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Ester Caldeira

Não espirre sobre este assunto, proteja-se!

“A nossa saúde é muitas das vezes afetada pelos microrganismos que são invisíveis, impercetíveis e que vivem despercebidos mesmo ao nosso lado…” Apesar do inverno estar a chegar ao fim, a gripe veio para ficar! A gripe é uma doença viral contagiosa, que afecta predominantemente as vias aéreas. O vírus é transmitido através do contacto com partículas de saliva (tosse e espirros), sendo que na maioria dos casos cura-se espontaneamente sem a necessidade de intervenção médica (SNS, 2018). A tosse, febre, mialgias e fadiga são alguns dos principais sintomas da gripe. A principal medida de prevenção da gripe é a vacinação, que tem como objectivo minimizar o risco de contrair a doença e as consequentes complicações. A vacina da gripe contem o vírus influenza sem o agente patogénico, ou seja, sem o agente causador da doença, assim sendo importa desmistificar a ideia de que a vacina provoca a doença. O que pode incorrectamente ser confundido como sintomas de gripe são os efeitos secundários da vacina, que apesar de não muito comuns podem manifestar-se. O vírus da gripe distingue-se de outros pela sua capacidade de mutação constante, que garante a sua sobrevivência às resistências criadas pelo organismo. Deste modo importa relembrar que a vacina da gripe não é vitalícia, tendo a imunidade a duração de um ano. Uma das medidas de prevenção que é gratuita e indicada para todas as idades, é a protecção individual e colectiva através de uma etiqueta respiratória correcta. Estes pequenos gestos podem proteger a sua vida e a dos outros: · Quando tossir ou espirrar cubra a boca e o nariz com um lenço, ou então faça-o na direcção do braço e não para as mãos; · Descarte o material utilizado, imediatamente após essas acções; · Lave ou desinfecte as mãos com regularidade e sempre após o contacto com secreções e objectos contaminados como as maçanetas de portas, corrimões entre outros. A nossa saúde é muitas das vezes afetada pelos microrganismos que são invisíveis, imperceptíveis e que vivem despercebidos mesmo ao nosso lado, presentes no nosso dia a dia. Importe-se com a sua saúde e não espirre sobre este assunto, proteja-se! Ester Caldeira Alumnus

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A ciclicidade dos tempos

“Assim, é possível relacionar as tendências e a ciclicidade histórica, com o erro humano, que faz com que os tempos sejam sempre os mesmos, acompanhados de crises e de prosperidades” A vida além de efémera é também cíclica, o que faz com que tudo o que se inclui nela também o seja, como tal temos o exemplo das tendências, da moda, da música e outras artes, dos hábitos e das tradições. É através do antigo e do que já foi feito, que os artistas e modistas acabam por encontrar inspiração para se reinventarem, de modo a criarem algo diferente e que desperte interesse aos olhos do público. Este género de acontecimentos é muito comum na indústria da moda, o que faz com que um artigo de roupa que esteja “in” numa determinada estação, volte sempre a estar na moda novamente, após um determinado período de tempo. A música é capaz de influenciar e mover multidões, assim ao observar-se a evolução da mesma, a verdade é que caminhamos cada vez mais para um género musical mais moderno e tecnológico, no entanto e devido à quantidade afluente destes géneros musicais, acabam por aparecer grupos musicais com sucesso, devido ao facto de apresentarem géneros musicais diferentes, novos, que no entanto não são novos mas sim repetidos de outras décadas, como é o caso do rock, da mistura entre música clássica e pop, entre o jazz e o rock, entre outros géneros. Desta forma as tendências são influenciadas pela política, pela economia e pelas exigências do público, um dos exemplos desta influência, é o de que antigamente o pão e o leite eram vendidos de porta a porta, no entanto e com o aparecimento de superfícies comerciais e com atendimento ao público, acabou por haver uma supressão da necessidade de entregas. Actualmente, a realidade é que existem cada vez mais empresas que estão a reinventar esta técnica de entregas de modo a recolherem mais clientes e obterem um aumento da rentabilidade económica. Assim, é possível relacionar as tendências e a ciclicidade histórica, com o erro humano, que faz com que os tempos sejam sempre os mesmos, acompanhados de crises e de prosperidades. Individualmente a realidade é que o esperado, é a aprendizagem através dos nossos erros, contudo caímos novamente no erro e repetimos a mesma atitude vezes e vezes sem conta, criando um ciclo que se reflecte na história da humanidade, influenciando desta forma, os hábitos, as tradições e a moda de um povo. A ciclicidade dos tempos age de forma a manter a história e a cultura viva de um povo, no entanto devido à modernização dos tempos, existem diversos tipos de heranças culturais que estão progressivamente a desaparecer, o que faz com que o trabalho dos historiadores e estudiosos que abordam estas temáticas seja fundamental na preservação do património cultural, que é realizada através da escrita de textos, livros e elaboração de estudos e recolhas. Assim os ciclos históricos, fazem com que diariamente façamos uma viagem temporal, entre o passado e o presente, numa junção entre o feito, o refeito e o reinventado, numa mutação do antigo com o moderno, fazendo com que no fundo a base da tendência ou da moda seja, o passado com características do presente, que procura o futuro. Ester Caldeira Estudante da UMa

