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Ajudem-nos a libertar palavras!

Um ano depois do início dos protestos nos países do Médio Oriente e Norte de África, as violações dos Direitos Humanos continuam e os governos tentam silenciar quem exige liberdade. Vamos, a partir de Portugal, responder… libertando palavras. Não fiquem fora deste movimento!! Participem e passem palavra.

Há quem diga que as rebeliões no Médio Oriente e Norte de África só foram possíveis graças às redes sociais. Outros clamam que o mérito é da estação de televisão Al Jazeera, que permitiu entrar informação mais neutra nesses países. Outros defendem que as pessoas só se puderam unir com a ajuda dos smartphones. Seja ou não tudo isto verdade, há uma certeza: sem palavras, não teria havido revoluções. Foram as palavras que uniram estes povos, há muito silenciados pelas ditaduras onde viviam (ou que ainda persistem). Foram também as palavras que lhes deram força, ao serem gritadas nas ruas. E foram as palavras que ajudaram a derrubar alguns destes governos.

Hoje, um ano após o início dos protestos na Tunísia, Líbia, Iémen, Egito, Bahrein, Síria, entre outros, a Amnistia Internacional quer lembrar que em muitos destes países continuam as violações dos Direitos Humanos. Centenas de manifestantes têm sido presos e até assassinados, a Internet continua a ser bloqueada e vários países têm proibido a entrada de jornalistas e violado o direito à liberdade de associação ao proibir o funcionamento de organizações da sociedade civil. É a sua tentativa de continuar a silenciar os ativistas… E isso exige uma resposta. É por isso que propomos: vamos enviar-lhes… PALAVRAS!

Como forma de assinalar o primeiro ano desde o início dos protestos, a Amnistia Internacional e a agência de publicidade TORKE lançaram, em fevereiro, o Freedom Dictionary, um dicionário que irá reunir as palavras que todos nós, cidadãos do mundo, libertarmos. Para o fazer não é preciso viajar para estes países, ou arriscarmos as nossas vidas, mas tão simplesmente utilizar uma ferramenta poderosa: a Internet. Basta irem a www.freedomdictionary.org, escolherem uma palavra, em inglês – entre as 155.000 disponíveis – e clicarem para a libertar, partilhando-a no Facebook. Cada um de nós pode apenas libertar uma palavra e esta ficará sempre associada ao seu nome.

As 155.000 palavras do dicionário só podem ser libertadas até ao dia 3 de abril. Serão então impressas 11 cópias do dicionário, com a indicação das palavras libertadas – ficando a branco as que não forem escolhidas – e o nome do seu libertador. Os dicionários vão ser enviados a 3 de maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, aos líderes dos 11 países onde as revoluções continuam: Arábia Saudita, Argélia, Bahrein, Egito, Iémen, Irão, Iraque, Líbia, Marrocos, Síria e Tunísia. Se a “arma de guerra” destes opressores é o Silêncio… Vamos responder com Palavras, libertando-as. Não fiquem fora deste movimento. Participem e, não se esqueçam, passem palavra aos vossos amigos e familiares.

Amnistia Internacional Portugal

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