Antiga cantina torna-se nova residência universitária

Antiga cantina torna-se nova residência universitária

A Universidade da Beira Interior recuperou uma antiga cantina para ser transformada numa residência universitária, com 25 camas.
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Em 15 de setembro, Mário Raposo, reitor da Universidade da Beira Interior (UBI), formalizou, na Academia de Ciência de Lisboa, com a então ministra tutelar, Elvira Fortunato, a assinatura dos contratos de financiamento do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior. Segundo a nota da UBI, este acordo garantia “um dos maiores investimentos nas residências universitárias da instituição nas últimas décadas, com obras em cerca de metade das 700 camas existentes atualmente”. Com as novas intervenções, a universidade espera aumentar essa capacidade para 800 camas, respondendo melhor à procura dos alunos.

Além das obras nas residências já existentes, a universidade beirã planeava proceder à “adaptação da antiga Cantina da Boavista a residência universitária, recuperando e dinamizando, na zona histórica da cidade [da Covilhã], mais um espaço de vivência dos estudantes, o qual se encontrava encerrado há vários anos”.

Este projeto, cujo concurso público durará até 23 de agosto, que visa aumentar a capacidade de alojamento estudantil, foi publicado em Diário da República, e tem um valor base de 1,2 milhões de euros, com um prazo de execução de 210 dias. A antiga Cantina da Boavista, inativa há vários anos, além de residência, incluirá um espaço para atividades extracurriculares, beneficiando a comunidade estudantil.

A empreitada contará com uma comparticipação de cerca de 700 mil euros do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Mário Raposo sublinhou que esta é mais uma etapa no esforço contínuo da UBI para melhorar as condições de alojamento a preços acessíveis, priorizando estudantes economicamente carenciados, que pagarão cerca de 90 euros por cama.

“O edifício, localizado no casco urbano da cidade e próximo de algumas faculdades, será transformado numa residência com 25 camas. Além disso, o espaço externo e a nave do edifício serão recuperados para atividades extracurriculares, como as tunas universitárias e outros grupos estudantis”, explicou o reitor.

Se os trâmites normais forem cumpridos, Mário Raposo espera que as obras possam iniciar-se até dezembro deste ano. A UBI, que recebe cerca de dez mil alunos, tem aproximadamente 80% dos seus estudantes deslocados. O reitor enfatizou a importância de oferecer alojamento a preços sociais, considerando-o um apoio significativo para as famílias dos estudantes.

Este projeto segue a inauguração, em janeiro de 2023, da primeira residência estudantil do país ao abrigo do PNAES, e o início iminente das obras de remodelação da residência I, a maior da UBI, com 125 camas. Estes esforços refletem o compromisso contínuo da universidade em melhorar as condições de vida dos seus estudantes e proporcionar um ambiente académico mais acolhedor e funcional.

Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Louis Hansel.

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