A 18 de maio, uma notícia do Público referia que o Ministério de Educação, Ciência e Inovação indicou haver “100 milhões a menos do que o devido do principal financiador de ciência em Portugal”. “Sem reforço de verbas, bolsas e contratos ficarão em risco”, indica o jornal que aponta que, por outro lado, ser “comum a FCT ter reforços orçamentais a meio do ano”, destacando que em 2022 chegou a receber “três aumentos no último trimestre”.
Para a ABIC é “inaceitável que a ciência e a investigação sejam relegadas a uma posição de precariedade e insegurança financeira, como se verifica”. A associação representa um dos setores mais frágeis do mercado de trabalho em Portugal, o dos investigadores bolseiros, chamando a atenção para o facto de que a uma crise financeira na FCT “compromete a continuidade de diversos projectos de investigação e o pagamento de bolsas e salários aos investigadores, afetando “milhares de investigadores que dependem destes rendimentos para prosseguir com os seus projectos de investigação”.
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Plano para combater falta de professores paga propinas a 2 mil estudantes
Pela crescente escassez de professores e visando garantir que milhares de alunos não fiquem semanas ou meses sem aulas, o Governo anunciou medidas de emergência, como o pagamento das propinas a 2 mil jovens que queiram seguir a carreira docente.
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Prazo para o pedido de devolução das propinas está a terminar
Esta semana, o portal de serviços públicos do governo registava mais de 158 mil pedidos efetuados. O prazo termina na sexta-feira,
A ABIC indica que o subfinanciamento “é resultado de escolhas políticas partilhadas por sucessivos governos ao longo dos anos, que têm consistentemente negligenciado a ciência e os seus profissionais” e que há “falta de soluções que este governo tem para apresentar (e eventualmente justificar medidas futuras no sentido contrário ao investimento necessário), através da crítica à governação anterior”.
A mesma associação refere que ao longo dos “últimos anos, continuou-se a verificar o estrangulamento financeiro das instituições de Ensino Superior […], acompanhado por um desinvestimento público significativo. Paralelamente, observa-se um reforço da gestão empresarial das universidades, a ampliação do recurso a mecanismos fundacionais e a instituições de direito privado e o crescente recurso ao outsourcing”.
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Estudantes da UMa em protesto por melhores condições
No Dia da Universidade da Madeira, os estudantes protestam no Colégio dos Jesuítas por melhores condições de estudo e de investigação. Entre os convidados das cerimónias na reitoria, a presenciar a manifestação, estavam reitores de várias universidades, a secretária de Estado da Ciência e o próprio ministro que tutela o Ensino Superior.
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Ministério quer reduzir o abandono escolar no ensino superior
O Ministro da Educação, Ciência e Inovação sublinhou a necessidade de “reduzir” as taxas de abandono escolar após o primeiro ano
A 6 de maio, nas comemorações do Dia da Universidade da Madeira, o ministro Fernando Alexandre, no seu discurso na sessão solene decorrida no Colégio dos Jesuítas do Funchal, incentivou as universidades portuguesas a “diversificar as suas fontes de financiamento, nomeadamente através do desenvolvimento de parcerias com outras entidades públicas e privadas”.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia do National Cancer Institute.