nos meados do séc. XVIII, a 31 de março de 1748, um terramoto danificou as instalações, obrigando à revisão do conjunto, pelo capitão Domingos Rodrigues Martins (c. 1710-1781). A reconstrução preservou o edifício manuelino, criando-lhe um pátio interior de articulação com um corpo frente ao mar. As obras beneficiaram dos estaleiros para a reconstrução de Lisboa, destruída pelo terramoto de 1755, de onde se importaram as molduras de cantaria. O edifício ainda sofreu alterações várias ao longo dos séc. XIX e XX, mas perdeu progressivamente interesse militar e a capacidade de responder ao movimento do porto. Não tendo vingado as várias propostas dos meados do XX para a reutilização do imóvel, em 1982, foi decidida recuperar o edifício para instalação da Assembleia Legislativa Regional, até então no salão nobre da antiga Junta Geral. O projeto foi entregue ao arquiteto Raul Chorão Ramalho (1914-2002), começando as obras em 1985 e sendo inauguradas a 4 de dezembro de 1987, com a presença dos presidentes da República e da Assembleia Nacional, da Assembleia Legislativa e do Governo Regional da Madeira, etc. O edifício foi dotado de um conjunto interessante de móveis, assim como de algumas peças relacionadas com a história da Região. Em abril de 1990, remontou-se o antigo portão da bateria, demolido na década de 30 para o acesso de automóveis, inaugurado a 4 de dezembro desse ano, como também a abertura ao culto da capela e a estátua alusiva à “trilogia dos poderes” de Amândio de Sousa (Funchal, 1934-). Rui Carita Professor da UMa

Dormir, estratégia para o sucesso académico

Dormir não é um prémio nem um castigo, mas uma necessidade biológica fundamental. Os estudantes precisam de 9 horas de sono por noite para manter um grau de alerta vital para os dias de estudo. O sono é um estado transitório e reversível, que se alterna com a vigília (estado desperto). É um processo ativo envolvendo complexos mecanismos fisiológicos e comportamentais em vários sistemas e regiões do sistema nervoso central, resultando numa sensação de energia física, psíquica e intelectual restabelecida. Durante o sono, o indivíduo passa por cinco fases que se repetem ciclicamente. O número de ciclos depende do tempo do sono, sendo que num jovem é composto por quatro ou cinco ciclos. O sono desempenha um papel primordial no bem-estar físico, psíquico e social dos indivíduos, contribuindo para o bom funcionamento do organismo com impacto na qualidade de vida e na longevidade. Atividades do mundo moderno, cada vez mais prolongam o estado de alerta de cada pessoa condicionando o tempo e a qualidade do sono, repercutindo-se no estado de sáude, com uma maior tendência a problemas de concentração e memória, estresse, impulsividade, falta de empatia e de senso de humor. O sono está diretamente ligado ao sucesso académico. Está comprovada a relação entre o sono e a memória, a aprendizagem e a retenção de informação, requisitos essenciais para o desenvolvimento de competências cognitivas. É recomendavél estudar logo antes do período de sono, já que este promove a aprendizagem de certos tipos de memória percetiva. O armazenamento de memórias que serão retidas e relembradas no dia seguinte, são facilitadas por este processo. Reconhece-se o papel do sono no fortalecimento da memória, de forma a que se torne clara e resistente a interferências e distrações, solidificando as informações no nosso cérebro, enquanto dormimos. Num estudo de investigação aos alunos do ensino superior da RAM, realizado pelos estudantes do Curso de Licenciatura em Enfermagem 2012-2016 da Escola Superior de Saúde da UMa, constatou-se que 25% deitavam-se frequentemente tarde, comprometendo assim o número de horas de sono diárias. Ao iniciarmos mais um ano letivo e com base no que foi exposto, reforçamos que os estudantes precisam de 9 horas de sono por noite para manter o grau de alerta necessário para um dia de estudo, garantindo um bom rendimento escolar. Revelamos ainda alguns dos mandamentos da Higiene do Sono definidos pela World Association of Sleep Medicine (WASM): 1. Estabelecer um horário de dormir e acordar regular; 2. No hábito de fazer sestas, não exceder os 45 minutos; 3. Evitar a ingestão excessiva de álcool 4 horas antes da hora de dormir, e não fumar. 4. Evitar o consumo de cafeína 6 horas antes da hora de dormir. 5. Evitar comidas pesadas, picantes ou doces, 4 horas antes de dormir preferindo uma refeição pequena e ligeira 6. Fazer exercício regular, mas não imediatamente antes do deitar; 7. Bloquear todo o ruído e eliminar a luminosidade; 8. Reservar o quarto para dormir. Não levar as preocupações diárias para a cama: tentar libertar-se delas antes de ir dormir. Adote o slogan do Dia Mundial do Sono 2016: “Um bom sono é um sonho realizável”. Bibliografia Clegg-Kraynok, M. M., McBean, A. L. e Montgomery-Downs, H. E. (2011). Sleep quality and characteristics of college students who use prescription psychostimulants nonmedically. Sleep Medicine, 12 (6), pp. 598-602. Cheng, S. H. et al. (2012). A study on the sleep quality of incoming university students. Psychiatry Research, 197 (3), pp. 270-274. Gomes, A. A., Tavares, J. e de Azevedo, M. H. P. (2009). Padrões de Sono em Estudantes Universitários Portugueses. Acta Médica Portuguesa, 22(5), pp. 545-552. http://worldsleepday.org/ http://worldsleepday.org/portugal-2016-translated-wsd-materials http://wasmonline.org/ Ana Jardim, Gilberta Sousa e Otília Freitas EQUIPA PEV’s

