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Centro de Química da Madeira

UMa acolhe a 28.ª edição d’A Química é Divertida

Entre 23 e 24 de novembro, o Centro de Química da Madeira organiza a 28.ª edição do “A Química é Divertida”, uma iniciativa de educação para a ciência desenvolvida nos laboratórios do Departamento de Química da Universidade da Madeira e que envolve crianças e jovens dos vários ciclo de ensino.

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Da Chéquia para o Centro de Química da Madeira. Estágios Erasmus+ trazem investigadores de toda Europa

Matouš Řehák e Petr Buriánek foram dois jovens estudantes de química, oriundos da Chéquia, que ao abrigo do ERASMUS+, realizaram, em setembro de 2022, um estágio de duas semanas no Centro de Química da Madeira. Pouco antes do seu regresso a casa, fomos entrevistá-los. Matouš Řehák e Petr Buriánek são estudantes da licenciatura em Química na Universidade de Pardubice, na Chéquia. Antes de ingressarem no Ensino Superior, estudaram Química na Upper Secondary School of Chemistry de Pardubice e, em setembro de 2022, decidiram realizar um estágio de duas semanas no âmbito do programa ERASMUS+ no Centro de Química da Madeira (CQM), centro de investigação integrado na Universidade da Madeira. How did the opportunity arise for you to come to the University of Madeira to do an internship at CQM? M.R. When I studied at secondary school I successfully attended an Erasmus+ internship in UK by my initiative. After graduation I and Petr got an opportunity to attend 2 more Erasmus+ internships to Portugal (last year) and Madeira this year for being good students. We always enjoyed the experience so we didn’t hesitate. P.B. I had a great teacher Mrs Jana Šedová at the Upper Secondary School of Chemistry Pardubice. She remembered me and my friend Matouš and gave us the opportunity to go. We were both incredibly lucky to be able to take part in this ERASMUS+ internship, because we were already over a year out of school and were studying at the University. Did you already know about Portugal or Madeira? What do you think of our land? M.R. I always knew about portugal and I finally visited it a year ago. It was around that time I heard about Madeira. I was looking forward to the visit and I am not disappointed. The landscape is beautiful and the levadas are perfect for long walks. The roads up the hill in the city are something I’ve never really seen before. It’s so steep I wonder how I would drive a car there. But still in Madeira and inland Portugal the cars always stopped when we were at a crosswalk. I don’t remember cars stopping that often anywhere else. The only downside is that the weather is often too hot for me there. P.B. I did already know about both. I was actually in mainland Portugal on an internship in LabMinho (water analysis) and I liked Portugal a lot. Staying on Madeira was an even better experience, especially because of the weather – temperature of around 23°C is ideal for me. I also got to see some levadas, went to a beach in Ribeira Brava and took a trip to Pico do Areeiro. Madeira is simply amazing. Do you recommend the ERASMUS+ program? How was it an asset to your future? M.R. I hugely recommend participating in Erasmus+ projects. The best part for me is that you get to know new people, you can travel, you get to learn a bunch of new things and you can test and improve your ability to communicate with people that have different native language. All the above applies to me and I believe it helped me advance my skills faster and further. P.B. I would recommend the ERASMUS+ programme to any student without hesitation. At CQM, I got a ton of experience in topics I haven’t even heard of at school, e.g. DLS and TGA. I learned something new every day and I’m not exaggerating. During this period, did you have any difficulties? M.R. Sometimes I had to communicate with people that couldn’t speak english that much so it took longer to understand each other completely. Other times it took me longer to understand a topic of the research because of the language barrier. But we always managed to come to an agreement. P.B. Not really – no major ones. There are only three things I can think of. One – the water was heavily chlorinated so it did not taste very well; two – the mosquitoes, there was a lot of them; and lastly the buses – I had to figure it all out. What is the purpose of the investigative work you are involved in? M.R. We briefly participated in various research projects which are mostly focused on nano materials, for example dendrimers, carbon dots and nano particles of magnesium oxide. There is research being done into possible use in treatment of diseases, such as cancer or diabetes. P.B. The reaserch at CQM is focused on nanomaterials, particularly on dendrimers and nanodots. These things have their potential in cancer treatment. What are your plans for your future? M.R. I am going to continue studying chemistry and see where it gets me. I think I will get more into organic chemistry branch but that can still change. Overall being in a lab and doing research into new things is something I look forward to. P.B. Just to study, that is what I enjoy. After that only time will tell – possibly research or teaching. Maybe I will own a bakery and make pastel de nata – who knows. Entrevista conduzida por Carlos Diogo Pereira ET AL. Com fotografia de Pedro Pessoa. Na imagem Matouš Řehák (acima) e Petr Buriánek (abaixo), investigadores oriundos da Chéquia.

