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University for the common good

I attended Glasgow Caledonian University, in Scotland, where I studied business and tourism management. Glasgow Caledonian University (GCU) is a very new university, it was founded in 1993, because of the merger of The Queen’s College and Glasgow Polytechnic. It is the third university in Glasgow, located in the centre of the city and serves over 20 thousand students and 1500 staff members. There are also campuses in London, New York, and a college of engineering in Oman. The university’s chancellor is currently Annie Lennox, a famous singer in Eurythmics, social activist and philanthropist. The chancellor’s role is mostly symbolic, she attends important events such as graduation. In most Scottish universities graduates are “capped” before receiving their degree, which means that the chancellor taps them on the head with a ceremonial hat; this is how I met Annie Lenox. GCU contains 3 schools, the Glasgow School for Business and Society, School of Computing, Engineering and Built Environment and finally the School of Health and Life Sciences. Subjects range immensely within these three schools. There are courses on video game design/development, nursing, psychology, business and tourism/fashion/human resources, there are many subjects that are more specialised and specific than some you would find in an older, more traditional university. GCU’s library, the Saltire Centre holds an award and is a fantastic academic library for students. It is the leading UK recipient of Erasmus+ research funding to support training, youth and sport in Europe. They hold a platinum status EcoCampus award, the first university to be accredited with this. GCU also partners globally, which links in China, India, South America and Oman. Life as a student at GCU was busy and challenging but extremely rewarding and valuable overall. I met my best friends here and the support of my fantastic lecturers helped me through my degree, Glasgow Caledonian University was a pleasure to study at. Project co-financed by ERASMUS+. Lorna Murphy Students’ Union British Volunteer

Pastoral do Ensino Superior

O Departamento da Pastoral do Ensino Superior (DPES) está presente na Universidade da Madeira e tem por missão oferecer a toda a comunidade académica um espaço de acolhimento, formação, partilha e celebração comunitária da fé cristã. Disponibiliza um serviço de acompanhamento pessoal e espiritual nas diversas situações e momentos da vida, desde a vivência dos diversos sacramentos, passando pelas experiências de luto e frustrações, e promovendo o compromisso pessoal cristão através de um espaço de missão ou voluntariado. O DPES dispõe de um espaço no piso -1, junto à Associação Académica, onde o Pe. Carlos Almada, o novo padre assistente, celebra missa todas as quartas-feiras, às 13h. É também aqui que se reúne semanalmente um grupo de estudantes católicos para aprofundar a sua fé, fortalecer laços de amizade, esclarecer dúvidas, ou debater sobre temas do seu interesse. Sabemos que a Universidade é por excelência o lugar da procura da verdade e do saber, mas esta procura não se esgota num plano meramente académico ou científico. O ser humano é também um ser espiritual, dotado de um desejo mais ou menos consciente de transcendência e de relação com o Transcendente. Neste sentido, o DPES procura ser na Universidade lugar de vivência e de procura conjunta das razões mais fundas da nossa fé. Grande parte da missão que a irmã Teresa Pinho (diretora do DPES) e o padre assistente desempenham na Universidade é essencialmente a escuta, a disponibilidade para ouvir e acompanhar, a ajuda e aconselhamento, além de programarem e coordenarem, em conjunto com o Conselho Permanente, todas as atividades ligadas ao Departamento. Entre elas, podes encontrar: VOLUNTARIADO TRANSFORMA-TE Quinzenalmente, às sextas-feiras, das 18h15 às 20h30, no Hospital Dr. João de Almada. O projeto consiste em visitar e dar o jantar a alguns utentes desta instituição, oferecendo-se para isso a formação adequada e a supervisão de um enfermeiro que acompanha o grupo. CUM Coro Universitário da Madeira! Se gostas de cantar, ou tocas algum instrumento, podes juntar-te ao CUM e deste modo dar o teu contributo na Animação de diversas Eucaristias, na Celebração das Capas, no Corte das Fitas, e na Missa do Parto dos Universitários. Os donativos que o coro recebe revertem para o Fundo Solidário do DPES, o qual se destina a apoiar os estudantes mais carenciados do Ensino Superior, promovendo-se assim uma cultura solidária. DePés NO CHÃO Grupo de estudantes católicos que se reúne às quartas à tarde para debater e aprofundar a fé. E ainda…. Encontros, Retiros, Missões, Caminhadas, Formações, Jornadas Mundiais da Juventude, Tertúlias e Conversas, Macarronadas, preparação para o crisma de adultos, conversas individuais e acompanhamento espiritual. QUERES FAZER PARTE DO DPES MADEIRA? Segue-nos no Facebook: https://www.facebook.com/DPES-Madeira Inscreve-te em: pastoraluniversitariamadeira@gmail.com Vem ter connosco no Piso -1 na UMa “Para mim, fazer parte deste grupo de voluntariado faz-me ser melhor a cada dia. Sinto que evoluo imenso, não só a nível pessoal como emocional e espiritual. Sem dúvida que recebo mais do que dou, sentindo-me altamente realizada e grata por ter esta fantástica oportunidade de crescer e ser cada dia uma melhor versão de mim mesma!” (Joana Martins) “Ser voluntária é uma experiência enriquecedora e muito gratificante. Permitiu-me ter outra perspetiva sobre o que significa ajudar o próximo. Através das visitas aos idosos no lar, consigo crescer não só a nível de experiências bem como a nível pessoal. Os idosos são capazes de nos acolher e ensinar tantas coisas, basta ter disposição para fazer parte das suas vidas. No caso das atividades desenvolvidas com crianças, fico contagiada com a sua inocência e alegria. Sinto-me muito grata por fazer parte deste grupo de pessoas fantásticas que me ajudam a ser cada vez melhor ser humano.” (Paula Gonçalves) “Fazer parte deste grupo proporcionou me uma enorme variedade de experiências, que me ajudaram a crescer, através de várias atividades solidárias para com os outros, sejam estes idosos, crianças ou adultos. Ao longo do percurso conheci pessoas com quem pude partilhar refeições, histórias e experiências. Desde que me juntei fui sempre muito bem acolhido e sinto que tenho aproveitado cada vez mais a minha vida.” (Paulo Brito)

