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Milhares reunidos nas atividades de Receção ao Caloiro

Começaram remotamente e terminaram totalizando milhares de participantes, ao longo de quatro semanas de atividades. A Receção ao Caloiro na Universidade da Madeira (UMa), depois de dois anos com fortes restrições, regressou. Quando as matrículas tiveram início, a 12 de setembro, muitos temiam pela falta de contacto com os novos alunos que existiria em 2022. O processo deixava o formato presencial, formato que perdurou mesmo durante a pandemia, e passava a ser remoto. No final da tarde de 8 de setembro, surgia a informação de que a matrícula seria feita pelo InfoAlunos, abandonado o formato tradicional. Gabriel Leça, da Unidade de Assuntos Académicos, acreditava “que esta nova forma, desejada há tanto tempo, trará apenas vantagens a todos”. Na comunicação enviada à ACADÉMICA DA MADEIRA, a que a ET AL. teve acesso, era confirmado o início do novo procedimento. Em paralelo às matrículas, a ACADÉMICA DA MADEIRA desencadeava uma operação, que preparou desde o verão, para a integração dos estudantes colocados na UMa. Os embaixadores foram o rosto de boas-vindas para centenas de caloiros. Na terça-feira, 20 de setembro, uma sessão de boas-vindas deu início às atividades presenciais. Segundo Ricardo Fernandes, voluntário da ACADÉMICA DA MADEIRA, que foi o cicerone da sessão, “os segmentos mais populares desse acolhimento poderão ser as festas”, mas o trabalho desenvolvido pela organização envolveu muitas ações de apoio, como a otimização da aplicação móvel ACADÉMICA que serve milhares de estudantes, especialmente útil para os caloiros que não têm muitas informações sobre a vida universitária. Desde o verão os voluntários da ACADÉMICA DA MADEIRA preparavam os eventos. A par de dois eventos na discoteca Copacabana, o Arraial Académico Coral foi o ponto de destaque do calendário de festividades. Depois do último, em outubro de 2019, foi o regresso da atividade mais tradicional da Receção. Rodrigo Gonçalves, responsável pela organização na ACADÉMICA DA MADEIRA, “estava receoso por ser um evento de grandes dimensões e pela grande responsabilidade em ser o líder da organização”. Segundo o dirigente estudantil, “houve algumas dificuldades inerentes a qualquer organização, como o licenciamento junto de várias entidades” para o cumprimento escrupuloso das obrigações legais em termos de direitos de autor e conexos, de segurança, do encerramento de vias, do ruído e de seguros de responsabilidade civil. Um evento que dura apenas algumas horas acaba envolvendo dezenas de horas de preparação de mais de 30 colaboradores da ACADÉMICA DA MADEIRA que estiveram envolvidos, desde o verão. André Luz, o nome por detrás do dj Andy Lux, foi novamente o escolhido para abrir o cartaz musical do Arraial Coral. Presença em vários eventos da ACADÉMICA DA MADEIRA, o madeirense voltou a integrar as atividades. A Tuna Universitária da Madeira, com o concurso “Caloira Má” e várias canções populares, trouxe outro momento de música, de irreverência e de tradição. O dj Oxy, outro nome tradicional, encerrou a noite de festa. A ACADÉMICA DA MADEIRA refere que dezenas de voluntários estiveram reunidos na organização e promoção dos eventos. Como balanço, Rodrigo Gonçalves destaca que “o evento mostrou superar qualquer expetativa da organização”, sendo “bastante positivo” para todos os envolvidos na sua promoção. As próximas grandes festividades estão reservadas para o verão de 2023, quando o SO+UMa regressa ao parque de Santa Catarina, integrando o Caruncho. A ACADÉMICA DA MADEIRA indica que terá vários eventos nos próximos meses, como tem sido habitual, além da sua atividade regular na área das Artes, da Cultura, do Desporto, da Informação, da Investigação e do Turismo. O próximo evento acontece no dia 22 de outubro, com a apresentação da obra O COMBOIO DO CAMINHO DO COMBOIO de José Viale Moutinho, às 11:00, no Centro Interpretativo do Caminho de Ferro do Monte. Luís Eduardo Nicolau ET AL. Com fotografia de Salvador Freitas.