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Investigadores do Centro de Química da Madeira no topo mundial

Seis investigadores do Centro de Química da Madeira (CQM) destacaram-se na seriação que a Universidade de Stanford faz há três anos. A Universidade da Madeira (UMa), através do trabalho dos investigadores do CQM, volta a destacar-se no cenário internacional com seis investigadores do Centro a figurar na posição cimeira dos “mais citados a nível mundial, situando-se nos 2% melhores nas respetivas áreas” na seriação da Universidade de Stanford, publicada pela Elsevier BV. Para João Rodrigues, Coordenador do CQM, foi “com enorme satisfação que registo a presença de seis investigadores seniores do nosso Centro”. O responsável refere que a “classificação que foi alcançada por mérito e não outorgada, é o resultado de uma estratégia de longo prazo da unidade de investigação e do trabalho em equipa”. A editora esclarece que a relação “é fruto de uma seleção de 100.000 cientistas por c-score (com e sem autocitações) ou uma classificação percentual de 2% ou superior no subcampo”, com 195.605 cientistas incluídos na base de dados “career-long” e 200.409 cientistas que “estão incluídos no único conjunto de dados do ano recente”. A lista possui 22 áreas científicas e 176 subáreas. De acordo com a editora, “percentis específicos de campo e subcampo também são fornecidos para todos os cientistas com pelo menos cinco artigos”. De acordo com a nota do centro de investigação madeirense, dos seis, “três são jovens investigadores, e os restantes já têm carreiras consolidadas e reconhecimento internacional nas suas diferentes áreas de intervenção”. Os investigadores destacados são Serge Mignani, Rosa Perestrelo, José Câmara, Jaison Jeevanadam, Helena Tomás e, em estreia, Ana Rute Neves. O CQM é um centro de investigação nacional, com sede na Universidade da Madeira. Serge Mignani é detentor de um diplôme d’ingénieur da École Nationale Supérieure de Chimie de Rennes, que integra a Universidade de Rennes, em França. Em 1978, iniciou um programa doutoral na Universidade Católica de Lovaina, na Bélgica, sob a supervisão do Professor H. G. Viehe. Na sua carreira, acumula centenas de artigos publicados e mais de cem patentes. Desde 2017, é professor na Universidade da Madeira e investigador do CQM. A investigadora Rosa Perestrelo é licenciada em Química pela UMa, mestre pela Universidade de Lisboa e doutora em Química Analítica pela UMa. É autora e coautora de dezenas de publicações científicas. No centro, também exerce funções como técnica de Cromatografia líquida-espectrometria de massa (CL-EM). José Câmara, professor de Química na Universidade da Madeira, desde 1993, é licenciado em Química pela Universidade de Coimbra e mestre e doutor na mesma área pela UMa. Ao longo da sua carreira, acumulou vários prémios e distinções como o Prémio Zarco, em 2009. “Estas distinções, apesar de muito importantes, não nos distraem dos nossos objectivos, nem do trabalho que é necessário fazer” – João Rodrigues, Coordenador do CQM. Jaison Jeevanadam é doutor em Nanotecnologia pela Universidade de Curtin, na Malásia. Autor de dezenas de artigos e capítulos de livros, é mestre em Nanociência