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TRANSLOCAL: um contributo para partilha de conhecimento

Mensalmente, a ACADÉMICA DA MADEIRA tem um espaço de opinião no JM Madeira. Ricardo Freitas Bonifácio, Presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA, escreve este mês sobre a revista TRANSLOCAL, criada pelo Centro de Investigação em Estudos Regionais e Locais da Universidade da Madeira.

As revistas são um meio importante de difusão do conhecimento produzido dentro das comunidades científicas e académicas. Ultrapassam outros tempos, quando o saber estava limitado ao contato pessoal ou a um círculo restrito que tinha acesso privilegiado aos conteúdos produzidos. Mesmo numa era crescentemente digital, o formato físico, através de uma publicação periódica, permite ao conhecimento a circulação com maior liberdade e até ser guardado, como em qualquer outro tipo de edição, para o futuro, a partilha não estar restrita aos dispositivos digitais. Continua a ser, por isso, fundamental a utilização dos meios impressos para transmissão e apresentação da informação.

“difusão do conhecimento produzido dentro das comunidades científicas e académicas”

A revista TRANSLOCAL, exemplo disto, foi criada pelo Centro de Investigação em Estudos Regionais e Locais da Universidade da Madeira (UMa-CIERL), sendo co-editada pela Câmara Municipal do Funchal e pela Imprensa Académica, chancela da Académica da Madeira. Nasceu em 2016, da visão de Ana Salgueiro, professora e investigadora, e Duarte Santo, professor e arquiteto, que, com vários coordenadores e autores, trabalham há 7 anos neste importante meio de divulgação científica, tornando-a um espaço de investigação e conceção cultural. A TRANSLOCAL é uma ponte entre a produção dos investigadores e demais profissionais e a sociedade, ultrapassando todo o princípio de aquisição de informação pela comunicação presencial e evoluindo para um estudo que possa ser partilhado com o leitor, depois de um trabalho meticuloso de leitura e revisão dos coordenadores e da comissão de leitura.

“um espaço de investigação e conceção cultural”

A revista conta com quatro números impressos disponíveis, dois publicados em 2022. Ao longo das suas quatro edições, contou com cerca de 100 trabalhos produzidos, de dezenas de autores, entre investigadores e intervenientes em diversas áreas da Cultura.

O último número contempla a vida e a obra de António Aragão, um dos grandes nomes da cultura madeirense, reunindo vários ensaios, artigos e preparações artísticas inspiradas no seu legado como estudioso, artista plástico e poeta. O número 4 foi apresentado no passado dia 10 de dezembro, no Teatro Municipal de Baltazar Dias.

Um número 5, “Tradução”, estará já em produção, transmitindo a necessidade de continuar com esta divulgação científica, essencial tanto no contexto académico e profissional, como no estudo e divulgação da Cultura ao grande público. A TRANSLOCAL promove a reflexão sobre as realidades urbanas contemporâneas, contribui na cooperação de trabalhos realizados por investigadores do UMa-CIERL e da UMa com dinâmicas culturais de vários territórios insulares, além de promover a internacionalização do trabalho científico da UMa e das outras instituições de origem dos seus autores. A revista, pelo seu rigor, pela sua qualidade que consequentemente estimulará uma cooperação interinstitucional, melhora a partilha de conhecimento, de métodos de estudo e investigação, de análise dos dados e da sua divulgação para o público. Existe um grande trabalho realizado pelos seus promotores para «se tornar um estímulo de inovação cultural no município», como o portal da revista refere.

“promover a internacionalização do trabalho científico”

O seu caráter de acesso aberto e livre reforça a importância que tem enquanto meio de difusão e promoção dos conteúdos científicos trabalhados, vincando a sua valência de partilha de conhecimentos. A revista é concebida, fornecendo dados pertinentes, verídicos, imprescindíveis para o estudo de vários aspetos, opiniões e visões que enriquecem a discussão sobre temas e podem ser utilizadas para alcançar um patamar cultural que por vezes é simplesmente esquecido. O empenho que os seus coordenadores e promotores têm demonstrado é sinal da força que a difusão do conhecimento pode ter quando a sociedade e a Academia juntam esforços.

Ricardo Freitas Bonifácio
Presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA
Com fotografia da oficia Freestock, na Polónia.

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