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Psicologia

Salamanca…mais que um programa Erasmus

Os postais que tenho à minha frente fazem-me perceber que esta imagem difusa que tenho sobre viver em Espanha é real e durou 5 meses. É uma imagem que começou a ser construída no dia 12 de fevereiro, numa fria madrugada em Salamanca. Poucas horas depois, mal dava por mim e já estava a ir para a Faculdade de Psicologia. Após andar uns 20 minutos, já avistava a faculdade ao longe. Depois de alguns passos, começava a desenhar-se grandes árvores à minha frente e a porta de entrada acercava-se. Dentro de mim, continuava aquele sentimento que tinha surgido, já antes de entrar no avião, de uma certa ansiedade que se mesclava com um otimismo e uma vontade de aproveitar a vida. Os dias passaram e esses sentimentos foram-se dissipando, visto que a minha esperança de aproveitar esta oportunidade tornava-se realidade. Esta realidade era composta por pessoas de diferentes países e etnias que se juntavam à noite no “Paniagua”, sempre passando pelo ponto de encontro, a “Plaza Mayor”. Aí conheci pessoas da Grécia, da Bélgica, da Itália, de França, da Inglaterra, do México, entre outros. Conhecer pessoas de lugares tão variados fez-me sentir que a minha Madeira era um lugar tão pequeno. Esta pequenez é acentuada quando volto a olhar para os postais que captam um pouco da essência de várias zonas de Espanha, desde Ronda, Sevilha, Zamora, Valladolid, Madrid, Córdoba, Ávila, Salamanca até Granada. Penso nestes locais e surgem-me as ruas com laranjeiras, os grandes edifícios, as muralhas, a fala rápida com os “essês” arrastados, os “bocadillos”, as várias igrejas, os monumentos de influência árabe, a paella, os edifícios cor amarelo-torrado, o flamenco e a bachata… tudo se junta numa amálgama de imagens sem associação ao nome da cidade, mas que mesmo assim não deixam de ser reais. Um sorriso no rosto ao lembrar-me de tudo isto, intercalado por alguns suspiros que revelam uma ténue saudade. Guardo os postais e fecho os olhos, não queria ter acordado deste sonho de cinco meses. Texto e fotografia de Alexandre Gouveia Alumnus da UMa

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29 candidaturas recusadas no Mestrado em Psicologia Clínica, da Saúde e Bem-Estar

Das 44 candidaturas ao Mestrado em Psicologia Clínica, da Saúde e Bem-Estar, 15 foram aceites e 29 foram rejeitadas. Sob a direção de Luísa Soares, a 1.ª edição do mestrado em Psicologia Clínica, da Saúde e Bem-Estar foi procurada por 44 candidatos e esgotou. Dos 15 candidatos colocados, todos são antigos estudantes da Universidade da Madeira (UMa). Foram sete os candidatos oriundos de outras Universidades entre o total de candidatos, sendo que nenhum ficou colocado na seriação divulgada pela Unidade de Assuntos Académicos, no dia 19 de agosto. O processo de seleção dos candidatos considerou, para seriação, um peso de 60% para a média final de licenciatura, 20% para o currículo e 20% para entrevista de seleção realizada. A 1.ª fase de candidaturas terminou no dia 11 de julho. Em maio, a UMa anunciou três novos mestrados, acreditados pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, para abertura no ano letivo 2022-2023. Além do 2.º ciclo na área da Psicologia, Design e Educação e Desenvolvimento Comunitário são as novas opções para os estudantes ou profissionais que procuram maior especialização. Até ao dia 24 de agosto, os candidatos deverão formalizar a sua matrícula no mestrado através do portal InfoAlunos. Como tem sido habitual, apesar das contestações públicas que a UMa recebeu, qualquer candidato que deseje apresentar reclamações deverá realizar o pagamento de uma taxa de 50€, de acordo com a Tabela de Emolumentos em vigor. Luís Eduardo Nicolau ET AL. Com fotografia de Trent Erwin.

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Todos merecem ser MENTES BRILHANTES

O programa MENTES BRILHANTES é apresentado pela ACADÉMICA DA MADEIRA no dia 17 de maio, no âmbito das celebrações do Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia (IDAHOT).

