Ivo da Piedade Álvares Furtado é médico e especialista em Estomatologia que, a par da prática clínica, se dedicou ao ensino da Medicina até se aposentar recentemente.
Prime Books, que chancela esta edição, indica o livro Novas Causas, Sempre a Poesia como “produto de uma reflexão e de um modo pessoal de encarar a vida enquanto homem de valores, pelos quais [Ivo Furtado] trabalhou enquanto médico e pedagogo.”
O autor, foi aluno nas Universidades de Luanda e de Lisboa, aonde prosseguiu como docente. Em 2019 assumiu a docência na Universidade da Madeira, da qual é atualmente Catedrático Jubilado. É coautor de ANATOMIA HUMANA – Manual para Estudantes, também editado pela Prime, que foi apresentado na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa em dezembro passado.
Numa outra vertente literária, Ivo Furtado hoje luta “na forma de poesia assumida, enquanto cidadão português atento às novas causas que urge defender na atualidade, que questionam o modo de preservar a dignidade humana, a saúde, as causas humanitárias associadas às guerras e as questões relacionadas com a própria sobrevida do planeta terra.”, adianta a editora.
“Novas Causas, Sempre a Poesia” é um volume de poesia resultante da reflexão de Ivo Furtado e conta com apresentação de Ana Isabel Moniz, especialista em Letras e presidente do Conselho de Cultura da UMa.
A sessão está marcada para a ala norte do Pátio dos Estudantes do Colégio dos Jesuítas, que acolhe a Reitoria da UMa, para o próximo dia 20 de janeiro, a partir das 16:30 horas.
Entretanto, conheça um pouco o autor.
Novas Causas, Sempre a Poesia é uma introspecção partilhada ou uma lição para o leitor?
O termo mais adequado é o de uma reflexão partilhada com o leitor, com uma componente primeira de introspecção, seguida de ponderação e de uma reacção de intervenção social, através da escrita de comunicação, na forma de poesia.
Numa altura em que a gestão da saúde em Portugal tem gerado casos de desrespeito pela dignidade do paciente, que mensagem tem para os profissionais de saúde em formação?
Tendo feito um percurso de vida pessoal com quase cinco décadas de vida profissional como médico, associada à docência e à formação médica e de outras áreas da saúde, vejo com preocupação, as dificuldades que os doentes enfrentam atualmente na procura de adequados cuidados de saúde em Portugal.
Aos profissionais de saúde em formação, peço-lhes que se dediquem à área da saúde que escolheram, com humanismo, sentido de serviço ao próximo e vocação para o exercício da futura profissão. Aconselho-os ainda ao respeito pelos valores éticos e da vida humana.
Entrevista conduzida por Carlos Diogo Pereira.
ET AL.
Com fotografia de Elisa Calvet.
