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Quando a vida acaba por nossa vontade

Nos últimos anos o número de suicídios em Portugal tem vindo a aumentar, sendo a Madeira uma das regiões do País na qual se registam as taxas mais elevadas. No entanto, não é possível apurarem-se dados concisos, uma vez que muitos suicídios são camuflados, por variadas razões. O certo é que, por ano, em solo português, mais de um milhar de pessoas põe termo à própria vida. No mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde, são mais de 3000. Esta causa de morte e o impacto que tem tido na sociedade obrigaram à implantação de um Plano Nacional de Prevenção do Suicídio, em curso desde 2013, com final agendado para 2017. Este plano, dividido em duas fases de implementação, pretende uniformizar a terminologia, fomentar a caracterização rigorosa da situação, potenciar os níveis de bem-estar psicológico e uma melhor acessibilidade aos cuidados de saúde, melhorar o acompanhamento após alta hospitalar, aumentar a informação e a educação em saúde mental, assim como, diminuir o estigma em torno de depressão, ideação suicida, comportamentos auto lesivos e actos suicidas. As acções desenvolvidas no âmbito do Plano pretendem abarcar a população em geral, mas, de forma específica, adolescentes, idosos, população prisional, pessoas com deficiência, profissionais de saúde e forças de segurança. Afinal, um acontecimento deste tipo não escolhe idade, profissão, estrato social, sexo, raça, ideologias ou orientação sexual específicas, e todos devem estar preparados e sensibilizados. O suicídio apresenta-se como um fenómeno complexo que a todos diz respeito. É perspectivado como uma forma de ceifar uma dor emocional insuportável, que não é, de todo, impossível de evitar. A mesma pessoa que tem um perfil dito suicida (mal-estar psicológico, isolado, sem auto-estima, sem esperança), pode, ainda, ser ajudada, se for devidamente entendida e auxiliada na procura de soluções ou estratégias para contornar a sua situação de vida. Muitas vezes, registam-se casos de desvalorização das ameaças de suicídio ou de atribuição simples a alguma patologia, sem que se prestem os cuidados necessários, que podem ir desde a fomentação de conversas em casa até à procura de um profissional especializado. Conversar pode não se constituir como a solução total do problema, mas é, efectivamente, uma maneira de atenuar a angústia sentida e uma maneira de fazer o possível suicida entender que tem uma rede de suporte à sua disposição. A Sociedade Portuguesa de Suicidologia afirma que o suicídio é uma escolha, um direito da autêntica responsabilidade de cada qual. Mas é, igualmente, uma escolha de todos nós ignorarmos os pedidos de ajuda que passam sob a nossa inconsciência, camuflando-os de loucura ou desequilíbrio, em detrimento da aposta numa visão positiva da vida. Afinal, nenhum problema temporário tem o direito de se impor e determinar o definitivo da vida. Empatia e responsabilidade precisam-se, porque a vida, essa, é a única coisa que não (deve) terminar por nossa vontade. “Todos usufruímos dessa liberdade e, por essa democracia conquistada, todos temos a responsabilidade de participar, de decidir, de dar a cara. Esse é o valor da democracia.” Num estudo do V-DEM Institute, da Universidade de Gothenburg, divulgado em março deste ano, Portugal surge com a 7.ª melhor democracia do mundo. Apresenta-se como um exemplo de evolução positiva quando se consideram as últimas décadas, mas peca pela fraca participação política dos cidadãos. Uma sondagem produzida para a Representação da Comissão Europeia em Portugal — Opinião pública na União Europeia demonstrou que houve uma quebra de confiança, por parte dos portugueses, nos partidos políticos e na satisfação com a democracia. Posição corroborada por vários outros estudos, que concluem que as instituições políticas são, definitivamente, aquelas em que é depositada menos confiança. É portanto fácil de questionar, perante os dados expostos, se a fraca participação política, o desinteresse da população e até a abstenção nos vários atos eleitorais não são senão espelho da falta de confiança dos portugueses nos partidos. Eu diria que sim! Mas o que tem falhado? E que preço se paga por viver em democracia? O 25 de Abril de 1974 deu azo ao nascimento da democracia depois de anos de ditadura e foi ela que nos deu a oportunidade de ter opinião, de votar de forma livre, de escolher quem nos governa. Hoje, dizem que Portugal vive uma crise de confiança política, mas, muitas vezes, esquecemos que todos estamos no mesmo barco. Que a democracia nos serve no auge, mas que também deve ser arma para os tempos mais difíceis. Todos usufruímos dessa liberdade e, por essa democracia conquistada, todos temos a responsabilidade de participar, de decidir, de dar a cara. Esse é o valor da democracia. A realidade que atravessamos, com a pandemia da COVID-19, deixou-nos nas mãos dos políticos que nos representam. Sem escolha, confiantes ou não, foi essa democracia que mostrou, uma vez mais, que as nossas decisões se refletem, sempre, no percurso da nossa Região e do nosso País. Um estudo recente, realizado pelo ICS e pelo ISCTE, revelou que 51% dos portugueses considera que as medidas tomadas, em resposta à pandemia, foram adequadas, mas outros 44% defendeu que eram necessárias outras mais restritivas. Gostava de saber a percentagem de votantes entre estes inquiridos, o que nos traria mais uma oportunidade de reflexão e mais uma forma de entendermos que não basta reivindicar. Hoje, o papel da política é, também, o de nos salvar a vida. O de impor para nos proteger, o de alterar a realidade para que ela surja melhor, mais tarde. Na nossa Região, a estratégia política resultou. Não se registaram óbitos e, em relação ao resto do território, têm sido menos as linhas de contágio ativas. Afirmo, até porque escrevo um artigo de opinião num tempo de liberdade, de que acertámos no líder e na audácia de quem nos governa. Mas, nas últimas eleições, ainda faltou votar quase 45% da população. Que as novas circunstâncias, a que nos estamos a adaptar e a que o nosso Governo está a responder, possa mudar a opinião das pessoas e fazer com que, pelo menos aqui, a política esteja mais apta a ter a