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A importância dos instrumentos tradicionais

“A Região Autónoma da Madeira é uma das regiões com maior diversidade musical e cultural, onde as tradições ainda se mantêm vivas…’’ A história de um país escreve-se não só sobre as suas conquistas, mas também sobre a sua arte, pois, como disse Simone de Beauvoir, é na arte que o homem se ultrapassa definitivamente. Através de pinturas rupestres, que retratam pessoas a dançar e a produzir sons vocais, é que é possível verificar-se a existência, na história, de formas de arte desde cedo. Inicialmente o ser humano procurava imitar e reproduzir os sons da natureza, mas a partir do momento em que começou a ter consciência de si mesmo, a música passou a ter uma correspondência directa com o universo, adquirindo assim grande importância espiritual, completando a sua essência e alma. Com o passar do tempo a música e os instrumentos musicais desenvolveram-se de formas distintas em diferentes regiões, dando assim origem a uma diversidade cultural e musical esplêndida. Desta forma apareceram os chamados ‘’instrumentos tradicionais’’ que representam não só estilos musicais característicos, como diversas culturas. Cada vez mais os instrumentos tradicionais são desvalorizados e até mesmo esquecidos. Porque razão isto acontece? Talvez por estarem relacionados com tradições de outros tempos, por não se passar o interesse por estes às gerações mais novas, ou até mesmo por não terem uma sonoridade comum presente na industria da música. Mas será esta individualidade e características algo imperfeito? A Região Autónoma da Madeira é uma das regiões com maior diversidade musical e cultural, onde as tradições ainda se mantêm vivas, devido aos músicos e professores que tentam passar estas tradições aos mais novos. Com este empenho colectivo os instrumentos tradicionais como os cordofones (viola de arame, braguinha e rajão) já são ensinados em escolas por toda a região e cada vez mais com a ajuda da investigação da Associação Musical e Cultural Xarabanda entre outras, se descobre e se faz história. Os instrumentos tradicionais madeirenses são utilizados também por grupos de música tradicional madeirense como o Xarabanda, Banda de Além entre outras, mas ainda dão-lhe uso bandas com géneros de música mais alternativa como os Emperium. Um instrumento musical não é feito com o propósito de tocar apenas um género de música, a experimentação deste dá asas à imaginação de quem o toca, podendo, desta forma, interpretar qualquer estilo musical desde o clássico ao pop e ao rock. Os instrumentos tradicionais, servem assim de união entre as gerações passadas e futuras, dando características únicas à região onde foram feitos, porque são nada mais que pedaços vivos de história, que podem juntar pessoas de todas as idades. É preciso continuar a valorizar e a inovar os instrumentos tradicionais, porque só depende de nós a decisão de fazer ou não história. Ester Caldeira Estudante da UMa

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Papel da música no desenvolvimento humano