Erasmus? Espera sentado…

A Universidade da Madeira faz festa com mais de 100 vagas para os programas de mobilidade, mas esquece de resolver os problemas que tornam a viagem uma via sacra para os estudantes. Publicidade enganosa? Quando se trata de respeitar datas e cumprir prazos, não há filosofia nem física quântica que ajude os estudantes da Universidade da Madeira. Sobretudo quando o tema é: candidaturas ao programa Erasmus+. Da mesma forma que o semestre em que os alunos ficam noutro país lhes parece três dias, o tempo necessário à prossecução da candidatura e restantes burocracias parece meses. Isto quando não se trata, efectivamente, de meses ou de anos a tentar finalizar o processo, algumas das vezes sem sucesso, para descontentamento de muitos alunos. A falta de clareza nas informações prestadas relacionadas com os requisitos é um dos problemas apontados, como referido por um aluno que indica que “deveriam informar os alunos que se encontram no primeiro ano, aquando da candidatura, que esta não seria aceite pois não apresenta os requisitos mínimos, sendo por isso preferível realizarem a mesma durante o primeiro semestre do seu segundo ano.” Mais recorrentes são as várias reclamações de respostas tardias ou inexistentes, como apontado por uma aluna que referiu estar “há já um ano interessada em saber e adquirir informações” sobre o programa Erasmus, mas sem qualquer resposta por parte da responsável da Universidade por essa pasta, “primeiro presencialmente no Colégio dos Jesuítas” e depois através do envio de “vários e-mails aos quais nunca obtive resposta”. Mais preocupante é o caso reportado por outro aluno que se encontrava em vias de finalizar o processo para participar numa mobilidade internacional do programa Erasmus+. O referido aluno necessitou de dois documentos oficiais, tendo recebido o primeiro deles 2 semanas depois do pedido e apenas após quase 10 chamadas telefónicas “visto que [a responsável da Universidade] não me respondia aos e-mails”. Em relação ao segundo documento, passado um mês após o pedido ainda não o tinha, nem qualquer justificação para o atraso e, ao contactar os Serviços Sociais da Universidade, a resposta que recebeu foi que é “regular este tipo de acontecimentos com a Dr.ª [responsável da Universidade]”, o que indica que há conhecimento deste tipo de acontecimentos mas não há, aparentemente, qualquer tipo de intenção em mudar. Infelizmente, existem dezenas de outros casos como os citados. A internacionalização é um processo de duas vias: importa saber receber, mas também importa garantir que quem representa a nossa Academia além fronteiras passa uma boa imagem. Por enquanto, a imagem é que a Universidade, através dos seus funcionários, não quer nem dá satisfações aos seus alunos nessa matéria, mas os comunicados de imprensa dão outra imagem da realidade. Falando em Erasmus+: será para Inglês ver? Acreditamos que não, nem que seja pelo Brexit. Ricardo Jorge Martins Luís Eduardo Nicolau Alumni