É sempre Natal, desde que assim o queiramos

O Natal é uma época de muito Amor e Magia! Decorar a casa, enfeitar a árvore, fazer o presépio, confecionar os doces típicos, ir ao Circo, divertir-se no parque de diversões, trocar as prendas com os amigos secretos, conviver com os familiares e amigos, e presentear aqueles que mais amamos, fazem parte da alegria e do entusiasmo que se vive na época natalícia. Nessa época as prendas adquirem um significado tão importante que os desejos da maioria das pessoas refletem-se apenas em objetos materiais, e no consumismo exagerado. Devemos incutir desde cedo às nossas crianças, a importância de valorizar e apreciar as coisas mais simples da vida, as que não têm preço. Podemos presentar aqueles que mais estimamos com verdadeiras prendas de carinho e amizade, que estão ao alcance de todos nós. Ofereça-lhes o seu tempo, ajuda, conforto, lealdade, atenção e dedicação. Todos nós tendemos a esquecer os bens materiais, e as “coisas” que nos oferecem, mas recordamo-nos das maiores alegrias, das maiores gargalhadas, das melhores conversas, e dos melhores momentos que partilhamos com os nossos amigos e familiares. Existem outras prendas valiosas tais como o exemplo das nossas ações, comportamentos e atitudes, enquanto pais, amigos, colegas e professores. Assim como educar e informar sobre os riscos e malefícios do comportamentos aditivos e dependências, potenciar as competências pessoais e sociais dos jovens, e dotá-los de ferramentas para estarem aptos a tomar decisões conscientes e responsáveis para a sua vida, livre de vícios. Mónica Melim Psicóloga do Instituto de Administração da Saúde, IP-RAM

