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protesto

“Pelo fim das taxas de admissão a provas de doutoramento”. A discussão da petição vai começar.

A Comissão Parlamentar de Educação e Ciência solicitou informações para várias estruturas associativas. A 6 de outubro, a Associação dos Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) entregou, à Assembleia da República, a petição sobre as taxas cobradas para entrega de teses, como noticiado pela ET AL. Tivemos conhecimento de que, pelo menos, dez Associações Académicas, duas Associações de Estudantes e uma Federação Académica receberam um pedido de informações de Alexandre Quintanilha, presidente da Comissão Parlamentar de Educação e Ciência. Começou a discussão sobre a petição apresentada pela ABIC. De acordo com a petição da ABIC, os subscritores pretendem que o fim das taxas seja discutido “e sejam tomadas as necessárias medidas para eliminar as taxas e os emolumentos relativos à admissão a provas de doutoramento em todas as instituições públicas de ensino superior”. Bárbara de Carvalho Raposo, Presidente da Associação que representa os bolseiros de investigação científica, é a primeira subscritora do documento que está em apreciação na Comissão parlamentar. No total, foram apresentadas 8140 assinaturas. Luís Eduardo Nicolau ET AL. Com fotografia do Gabinete do Primeiro-Ministro. Na imagem, um debate, no parlamento, para votação do Orçamento do Estado, na generalidade, a 26 de outubro de 2022.

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Académicas em ruptura com o Encontro Nacional

Açores, Algarve, Aveiro, Beira Interior, Coimbra, Évora, Madeira, Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro, que integram o movimento ACADÉMICAS PONTO, abandonaram o Encontro Nacional de Direções Associativas (ENDA), que aconteceu este fim de semana em Viseu, evidenciando a ruptura e indicando o protesto em relação ao modelo adaptado pelo fórum associativo. O movimento que reúne as nove Académicas, havia organizado, em março, uma manifestação que juntou milhares de estudantes pelas ruas de Lisboa, até à Assembleia da República. Portugal não possui, ao contrário de outros países, um órgão nacional dos estudantes, que seja representativo das associações académicas das universidades públicas e privadas. O ENDA, há várias décadas, tem atuando como fórum representativo, emanando moções, sobre variados temas do ensino superior, que são votadas pelo seu plenário, nas reuniões periódicas que acontecem ao longo do ano. A sua forma de representatividade, que não assenta num modelo de proporcionalidade, mas num sistema de um voto por estrutura associativa, tem sido contestado por algumas estruturas ao longo dos anos, sem que seja encontrado ou aprovado um regime alternativo. Além disso, o movimento associativo nunca conseguiu consenso para que as associações que representam as associações ou federações das universidades públicas portuguesas possam integrar um órgão ou estrutura nacional que tenha diálogo com a tutela. O movimento ACADÉMICAS PONTO, surgido no verão de 2020, também pretendia aumentar a representatividade das associações académicas que se encontram fora de Lisboa e do Porto, focando o seu papel na defesa dos problemas particulares que as universidades, que se localizam fora dessas duas cidades, enfrentam. Segundo o regimento do ENDA, cada membro credenciado tem direito a um voto, o que acaba, no entender das nove associações, por desligar o fórum de uma representatividade proporcional de cada associação. Pelo atual sistema, uma associação que represente 1000 estudantes tem o mesmo número de votos de uma associação que seja a estrutura que representa 30 000 estudantes. De acordo com o comunicado do movimento ACADÉMICAS PONTO o modelo do ENDA é “fortemente centralizador e federalista, marcado por discussões que se tornam, por vezes, demagogas e vazias, proporcionadas por jogos de interesse, não cumpre com os seus princípios e retira o real significado para os estudantes do ensino superior que o ENDA pretende representar”. O movimento alega que o ENDA “foi criado com o propósito de ser o fórum de discussão de caráter consultivo, decisório e eleitoral de todos os estudantes do ensino superior, regendo-se pelos princípios da independência, da universalidade, da democraticidade, da independência e da autonomia”. Nesse sentido, as nove Associações Académicas protestam e alegam “desconforto e questionam a legitimidade das moções aprovadas e consequente ação das mesmas, uma vez que a voz do movimento estudantil não se encontra verdadeiramente representada, por força do modelo de votação em vigor”. Alex Faria, presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA, em declarações à Antena 1 Madeira, referiu que “o ENDA não deve ser um espaço onde as Associações Académicas, que representam 25% dos estudantes de todo o Ensino Superior, equivalem a menos de 10% da votação desse órgão”. Em declaração à Agência Lusa, João Caseiro, presidente da Associação Académica de Coimbra, “esclareceu que o movimento não pretende sair permanentemente do fórum e criar um outro, tendo optado por estar fora da discussão deste fim de semana”. O líder dos estudantes da Universidade de Coimbra explicou que “houve mais de 18 horas de discussões para a elaboração de um documento, com vários aspetos aprovados na especialidade, mas que foi chumbado quando votado na globalidade. Esse documento beneficiava a representatividade e era uma conquista da luta das académicas. No sábado, decidimos retirar as moções do ENDA ordinário e abandoná-lo”. Alegando que o ENDA tornou-se “um fórum estagnado”, as associações académicas exigem “ter uma voz própria para lá do ENDA”, como referiu João Caseiro. O comunicado “reitera que o modelo do ENDA se encontra obsoleto,[…] sem perspectiva de futuro, denotando-se um desrespeito à essência estrutural das Associações Académicas”. O ENDA é composto por uma sequência de plenários temáticos, que são, como referido no seu regimento, fóruns de discussão e decisão. Em cada plenário há moções que são apresentadas por uma ou mais associações e federações, sendo votadas pelo coletivo presente no encontro. Após o encontro, a organização remete as moções para os respetivos destinatários, habitualmente o governo e o ministério que tutela o ensino superior. Anunciado em março e convocado em maio, o encontro de Viseu previa a realização de cinco plenários, além de um inicial e final globais, com temas relacionados com o ensino superior: ação social e abandono escolar; financiamento do ensino superior; acesso ao ensino superior; internacionalização e medidas conjuntas. O abandono não comprometeu a continuidade do encontro organizado pela associações de estudantes da Escola Superior Agrária de Viseu, da Escola Superior de Saúde de Viseu, da Associação Académica Católica Portuguesa de Viseu e do Instituto Piaget de Viseu. O ENDA, que tem uma periodicidade ordinária trimestral, na sua edição anterior foi organizado pela Associação Académica da Universidade do Minho, entre 5 e 6 de março deste ano, na sequência do último encontro de 2021, realizado em Setúbal. Segundo o regimento do ENDA, aprovado em março de 2019, o encontro associativo assume-se “como um fórum de debate teórico, técnico e decisório sobre as múltiplas variantes do ensino superior, tendo como objetivo a definição “de posições abrangentes e concertadas dos estudantes do ensino superior”. Pode integrar o movimento qualquer associação representativa dos estudantes do ensino superior. O movimento ACADÉMICAS PONTO conclui que “o ENDA não tem a devida valorização, que pode e deve ter, devido ao status quo, além de que o seu cenário atual, contribui para a centralização do ensino superior nas grandes áreas metropolitanas”. Luís Eduardo Nicolau ET AL.