Porque só temos uma pele para a vida toda!

“O número de pessoas com melanoma, tem vindo a aumentar, ano após ano, pelo que se estima que em Portugal existam cerca de 1000 novos casos, por ano…” A pele é o maior órgão do corpo humano e um dos únicos que possui memória, sendo capaz de registar todas as agressões a que é sujeito. O cancro da pele é uma das formas de cancro mais tratáveis, no entanto, o conhecimento do público sobre os sinais e sintomas deste contribui para uma detecção precoce, que é vital. O número de pessoas com melanoma (cancro da pele mais perigoso) tem vindo a aumentar, ano após ano, pelo que se estima que em Portugal existam cerca de 1000 novos casos, por ano. O cancro da pele pode afectar qualquer pessoa, independentemente da sua idade, no entanto, pessoas com pele clara, com exposições solares elevadas, com idades superiores a 50 anos e que tenham uma história familiar de cancro da pele, representam alguns dos grupos de risco. Todos nós estamos sujeitos a este problema, no entanto, existem gestos simples para se proteger do cancro da pele. Ao conhecer os sinais de alerta pode impedir que uma lesão suspeita evolua para algo mais grave ou invasivo. Um dos factores mais importantes para prevenir o cancro da pele é limitar a exposição solar, não esquecendo que esta, ocorre em vários lugares e não apenas na praia. De modo a fazer uma exposição solar segura deve: Evitar a exposição solar desnecessária: procurar a sombra e evitar a exposição a lâmpadas UV (solários); Utilizar vestuário de proteção: óculos de sol com proteção UV, chapéus com abas e roupa de manga comprida; Aplicar protetor solar: com SPF de 30 ou mais, relembrando que a maioria dos protetores solares só começam a atuar cerca de 30 min. após a aplicação e que têm uma eficácia de duas horas. Além da prevenção, o autoexame é também essencial no controlo deste problema, a regra ABCDE é uma forma fácil de distinguir um cancro da pele de um sinal saudável. Se apresentar algum sinal que pareça suspeito deve consultar imediatamente o seu médico. Porque só temos uma pele para a vida toda, a luta contra o cancro da pele está nas suas mãos. Para uma prevenção adequada seja uma pessoa informada! Ester Caldeira Alumnus