The legend of Smok Wawelski

Every nation has its own traditions, and an integral part of these traditions are countless myths and legends. Even though they are considered only partially true they still constitute an important aspect of national heritage. At first oral, then written stories are handed down from generation to generation. Despite changing times and cultural trends the great national value of these stories remains intact across the centuries, enriching the national culture and identity of the people. Poland also has its own legends about kings or princesses but the most famous is about the dragon, well known to every Polish child, is the legendary Smok Wawelski who inhabited a cave near the Wawel Castle in Kraków. “Once upon a time there was an awful dragon that kept threatening the people of Kraków. He slew the innocent, devoured their domestic animals and plundered their belongings. Nobody could prevent his hideous deeds. The King of Kraków, desperately worried about the tragic situation in the city, promised the hand of his daughter to anyone who could defeat this terrible creature and free the inhabitants of Kraków from his tyranny. One day, a poor shoemaker hit upon a clever idea. He stuffed a sack with sulphur and planted it close to the dragon’s cave. Thinking this to be a nice titbit, the dragon gobbled it up in the twinkling of an eye. Very soon he started to feel enormously thirsty. He was forced to drink half of the Vistula River, and as a result, his stomach kept swelling and swelling and eventually, it exploded, killing him! Thus the idea of a simple boy saved the lives of the whole of the city of Kraków. As promised the boy married the king’s daughter and the pair lived happily ever after.” Smok Wawelski’s cave still exists and is a popular tourist attraction (though not in winter) at the cave, the mouth is a fire breathing statue of the dragon by Bronisław Chrobry. Danuta Brzozowska Students’ Union Polish Volunteer Project co-financed by ERASMUS+.

Uma visita guiada pela Residência

A minha chegada na residência universitária foi, digamos, diferente. O segurança que recebe os estudantes em mobilidade e os demais residentes do estrangeiro apenas fala Português. Quando cheguei, o quarto não estava preparado: não havia lençóis, cobertor ou travesseiro. Mesmo com a informação sobre a minha chegada, a residência não tinha preparado o quarto. A partir do dia seguinte, e durante duas semanas, tentei assinar o meu contrato com a residência. Sem sucesso, recebi diversas justificações que iam da falta de Internet até o momento errado para assinatura. Pensei que se não era importante para eles, não deveria ser para mim. O meu quarto parecia possuir o suficiente para o meu quotidiano. O grande problema começou com uma componente importante: a cama. Pequena, com um colchão num estado deplorável pela sujidade, não permitia que qualquer conformo mínimo ou que alguém mais alto pudesse dormir normalmente. Igualmente desajustada era a secretária que parecia ter sido feita para um miúdo da escola primária. É claro que depois da cama, começamos a reparar que nenhuma das luzes nas secretárias funciona e que as cortinas estão tão sujas como o colchão. A casa de banho representava outro problema: a posição do duche indicava, em todos os quartos, uma fonte de fungos que crescia na parede do quarto. O interior não possuía qualquer prateleira para colocarmos os produtos essenciais de higiene. O duche pingava e tentava nos embalar durante a noite já que a porta da casa de banho não se fechava. Saindo do quarto podemos visitar o epicentro do terror que é a vida dentro da Residência: a cozinha. Cada andar possui uma que é partilhada por cerca de meia centena de pessoas. São quatro mesas, 10 cadeiras, uma torradeira, uma jarra elétrica, um microondas (tem dias), um lava-loiça e um fogão com quatro bocas para os mais de 50 residentes do andar. Os utensílios que existem parecem resgatados de um cenário de guerra e são acompanhados de formigas e baratas que se juntam a loiça que existe e à floresta de fungos e bactérias que cresce pelo espaço. Pensar num forno é parte do imaginário. Em Dezembro passado tudo piorou. Sim, foi possível. O fogão do primeiro andar deixou de funcionar durante meses, juntando-se o fogão do piso térreo que tinha apenas duas bocas operacionais que eram partilhadas por mais de 100 residentes. Infelizmente, o horário limitado das cozinhas só permite que a sua utilização seja até às 2:00 da manhã, o que obriga a que o jantar comece a ser preparado com dois dias de antecedência para que as duas bocas de fogão sejam suficientes. Essa antecedência baixa para a preparação na véspera quando todas as bocas estão operacionais. Acompanhando o espírito de que quase nada funciona, a lavandaria da residência possui metade dos equipamentos a funcionar. Ou metade avariada, dependendo que como olhamos para o copo meio cheio ou meio vazio. As áreas comuns continuam na sala de estar. Cada andar possui uma equipada com um televisor, uma mesa e dois sofás que, para combinar, estão tão sujos que qualquer observador desconfia que nunca foram limpos. Por mais que a Universidade e o curso possam ter sido uma boa experiência, numa ilha que é certamente paradisíaca, a vida na residência foi um verdadeiro inferno e pode eclipsar as boas recordações que levamos. Mais do que a quantidade dos problemas, a falta de vontade de quem gere a Residência é notória. Nem sabem o que estão a fazer, nem querem saber. Muitos problemas são de resolução tão simples que ficamos sem compreender como a administração pode se preocupar tão pouco com a vida dos alunos. Este artigo resulta dos testemunhos partilhados por vários residentes oriundos dos programas de mobilidade Erasmus+ que estudam na Universidade da Madeira.