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A inacção estudantil

Recentemente, em encontros das associações estudantis portuguesas, a AAUMa logrou aprovar duas importantes propostas, uma relativa à redução do custo dos transportes públicos para universitário e outra à redução das despesas assumidas aquando da impressão de cópias excessivas de teses, dissertações para obtenção de títulos académicos. Quantos, de entre os estudantes do Ensino Superior, deram importância a tal? Um enorme cartaz, no Campus da Penteada, sugeria aos estudantes que reclamassem, caso os prazos das avaliações não fossem cumpridos. Quantos lhe deram atenção? Espero que tenham sido muitos. O défice de espírito crítico dos estudantes universitários portugueses é crescente e está directamente relacionado com o fechamento dos mesmos a tudo o que não diga respeito aos seus estudos, uma atitude que se propaga na sociedade, criando cidadãos apáticos. Não há interesse em participar no bom funcionamento de cursos e instituições, ou em qualquer movimento estudantil legítimo: associações estudantis, tunas, etc. Parece que só a praxe os motiva para além das avaliações obrigatórias ou os jogos de cartas das horas vagas. De certa forma, há uma falta de encorajamento na cultura portuguesa ao voluntariado e ao extracurricular. Essas questões são menos valorizadas em Portugal do que noutros países europeus. Qual é o problema deste desinteresse? Do ponto de vista institucional, visto que certos órgãos de gestão e pedagógicos das universidades incluem estudantes, a falta deles causa um desequilíbrio de poderes entre docentes e discentes. Os estudantes perdem capacidade de actuação e as instituições perdem retorno e deixam de conhecer a realidade das suas salas de aula. A situação é pior na relação com os antigos alunos, que podendo serem mecenas da Instituição ou serem os primeiros a darem informações sobre a relação universidade-mercado de trabalho, deixam de ter qualquer préstimo útil. Perdem-se informações de adequação de currículos a nichos laborais aos quais se destinariam os cursos e muitas unidades curriculares tornam-se obsoletas, importando apenas ao docente que a lecciona. Se o estudante pensa que tal não o afecta directamente, desengane-se. Todos os anos saem das universidades centenas (ou mesmo milhares) de engenheiros (por exemplo), cujos currículos diferem, basicamente do prestígio da universidade, da nota de conclusão e da originalidade do seu trabalho final. Os seus cursos, controlados ministerialmente, torna-os licenciados ou mestres semelhantes entre si. Como é que num mar de gente com a mesma formação podemo-nos fazer destacar? Resposta: apostar em actividades e formação extracurricular. Cada vez mais empresas preferem estudantes que se tenham envolvido em associações estudantis ou outras. São entidades os seus candidatos mostram que desenvolveram competências diferentes. Por toda a UE o associativismo, o Erasmus+, o voluntariado são razões para escolher uns em detrimento de outros. Se és estudante universitário, investe no extracurricular. Exige da tua Universidade e prova que és e serás sempre um cidadão consciente. Carlos Diogo Pereira Alumni

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