A redução da natalidade em Portugal continua a impactar negativamente o futuro do ensino superior. Conforme uma notícia avançada pela edição de hoje do JM, “de acordo com o Estado da Educação 2023, a baixa natalidade terá efeitos negativos no ensino superior que, ao nível nacional, perderá 15% dos alunos”. Contudo, na Região Autónoma da Madeira, o impacto é ainda mais severo, com previsões de uma redução de 30% até 2035.
A publicação destaca que “a diminuição da natalidade resulta numa redução progressiva da taxa de escolarização, afetando especialmente as idades entre os 20 e os 24 anos”. Tal panorama reflete-se diretamente no número de candidatos ao ensino superior, colocando em risco a sustentabilidade das instituições académicas da Região.
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Anecessidade de políticas de incentivo à natalidade e de uma reestruturação dos modelos de financiamento das universidades é outro ponto de destaque. Como apontado pelo artigo do JM, “a solução para mitigar esta tendência passa pela implementação de medidas que garantam maior apoio às famílias” e captação de estudantes internacionais.
Este cenário torna-se ainda mais relevante quando se considera que, no ano letivo 2022-2023, “1.782 alunos estrangeiros estavam inscritos nas escolas públicas da Madeira”. Apesar de representarem uma parcela importante da comunidade escolar, o desafio de equilibrar o decréscimo da população jovem local persiste como prioridade urgente. A Universidade da Madeira, segundo o reitor em declarações de outubro de 2024, “no que diz respeito às admissões, existem algumas de estudantes internacionais que se encontram pendentes (estão atualmente inscritos 200 estudantes internacionais, e 130 estudantes ERASMUS, na modalidade incoming)”.
Carlos Diogo Pereira
ET AL.
Com fotografia de Pedro Pessoa.