Conor McGregor

Conor Anthony McGregor was born to parents Tony and Margaret McGregor on July 14, 1988, in Dublin, Ireland. He rose from a tough neighbourhood in Crumlin to become the biggest star in the sport of mixed martial arts (MMA). Conor enjoyed playing football as a child but later turned to box as an outlet for his aggression. He was a member of the Crumlin Boxing Club from the age of 11-17 where he also won a Dublin championship there. In his later teen years he worked as a plumber but left to pursue his dream of becoming a professional fighter, much to his parent’s dismay. McGregor made his professional debut on March 8, 2008, for the London-based promotion Cage Warriors, winning by TKO. He lost two of his first six fights before reeling off an impressive streak, claiming both the featherweight and lightweight championships in 2012. Conor McGregor was signed by UFC President Dana White in early 2013 and he was impressed with a first-round knockout in his April debut for the organization. He continued his winning ways through July 2015, when he defeated Chad Mendes for the interim featherweight title. That December, he knocked out Jose Aldo in a record 13 seconds to unify the featherweight title. Even though Conor McGregor is a very famous and well-known sportsman for Ireland, he hasn’t always represented our country well with his behaviour over the years. He has had allegations over the years of racism, sexual assault and aggressive behaviour towards his opponents. His ‘trash talk’ is what he is best known for and how he intimidates his opponents but it often gets him in trouble. Conors relationship with the UFC became strained when his inactivity in the octagon prompted its president to strip the fighter of his featherweight and lightweight titles by early 2018. McGregor made his long-awaited return in October 2018, nearly two years after his last UFC fight but during the fourth round, he started a brawl which caused him to be suspended for 6 months. On March 26, 2019, McGregor announced via Twitter that he was retiring from the sport that made him famous. He concluded his MMA career with a record of 21 wins and four losses. Kelly Quinn Students’ Union Irish Volunteer Project co-financed by ERASMUS+.

Toni Kroos: not only a football player

Toni Kroos won a lot of titles in his football career and did not become a famous football player in Germany only. Toni Kroos was born on 04.01.1990 in Greifswald in Germany. He played in a club in this city since he was seven years old with his younger brother and his father as his trainer. Later he would be discovered by the big club “FC Bayern München”. For 17 years he played for the professional team in this club. In 2014 he changed the club to “Real Madrid” and is there still. Also, in 2014 he won the World Cup with the German National Team. This was one of the most important years for him since he is also known outside of Germany. But he is not only a football player because in 2015 he founded the “Toni Kroos foundation”. It is a foundation that is helping critically ill children, teens and their families. For example, the foundation pays the therapy for the children and makes some beautiful moments for the families possible. For collecting the money, he does a lot of things. For example, he sold his worn World Cup final jersey and got for it 31.099 Euros for the foundation. But he also found support from other prominent people from Germany. I think Toni Kroos is a good example of what you can do for people that need help and how to deal with responsibility. He is not only a football player he is also a man that do a lot for children and their families in Germany. My name is Lena and I am 19 years old. I live in a small village in the west of Germany and before starting my EVS I finished my high school. Lena Züll Student’s Union German Volunteer Project co-financed by ERASMUS+