A Quinta do Monte

Pela mão de uma notável escritora, a casa assumiu, assim, a importância de uma personagem de romance – rara honra de que poucos monumentos do nosso património arquitectónico se podem orgulhar. Da Quinta do Monte já só restam as paredes, calcinadas pelo desastroso incêndio que assolou a Madeira em Agosto de 2016. Também conhecida como Quinta Gordon, Cossart ou Rocha Machado, nela residiu e faleceu o Imperador Carlos da Áustria. A casa, que integrava uma propriedade de aproximadamente 6 hectares de jardins e mata, foi mandada construir por um próspero wine merchant, James David Webster Gordon, «conforme o plano dum arquitecto inglês», como refere Maria Lamas no Arquipélago da Madeira – Maravilha Atlântica. A construção teria tido início em 1826 sofrendo, ao longo do tempo, várias campanhas de obras, que não apagaram, todavia, o carácter erudito do seu traçado, como é possível constatar na bela gravura que dela fez Picken em 1840. Embora se desconheça o seu nome, a sofisticação do desenho de arquitectura faz supor, com efeito, que o projecto tenha sido concebido por um arquitecto: o encaixe da casa no terreno acidentado assumia um elevado grau de complexidade, sendo um bom exemplo do carácter mais informal que, em inícios do século XIX, a arquitectura das villas burguesas começava a manifestar. Desdobrando-se em pisos e meios-pisos, fundindo-se com o jardim, a casa adaptava-se aos desníveis do lugar, garantindo sempre uma estreita proximidade física e visual dos compartimentos interiores com a envolvente. A relação de salas e quartos com o exterior, cuidadosamente ajardinado, era assegurada pelas chamadas «janelas à francesa», que proporcionavam aos moradores um contacto directo com o jardim. Era uma arquitectura que procurava responder às aspirações de uma classe social que, como escreveu um estudioso da casa inglesa, atingira um grau de sofisticação tal que lhe permitia dar-se ao luxo de pôr em causa os princípios da sua própria civilização, «regressando à natureza» – uma natureza edénica, disciplinada e afável que o jardim representava. N’A Corte do Norte, Agustina Bessa-Luís, para descrever esta estreita relação que esta casa tecia com a sua envolvente, comparou-a a uma «flor desfolhada cuja forma se vai desmanchando […] uma grande rosa no chão, com as pétalas dos seus ovalados espaços projectados para fora como para recolher o jardim no ventre das salas». Mais adiante, referindo-se às suas «paredes em gomos» – as bow e bay windows que caracterizam muita da arquitectura que os ingleses deixaram na Madeira – compara-a à «forma de um pudim virada no meio do jardim». Pela mão de uma notável escritora, a casa assumiu, assim, a importância de uma personagem de romance – rara honra de que poucos monumentos do nosso património arquitectónico se podem orgulhar. Confrontadas com as palavras de Agustina, as paredes calcinadas da Quinta do Monte parecem hoje querer dar razão à célebre fórmula de Victor Hugo: «ceci tuera cela», a palavra escrita substituirá a arquitectura, uma forma de arte destronará a outra. Do esplendor da quinta de Webster Gordon nada restará, no futuro, senão o que sobre ela escreveu a escritora portuguesa? Esperemos que não. Rui Campos Matos Ordem dos Arquitectos – Secção Regional Sul (Delegação da Madeira)