Crer em Deus

Com o passar do tempo fui ficando muito mais cristão e muito menos católico. Sendo a religião uma coisa do foro pessoal de cada um, a importância coloca-se no acreditar. Sou favorável a uma perspectiva ecuménica das religiões. Não vejo problema nenhum em que as celebrações sejam inter-religiosas, celebrações de unidade entre religiões, o que significa entre pessoas em partilha e neste sentido com profundo significado não-sectário, não-denominacional. Nesta perspectiva não me faz absolutamente importância nenhuma que se celebre um Santo com uma festa onde a participação inclua pessoas que não professam o mesmo culto, a mesma religião. O Santo não perderá em nada da natureza do seu significado. Penso mesmo que o espaço onde decorrem as cerimónias, deveria ser comum, independentemente da religião. E, porque é Santo António que se celebra, porque não uma Sé de Lisboa a transbordar de católicos, protestantes, muçulmanos, todos com a sua fé na unidade do crer em Deus? Tudo o que possa ser feito para que se assumam as diferenças em paz e com o respeito que elas merecem, deve ser feito. Só assim o “todos” fará sentido como o resultado, que é, da individualidade de cada um. * O presente artigo de opinião surgiu do desafio lançado pela editora: Casamento do mesmo sexo na tradição dos Casamentos de Santo António. Nuno Morna

Tutoria: uma aposta no sucesso e no bem-estar dos nossos estudantes

A Universidade da Madeira (UMa) tem disponível para os seus estudantes, apoios diversos, entre os quais se destaca o Programa de Tutoria. O ingresso no Ensino Superior acarreta muitos desafios para os estudantes, que vão desde a adaptação ao lidar com a pressão para ser bem-sucedido, gerir emoções e a incerteza do mercado de trabalho (…), para além de outros que se multiplicam nas diferentes esferas da vida. Consciente de tal, a Universidade da Madeira (UMa) tem disponível para os seus estudantes, incluindo estudantes em programas de mobilidade e estudantes internacionais, apoios diversos, entre os quais se destaca o Programa de Tutoria. Este programa é promovido pela equipa de psicólogos do Serviço de Psicologia da UMa e conta com a colaboração de estudantes mais velhos, na dinamização de algumas das iniciativas. O programa de Tutoria assenta no mote “Progresso, Adaptação e Realização no Ensino Superior” e visa apoiar o estudante universitário na sua integração e adaptação; auxiliar na gestão e resolução de problemas/desafios no decurso da jornada académica, bem como promover o sucesso académico e o desenvolvimento pessoal. No âmbito deste programa, e de forma gratuita, os estudantes têm disponível: 1) Espaço de esclarecimento e orientação – apoio fornecido a estudantes por psicólogos, com o propósito de esclarecer questões pontuais e disponibilizar material de autoajuda; 2) Sessões de tutoria individual e/ou em grupo – As sessões individuais de tutoria consistem num apoio personalizado ao estudante, focado no desenvolvimento de estratégias facilitadores da caminhada universitária (por ex.: gestão de tempo, métodos de estudos, gestão da ansiedade nos exames e apresentações). As sessões em grupo assentam em treinos de competências pessoais, académicas e profissionais, apostos na criação de um espaço de partilha entre os estudantes; 3) Atividades de convívio e de partilha de experiências centradas em vivências académicas, entre estudantes mais velhos e mais novos, promovendo o sentido de entreajuda e solidariedade. A equipa de psicólogos do Serviço de Psicologia da UMa está, pois, empenhada em promover o bem-estar psicológico dos estudantes, componente essencial para a obtenção do sucesso académico, bem como promover o desenvolvimento de competências transversais cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho. Com mais esta rede de apoio, enquanto Instituição, acreditamos estar a contribuir para que os nossos estudantes alcancem os seus objetivos académicos, capacitando-os e preparando-os para um mundo do trabalho altamente competitivo. Nota: Artigo originalmente publicado na edição do Diário de Notícias do dia 27 de junho de 2019. Carla Vale Lucas Serviço de Psicologia da UMa

