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Stay hungry, stay foolish

Todos os dias criam-se empresas. Muitas alcançam grande sucesso nas suas áreas, outras não têm tanta sorte. Ter iniciativa e ser empreendedor requer que certos riscos sejam tomados e o resultado é sempre uma incógnita. É isso no entanto que faz-nos crescer, tanto a nível pessoal como profissional. Existem vários casos de empreendedores de grande sucesso que abandonaram o seu percurso académico e utilizaram a sua paixão e dedicação pelo que realmente gostavam de fazer para alcançar os seus objectivos.

Duas pessoas que são regularmente referidas para identificar este tipo de empresários são Steve Jobs e Bill Gates, os fundadores da Apple e da Microsoft. No entanto, Bill Gates não se identifica como alguém que deixou realmente os estudos, deixando Harvard após três anos e pouco tempo antes de obter a sua graduação. Jobs por outro lado é visto como o maior exemplo de que o sucesso não está obrigatoriamente ligado a um grau académico. Seis meses após entrar na Universidade de Reed, no estado de Oregon (EUA), teve que abandonar o curso devido a dificuldades económicas. Continuou a frequentar algumas aulas como aluno externo, nomeadamente uma cadeira de Caligrafia que futuramente seria bastante útil no desenvolvimento no primeiro Macintosh. A sua vida foi assim durante os dezoito meses seguintes onde dormiu em quartos de amigos, recolhendo garrafas de refrigerante para conseguir algum dinheiro para comprar comida. Todos os domingos, à noite, caminhava cerca de onze quilómetros até um tempo Hindu para obter uma refeição gratuita.

Com a ajuda de Steve Wozniak conseguiu um trabalho na Atari como técnico, algo que durou poucos meses, pois Seve Jobs decidiu viajar para Índia em 1974. Durante os meses que lá viveu, o fundador da Apple diz ter crescido espiritualmente e, quando regressou aos Estados Unidos, voltou para a mesma empresa para efectuar a mesma função. Pouco tempo depois trabalhou na HP como engenheiro e, durante 1975, frequentou um grupo de entusiastas da informática que se juntavam no Stanford Linear Accelerator Center. Foi por diversão que criou o Apple 1, simplesmente para mostrar a este grupo de pessoas as capacidades de um computador. Nasceu assim a ideia da Apple e, no início de 1976, Seteve Jobs e Wozniak fundaram a empresa na cave da casa dos pais de Jobs e com o dinheiro que ambos conseguiram a vender “caixas-azuis”, um equipamento ilegal criado por ambos.

Como Jobs existem muitos outros. Moral da história: fazer o que realmente gostamos e dar tudo de nós ao fazê-lo. É preciso um curso? Depende dos objectivos de cada um. Steve Jobs, por exemplo, quando apresentou o seu primeiro computador para que fosse fabricado pela Atari, negaram-lho pelo facto de não acreditarem no seu produto, afinal nem o curso tinha acabado. Bill Gates e Mark Zuckerberg são outras pessoas que tiveram que abandonar a universidade para dedicar-se a tempo inteiro ao que achavam ser boas ideias. E tu? És capaz de arriscar o teu curso por um projecto ou até simplesmente por uma ideia tua?

João Andrade

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