Boas Festas Madeirenses!

Coming from Germany, a country proud of its Christmas tradition, bakery, decoration, markets, concerts, I was used to December being a frenzy: Candlelight, mulled wine, choirs performing Bach’s Christmas Oratorio,… Honestly, I’ve stupidly been thinking German Christmas would be fuller of tradition than some others. I had already spent Christmas abroad in several places and never found anything equally rich. So I didn’t expect many festive vibes to be spread in Madeira. Now I have to admit: I had been foolishly wrong about that assumption! I was astounded by the many traditions, starting in early November with the step-by-step hanging up of lights. When they had first been lit, I was dazed seeing the city in such a festive gleam. A colleague advised me to wait with taking pictures until everything was lit. “Wait – so that’s not all yet?” His answer was a simple laugh. As for the cuisine, I discovered Bolo de Mel and loved the chewy texture and its spicy, yet fruity taste. To find out more about it, I looked up a recipe. I was able to decipher most of the ingredients. Except for one, which plays a major role and sounded like an exotic fruit to me: banha. As a vegetarian, I usually miss great parts of local cuisines, but I thought I would be safe on the bakery side… Well, I didn’t touch any honey cake after this and went on experiencing by smell, discovering the acidic smell of Carne de vinho e alhos, mixed with the scent of overly sweetened cocoa at 6 o’clock in the morning at birth masses. But what I appreciate most about Madeira’s traditions are neither lights, food, nor masses. It’s that they bring people together more than any other End-of-the-Year festivities I have encountered so far. Joining for preparing and sharing food, looking at the presépios in the neighbourhood and singing together in the early mornings. The Christmas I experienced here is – despite the splendid weather– the richest one, because of all the people living it. So my apologies for underestimating it e muito obrigada por me fazerem descobrir as Boas Festas na Madeira! Ina Engelhardt Students’ Union German Volunteer Project financed by ERASMUS+.

Não dê férias aos seus direitos!