Os Níveis de Língua e a Escola

Quem, demonstrando-o, ensina que falar em casa ou na escola não é igual? Os níveis de língua tendem a ser esquecidos na escola, mas subsistem na sociedade. A Linguística ensina que há níveis de língua, isto é, maneiras diferentes de falar/ escrever consoante, essencialmente: 1) os locais onde a comunicação decorre, 2) os interlocutores (idade, estatuto social, grau de relacionamento, entre outras condicionantes) e 3) o suporte discursivo escolhido. As línguas vivas são, por isso, marcadamente sociais, contemplando variáveis. Aliás, enquanto elementos sociológicos e culturais, existem porque os indivíduos constituem comunidades e formam sociedades. Deveria ser evidente que falar em casa ou no café com os amigos não é o mesmo que falar no trabalho ou na escola. Vivemos numa sociedade em que subsistem esses níveis, mas eles ou não são devidamente ensinados ou não são aprendidos, inclusive na escola. Embora a sociedade os pratique, é difícil que as pessoas tenham plena consciência deles. É primordial ensinar para que todos aprendam a fazer a diferença, mas é preciso praticá-los enquanto se ensinam (e aqui lembra-se Frei Tomás: “Faz o que eu digo, mas não faças o que eu faço.”). Se os docentes não o fizerem, a escola, seja qual for o ciclo de estudos, perde uma das suas primeiras funções: educar para a cidadania, em que se inclui saber usar adequadamente a língua materna. Ouçam-se os modos de tratamento recorrentes num ambiente escolar e, portanto, formal. Há quem trate outra pessoa por “Ó filho(a)!” (não sendo parentes), por “Ó menino(a)!” (ao falar com um adulto) ou use uma fórmula como “Ó querido(a)!” (não mantendo nenhum grau de familiaridade). Haver estudantes que se despeçam de docentes (assim como o contrário) com “Ciao!” ou os saúdem com “Olá!”, como se fossem amigos, não será recomendável. Adequar os desempenhos linguísticos torna-se imprescindível para que quem aprende recorra aos usos convenientes. Acontece de igual modo com o vocabulário, se não se estuda, se ninguém o emprega, não se aprende. A propósito, quem utiliza verbos como “estiolar” ou “exaurir”? 1. A sua força ………………, quando viu o trabalho que tinha de realizar. Preencher o espaço com a forma certa: estiolou-se/ esteolou-se/ isteolou-se. Solução: A sua força estiolou-se, quando viu o trabalho que tinha de realizar. Explicação: É classificado como galicismo pelos puristas, que recomendam “fenecer” ou “definhar” em vez de “estiolar”. Formou-se do verbo francês “étioler” (1690). Segundo Houaiss (dicionário), foi usado pela primeira vez em português por Avelar Brotero, no campo da Botânica para “provocar/ sofrer estiolamento”. Ganhou um sentido figurado equivalente a “enfraquecer(-se)”. 2. Toda a sua energia se ………… com a entrega à ajuda humanitária. Preencher o espaço com a forma certa: ezauriu/ exauriu/ esauriu. Solução: Toda a sua energia se exauriu com a entrega à ajuda humanitária. Explicação: Etimologicamente, vem do verbo latino “exhaurio,is,ausi,austum,aurire”, mantendo, hoje, a mesma significação dicionarizada: “tirar esgotando; esgotar as forças, esgotar, executar completamente”. É sinónimo de “extenuar-se” ou “esvaziar”. Helena Rebelo Professora da UMa

Diz-me como moras dir-te-ei quem tu és!