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14.º Congresso Nacional em Psicologia da Saúde

14.º Congresso Nacional em Psicologia da Saúde – Psicologia e Saúde em Tempos de Crise 8, 9 e 10 setembro, Universidade da Madeira Num altura histórica para a Humanidade com eventos que a “obrigam” a renascer, a renovar e a adaptar, este congresso pretende ser um momento de partilha de como a Psicologia da Saúde é fundamental em tempos de crise. Espera-se por isso que este congresso seja enriquecedor e possa trazer novos contributos para o campo da Psicologia da Saúde. Inscrições: até 15 de junho de 2022. Call for abstracts – Submissão comunicações orais, posters e simpósios: 15 de maio de 2022. – Submissão de textos para o livro de atas: 15 de junho de 2022. – Submissão dos textos para o livro de atas/prémios: 15 de julho de 2022. Os trabalhos aceites serão publicados no órgão oficial de Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde, a Revista Psicologia Saúde & Doenças Informação adicional no site do Congresso.

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Um pouco mais acerca do Serviço de Psicologia

Bem-vindo a esta tua nova casa! Que este ano académico seja feito de oportunidades para o teu desenvolvimento pessoal e académico. Este está a ser um ano atípico devido à COVID-19 e aos seus múltiplos desafios. Queremos que saibas que podes contar com a equipa de psicólogos do Serviço de Psicologia, para te ajudar nesta jornada. Como estudante tens acesso gratuito, mediante marcação prévia, a sessões de psicologia destinadas a, por exemplo: melhor gerir a ansiedade, promover o bem-estar psicológico, estudar melhor, aumentar o autoconhecimento, tomar decisões de carreira (…). Tens ainda ao teu dispor workshops de treino de competências pessoais e académicas, no decurso da jornada académica. Podes também encontrar online materiais psicoeducativos, com dicas subordinadas à prevenção e promoção da saúde psicológica e à vida universitária, entre outros tópicos. Podes, inclusive, seguir-nos no Facebook. O Serviço de Psicologia está localizado no Campus da Penteada – gabinete 2.135 (andar 2) e/ou no Colégio dos Jesuítas, de 2.ª a 6.ª feira, das 9 às 12:30 e das 14:00 às 17:30. Contacta-nos através do email servico.psicologica@mail.uma.pt ou dos contactos telefónicos 91 81 59 467 | 291 70 53 40 (direto). No website scp.uma.pt podes encontrar mais informação, e caso tenhas alguma questão, não hesites em nos contactar. Serviço de Psicologia da UMa

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Quando a vida acaba por nossa vontade