O principal objectivo desta campanha é o de apelar, informar e sensibilizar os consumidores para a necessidade de terem em consideração recomendações para a salvaguarda do seu bem-estar durante as férias. Na época das férias, os consumidores tendem a estar menos atentos a certas questões que, nesta época, ganham maior relevância. Assim, de forma a evitar transtornos e outras preocupações inerentes a estadias, viagens, entre outros, a Secretaria Regional da Inclusão e Assuntos Sociais, através do Serviço de Defesa do Consumidor, entendeu promover uma campanha intitulada “Não dê férias aos seus direitos”. O principal objectivo desta campanha é o de apelar, informar e, consequentemente, sensibilizar os consumidores da nossa Região para a necessidade de terem em consideração algumas recomendações e conselhos cruciais para a salvaguarda do seu bem-estar durante as férias. Reservas · Uma vez feita a reserva, está vinculado. · Nos contratos de viagem, não existe um prazo legal para reflexão ou arrependimento. · Se precisar anular, modificar, ou mesmo cancelar a viagem, terá de pagar despesas de anulação, modificação ou cancelamento. · Se o operador turístico, a agência, o hotel ou o proprietário da casa quiserem cancelar o contrato, deverão reembolsá-lo do montante pago e, eventualmente, pagar uma indemnização. Reserva de bilhete de avião e de casa/hotel através da Internet · Releia cuidadosamente antes de confirmar a aquisição de um bilhete. · Verifique se o preço inclui tarifas, impostos, taxas ou outros encargos, sob pena de qualquer erro lhe custar caro. · Nunca pague a sua viagem através de sistemas de transferência rápida de dinheiro, opte antes pelo pagamento por cartão de crédito, pois poderá ter maior proteção. · Tenha sentido crítico relativamente às promoções demasiado tentadoras. · Confirme a fiabilidade do sítio Internet. · Se também reservar uma casa/hotel, pesquise de forma cautelosa e diversificada, e solicite informações sobre a casa e respectivo dono. · Leia os comentários, pois boas e más apreciações de hóspedes anteriores podem ser um excelente barómetro para uma escolha acertada. Recusa de embarque/’overbooking’ · No caso de não ser possível embarcar, porque foram vendidos bilhetes a mais, pode escolher entre ser reembolsado e regressar ao local de partida, ou ser encaminhado para o destino. Poderá ainda ter direito a uma indemnização que pode situar-se entre os 250 euros e os 600 euros, conforme a distância. · Se optar pelo reencaminhamento, enquanto aguarda pelo seu voo, tem também direito a assistência gratuita (bebidas, refeições, alojamento). Atraso do voo · A partir de 2, 3 ou 4 horas de atraso, consoante a distância, tem direito a assistência. · Se o atraso for superior a cinco horas, tem direito ao reembolso do que pagou e a um voo de regresso. Se a viagem for adiada, terá ainda direito a alojamento e transporte entre o aeroporto e o hotel. Cancelamento de Voo · A transportadora aérea deverá dar-lhe a possibilidade de escolher entre o reembolso do preço do bilhete ou transporte alternativo para o destino final, além da respectiva assistência. · Se não foi avisado previamente do cancelamento, tem ainda direito a uma compensação. Em caso de dúvida, contacte o Serviço de Defesa do Consumidor (balcão n.º 14, da Loja do Cidadão). Serviço de Defesa do Consumidor

Papel da música no desenvolvimento humano

Sabe-se também que a exposição precoce à música além de facilitar a emergência de talentos, contribui para a construção de um cérebro biologicamente mais conectado. O aparecimento do ser humano veio trazer uma nova interpretação e associação desta à linguagem universal e criativa que conhecemos nos tempos de hoje. Quando confrontados os efeitos positivos que a música exerce sobre o desenvolvimento humano, são inúmeros os progressos que têm ocorrido nas últimas décadas sobre esta temática, tendo sido efectuados vários estudos que visam a monitorização do cérebro em tempo real, através do uso de ressonâncias magnéticas e tomografias que permitem associar a execução de actividades, como ouvir música ou tocar um instrumento, a áreas cerebrais específicas. ​De modo a ser possível compreender de que maneira a música afecta o cérebro humano, é importante saber que este se encontra dividido em dois hemisférios, o direito que é responsável pela criatividade e pela subjectividade e o esquerdo que exerce funções objectivas, lógicas e racionais. Apesar de opostos, ambos os hemisférios são extremamente importantes para o equilíbrio das funções humanas. ​Qualquer um de nós já experienciou o impacto emocional e terapêutico que a música pode ter. Além desta ser capaz de alterar o nosso humor, é também capaz de, através do seu ritmo e timbre, aumentar ou diminuir o nosso ritmo cardíaco. Mas será que em termos cerebrais existe uma diferença entre ouvir música e tocar um instrumento musical? Quando comparados os indivíduos que ouvem música e os que tocam instrumentos musicais, as áreas cerebrais desenvolvidas são apesar de semelhantes muito distintas. Enquanto os indivíduos que ouvem música desenvolvem mais o hemisfério direito, ou sejam adquirem mais capacidades criativas, os indivíduos que tocam instrumentos musicais desenvolvem ambos os hemisférios cerebrais, activando várias áreas cerebrais que são essenciais para a cognição social humana, adquirindo, assim, uma maior capacidade para resolverem problemas sociais ou académicos de forma mais efectiva e criativa. Relativamente ao crescimento e desenvolvimento cerebral, sabe-se, também, que a exposição precoce à música além de facilitar a emergência de talentos, contribui para a construção de um cérebro biologicamente mais conectado, fluido, emocionalmente competente e criativo, sendo que crianças em ambientes sensorialmente enriquecedores apresentam respostas fisiológicas mais amplas e maior actividade das áreas cerebrais associadas. A música influencia o desenvolvimento humano de uma forma esplêndida, sendo capaz de estimular e fortalecer capacidades sociais, racionais e criativas, não acredita? Então experimente! Uma dose de música diária pode fazer toda a diferença. Ester Caldeira Estudante da UMa