O papel dos jovens na mudança das alterações climáticas

Qual é o papel dos jovens na discussão sobre as alterações climáticas? Como em tudo não somos todos iguais nem pensamos da mesma maneira. Há quem faça e lute e se exponha dando a cara, há quem faça sem grande alarido o seu papel e há quem não se importe. Existem muitos casos de jovens a lutarem pela mudança onde torna-se impossível deixar de referir o caso da jovem Greta Thunberg, ativista ambiental que luta em prol de um mundo melhor. Muitos outros juntam-se a ela nesta luta mesmo que de forma mais reservada tentando, junto dos que lhes são mais próximos, mudar hábitos, atitudes e comportamentos. Contudo, são mais aqueles que continuam calados mas a deitar o lixo pela janela do carro. Alguns jovens têm a preocupação de mudar a situação em que nos encontramos. Porém, o seu papel não se centra apenas neles próprios, querem, também, a mudança por parte dos adultos. Muitos destes que conservam a ideia de que o aquecimento global é uma invenção e que as temperaturas altas em época de Inverno são uma dádiva. É difícil? Sim, é. Mas nós temos o conhecimento e os meios para viver mais e melhor. Comecemos pelos nossos locais de estudo e de trabalho, pelas nossas casas e pelos nossos comportamentos. Sabemos reciclar? Fazemo-lo? Reduzimos o consumo de plásticos? Guardamos connosco o lixo quando não temos por perto um contentor? Fotocopiamos e imprimimos mesmo quando não sabemos se vamos mesmo disso precisar? Aderimos à fatura eletrónica? Poupamos água no banho e no jardim? Participamos em ações de reflorestação e limpeza das florestas ou praias? Façamos o teste e teremos a resposta. O papel dos jovens tem que ser ativo e para tal basta ter 20 valores no teste acima! Elisa Freitas Aluna da UMa

Já cuidou da sua saúde mental hoje?

Será que damos a devida importância à nossa saúde mental e cuidamos adequadamente da mesma? No nosso dia a dia é normal que nos magoemos e que surjam o que podemos chamar de feridas psicológicas. Estas feridas definem-se através do mal-estar causado, exibindo uma constelação de sinais e/ou sintomas (seja por exemplo, ao nível do sono, apetite, motivação, preocupação, choro…), que representam um processo normal de resposta do organismo à situação, por vezes mais stressante e/ou angustiante. A higiene mental passa por monitorizar e tratar das feridas psicológicas, atempadamente, antes que cresçam e causem prejuízos no nosso funcionamento/ desempenho em diferentes áreas, adotando por isso uma série de hábitos que contribuem para a manutenção do nosso bem-estar. Deixamos, por isso, dicas de como proceder à higiene mental no dia a dia: 1. Perante uma “ferida psicológica”, preste atenção à dor emocional sentida. Ganhe consciência acerca do que se está a passar, dos pensamentos e sentimentos que lhe ocorrem, bem como dos comportamentos adotados. A prática do journaling (escrever sobre o que pensa, sente, age) pode ser uma ferramenta útil, contribuindo para aumentar a autoconsciência. 2. Permita-se sentir. “Estou a sentir-me triste, neste momento, tenho motivos para isso, mas em breve irei ficar melhor…” 3. Ative estratégias que lhe permitam diminuir a reatividade fisiológica provocada pelas experiências emocionais. Por exemplo, respire lenta e profundamente, sentindo o corpo a relaxar à medida que o faz. 4. Esteja atento ao seu pensamento, identifique e interrompa ciclos de pensamentos que possam ser prejudiciais, questionando os mesmos e/ou substituindo-os por outros. 5. Pense em estratégias de resolução de problemas que possa ativar. Pergunte-se “O que posso fazer para me sentir um pouco melhor e/ou para resolver esta situação?”, “Será que posso ler o que aconteceu de uma outra forma?” 6. Aposte no autoconhecimento e autoaceitação, identificando forças e fragilidades, treinando a autocompaixão. 7. Defina objetivos para si, desenvolva um plano e vá monitorizando, de modo a fazer os ajustes necessários. Assuma uma postura de aprendizagem e desenvolvimento contínuo, consciente que o aprender com o erro faz parte do processo. 8. Peça ajuda sempre que necessitar. A procura de suporte social pode ser um elemento protetor da saúde mental. Cuide e reforce as suas relações interpessoais. 9. Pratique exercício físico, cuide da alimentação e da higiene do sono, aposte em atividades gratificantes e prazerosas, que promovam o seu bem-estar (por ex.: fotografia, dança…), prestando atenção ao seu corpo e mente, como um todo. Por tudo isto, invista na prática da higiene mental. O autocuidado mental fortalecerá a sua/a nossa saúde, o que ajudará a prosperar. Se quer saber mais sobre esta temática, explore: https://bit.ly/2vBQv3z Luciana Ferreira Serviço de Psicologia da UMa

