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Linguística: Sociedades e Culturas com uma “crescente procura”

A UMa apresenta "um programa de formação avançada no domínio dos estudos linguísticos aplicados à diversidade das sociedades e das culturas". Naidea Nunes, docente da Faculdade de Artes e Humanidades da UMa, diretora do curso, é a nossa entrevistada.

O mestrado em Linguística: Sociedades e Culturas da Universidade da Madeira (UMa) abriu vagas para mais o próximo ano letivo, propondo-se a “potenciar respostas para os desafios e as exigências linguísticas, no contexto multilingue e multicultural contemporâneo”.

O mestrado pretende ser desenvolver competências de investigação em Linguística e em áreas afins, destinando-se ainda a professores de Português dos Ensinos Básico e Secundário.

Diz-me como moras dir-te-ei quem tu és!

O alojamento universitário tem que ser mais do que apenas uma cama. Tem que ser acompanhamento e orientação. Tem que ser um lar. E depois? Depois fica tudo mais fácil. É extremamente dispendioso, económica e emocionalmente, viver fora de casa para estudar. Em muitos casos, trata-se da primeira vez que

Naidea Nunes, docente da Faculdade de Artes e Humanidades da UMa, é a diretora deste curso.

Que procura tem tido este mestrado junto dos licenciados? Que retorno tem obtido de estudantes e graduados?

O Mestrado em Linguística: Sociedades e Culturas tem tido uma crescente procura junto de licenciados provenientes de diferentes cursos, principalmente de Línguas e Relações Empresariais, de Comunicação Cultura e Organizações e de Estudos de Cultura, mas também de outros licenciados, como por exemplo de Artes Visuais e Sociologia.

O retorno dos mestrandos tem sido muito positivo. Pois, este curso de 2.º ciclo dá uma especialização em Linguística, mas simultaneamente permite a realização de trabalho interdisciplinar. Ou seja, os estudantes podem desenvolver e/ou integrar projetos de trabalho multidisciplinares, por exemplo na área do património cultural e natural, do turismo, da comunicação geral e especializada em diferentes áreas do conhecimento.

Aberto oficialmente desde março de 2018, com a publicação em Diário da República, os primeiros passos deste mestrado coincidiram com a pandemia de covid-19. Que desafios foram enfrentados e como foram superados?

Por se tratar de um 2.º ciclo de estudos, os mestrandos já tinham mais maturidade científica e técnica para se adaptarem aos condicionalismos das aulas e da avaliação online.

No caso da avaliação, já não são realizados testes/frequências, mas sim trabalhos de investigação. Porém, tiveram alguns entraves na realização destes, dado que não podiam contactar presencialmente as pessoas para fazerem trabalho de campo, recolha de dados linguísticos e sócio-culturais.

Felizmente, as tecnologias informáticas possibilitaram o contacto através de videoconferências, permitindo a concretização de entrevistas e outras pesquisas, inclusive em bases de dados, graças à digitalização e disponibilização online de muita documentação, por exemplo da Biblioteca e Arquivo Histórico da Madeira (DRABM).

No apoio à decisão sobre que optativa escolher no segundo ano curricular, que diferentes vantagens têm para os estudantes a realização de uma dissertação, de um estágio ou de um projeto?

No segundo ano do curso, os estudantes podem escolher fazer uma dissertação, um trabalho de projeto ou um estágio com relatório.

No caso da dissertação, trata-se de um trabalho de investigação original que envolve uma maior componente teórica e conceptual, embora também possa envolver trabalho de campo.

Quanto ao trabalho de projeto, não deixa de ter a componente de pesquisa, mas visa a aplicação prática dos conhecimentos e competências desenvolvidas no primeiro ano curricular numa determinada área de atividade ou em várias. É pensado para ser apresentado a uma instituição ou empresa, de modo a gerar uma oportunidade de trabalho, após a conclusão do curso.

No que se refere ao estágio com relatório, o trabalho a ser realizado pelo mestrando é concertado com a entidade de acolhimento. É elaborado um plano de trabalho pelo estudante que envolve o(s) orientador(es) da Universidade da Madeira e o supervisor da instituição ou empresa, de acordo com as atividades e necessidades desta.

O relatório de estágio deve incluir também pesquisa linguística e sócio-cultural aplicadas à área de atividade desenvolvida. No 2.º semestre do 1.º ano do curso, os estudantes têm uma unidade curricular denominada Projeto de Dissertação/Trabalho de Projeto/Estágio com Relatório, destinada à elaboração do trabalho a realizar no 2.º ano letivo para a conclusão do curso.

Para o efeito, já estabelecemos protocolos de cooperação e acordos de estágio com a RTP-Madeira, DRC-SRTC, DRABM, Câmara Municipal do Funchal, Académica da Madeira, Press Power, Ponteditora, entre muitos outros.

Entrevista conduzida por Carlos Diogo Pereira.
ET AL.
Com fotografia de Marcus dePaula.

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