O alojamento universitário tem que ser mais do que apenas uma cama. Tem que ser acompanhamento e orientação. Tem que ser um lar. E depois? Depois fica tudo mais fácil. É extremamente dispendioso, económica e emocionalmente, viver fora de casa para estudar. Em muitos casos, trata-se da primeira vez que o jovem tem que gerir o seu orçamento, elaborar lista de compras, ir ao supermercado, tratar da lavandaria, limpar e organizar o quarto e, o pior de tudo, cozinhar. Esta é, sem dúvida, a parte invisível do que é viver sozinho enquanto frequenta a Universidade. A visível, todos conhecem. Para muitos, os estudantes que precisam recorrer ao alojamento universitário não têm regras, não limpam o que sujam, só participam e organizam festas, só fazem barulho, deitam-se muito tarde, levam namorados(as) para os quartos/casa e não estudam como deviam. Mas, será mesmo assim? A sê-lo, não teremos nós, adultos envolvidos na educação de nível superior, tanta responsabilidade quanto os não cumpridores das regras sociais e domésticas? Uma simples busca na Internet, a fiel e única companheira de muitos, mostra-nos que tipo de privações passam os estudantes e seus familiares durante 3 ou 5 anos. Camas suspensas entre duas estantes, residências luxuosas no exterior e podres por dentro, camas colocadas em corredores e adegas e alojamento sem casas de banho, têm em comum a falta de alternativa e os preços exorbitantes que são praticados. Mas não julgue, o leitor, que tal acontece lá fora, longe, com estudantes que não conhece o nome, o curso ou a família. Acontece aqui, acontece em Lisboa, acontece no Porto, acontece em Coimbra, acontece em todo o lado. Acontece onde quem precisa não reclama porque crê não ter alternativa (de oferta e/ou económica) ou porque é coagido a não reclamar. Na Madeira, existe apenas uma residência universitária. Tem dez anos. Deram-lhe o nome de Nossa Senhora das Vitórias. É claramente insuficiente para o caminho que a Universidade da Madeira tem trilhado nos últimos anos, talvez os mesmos 10. Vários foram os espaços falados e apresentados como possíveis alternativas de onde construir. O edifício na Rua da Carreira, a Quinta de São Roque ou recuperar a antiga residência “Flamengo” são soluções faladas nos corredores. Por certo, quando estas palavras vos chegar, novos lugares já terão sido apontados. Seria fundamental para a UMa, e para o seu crescimento, existir oferta de alojamento universitário adequado e ajustado à realidade insular. No entanto, cremos que antes de nascer uma nova residência é fundamental fazer crescer – em qualidade, condições e em excelência – a que já existe e que serve centenas de estudantes e suas famílias. E pagar para usar uma almofada não é um bom começo. Mais do que uma cama é prioritário esclarecer as regras pouco claras, minimizar as intransigências – algumas delas causadas, contudo, pelo comportamento de alguns residentes -, resolver o problema das cozinhas minúsculas que servem, em simultâneo e nos dias mais calmos, 50 utentes, a ausência de estendais e de uma lavandaria adequada e, talvez o mais importante, saber ouvir quem lá reside. Afinal, acolher também é educar. Andreia Micaela Nascimento Académica da Madeira