Nos últimos anos o número de suicídios em Portugal tem vindo a aumentar, sendo a Madeira uma das regiões do País na qual se registam as taxas mais elevadas. No entanto, não é possível apurarem-se dados concisos, uma vez que muitos suicídios são camuflados, por variadas razões. O certo é que, por ano, em solo português, mais de um milhar de pessoas põe termo à própria vida. No mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde, são mais de 3000. Esta causa de morte e o impacto que tem tido na sociedade obrigaram à implantação de um Plano Nacional de Prevenção do Suicídio, em curso desde 2013, com final agendado para 2017. Este plano, dividido em duas fases de implementação, pretende uniformizar a terminologia, fomentar a caracterização rigorosa da situação, potenciar os níveis de bem-estar psicológico e uma melhor acessibilidade aos cuidados de saúde, melhorar o acompanhamento após alta hospitalar, aumentar a informação e a educação em saúde mental, assim como, diminuir o estigma em torno de depressão, ideação suicida, comportamentos auto lesivos e actos suicidas. As acções desenvolvidas no âmbito do Plano pretendem abarcar a população em geral, mas, de forma específica, adolescentes, idosos, população prisional, pessoas com deficiência, profissionais de saúde e forças de segurança. Afinal, um acontecimento deste tipo não escolhe idade, profissão, estrato social, sexo, raça, ideologias ou orientação sexual específicas, e todos devem estar preparados e sensibilizados. O suicídio apresenta-se como um fenómeno complexo que a todos diz respeito. É perspectivado como uma forma de ceifar uma dor emocional insuportável, que não é, de todo, impossível de evitar. A mesma pessoa que tem um perfil dito suicida (mal-estar psicológico, isolado, sem auto-estima, sem esperança), pode, ainda, ser ajudada, se for devidamente entendida e auxiliada na procura de soluções ou estratégias para contornar a sua situação de vida. Muitas vezes, registam-se casos de desvalorização das ameaças de suicídio ou de atribuição simples a alguma patologia, sem que se prestem os cuidados necessários, que podem ir desde a fomentação de conversas em casa até à procura de um profissional especializado. Conversar pode não se constituir como a solução total do problema, mas é, efectivamente, uma maneira de atenuar a angústia sentida e uma maneira de fazer o possível suicida entender que tem uma rede de suporte à sua disposição. A Sociedade Portuguesa de Suicidologia afirma que o suicídio é uma escolha, um direito da autêntica responsabilidade de cada qual. Mas é, igualmente, uma escolha de todos nós ignorarmos os pedidos de ajuda que passam sob a nossa inconsciência, camuflando-os de loucura ou desequilíbrio, em detrimento da aposta numa visão positiva da vida. Afinal, nenhum problema temporário tem o direito de se impor e determinar o definitivo da vida. Empatia e responsabilidade precisam-se, porque a vida, essa, é a única coisa que não (deve) terminar por nossa vontade. “Todos usufruímos dessa liberdade e, por essa democracia conquistada, todos temos a responsabilidade de participar, de decidir, de dar a cara. Esse é o valor da democracia.” Num estudo do V-DEM Institute, da Universidade de Gothenburg, divulgado em março deste ano, Portugal surge com a 7.ª melhor democracia do mundo. Apresenta-se como um exemplo de evolução positiva quando se consideram as últimas décadas, mas peca pela fraca participação política dos cidadãos. Uma sondagem produzida para a Representação da Comissão Europeia em Portugal — Opinião pública na União Europeia demonstrou que houve uma quebra de confiança, por parte dos portugueses, nos partidos políticos e na satisfação com a democracia. Posição corroborada por vários outros estudos, que concluem que as instituições políticas são, definitivamente, aquelas em que é depositada menos confiança. É portanto fácil de questionar, perante os dados expostos, se a fraca participação política, o desinteresse da população e até a abstenção nos vários atos eleitorais não são senão espelho da falta de confiança dos portugueses nos partidos. Eu diria que sim! Mas o que tem falhado? E que preço se paga por viver em democracia? O 25 de Abril de 1974 deu azo ao nascimento da democracia depois de anos de ditadura e foi ela que nos deu a oportunidade de ter opinião, de votar de forma livre, de escolher quem nos governa. Hoje, dizem que Portugal vive uma crise de confiança política, mas, muitas vezes, esquecemos que todos estamos no mesmo barco. Que a democracia nos serve no auge, mas que também deve ser arma para os tempos mais difíceis. Todos usufruímos dessa liberdade e, por essa democracia conquistada, todos temos a responsabilidade de participar, de decidir, de dar a cara. Esse é o valor da democracia. A realidade que atravessamos, com a pandemia da COVID-19, deixou-nos nas mãos dos políticos que nos representam. Sem escolha, confiantes ou não, foi essa democracia que mostrou, uma vez mais, que as nossas decisões se refletem, sempre, no percurso da nossa Região e do nosso País. Um estudo recente, realizado pelo ICS e pelo ISCTE, revelou que 51% dos portugueses considera que as medidas tomadas, em resposta à pandemia, foram adequadas, mas outros 44% defendeu que eram necessárias outras mais restritivas. Gostava de saber a percentagem de votantes entre estes inquiridos, o que nos traria mais uma oportunidade de reflexão e mais uma forma de entendermos que não basta reivindicar. Hoje, o papel da política é, também, o de nos salvar a vida. O de impor para nos proteger, o de alterar a realidade para que ela surja melhor, mais tarde. Na nossa Região, a estratégia política resultou. Não se registaram óbitos e, em relação ao resto do território, têm sido menos as linhas de contágio ativas. Afirmo, até porque escrevo um artigo de opinião num tempo de liberdade, de que acertámos no líder e na audácia de quem nos governa. Mas, nas últimas eleições, ainda faltou votar quase 45% da população. Que as novas circunstâncias, a que nos estamos a adaptar e a que o nosso Governo está a responder, possa mudar a opinião das pessoas e fazer com que, pelo menos aqui, a política esteja mais apta a ter a

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Quando o Tu e o Eu se Eclipsam… Reflexões Sobre o Namoro