e Nanotecnologia pela Universidade de Madras, na Índia, e detentor de um MBA pela Universidade de Pondicherry, no mesmo país. Helena Tomás é engenheira química pelo Instituto Superior Técnico e doutora em Química pela Universidade de Lisboa. No CQM, é investigadora sénior nas áreas da Engenharia Biomédica, Nanociência e Nanotecnologia. Orientadora de várias dissertações e teses, possui dezenas de publicações científicas. Classificado com “Excelente” pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, também tem apoio da ARDITI, a Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação e da Secretaria Regional de Educação, Ciência e Tecnologia. A mais nova investigadora do Centro que integra a seriação é Ana Rute Neves, licenciada em Bioquímica pela Universidade do Porto, onde também obteve o grau de mestre em Bioquímica e de doutora em Ciências Farmacêuticas. A par da sua atividade de investigadora no CQM, tem como carreira a função de Clinical Research Associate na multinacional americana IQVIA, um gigante da indústria, que apresentou receitas superiores a 13 mil milhões de dólares em 2021. Para João Rodrigues, o destaque dos investigadores “mostra igualmente que o CQM é não só uma estrutura aberta ao mundo, pois dois dos investigadores citados não têm nacionalidade portuguesa, como também é um lugar de oportunidade para os mais jovens investigadores doutorados estabelecerem e desenvolverem a sua carreira académica, de forma independente (dos seis investigadores, três são jovens investigadores doutorados)”. Apesar da distinção, o Centro mostra o comprometimento nos seus objetivos para promoção de uma investigação de qualidade no cenário nacional e internacional, como conclui o coordenador do CQM: “estas distinções, apesar de muito importantes, não nos distraem dos nossos objetivos, nem do trabalho que é necessário fazer, todos os dias, com todos e para todos, para podermos continuar a ter uma Unidade de Investigação de nível internacional na UMa, ao serviço da Região Autónoma da Madeira, de Portugal e do mundo”. A seriação da universidade americana foi preparada por uma equipa de especialistas, liderada por John Ioannidis, professor na Universidade de Stanford. A lista apresentada teve a sua 1.ª edição em 2020. Ainda na lista, mas oriundos de outros centros, consta, pelo terceiro ano consecutivo, o Professor John W. Clark, investigador na área da Física, Professor Visitante na UMa e Wayman Crow Professor Emeritus of Physics na Universidade de Washington em St. Louis, e o Professor Mikhail Benilov, da UMa e investigador na área da Física dos Fluídos e Plasmas. A UMa, através de Elsa Fernandes, Vice-Reitora com o pelouro da Investigação, indicou a sua “enorme satisfação” por “aumentar o número de investigadores da Universidade da Madeira, neste caso concreto do CQM, que constam do ranking”. São seis investigadores do CQM, o que ilustra bem a qualidade da Investigação que tem sido feita neste centro de investigação da nossa universidade”. A Vice-Reitora acrescenta nota de congratulação “a cada um dos investigadores e o meu agradecimento em nome da Universidade da Madeira pelo seu excelente trabalho”. Luís Eduardo Nicolau ET AL. Com fotografia de Ibrahim Boran.