Sabe-se também que a exposição precoce à música além de facilitar a emergência de talentos, contribui para a construção de um cérebro biologicamente mais conectado. O aparecimento do ser humano veio trazer uma nova interpretação e associação desta à linguagem universal e criativa que conhecemos nos tempos de hoje. Quando confrontados os efeitos positivos que a música exerce sobre o desenvolvimento humano, são inúmeros os progressos que têm ocorrido nas últimas décadas sobre esta temática, tendo sido efectuados vários estudos que visam a monitorização do cérebro em tempo real, através do uso de ressonâncias magnéticas e tomografias que permitem associar a execução de actividades, como ouvir música ou tocar um instrumento, a áreas cerebrais específicas. ​De modo a ser possível compreender de que maneira a música afecta o cérebro humano, é importante saber que este se encontra dividido em dois hemisférios, o direito que é responsável pela criatividade e pela subjectividade e o esquerdo que exerce funções objectivas, lógicas e racionais. Apesar de opostos, ambos os hemisférios são extremamente importantes para o equilíbrio das funções humanas. ​Qualquer um de nós já experienciou o impacto emocional e terapêutico que a música pode ter. Além desta ser capaz de alterar o nosso humor, é também capaz de, através do seu ritmo e timbre, aumentar ou diminuir o nosso ritmo cardíaco. Mas será que em termos cerebrais existe uma diferença entre ouvir música e tocar um instrumento musical? Quando comparados os indivíduos que ouvem música e os que tocam instrumentos musicais, as áreas cerebrais desenvolvidas são apesar de semelhantes muito distintas. Enquanto os indivíduos que ouvem música desenvolvem mais o hemisfério direito, ou sejam adquirem mais capacidades criativas, os indivíduos que tocam instrumentos musicais desenvolvem ambos os hemisférios cerebrais, activando várias áreas cerebrais que são essenciais para a cognição social humana, adquirindo, assim, uma maior capacidade para resolverem problemas sociais ou académicos de forma mais efectiva e criativa. Relativamente ao crescimento e desenvolvimento cerebral, sabe-se, também, que a exposição precoce à música além de facilitar a emergência de talentos, contribui para a construção de um cérebro biologicamente mais conectado, fluido, emocionalmente competente e criativo, sendo que crianças em ambientes sensorialmente enriquecedores apresentam respostas fisiológicas mais amplas e maior actividade das áreas cerebrais associadas. A música influencia o desenvolvimento humano de uma forma esplêndida, sendo capaz de estimular e fortalecer capacidades sociais, racionais e criativas, não acredita? Então experimente! Uma dose de música diária pode fazer toda a diferença. Ester Caldeira Estudante da UMa

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Perfil de um refugiado

“A única coisa que irá acontecer, caso ignoremos esta crise, será mais tragédias, serão mais imagens de crianças mortas nas praias. Está na altura de agir com humanidade e razão e fazer o que está certo.” No Verão de 2015, a Europa presenciou o maior fluxo de refugiados desde a 2.ª Guerra Mundial Isto ocorreu essencialmente devido à guerra civil na Síria, que obrigou cerca de quatro milhões de sírios a saírem do país, numa tentativa de se salvarem e às suas famílias. A ONU e o Programa Alimentar Mundial não estavam preparados para uma crise de refugiados desta escala e, como resultado muitos abrigos ficaram sobrelotados, sem suplementos, submetendo as pessoas ao frio, à fome e ao contágio de doenças. Ao perderem a esperança de que a situação melhorasse rapidamente, vários refugiados decidiram procurar asilo na Europa, colocando uma enorme pressão nos países-fronteira que já se encontravam instáveis social e economicamente. Muitos outros países recusaram-se a abrigar qualquer refugiado, aumentando a pressão e agravando a crise económica nos países-fronteira que acolheram os refugiados. A maneira como a crise foi vista pelo Mundo mudou subitamente após a tragédia de 19 de Abril, na qual pereceram cerca de 900 pessoas, numa tentativa de chegar, por barco, à Europa a partir do Norte de África. Os países europeus reuniram-se, então, para tentar chegarem a um acordo em relação ao acolhimento de refugiados provenientes de zonas de conflito e de guerra. De acordo com a distribuição de refugiados prevista pela União Europeia, a Alemanha, a França e a Espanha serão, então, os que mais refugiados acolherão. No caso de Portugal, prevê-se que receba cerca de 5000 refugiados. A vinda desta quantidade de refugiados tem causado polémica, especialmente nas redes sociais, com o surgimento de grupos de pessoas que se opõem à medida, receando o aumento da criminalidade e o colapso dos sistemas sociais. A verificar os indicadores sociais, dado que a maioria dos refugiados são pessoas com curso superior, é pouco provável que os refugiados contribuam fortemente para o aumento da criminalidade nacional. É mais provável que contribuam para um aumento de competição no mercado de trabalho nacional, o que, de certa forma, poderá levar a uma evolução no sistema económico do país. Estes sentimentos quase xenófobos são perfeitamente naturais em momentos de migrações massivas, mas não se pode assumir que a opinião de certos grupos sociais representa, de facto, a opinião generalizada do país. Num contexto europeu, a E.U., como conjunto de economias abastado, terá por certo capacidade de absorção desta crise de refugiados e Portugal estará simplesmente a contribuir para tal, conforme a sua capacidade. Do ponto de vista humanitário, é necessário compreender que estas pessoas estão a fugir da pressão gerada por certos grupos mais privilegiados nos seus países de origem, tal como aconteceu com milhões de portugueses ao longo de séculos. A única coisa que irá acontecer caso ignoremos esta crise será mais tragédias, serão mais imagens de crianças mortas nas praias. Está na altura de agir com humanidade e razão e fazer o que está certo. Ester Caldeira Estudante da UMa