As relações de namoro representam os primeiros ensaios do que será uma vida a dois no futuro. Caracterizam-se pela manutenção de uma relação emocional que varia em função da idade, experiências de vida, crenças, expectativas e cultura. Iniciam-se habitualmente na fase da adolescência e prolongam-se pelo início da adultez. Numa relação de namoro ouvem-se expressões como “estou caidinha por ele” e “sinto-me completamente apaixonado por ela”. Todas elas têm subjacente um conceito-chave que habitualmente designamos por “paixão”. O Dicionário da Porto Editora caracteriza paixão como “um sentimento intenso e geralmente violento (de afecto, ódio, alegria, etc.) que dificulta o exercício de uma lógica parcial”. Assim, o namoro é não só um ensaio da vida adulta, como também uma experiência que, de tão poderosa, pode conduzir ao sofrimento. Inerente à paixão poderão estar processos cognitivos distorcidos que dificultam o raciocínio coerente e a interpretação adequada da realidade. Já a sabedoria popular o afirma com provérbios como “quem feio ama bonito lhe parece” ou “o amor é cego”. Numa interação mediada pela paixão, a individualidade de cada um dos envolvidos funde-se parcialmente dando origem a uma terceira entidade: o nós. No início, este nós pede atenção constante e, não raras vezes, absorve a individualidade de cada um. Por vezes, o que distingue uma relação de namoro saudável de uma relação de namoro abusiva/violenta são os ténues limites estabelecidos entre o tu, o eu e o nós. Porquê limites “ténues”? Porque os argumentos que são utilizados para identificar uma relação de namoro violenta também podem servir para justificar a manutenção de um namoro assente na ideia do amor/paixão. Vejamos: quantas vezes o ciúme é tolerado como prova de amor (ela não quer que eu fale com outras raparigas porque me ama)?; quantas vezes a invasão da privacidade é considerada um ato de confiança (ele sabe as minhas palavras-passe porque não temos segredos)?; quantas vezes nos deixamos subjugar pelo controlo do outro porque nos ensinaram que deveria ser assim (não devias usar uma saia tão curta)?; quantas vezes facilitamos contactos de cariz íntimo/sexual simplesmente porque nos fazem crer que é um dever no namoro (ter relações sexuais é uma prova de amor)? Parecem infindáveis as questões que encontram nos “bons velhos costumes” a sua resposta, validando a manutenção de interações onde o poder é desigual e os papéis se cristalizam ou escalam para níveis desadaptativos. Quando os limites são ultrapassados, a sobreposição do tu e do eu deixa de ser parcial e passa a ser total. Dá-se lugar a um eclipse, onde a existência do outro é constantemente anulada/sabotada. Esta experiência de vida acaba por se transformar num período turbulento e negro que, quando prolongado, traz consequências para a individualidade de cada um. Exatamente como num eclipse, a escuridão sobrepõe-se à luz, o frio sobrepõe-se ao calor e a consciência sobre a realidade torna-se nublosa. Alda Portugal e Maria João Beja Professoras da UMa

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Dormir, estratégia para o sucesso académico