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Centenas de estudantes presentes no batismo

“In nomine solenissimae et semper potentissimae praxis”, no sábado, 8 de outubro, centenas de estudantes da Universidade da Madeira reuniram-se para celebrar a praxe e a tradição académica. As buzinas que centenas de estudantes ouviram durante o percurso entre o Campus Universitário da Penteada e a praia do Almirante Reis eram o sinal de que a tradição académica não diverte apenas os estudantes da academia madeirense, mas também envolve várias pessoas. Além dos colegas, dos amigos e dos familiares que se reuniram para partilhar o Batismo do Caloiro com a comunidade praxista da UMa, muitos curiosos, nacionais e estrangeiros, acompanharam o evento. As atividades tiveram início com o juramento, feito por Hugo Pestana, caloiro do curso de Medicina. Segundo Tiago Camacho, vilão do curso de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações, o evento foi “foi incrível” e “todos os estudantes deram o máximo que podiam”. A envolvência com a cidade foi um ponto de destaque para o estudante, além da passagem pelo túnel da avenida Calouste Gulbenkian, que continua a fazer “arrepiar de emoção” vários participantes. A preparação dos cursos de engenharia e matemática era visível na madrugada de sábado, com dezenas de estudantes a realizar faixas e bandeiras no exterior do Campus. Logo na manhã desse dia, vários cursos marcavam presença no campus para continuar os trabalhos de preparação do Juramento, do Cortejo e do Batismo. Carolina Rodrigues Silva, veterana do curso de Educação Física de Desporto, explica que adquiriram “material durante a semana para confecionar a bandeira para o cortejo, com os caloiros vestidos de guerreiros”. Um desfile até ao centro do Funchal, com muita música e guerras entre os cursos, tornou o evento inesquecível para os participantes com quem a ET AL. conversou. No calhau da praia, “bandeiras, o grito académico e o anúncio que iriam passar a caloiros” ditaram o início do batismo, o culminar de um “mês que correu muito bem; os caloiros participaram e gostaram bastante”. Da licenciatura em Gestão, João Pedro Freitas, doutor e representante de curso, descreveu o evento “muito bem organizado, a polícia esteve sempre a acompanhar o cortejo”, com um “ambiente espetacular”. Durante anos, salvo algumas exceções, foi eleito um curso do ano, um rei e uma rainha dos caloiros. Se há expetativas sobre o curso do ano? “Há cursos fortes como Desporto, Enfermagem ou Gestão”, segundo João Pedro Freitas. No domingo, ao fim do dia, desenrolou-se a tradicional Procissão das Velas, com centenas de estudantes, amigos e familiares, pelas ruas do centro da cidade. A noite terminou com a atuação dos FATUM, o grupo de fados da ACADÉMICA DA MADEIRA. Carlos Diogo Pereira, como solista, e Carlos Abreu, na guitarra clássica, antigos membros do Conselho de Veteranos, juntaram-se a David Freitas, decano dessa estrutura, na guitarra de Coimbra. Com eles tocaram Gonçalo Direito, na guitarra de Coimbra, e Júlia Dória, na guitarra clássica. Na atuação, os FATUM interpretaram a “Canção das Lágrimas”, o “Vira de Coimbra” e a “Balada da Despedida de 1988-1989”. Segundo Carlos Abreu, “foi uma oportunidade para que os caloiros tivessem contacto com uma parte importante da tradição académica, através da Canção de Coimbra”. Luís Eduardo Nicolau ET AL. Com fotografia de Salvador Freitas. Na imagem, os estudantes da UMa na praia do Almirante Reis, no Funchal.

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A ACADÉMICA DA MADEIRA deu as boas-vindas aos estudantes