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Centro de Química da Madeira recebeu mais uma investigadora da Argentina

A ET AL. entrevistou Angela Carboni, que veio de Buenos Aires para o Funchal, para se dedicar à investigação científica no Centro de Química da Madeira. Além dos estudantes estrangeiros para os seus cursos, a UMa recebe todos os anos investigadores de várias nacionalidades ao abrigo de diferentes programas de investigação científica ou inovação tecnológica. O Centro de Química da Madeira (CQM), que realiza o seu 9.º Encontro anual entre 28 e 30 de setembro, é um centro de investigação da Universidade da Madeira (UMa) que recebe investigadores de todo o mundo para promoção da sua investigação, projetando o nome da Universidade da Madeira na comunidade científica internacional. O CQM tem uma atividade diversificada que se centra na investigação, passando pela disseminação da ciência e da tecnologia, prestação de diversos serviços à comunidade e oferta de bolsas de investigação, de estágios e outras posições no quadro da ciência. Angela Carboni é uma investigadora argentina que trabalha num projeto internacional que o CQM integra, reunindo centros de investigação e indústria de Portugal, da Argentina, de Espanha, de França e do Reino Unido, sendo financiado pela União Europeia através do programa Horizonte 2020. O projeto de investigação que participa é o PREMIUM, acrónimo para PREservação de MIcroorganismos pela Utilização de Mecanismos de protecção envolvendo oligossacáridos. Pretende a obtenção de oligossacáridos (açúcares) com atividade prebiótica e crioprotetora que possam ser usados para auxiliar a proteção e crescimento de bactérias lácticas que são benéficas para a nossa saúde. A ET AL. conversou com a investigadora sul-americana para conhecer o seu trabalho que, entre outros objetos de estudo, tem dedicado alguma atenção à farinha obtida das lentilhas. Fala-nos do trabalho de investigação que estás a realizar. Que impacto social gostarias que tivesse? Eu estou a fazer o doutoramento da Faculdade de Ciências Exatas, na área da Química, da Universidade Nacional de La Plata, em Buenos Aires, na Argentina. O objetivo do doutoramento é a elaboração de alimentos panificados utilizando farinha de lentilha tratada com o fim de obter produtos com as melhores características nutricionais, tecnológicas e funcionais. Por outro lado, na Universidade da Madeira estamos a trabalhar com o aproveitamento dos resíduos obtidos a partir do tratamento dessas lentilhas e outros grãos na proteção de bactérias. Como surgiu a oportunidade de desenvolver a pesquisa na Universidade da Madeira? Esta oportunidade surgiu a partir do projeto PREMIUM (Preservation of microorganisms by understanding the protective mechanisms of oligosaccharides) que procura novas estratégias para preservar bactérias ácido lácticas e que conta com a participação de institutos e empresas de diferentes países, entre eles, Portugal e a Argentina. Na Argentina, desenvolvias a mesma linha de investigação do que na Madeira? Se não, que desafios enfrentaste ao mudar para uma área diferente? Na Argentina minha pesquisa está focada no desenvolvimento de panificados e aqui na Madeira já o trabalho vai numa outra linha de investigação. Isto representou uma dificuldade, mas tive oportunidade de aprender as técnicas necessárias para o trabalho pouco antes de vir. Por outro lado, os colegas na UMa ajudaram-me a aprender coisas novas, tais como o uso de equipamentos. Já conhecias Portugal e a Madeira? Como descreverias o nosso país, especialmente esta região? Nunca tinha vindo a Portugal e sinceramente não sabia da existência da Madeira, por isso vir para um lugar do qual não tinha ouvido falar foi muito surpreendente. Penso que Portugal é um país muito lindo, com imensos lugares para conhecer e com grande consciência ambiental. Quanto à Madeira achei que é um lugar incrível, com muita natureza e tranquilidade. A língua Portuguesa é um desafio ou uma oportunidade? Eu gosto de aprender outras línguas, logo para mim, ter a possibilidade de falar português todos os dias foi uma experiência ótima. Por outro lado, aprender as diferenças entre o português do Brasil (que já falava) e o de Portugal, principalmente em termos do sotaque, representou uma dificuldade. Quando terminares o doutoramento, que planos tens para o futuro? Neste momento, estou focada em acabar a minha investigação. Depois vou ver se continuo nesta linha de investigação que é muito interessante e ainda tem muitas coisas para serem descobertas. Entrevista conduzida por Carlos Diogo Pereira ET AL. Com fotografia de Pedro Pessoa. Em maio, a ET AL. entrevistou Gonçalo Nuno Martins, doutorando em Química pela Universidade da Madeira e detentor de uma bolsa de Doutoramento pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Leia aqui a entrevista para conhecer mais sobre o projeto de investigação PREMIUM. Angela Carboni é aluna de doutoramento na Universidad Nacional de La Plata. Desenvolve a sua investigação no Centro de Investigación y Desarrollo en Criotecnología de Alimentos (CIDCA) que integra o Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas e a Comisión de Investigaciones Científicas de la Provincia de Buenos Aires. O seu doutoramento é orientado pela Professora Doutora Cecília Puppo (CIDCA-CONICET/UNLP) e pela Professora Doutora Cristina Ferrero (CIDCA-CONICET/UNLP). No CQM, a sua investigação foi orientada pela Professora Doutora Paula Castilho. O CQM é uma unidade de Investigação Nacional, com sede na Universidade da Madeira, classificada com “Excelente”, e apoiada pela FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia, pela ARDITI – Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação e pela SRECT – Secretaria Regional de Educação, Ciência e Tecnologia.

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