Dormir não é um prémio nem um castigo, mas uma necessidade biológica fundamental. Os estudantes precisam de 9 horas de sono por noite para manter um grau de alerta vital para os dias de estudo. O sono é um estado transitório e reversível, que se alterna com a vigília (estado desperto). É um processo ativo envolvendo complexos mecanismos fisiológicos e comportamentais em vários sistemas e regiões do sistema nervoso central, resultando numa sensação de energia física, psíquica e intelectual restabelecida. Durante o sono, o indivíduo passa por cinco fases que se repetem ciclicamente. O número de ciclos depende do tempo do sono, sendo que num jovem é composto por quatro ou cinco ciclos. O sono desempenha um papel primordial no bem-estar físico, psíquico e social dos indivíduos, contribuindo para o bom funcionamento do organismo com impacto na qualidade de vida e na longevidade. Atividades do mundo moderno, cada vez mais prolongam o estado de alerta de cada pessoa condicionando o tempo e a qualidade do sono, repercutindo-se no estado de sáude, com uma maior tendência a problemas de concentração e memória, estresse, impulsividade, falta de empatia e de senso de humor. O sono está diretamente ligado ao sucesso académico. Está comprovada a relação entre o sono e a memória, a aprendizagem e a retenção de informação, requisitos essenciais para o desenvolvimento de competências cognitivas. É recomendavél estudar logo antes do período de sono, já que este promove a aprendizagem de certos tipos de memória percetiva. O armazenamento de memórias que serão retidas e relembradas no dia seguinte, são facilitadas por este processo. Reconhece-se o papel do sono no fortalecimento da memória, de forma a que se torne clara e resistente a interferências e distrações, solidificando as informações no nosso cérebro, enquanto dormimos. Num estudo de investigação aos alunos do ensino superior da RAM, realizado pelos estudantes do Curso de Licenciatura em Enfermagem 2012-2016 da Escola Superior de Saúde da UMa, constatou-se que 25% deitavam-se frequentemente tarde, comprometendo assim o número de horas de sono diárias. Ao iniciarmos mais um ano letivo e com base no que foi exposto, reforçamos que os estudantes precisam de 9 horas de sono por noite para manter o grau de alerta necessário para um dia de estudo, garantindo um bom rendimento escolar. Revelamos ainda alguns dos mandamentos da Higiene do Sono definidos pela World Association of Sleep Medicine (WASM): 1. Estabelecer um horário de dormir e acordar regular; 2. No hábito de fazer sestas, não exceder os 45 minutos; 3. Evitar a ingestão excessiva de álcool 4 horas antes da hora de dormir, e não fumar. 4. Evitar o consumo de cafeína 6 horas antes da hora de dormir. 5. Evitar comidas pesadas, picantes ou doces, 4 horas antes de dormir preferindo uma refeição pequena e ligeira 6. Fazer exercício regular, mas não imediatamente antes do deitar; 7. Bloquear todo o ruído e eliminar a luminosidade; 8. Reservar o quarto para dormir. Não levar as preocupações diárias para a cama: tentar libertar-se delas antes de ir dormir. Adote o slogan do Dia Mundial do Sono 2016: “Um bom sono é um sonho realizável”. Bibliografia Clegg-Kraynok, M. M., McBean, A. L. e Montgomery-Downs, H. E. (2011). Sleep quality and characteristics of college students who use prescription psychostimulants nonmedically. Sleep Medicine, 12 (6), pp. 598-602. Cheng, S. H. et al. (2012). A study on the sleep quality of incoming university students. Psychiatry Research, 197 (3), pp. 270-274. Gomes, A. A., Tavares, J. e de Azevedo, M. H. P. (2009). Padrões de Sono em Estudantes Universitários Portugueses. Acta Médica Portuguesa, 22(5), pp. 545-552. http://worldsleepday.org/ http://worldsleepday.org/portugal-2016-translated-wsd-materials http://wasmonline.org/ Ana Jardim, Gilberta Sousa e Otília Freitas EQUIPA PEV’s

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O “Tetris” da Vida Universitária: Vamos jogar?

Poderíamos usar como exemplo jogos mais recentes, como o Pokémon GO, mas optámos por repescar um mais antigo e intemporal, o Tetris – um jogo considerado complexo… Os jogos acompanham a vida de diferentes formas. Neste artigo, servimo-nos de um deles para abordar a caminhada universitária. Poderíamos usar como exemplo jogos mais recentes, como o Pokémon GO, mas optámos por repescar um mais antigo e intemporal, o Tetris – um jogo considerado complexo por requerer a utilização de múltiplos processos cognitivos como a concentração, a coordenação olhos-mãos, a memória, a resolução de problemas, tudo de forma muito rápida. Certamente já o jogaste. Se não o fizeste, sugerimos uma espreitadela ao jogo para perceberes o porquê desta analogia. A capacidade de flexibilização, organização e gestão de tempo são essenciais, permitindo ao jogador avançar para níveis mais desafiantes. Este jogo, pelos seus requisitos e complexidade, bem se assemelha ao que é exigido na vida universitária. Tal como no jogo, o jogador/estudante precisa fazer uso da sua capacidade de organização, desde o início. Requer ainda respostas muito rápidas por parte deste. Não obstante, frustrações/desilusões e derrotas vividas é necessário continuar em jogo, se se quiser vencer, estando aberto para aprender com acertos e erros, ultrapassando as diferentes etapas, tornando-se cada vez mais proficiente na tarefa, desenvolvendo um sentido de mestria. Neste processo, para ultrapassar os diferentes níveis deste “jogo”, o estudante universitário poderá beneficiar do pedir ajuda ou orientação (ex.: no Kit do Estudante Universitário, disponível em scp.uma.pt, poderá encontrar dicas ao nível da gestão da ansiedade, métodos de estudo etc…). Um alerta: Tal como em qualquer outro jogo, a vida universitária requer equilíbrio entre a vida académica e as áreas afins (família, amigos, interesses), implicando um desenvolvimento contínuo que abarque competências técnicas e outras essenciais, como as soft skills (capacidade de comunicação, resolução de problemas, trabalho em equipa…). Deste modo, a vida universitária quando bem “jogada” pode constituir uma oportunidade única de aprendizagens múltiplas. Vontade de realização, dedicação, compromisso, iniciativa e persistência são, imprescindíveis desde o início, tal como o são o definir objetivos S.M.A.R.T (específicos, mensuráveis, alcançáveis, realistas e tangíveis), para que neste jogo se vão superando etapas. Importa não esquecer que “enquanto pensares em trabalhar apenas o necessário para passar nas cadeiras, perdes uma oportunidade de conheceres novas coisas e mais sobre ti próprio” (adaptado de Rosário, Núnez & González-Pienda, 2006). Por tudo isto, aproveita esta oportunidade – joga o “Tetris” da vida universitária, guiado por objetivos desafiantes, que te façam querer ir mais além e subir nos níveis de desenvolvimento pessoal e profissional, ganhando maior flexibilidade, destreza, capacidade de resolução de problemas… Fá-lo logo ao iniciar o “jogo”, gerindo as tarefas e os passos para alcançar os objetivos, não lutando contra o tempo e sendo, assim, o comandante deste teu processo de aprendizagem. Serviço de Consulta Psicológica da UMa (SCP-UMa)