No dia 20 de setembro, centenas de estudantes foram recebidos pela ACADÉMICA DA MADEIRA, numa sessão no Campus Universitário da Penteada. “A todos os nossos colegas, e sobretudo aos recém-chegados, votos de um ano letivo com muitos sucessos académicos e pessoais. Estaremos convosco do início ao fim”. Foi assim que Alex Faria, Presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA, finalizou o seu discurso de boas-vindas aos caloiros da Universidade da Madeira (UMa). Considerando os cursos profissionais e de licenciatura, foram mais de meio milhar os novos estudantes matriculados na Academia madeirense. Ricardo Fernandes, estudante da UMa e voluntário da ACADÉMICA DA MADEIRA, foi o mestre de cerimónias do evento de acolhimento. Segundo o estudante, “há vários meses, a ACADÉMICA DA MADEIRA tem trabalhado para as atividades de arranque do ano letivo”. Apesar das populares atividades noturnas, Ricardo Fernandes referiu que “trabalho envolveu o desenvolvimento da nossa aplicação móvel, utilizada diariamente por milhares de estudantes, a realização de dezenas de artigos de apoio e de esclarecimento aos alunos, as novas plataformas de interação com o estudante e o reforço dos meios de apoio no Campus”. O Presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA indicou que “a ACADÉMICA DA MADEIRA tem uma política estudantil ativa no cenário regional e nacional. Sabemos do esforço suplementar que todas as famílias têm para o ingresso e a frequência dos estudantes no Ensino Superior”. O líder estudantil destacou a ACADÉMICA DA MADEIRA como “a maior estrutura associativa da região”, com “prémios e as distinções nacionais e internacionais” que são o “reflexo da excelência do trabalho de todos os meus colegas”. Após a sessão, foi apresentada a sala de aulas reformada pela ACADÉMICA DA MADEIRA, com o apoio da Asseco PST e da Fundação Santander. O espaço recebeu 40 cadeiras e 20 mesas adquiridas no âmbito do programa MUDÁMOS A UMa, além dos trabalhos de pintura que foram feitos pelos funcionários da Universidade da Madeira. Luís Eduardo Nicolau ET AL. Com fotografia de Pedro Pessoa. Na fotografia, Ricardo Fernandes, estudante da UMa e voluntário da ACADÉMICA DA MADEIRA, que apresentou a sessão.

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Universidade da Madeira com 552 de estudantes colocados

Ao longo de sábado, os candidatos ao Ensino Superior receberam as colocações do 46.º Concurso Nacional de Acesso (CNA) que, em 2022, teve 49.806 estudantes colocados no ensino superior público. Os resultados da Universidade da Madeira (UMa) foram piores em 2022, quando comparados com 2021. Ainda assim, o reitor tem confiança nas próximas fases. Nas 679 vagas disponibilizadas pela UMa foram colocados 552 candidatos, restando 136 vagas para as próximas fases. De acordo com os dados divulgados pelo governo, a UMa teve um resultado pior nas colocações de 2022, comparando com 2021. A taxa de ocupação este ano foi de 81,3% (85% em 2021), com menos 83 estudantes colocados (- 13%) em relação a 2022, em que foram admitidos 633 candidatos na 1.ª fase. Em declarações ao Diário de Notícias da Madeira, o reitor da UMa indicou que as restrições orçamentais acabam tendo algum impacto nas escolhas de aberturas de vagas e, consequentemente, nos resultados do Concurso Nacional: “uma vez que a Universidade da Madeira não foi não foi contemplada com um aumento no seu financiamento, o aumento é o normal, e isso fez com que nós tivéssemos que equilibrar a oferta formativa, no que diz respeito a este concurso – CNA, no que diz respeito a uma das medidas estruturantes para a universidade, que é de aumentar o número de estudantes internacionais, e também no que diz respeito ao aumento desejado de alunos de mestrado. Foi por isso que nós aumentámos também a oferta formativa na área de mestrados (…). Foi por isso que tivemos de equilibrar com os primeiros ciclos”. Sílvio Fernandes, apesar dos resultados das colocações terem baixado, declarou acreditar que a UMa ficará com resultados próximos dos das colocações de 2021, após a divulgação das próximas fases. Na Universidade dos Açores os resultados, em relação aos de 2021, não tiveram grande oscilação. Registou-se menos 8 colocados em 2022, com uma taxa de ocupação de 88%. Segundo os dados publicados pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), há dez anos, em 2012, ficaram colocados, pelo CNA, 39.992 candidatos em Portugal, sobrando 12.306 vagas na 1.º fase. Dez anos depois, nas 54.641 vagas disponibilizadas, 49.806 ficaram colocados e 5.284 vagas transitam para a 2.ª fase. Mais de metade dos estudantes conseguiram entrar na sua 1.ª opção. O total de vagas que acabaram por não ser preenchidas no final da 1.ª fase do CNA foi o mais baixo desde 1999. O governo destacou “o número de colocados em instituições localizadas em regiões com menor densidade demográfica” registou um crescimento de 6%, com 13.351 estudantes colocados. Segundo o executivo, várias instituições do interior aumentaram “o número de colocados face ao ano anterior: UBI, UÉvora, UTAD, IP Bragança, IP Castelo Branco, IP Coimbra – ESTGOH, IP Guarda, IP Portalegre, IP Santarém, IP Viana do Castelo, IP Viseu e IP Tomar”. Na próxima quinta-feira realiza-se a cerimónia de assinatura dos contratos de financiamento do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), às 16:00, na Academia das Ciências de Lisboa, com a presença do Primeiro-Ministro e da Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Luís Eduardo Nicolau ET AL. Com fotografia de Pedro Pessoa.

