A Universidade da Madeira (UMa) está a expandir significativamente a sua capacidade de alojamento para estudantes, com três projetos que permitirão quase duplicar o número de camas disponíveis até 2026. Segundo informações avançadas pelo JM Madeira, estas intervenções representam um investimento global superior a 11 milhões de euros e são financiadas pelo Programa Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES) e pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Entre os projetos em curso, destaca-se a adaptação de um edifício devoluto na rua da Carreira, que será transformado em residência universitária. Conforme noticiado pelo jornal, “a intervenção permitirá a adaptação do mesmo a Residência de Estudantes, o que assegurará 25 novas camas, distribuídas por 15 estúdios, sendo 10 duplos, quatro individuais e um individual para portador de deficiência motora”. A empreitada, adjudicada à empresa TECANCO – Técnicos de Construção, S.A., está orçamentada em 1.176.014,80 euros e tem conclusão prevista para fevereiro de 2026.
A recuperação do edifício, datado do século XVIII, pretende “manter tanto quanto possível a sua traça, não obstante a alteração de uso, modernizando-o e tornando-o mais eficiente, contribuindo para a dinâmica do centro urbano”, acrescenta a instituição. Os trabalhos no local decorrem a bom ritmo, e a Universidade da Madeira prevê que a nova residência esteja operacional no início de 2026.
Alojamento estudantil de emergência humanitária
Até 1 de setembro decorre a fase de candidatura ao alojamento na residência estudantil da Universidade da Madeira. O tema da habitação para estudantes durante o curso continua a ser um problema por resolver, sendo amplamente noticiado no período de matrículas do ensino superior. Em julho, o governo decidiu priorizar o alojamento de estudantes identificados como estando em “situação de emergência humanitária”, a par dos bolseiros deslocados.
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Além deste projeto, está em curso a renovação da Residência Universitária de Nossa Senhora das Vitórias, que dispõe atualmente de 209 camas. Segundo a informação divulgada pelo JM Madeira, “as obras no terreno decorrem dentro da normalidade, estando prevista a conclusão dos trabalhos e entrada plena em funcionamento em agosto de 2025”. O investimento nesta intervenção ascende a 2.320.380,70 euros, sendo que o processo também exigiu um segundo concurso público após a falta de concorrentes no primeiro.
O terceiro grande projeto corresponde à construção de uma nova Residência de Estudantes na Quinta de São Roque, que disponibilizará 180 camas adicionais. O contrato, no valor de 7.531.000 euros, foi assinado a 27 de dezembro de 2024, estando previsto que as obras fiquem concluídas até março de 2026. Como indica o jornal, “o contrato administrativo de conceção e empreitada de obra pública foi assinado com o consórcio vencedor”, garantindo que a empreitada segue o calendário estipulado.
Com estas três intervenções, a Universidade da Madeira passará “de uma oferta de 209 camas para uma oferta total de 414 camas, o que representará um acréscimo de 98%”. A expansão do alojamento estudantil é vista como um passo essencial para atrair e apoiar estudantes, especialmente num contexto de crescente procura por habitação acessível no ensino superior.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Pedro Pessoa.