Carpe Diem

Filme Leonardo DiCaprio interpreta Jordan Belford, um jovem que ambiciona o sucesso em Nova Iorque onde sofre com o crash da bolsa. Em conjunto com um amigo vê-se obrigado a criar a sua própria firma, que servirá de base para a concretização do seu sonho. Jordan na sua escalada de sucesso passa por excessos e esquemas legais e ilegais que envolvem droga, dinheiro, corrupção e sexo, levando à sua detenção. Realizado por Martin Scorsese, que conta com muitos sucessos na sua carreira, e por um elenco de luxo, com nomes com Matthew McConaughney, este filme baseia-se na história verídica de Jordan Belford, que nos anos 90 ergueu um império através de fraudes que o levam à cadeia. Livro A arrebatadora história de um tatuador de Auschwitz e da mulher que conseguiu conquistar o seu coração. Em 1942, prisioneiro naquele campo de concentração, Ali é incumbido de tatuar nos companheiros que iriam sobreviver uma série de números. Gita, uma jovem aterrorizada por estar na fila para ser tatuada capta a sua atenção, fazendo-o apaixonar-se por ela. Juntos lutam pela sobrevivência. A história baseia-se em entrevistas que Heather Morris fez durante alguns anos a Ludwig Sokolov, sobrevivente e tatuador em Auschwitz, e que nos mostram os extremos da natureza humana, misturados com o amor sempre presente. Melhor Câmara de Telemóvel: P30 PRO Este dispositivo revolucionou a forma como tiramos fotografias com a nossa câmara de bolso. Conta com um zoom óptico de 5X, híbrido(óptico e digital) de 10X, e de, nada mais nada menos, que 50X através de software. Vem equipada com estabilização para melhor nitidez nas fotos. Ainda como novidade, este dispositivo consegue ser um telescópio de bolso, pois, com um zoom tão grande, podemos tirar fotos à Lua! À parte desta incrível câmara, outras três prometem excelentes resultados, com os 40mpx da câmara principal, a câmara dedicada a retratos denominada de TOF (Time of flight) que melhora o efeito de desfoque nas fotos. Por fim, temos a câmara grande angular, que permite capturar mais espaço dentro da mesma fotografia como, por exemplo, um grupo grande de amigos. Destaca-se também o modo nocturno que consegue literalmente ver no escuro através do potente processamento da Inteligência Artificial, que reduz drasticamente o desfoque e corrige a nitidez. Melhor Preço Qualidade: ONEPLUS 7 PRO O Oneplus 7 pro é considerado um dos dispositivos lançados este ano que veio oferecer muito pelo preço que custa, cuja base é de 699€, em Portugal. Falamos de um dispositivo que conta com um ecrã sem notch de 6.7 polegadas, com a tecnologia Amoled que lhe dá cores mais aproximadas à realidade e com a novidade de ser 90hz o que significa que é muito mais fluido visualmente e não vemos o movimento dos itens no ecrã. Conta também com uma câmara de 48 megapixels, uma telefoto de 3X e uma grande angular bastante capazes, que prometem não desiludir até aos mais críticos. A melhor característica deste dispositivo é sem dúvida a sua grande capacidade de bateria e o seu tempo reduzido de carregamento, sendo possível aguentar um dia inteiro de uso moderado com apenas 20 minutos de carregamento. Melhor Inovação Em Pc’s: ASUS ZENBOOK PRO 15 O Asus Zenbook Pro 15 é um dos pioneiros em tecnologia uma vez que, apesar das suas especificações mais do que capazes, ainda conta com um detalhe bastante interessante e que permite aos que realizam muitas tarefas simultaneamente terem a vida um pouco mais facilitada: um segundo ecrã onde, normalmente, se localiza o touchpad. Este segundo ecrã serve também como num notebook normal. Esta implementação vem colmatar uma necessidade crescente em conseguir fazer mais tarefas num menor espaço de tempo. Nele, é possível utilizar a calculadora, ver um vídeo, visualizar fotografias e muito mais. Apesar do seu preço pouco convidativo de 2.000€ é, sem dúvida, uma tentativa bem-sucedida de revolucionar o mundo dos notebooks e facilitar, ainda mais, a nossa interacção com estes importantes dispositivos. Passeio: ROTA DOS VINHOS A Rota dos Vinhos é uma boa forma de realizar grandes passeios e de conhecer um dos mais importantes produtos nacionais, o vinho. De Norte a Sul do país contamos com vários vinhos de excelência. No Norte, nos vales dos rios Minho e Douro encontramos zonas de turismo rural onde se podem visitar várias adegas e vinhas de emblemáticos vinhos verdes. Nessas regiões nortenhas, encontramos os importantes vinhos verdes da casta Alvarinho, entre Monção e Melgaço. A oriente, ficam os vinhos do Alto Douro. E, seguindo o seu curso, o Douro também serve de regadio às terras do Vinho do Porto, atravessando paisagens classificadas Património Mundial pela UNESCO que, pela sua beleza e singularidade, conquistam o olhar dos visitantes. No Centro do país temos a Rota da Bairrada, na região litoral que abrange Aveiro e se estende até Coimbra. Podem-se visitar as termas e os spas ao mesmo tempo que se apreciam os vinhos locais e os espumantes que acompanham um dos pratos tradicionais, o Leitão da Bairrada. Mais a Sul, temos a Rota dos vinhos da Península de Setúbal que conta com a Serra da Arrábida como um dos locais principais. As paisagens deslumbrantes servem de berço a um dos importantes vinhos nacionais, o Moscatel de Setúbal. Esta região conta com um grande número de adegas e de espaços onde se podem provar os vinhos e apreciar todo um leque gastronómico de produtos locais. Afonso Abreu Estudante da UMa