Calvin Harris

Calvin Harris, is a Scottish musician, DJ, producer and songwriter. Born in 1984 as Adam Wiles, he changed his name to Calvin Harris for his music career. Calvin Harris was born in Dumfries, Scotland and after leaving high school he worked odd jobs in a supermarket and a fish processing factory. He worked these jobs so that someday he could afford the DJ equipment he needed to begin his music career. At 18 Harris released two songs and then moved to London to learn from the thriving music scene there. He only realised one song while living in London and eventually he was forced to return to Dumfries due to a lack of jobs and money. Once In Dumfries again he began posting homemade singles on his Myspace page, which gained enough popularity to garner attention from a music manager who had recently started his own firm, Calvin Harris became his first signing. Harris’ first album was released in 2007, “I Created Disco” he had worked on it for a year. Each track on the album was written, produced and performed by Harris alone. It reached number 8 on the UK Albums Charts. The same year, Kylie Minogue heard Harris’ songs, which led her to collaborate with him, co-writing and producing two songs for her album X. The following year, Harris’ collaboration with rapper Dizzee Rascal, “Dance wiv Me” reached number one in the UK. In 2009, “Ready for the Weekend,” Harris’ second album was released. Three of the 14 songs reached the top 20 in the UK, and “I’m Not Alone” debuted at number one on the charts. Harris’ success continued with many recognisable singles such as “We Found Love”, “This Is What You Came For”, “Summer” and “Feel So Close”. Possibly the most famous song is “We Found Love”, his collaboration with Rihanna. He is working on his 6th album currently, his music has transitioned into Funk style and cites Jamiroquai and Fatboy Slim as inspirations. He is active in charity work, raising money for causes such as Product Red, an anti-AIDS charity, Shelter, which looks to end homelessness in Scotland and after the 2017 Las Vegas shooting he donated to the Vegas Victims Fund. Lorna Murphy is an Erasmus+ volunteer from Scotland, UK, who graduated in tourism management and loves travelling. Lorna Murphy Students’ Union British Volunteer Project co-financed by ERASMUS+.