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Sou rei dos caloiros

Ainda as aulas não tinham começado e eu já estava a ser praxado. Eu e os meus camaradas caloiros, bichos na altura, fomos recebidos pelos nossos trajados, no âmbito de dar a conhecer a muy nobre academia que é a UMa. Para além disso o objectivo era apresentar a praxe aos estudantes recém-chegados à UMa e eu, com receio do que seria a praxe, já temia o pior, pois julguei que, por nos chamarem ‘bicho’ obrigar-nos-iam a rastejar pelo solo da UMa e a fazer mil e uma coisas embaraçosas. Estes receios mostraram-se, desde cedo, infundados e diversão, respeito pela hierarquia e integração seriam as palavras de ordem. Para quem não acredita na praxe ou não a conhece nós éramos apenas gente louca a fazer um espectáculo sem sentido. Mas para nós era muito mais que isso. A praxe tem um propósito, além de integrar, divertir e de ajudar. A praxe une o curso, une as pessoas e eu falo por mim, pela minha experiência. Bendigo todos os dias de praxe que tive, que ficarão na memória por muito tempo e acredito que todos os meus colegas caloiros de todos os outros cursos da UMa pensam igual. A minha primeira recordação da praxe, apesar dela ainda estar bem presente na minha vida, teve a ver com um episódio em que chamei de ‘prassista’ um trajado e alguns episódios que protagonizei nos dias temáticos, nos arraiais e nas quartas-feiras académicas. No meu curso (e puxando a brasa à minha sardinha), foram apresentadas inúmeras ideias divertidas, geralmente temáticas, que marcaram esta experiência. Ideias essas como o Pacman (no qual envolvi-me romântica e eroticamente), os super-heróis, os cowboys e a guerra de cursos foram aumentando de importância até chegar ao tão aguardado dia do juramento, cortejo e baptismo que nunca esquecerei. Pouco a pouco esta experiência começou a ser cada vez mais importante para mim, pois era na praxe que eu encontrava a minha energia e vontade para ir às aulas. Foi nesta experiência que conheci uma série de pessoas espectaculares que levarei para a vida. São essas mesmas pessoas que conhecemos e convivemos aquelas com quem iremos lidar e privar nos próximos anos e, com razão, há necessidade de formar amizades e companheirismos. Nunca me senti só e excluído na praxe, mostrando que esta experiência não era embaraçosa e maldosa, mas sim divertida e única. Posso acrescentar (e mais uma vez puxando a brasa à minha sardinha) que também tive os melhores trajados de que alguma vez poderia esperar. Todos eles, sem excepção, foram cruciais para que eu pudesse desenvolver este gosto pela praxe. Foram companheiros, respeitosos e de quem ouvíamos os melhores conselhos sobre as aulas, professores, sobre a Universidade, sobre os serviços, sobre as bolsas, sobre tudo. Senti-me absurdamente bem. Havia um bem-estar e união entre caloiros e trajados e todos sentiam uma motivação para participar em tudo o que era proposto. Esta determinação permitiu-nos alcançar o título de Curso do Ano, o que para mim foi mais importante do que ser nomeado Rei dos Caloiros, já que é a prova, testemunhada e pronunciada pelos elementos da UMa, da união e sentida e vivida pelo curso de Desporto. Eu, estando no palco do Arraial Coral, num ambiente de suspense, senti uma grande emoção invadir-me, mal vi o nome Desporto a deslizar pelo placar digital. Fiquei louco de alegria e, no momento, nada mais sentia sem ser a vontade de ir para junto dos meus colegas de curso festejar e gritar. Há a noção que a praxe é inútil e sem sentido na vida universitária pois não acrescenta nada ao rendimento académico. Mas há que perceber que a universidade não é só estudos, há todo um mundo por explorar. É nesta fase das nossas vidas que encontramos as pessoas de grande influência e há que saber aproveitar esses momentos. A praxe é, disso, um excelente exemplo. Podia perder horas e horas a falar deste grande marco da minha vida académica e não creio que me calaria tão cedo. Podem dizer que estou a exagerar, mas a praxe foi e será dos elementos mais importantes da minha vida e será para sempre recordada. Para finalizar gostaria de agradecer imenso aos meus colegas caloiros e trajados, que agora considero meus amigos, pela experiência que me proporcionaram. Senti-me verdadeiramente integrado neste grupo formidável onde todos para mim eram gente de valor. São pessoas que só dão bom nome ao curso de Desporto e à UMa. Espero que tenhamos muitas mais experiências pela frente, todos juntos. Espero também poder trajar para o próximo ano e fazer com que os meus bichos sintam o que senti. “AVE, DESPORTO!!” Alexis Santos Estudante da UMa