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Tese das angústias

A depressão afecta pessoas de todas as idades, desde a infância à terceira idade, sendo mais predominante na idade adulta. A vida académica de um estudante universitário é muito mais complexa do que aparenta. Por um lado temos a vida boémia própria desta nova fase à qual está inerente uma adaptação a um novo ambiente social, por outro temos as frequências, os exames, as aulas, a elaboração dos projectos, a comunicação com os docentes, entre outros afazeres de quem quer um curso superior. Para os alunos que se encontram em Mestrado, encontra-se sobretudo a pressão do estágio ou investigação e da elaboração do relatório, da tese ou dissertação. Após terminarem a licenciatura, é cada vez maior o número de estudantes universitários que procuram aumentar os seus conhecimentos, concorrendo a Mestrado. Estará esta procura de sabedoria a influenciar negativamente a saúde dos estudantes? Em Portugal, o Mestrado corresponde ao segundo ciclo de estudos superiores conforme o disposto pelo Processo de Bolonha, conferindo um diploma final ao estudante. Este tem por norma a duração regulamentada de dois anos, sendo o primeiro dedicado a unidades curriculares simples e o segundo à investigação ou prática profissional coroada com a elaboração da tese ou da dissertação submetida a um júri, perante o qual é defendida pelo candidato ao título de Mestre. A elaboração desta tese tende a sobrecarregar os estudantes de Mestrado pelo facto de conjugarem a parte escrita com a prática, além da burocracia inerente. A motivação para escrever a tese torna-se pouca e os alunos ficam alarmados com a quantidade de trabalho e com os prazos que têm de cumprir, sendo sujeitos a situações de stress, que podem conduzir a comportamentos depressivos. Para a Organização Mundial de Saúde a depressão é responsável por 11,8% das doenças a nível global, afectando pessoas de todas as idades, desde a infância à terceira idade, sendo mais predominante na idade adulta. De modo a diminuir o risco de depressão os estudantes devem saber reconhecer os seus principais sintomas: perturbação do apetite e do sono, fadiga e perda de energia, sentimentos de inutilidade, de culpa e de incapacidade, falta de concentração e preocupação com a morte, desinteresse e tristeza. Ao estarem cientes que podem estar em risco de sofrer de depressão devem procurar a ajuda do médico de família ou de um terapeuta profissional de modo a tentarem resolver os problemas que desencadearam o estado de depressão. Todos nós estamos sujeitos a enfrentar situações mais complicadas, mas o importante é saber superá-las com positivismo, esforço e trabalho. Para tal devem ter-se em atenção os factores de risco e saber reduzi-los essencialmente através da aquisição hábitos saudáveis: repousar o número suficiente de horas, ter uma alimentação o mais saudável possível e principalmente saber controlar os níveis de stress. Ao evitar-se os factores de risco podemos diminuir o risco de depressão e de outras doenças, aumentando a nossa qualidade de vida e conseguindo, desta forma, estudar sem colocar em risco a nossa saúde. Bons estudos e boa sorte! Ester Caldeira Aluna da UMa

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