A Residência não é apenas um espaço para dormir

Parece-nos estarmos perante uma Residência Low cost à semelhança das companhias aéreas: custo baixo e apetecível mas se precisares de marcar lugar, comer uma bolacha rija, levar uma mala, ou quase garantir um lugar sentado …. é obrigatório desembolsar muito mais. É sabido que o acesso ao Ensino Superior pressupõe, desde logo, alguns desafios desde a qualidade do ensino até às condições que o suportam. Comecemos pelo básico, comecemos pelo alojamento adequado com a disponibilização de serviços e acessos condizentes. Falemos sobre a nossa Residência Universitária. Spoiler alert: existem vários problemas! Ao contrário do que se vive, ano após ano, noutros pontos do país, na Madeira, a questão da oferta de camas ainda não é um verdadeiro problema. É certo que a questão da internacionalização poderia ser potenciada mas, entre muitos outros factores, o alojamento e as suas condições teriam que ser repensadas. Mas, tomemos conta de uma coisa de cada vez. Como em tudo, começar por melhorar o que já existe será o melhor caminho a seguir. É inevitável! Apesar de diversas tentativas de melhoramentos, indicando o quê, porquê e como, não conseguimos evitar. O descontentamento em torno das condições existentes na Residência é cada vez maior entre os seus residentes e familiares. Entre diversos problemas já assinalados, ao momento, o principal foco de descontentamento são as cozinhas, onde um fogão, um microondas e um frigorífico tem que ser partilhado por 50 residentes, isto se as cozinhas dos restantes pisos estiverem funcionais. Caso não estejam ou apresentem algum pequeno ou grande electrodoméstico avariado, os utilizadores podem duplicar. Se dois ou três familiares em casa conseguem semear o pânico quando juntos na cozinha, imagine-se o que se vive diariamente na Residência. É fundamental promover a união e o trabalho de equipa, mas esta não me parece ser a forma mais adequada de o fazer. Quantas vezes ouvimos: “Ok, não há fogão, o microondas também serve ou se usares o do vizinho. Chaleira? Depende do dia. Frigorífico? É possível mas só se chegares primeiro, caso contrário não dá para todos”. Mas é económico, dizem. O alojamento na residência universitária seja no Funchal ou em Trás-os-Montes é, sem dúvida, mais económica e segura para alojar um estudante universitário. Mas será? Actualmente, o preço para os estudantes não bolseiros está fixado nos 170 € mensais, num quarto partilhado por três pessoas. Claro que referimo-nos ao básico. Contudo, se necessário for outro conforto ou serviço básico adicional as coisas mudam de figura. Senão vejamos: + 5 € para teres aparelhos elétricos no quarto; + 24 € por um conjunto de lençóis (2 lençóis + 1 fronha); + 6 € por uma almofada; + 6 € por uma toalha de rosto; + 10 € por uma toalha de banho; + 26 € por um cobertor. Lavandaria? Isso depende. Uma lavagem de roupa, usando uma máquina tipo industrial, custa 2,50€. Contudo, se pensarmos no desperdício e na causa ambiental ou juntamos toda a roupa durante 2 semanas sem a lavar, ou gasto mais lavagens com a máquina quase vazia, garantindo, contudo, que tenhamos roupa fresca a usar. Também existe a possibilidade de juntarmos a nossa roupa, incluindo a íntima, à dos nossos colegas que por vezes nem sabemos quem são. Parece-nos estarmos perante uma Residência Low cost à semelhança das companhias aéreas: custo baixo e apetecível mas se precisares de marcar lugar, comer uma bolacha rija, levar uma mala, ou quase garantir um lugar sentado …. é obrigatório desembolsar muito mais. Não é por acaso que diversos cursos contemplam, nos seus guias privados de recepção aos novos alunos, alojamento em apartamentos, quartos e vivendas que, mesmo que partilhados, não enfrentam problemas que influenciam, inclusive, o seu desempenho académico a custos semelhantes. Contextualizando o problema, e fazendo juz às situações reportadas e às tentativas de diminuição do descontentamento, é fundamental exigirmos que novas dinâmicas sejam criadas para enfrentar os desafios futuros. A imagem da residência escurece a imagem da Universidade da Madeira, não tenhamos dúvidas. Basta ouvirmos que lá vive. Marcos Nascimento Alumnus