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Tese das angústias

A depressão afecta pessoas de todas as idades, desde a infância à terceira idade, sendo mais predominante na idade adulta. A vida académica de um estudante universitário é muito mais complexa do que aparenta. Por um lado temos a vida boémia própria desta nova fase à qual está inerente uma adaptação a um novo ambiente social, por outro temos as frequências, os exames, as aulas, a elaboração dos projectos, a comunicação com os docentes, entre outros afazeres de quem quer um curso superior. Para os alunos que se encontram em Mestrado, encontra-se sobretudo a pressão do estágio ou investigação e da elaboração do relatório, da tese ou dissertação. Após terminarem a licenciatura, é cada vez maior o número de estudantes universitários que procuram aumentar os seus conhecimentos, concorrendo a Mestrado. Estará esta procura de sabedoria a influenciar negativamente a saúde dos estudantes? Em Portugal, o Mestrado corresponde ao segundo ciclo de estudos superiores conforme o disposto pelo Processo de Bolonha, conferindo um diploma final ao estudante. Este tem por norma a duração regulamentada de dois anos, sendo o primeiro dedicado a unidades curriculares simples e o segundo à investigação ou prática profissional coroada com a elaboração da tese ou da dissertação submetida a um júri, perante o qual é defendida pelo candidato ao título de Mestre. A elaboração desta tese tende a sobrecarregar os estudantes de Mestrado pelo facto de conjugarem a parte escrita com a prática, além da burocracia inerente. A motivação para escrever a tese torna-se pouca e os alunos ficam alarmados com a quantidade de trabalho e com os prazos que têm de cumprir, sendo sujeitos a situações de stress, que podem conduzir a comportamentos depressivos. Para a Organização Mundial de Saúde a depressão é responsável por 11,8% das doenças a nível global, afectando pessoas de todas as idades, desde a infância à terceira idade, sendo mais predominante na idade adulta. De modo a diminuir o risco de depressão os estudantes devem saber reconhecer os seus principais sintomas: perturbação do apetite e do sono, fadiga e perda de energia, sentimentos de inutilidade, de culpa e de incapacidade, falta de concentração e preocupação com a morte, desinteresse e tristeza. Ao estarem cientes que podem estar em risco de sofrer de depressão devem procurar a ajuda do médico de família ou de um terapeuta profissional de modo a tentarem resolver os problemas que desencadearam o estado de depressão. Todos nós estamos sujeitos a enfrentar situações mais complicadas, mas o importante é saber superá-las com positivismo, esforço e trabalho. Para tal devem ter-se em atenção os factores de risco e saber reduzi-los essencialmente através da aquisição hábitos saudáveis: repousar o número suficiente de horas, ter uma alimentação o mais saudável possível e principalmente saber controlar os níveis de stress. Ao evitar-se os factores de risco podemos diminuir o risco de depressão e de outras doenças, aumentando a nossa qualidade de vida e conseguindo, desta forma, estudar sem colocar em risco a nossa saúde. Bons estudos e boa sorte! Ester Caldeira Aluna da UMa