Praxe Académica

Os rituais de recepção dos alunos novos ao ensino superior são já tradições de longa data. A Praxe, do grego Praxis, numa das suas definições dicionarizadas, consiste num “conjunto de regras, costumes e práticas que governam as relações académicas entre alunos de uma instituição de ensino superior, baseado numa relação hierárquica”. Desde o seu início, este hábito tem vindo a provocar, tanto naqueles que nele participam, como naqueles que assistem, reacções diversas. Até há algumas décadas, entrar na Universidade era notável. Num artigo de opinião publicado no Expresso, Daniel Oliveira refere que só este feito bastaria para que um indivíduo passasse a ser ‘senhor doutor’, sem que tal reflectisse qualquer mérito académico. Com o passar do tempo, entrar na Faculdade tornou-se mais habitual. A maior abertura do ensino superior deve-se ao estabelecimento de oportunidades às quais os nossos antepassados não tiveram acesso, tais como bolsas de estudo e outros géneros de apoio social. Este processo provocou também uma mudança do papel social do próprio ensino superior, que deixa se tornar cada vez menos elitista ou exclusivo, para se aproximar no nível de escolaridade mínimo exigido ao cidadão do futuro. É aqui que a praxe entra – tenta atribuir novamente esse significado àquela que é uma das etapas mais importantes da vida de um estudante. A praxe tem como missão, acima de tudo, inserir os novos alunos neste grande meio que é o ensino superior. Porém, se o ensino superior se parece querer para a democratização do conhecimento, qual será o espaço de uma tradição que se baseia numa hierarquia estabelecida, como a Praxe? Haverá risco de, na procura pela união dos estudantes, recorrer-se a uma obediência cega por intimidação, ameaças e humilhações consentidas? Valerá a opinião de um estudante “caloiro” tanto quanto a de um estudante mais velho? O Código de Praxe da UMa declara, no seu artigo n.º 39: “O praxista não deve (…) sobrestimar-se”. Já o seu artigo n.º 42 diz: “Os caloiros podem recusar fazer determinada atividade no âmbito da PRAXE a que aderiram.” À primeira vista, estes e outros artigos do documento pretendem estabelecer limites à acção dos praxistas, valorizando a opinião dos caloiros, evitando que sejam forçados a fazerem coisas com as quais não se sentem confortáveis, como a imitação de actos sexuais, estarem em posições incómodas, entre outros. Serão esses artigos lidos, entendidos e assimilados num verdadeiro espírito de camaradagem ou conforme a vontade de cada um? Cada qual tem que fazer a sua análise e perceber o que pretende com a Praxe, sabendo que a sua liberdade não é a única que está em jogo. Pessoalmente, apesar de criticar a Praxe, a minha experiência não foi de todo tão má. Creio que a Praxe ajuda na inserção dos recém-chegados, apesar das confusões que pode haver pelo caminho. Tive momentos difíceis, mas também tenho muitas boas memórias dos dias em que, fritos pelo sol, andámos a correr de um lado para o outro, ou da marcha, da bênção, dos risos. Ainda tenho nódoas negras nos joelhos esfolados pelo chão crespo. Tal como a farinha e o molho no cabelo passaram com água e detergente (sim, o de loiça), a dor dos joelhos também passou. Mas ficaram as memórias. Acredito não ser a única a pensar que a Praxe tem aspectos bons e maus. Não creio que a eliminação desta tradição seja a acção mais correcta a tomar, mas sim a alteração maneira como é feita e o controlo daqueles que a fazem. Qualquer um pode vestir o traje, mas nem todos são praxistas de verdade. Podes querer fugir ou podes ter saudades. A verdade é que, ao fim do dia, a Praxe deixa sempre marcas. Liseta Pereira Estudante da UMa