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Entre julho de 2020 e abril de 2022, a investigadora Sara Bettencourt estudou os macro-resíduos em duas praias do Funchal, defendendo uma tese de doutoramento com direito a “uma distinção”, na Universidade Aberta.
Biólogos, químicos, bioquímicos, professores de ciências naturais são alguns dos profissionais que constituem o público-alvo do Doutoramento em Ciências Naturais aberto pela Universidade da Madeira.
A fazer o seu doutoramento, Giulia é uma investigadora italiana a trabalhar na Universidade da Madeira, no Centro de Química da Madeira (CQM), unidade de investigação apoiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
Apesar dos protestos dos investigadores bolseiros, a Assembleia da República deu cartão vermelho às propostas que acabavam com as taxas de admissão a provas de doutoramento. Enquanto isso, algumas universidades cobram zero euros, como a dos Açores, e outras algumas centenas de euros, como a própria UMa.
Em abril, a Assembleia da República chumbou o diploma que previa o fim das taxas de admissão a provas de doutoramento. Em 2022, a ABIC apresentou uma petição para o fim das taxas cujo espírito não colheu o voto favorável da maioria dos deputados em São Bento.
Joana Pinto é uma jovem investigadora do Centro de Química da Madeira, a realizar o seu doutoramento. No âmbito do seu trabalho, dedica-se a trabalhar com compostos que poderão estar na base de novos tratamentos para uma das mais problemáticas doenças do mundo moderno, a Diabetes.
O Presidente da Faculdade de Artes e Humanidades, aquela que possui o valor mais elevado na UMa, considera que “é preciso muita cautela na análise dos dados e na comparação entre instituições”. Os dados divulgados revelam que existem instituições com quase 100% dos docentes com doutoramento feito dentro da sua universidade.
“A área governativa da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior discorda da fixação diferenciada de taxas e emolumentos pelas diferentes instituições de ensino superior, quando está em causa a prestação do mesmo serviço”. Foi essa a resposta remetida por Dina Chaves, chefe de Gabinete de Elvira Fortunato, em dezembro de 2022.
O Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) já reuniu mais de cinco mil assinaturas para que a petição “Pela valorização dos salários de investigadores e professores de ensino superior” possa ter discussão e apreciação em plenário na Assembleia da República.
As alterações na lei avançam já, com a aprovação de todos os partidos. A valorização das regiões que acolhem os politécnicos e a sua atratividade no quadro internacional são as bandeiras de defesa dessas alterações.