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Ébola

Devido aos incidentes recentes, o Ébola é um dos assuntos mais comentados por todo o mundo sendo esta considerada uma das doenças mais alarmantes do último século. O vírus Ébola, já existe há mais de vinte anos, tendo surgido pela primeira vez, em 1976 simultaneamente no Sudão e na República Democrática do Congo, numa região próxima do rio Ébola que veio a dar o nome à doença. A actual epidemia de Ébola é sem dúvida a maior e mais complexa desde o surgimento do vírus em 1976, sendo responsável pela morte de mais de 3.000 pessoas. O Ébola é uma febre hemorrágica que pode ser contraída tanto por humanos como por animais e é transmitida por contacto com fluidos corporais, como sangue, sémen, fezes, saliva entre outros, sendo, por isso, considerado uma doença altamente contagiosa. Cerca de 60 a 90% das pessoas que contraem Ébola morrem da doença. Apesar do Ébola ainda não ter tratamento nem cura conhecidos, existe hipótese de recuperação caso seja diagnosticado aquando os sintomas iniciais, deste modo recomenda-se que, na verificação de algum dos sintomas da infecção pelo vírus, contacte as autoridades. Os sintomas de infecção por Ébola demoram normalmente dois a vinte e um dias a aparecerem e podem ser confundidos com sintomas de gripe e malária. Estes incluem febre, dores de cabeça, diarreia, vómitos, fraqueza, dores nas articulações e músculos, dores de estômago e falta de apetite. Apesar do Ébola ser mortal este é evitável, deste modo é de extrema importância a sensibilização para medidas de prevenção do Ébola. Ester Caldeira Estudante da UMa

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Esfolar os joelhos ou ter calos nos dedos?

Entre brincadeiras dentro e fora de casa, como foi a tua infância? Ao falar com alguns dos estudantes da UMa, lançámos o desafio de nos responderem se preferiam esfolar os joelhos ou terem calos nos dedos, sendo os calos alusão ao uso de brinquedos tecnológicos desde pequenos. A maior parte dos estudantes teve uma infância passada a brincar em parques infantis e nos seus jardins. Poucos foram fechados em casa, por os pais os quererem proteger dos perigos da rua. Questionados sobre o acesso das crianças a tecnologias, quando comparada à sua própria infância, os entrevistados prontamente indicaram benefícios a ambos os tipos de educação. Brincar em jardins e em parques foi apontado como forma de estimular o sistema imunitário, de promover a actividade física e de desenvolver a criatividade, em contrapartida os brinquedos tecnológicos permitem maiores estimulação mental, aprendizagem e adaptação ao mundo tecnológico. No verso da medalha, apontaram como fonte dos malefícios, em ambos os casos, a desatenção dos pais. Se o único problema identificado na falta de vigilância nos jardins foi a criança poder magoar-se, a ausência de limitação paterna no uso da tecnologia foi tida como origem de dependência excessiva da tecnologia e o acesso não controlado à Internet como ponto de partida à exposição à violência, ao abuso sexual, entre outros. Para os estudantes da UMa os seus hábitos em criança influenciaram sua personalidade. Os que passaram a maior parte da infância em casa apontam-no como causa da dificuldade em se relacionarem com as pessoas, bem como de terem algumas dificuldades em se adaptarem socialmente ao mundo que os rodeia. Os que tiveram oportunidade de serem activos em pequenos, disseram que isso estimulou-os para a prática de uma actividade física, que os fez pessoas mais sociáveis e com espírito de aventura. Durante a discussão, surgiu várias vezes o tópico dos pais terem um papel fundamental no desenvolvimento da criança, visto que assumem a responsabilidade de garantirem que os filhos tenham acesso às novas tecnologias, mas também a momentos que estimulem a actividade física. Um dos problemas da sociedade moderna é a falta de tempo para a família, o que faz com que os pais acabem por tentar compensar a descendência com jogos virtuais e tempo dedicado à televisão, por exemplo. Isto reflete-se nos hábitos sedentários, que as crianças vão adquirindo e que influenciam a sua saúde, bem como a sua personalidade. No mundo globalizado em que vivemos, as pessoas encontram-se ligadas virtualmente, mas desligadas umas das outras no toque, no contacto presencial e, por vezes, na voz. Estes ficam esquecidos e perdem-se na utilização abusiva das tecnologias. Reconhecemos haverem jovens que façam das redes sociais as suas vidas e fiquem tão dependentes destas que deixam de estar, em parte, aptos a sobreviverem na realidade diária. Mas apesar de todas estas condicionantes a decisão é exclusiva de cada um, por isso põe-se a questão: E tu, preferes esfolar os joelhos ou ter calos nos dedos? Ester Caldeira Estudante da UMa

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De mochila às costas até Leichlingen

No Verão do ano passado, tive a oportunidade de participar num intercâmbio com estudantes provenientes da Alemanha viajando até Leichlingen e ficando lá durante uma semana. A Alemanha é, sem dúvida, um país fascinante. Apesar da sua elevada industrialização, a cidade onde fiquei era revestida por um verde intenso e estava organizada de modo a que tudo tinha o seu próprio lugar. Tive a oportunidade de visitar a Catedral em Colónia, de visitar a casa de Mozart, de experimentar a gastronomia alemã, de visitar um zoológico e de conhecer pessoas com culturas diferentes. Eu e os meus colegas fomos extremamente bem recebidos, e acho que além de termos conhecido um país muito diferente do nosso, desde as leis aos costumes, criámos laços com pessoas culturalmente diferentes de nós, mas, pessoalmente, até muito parecidas connosco. Ester Caldeira Estudante da UMa