8 razões para ser membro da OET

A Ordem dos Engenheiros Técnicos dá-te a oportunidade de fazer parte de uma prestigiada associação de direito público, que representa uma classe profissional que pratica engenharia desde 1852. És estudante de Engenharia? Queres entrar mais cedo para o mercado de trabalho? A Ordem dos Engenheiros Técnicos dá-te a oportunidade de fazer parte de uma prestigiada associação de direito público, que representa uma classe profissional que pratica engenharia desde 1852. Aqui ficam as 8 principais razões para te tornares membro da OET: · A OET – Ordem dos Engenheiros Técnicos é uma Ordem moderna e pioneira, com poderes delegados pelo Estado Português, criada em 1999, contando atualmente com mais de 25.000 membros, com instalações em Lisboa, Porto, Coimbra, Funchal e Ponta Delgada. · A OET procede à atribuição do título profissional de engenheiro técnico a todos os que possuírem a habilitação académica de: a) Bacharelato; b) Licenciatura; c) Licenciatura antes de Bolonha (e consequentemente os detentores de Mestrado ou Doutoramento, pois não há mestres, nem doutores que não sejam licenciados, mesmo aqueles que possuem o diploma de um curso de Mestrado Integrado). · A OET não exige exames de acesso, sendo o processo de admissão claro e transparente a todos os níveis. · Os membros estagiários encontram-se isentos do pagamento de quotas, pelo período de duração do estágio. De igual modo, todos os estagiários se encontram incluídos num seguro de acidentes pessoais, suportado integralmente pela OET, que está ativo durante todo o período do estágio. · O engenheiro técnico é um profissional reconhecido nos 32 países pertencentes à FEANI: Áustria, Bélgica, Bulgária, Suíça, Chipre, República Checa, Alemanha Dinamarca, Estónia, Espanha, Finlândia, França, Reino Unido, Grécia, Croácia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Macedónia, Malta, Holanda, Noruega, Polónia, Roménia, Rússia, Suécia, Sérvia, Eslovénia e Eslováquia. · Tem a possibilidade de aceder ao título EurIng, através da FEANI. · Os custos com as quotas são dedutíveis em sede de IRS e as declarações para todos os atos de engenharia são gratuitas, tornando a OET como a Ordem que menos cobra aos seus membros para exercerem a profissão. · A OET é a única Ordem Profissional que oferece um seguro de responsabilidade civil profissional, assim como um seguro de âmbito mundial. Assim: a) O Seguro de responsabilidade civil profissional oferecido pela OET tem um capital de cobertura de 10.000,00€ (suportado pela OET) sem qualquer custo adicional. A apólice é impressa pelos membros diretamente no site da OET. b) Permite o acesso a apólices de seguro de responsabilidades civil profissional com montantes de cobertura mais elevados, mediante pagamento de um valor adicional, contratado diretamente junto da companhia de seguros, em condições vantajosas aos preços de mercado. c) O seguro de viagem está associado ao cartão de membro e todos os membros efetivos dispõem desse seguro gratuitamente. Ordem dos Engenheiros Técnicos