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Sou rainha dos caloiros

“Bem-vinda à Universidade da Madeira!” foram as primeiras palavras que ouvi quando aqui cheguei, seguidas por “Olhos nos cascos reles bicho!”. Palavras que nunca pensei vir a gostar tanto, porque foram estas que me receberam e deram início a uma das melhores experiências, se não a melhor, da minha vida académica! No início não via a praxe com bons olhos e achava que esta resumia-se a receber ordens, a gritar e a encher. Só mais tarde, apenas dias depois apercebi-me que seria normal assim pensar porque a experiência e o que aprendemos com ela é algo que só se entende participando. Diverti-me muito mas acima de tudo aprendi! Aprendi a ter respeito pelos meus colegas e por todos os trajados, mesmo aqueles com os quais não tinha muita afinidade, porque a verdade é que, independentemente dos cursos e até às vezes das personalidades, na praxe todos nós defendemos o mesmo, defendemos a nossa mui nobre academia, e como tal devemos comportarmo-nos não só com respeito pelo outro, mas também com muito respeito pelos nossos valores, porque tal como foi dito no dia do Baptismo, nós estudantes temos a obrigação de mostrar à sociedade que está errada quando pensa em estudantes da Universidade: não somos libertinos, boémios sem responsabilidade, somos divertidos, sabemos viver mas também sabemos ser cidadãos conscientes e activos na comunidade. A praxe funciona muito como meio de integração na vida académica, porque é uma experiência que nos une, visto que passamos por bons e menos bons momentos sempre juntos, e acabamos por nos defender uns aos outros, criando laços que nos ligam para a vida académica e pessoal. Todos os dias enfrentamos novos desafios, assumimos a responsabilidade de cumprir tarefas que servem para defender o nosso curso, mas também para nos conhecermos melhor, o que faz com que tenhamos mais confiança uns nos outros. Na praxe podemos, acima de tudo, ser genuínos, porque ninguém é posto de parte ou olhado de lado. Fazemos parte de algo e sentimo-nos aceites pelos outros! Posso sinceramente dizer que na praxe senti-me como um ‘peixe na água’. Se me pedissem para escolher um dia favorito de praxe, acho que seria uma tarefa difícil, porque gostei de todos os dias, mas os momentos mais inesquecíveis que vivi na praxe foram sem dúvida o dia do Baptismo, a primeira quarta-feira académica e o dia da Procissão das Velas. No dia do Baptismo tive a honra de fazer o Juramento do Caloiro, numa mistura de sensações, de adrenalina, de emoção e de muito orgulho! A primeira quarta-feira académica e a felicidade de ouvir, sentir e viver o Grito Académico pela primeira vez foi inexplicável e inesquecível. No dia da Procissão das Velas, além de a poder partilhar com cerca de 250 pessoas, número nunca antes alcançado, disseram os trajados, o Grito Académico foi diferente. Pela primeira vez o ‘bicho’ foi substituído pelo ‘caloiro’ e a emoção foi mais forte, apesar do ‘nada’ ser-nos destinado de igual forma. Tenho a certeza que aqueles que viveram esta experiência comigo vão sempre ficar guardados na minha memória, porque partilharam uma parte importante da minha vida. Fiquei extremamente feliz por ter sido a rainha dos caloiros, não por mim, mas sim pelo meu curso e pelos que dele fazem parte. Considero que foi uma maneira de Enfermagem a mais reconhecida da praxe e considero, ainda, que o título deveria ser atribuído a todas as caloiras que viveram a praxe com alegria, boa disposição e respeito, porque a verdade é que somos, na grande maioria, reis e rainhas da UMa. Agora, apenas algumas semanas após o dia do Baptismo, já sinto a falta da praxe e acho que esta sensação ainda se vai prolongar durante muito mais tempo. Apesar da praxe ser eterna só se é bicho uma vez, e tal como nos foi dito por vários trajados, esta é a melhor parte da nossa vida académica. Ester Caldeira Estudante da UMa

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