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Sou rainha dos caloiros

“Bem-vinda à Universidade da Madeira!” foram as primeiras palavras que ouvi quando aqui cheguei, seguidas por “Olhos nos cascos reles bicho!”. Palavras que nunca pensei vir a gostar tanto, porque foram estas que me receberam e deram início a uma das melhores experiências, se não a melhor, da minha vida académica! No início não via a praxe com bons olhos e achava que esta resumia-se a receber ordens, a gritar e a encher. Só mais tarde, apenas dias depois apercebi-me que seria normal assim pensar porque a experiência e o que aprendemos com ela é algo que só se entende participando. Diverti-me muito mas acima de tudo aprendi! Aprendi a ter respeito pelos meus colegas e por todos os trajados, mesmo aqueles com os quais não tinha muita afinidade, porque a verdade é que, independentemente dos cursos e até às vezes das personalidades, na praxe todos nós defendemos o mesmo, defendemos a nossa mui nobre academia, e como tal devemos comportarmo-nos não só com respeito pelo outro, mas também com muito respeito pelos nossos valores, porque tal como foi dito no dia do Baptismo, nós estudantes temos a obrigação de mostrar à sociedade que está errada quando pensa em estudantes da Universidade: não somos libertinos, boémios sem responsabilidade, somos divertidos, sabemos viver mas também sabemos ser cidadãos conscientes e activos na comunidade. A praxe funciona muito como meio de integração na vida académica, porque é uma experiência que nos une, visto que passamos por bons e menos bons momentos sempre juntos, e acabamos por nos defender uns aos outros, criando laços que nos ligam para a vida académica e pessoal. Todos os dias enfrentamos novos desafios, assumimos a responsabilidade de cumprir tarefas que servem para defender o nosso curso, mas também para nos conhecermos melhor, o que faz com que tenhamos mais confiança uns nos outros. Na praxe podemos, acima de tudo, ser genuínos, porque ninguém é posto de parte ou olhado de lado. Fazemos parte de algo e sentimo-nos aceites pelos outros! Posso sinceramente dizer que na praxe senti-me como um ‘peixe na água’. Se me pedissem para escolher um dia favorito de praxe, acho que seria uma tarefa difícil, porque gostei de todos os dias, mas os momentos mais inesquecíveis que vivi na praxe foram sem dúvida o dia do Baptismo, a primeira quarta-feira académica e o dia da Procissão das Velas. No dia do Baptismo tive a honra de fazer o Juramento do Caloiro, numa mistura de sensações, de adrenalina, de emoção e de muito orgulho! A primeira quarta-feira académica e a felicidade de ouvir, sentir e viver o Grito Académico pela primeira vez foi inexplicável e inesquecível. No dia da Procissão das Velas, além de a poder partilhar com cerca de 250 pessoas, número nunca antes alcançado, disseram os trajados, o Grito Académico foi diferente. Pela primeira vez o ‘bicho’ foi substituído pelo ‘caloiro’ e a emoção foi mais forte, apesar do ‘nada’ ser-nos destinado de igual forma. Tenho a certeza que aqueles que viveram esta experiência comigo vão sempre ficar guardados na minha memória, porque partilharam uma parte importante da minha vida. Fiquei extremamente feliz por ter sido a rainha dos caloiros, não por mim, mas sim pelo meu curso e pelos que dele fazem parte. Considero que foi uma maneira de Enfermagem a mais reconhecida da praxe e considero, ainda, que o título deveria ser atribuído a todas as caloiras que viveram a praxe com alegria, boa disposição e respeito, porque a verdade é que somos, na grande maioria, reis e rainhas da UMa. Agora, apenas algumas semanas após o dia do Baptismo, já sinto a falta da praxe e acho que esta sensação ainda se vai prolongar durante muito mais tempo. Apesar da praxe ser eterna só se é bicho uma vez, e tal como nos foi dito por vários trajados, esta é a melhor parte da nossa vida académica. Ester Caldeira Estudante da UMa

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OS NOSSOS PARCEIROS