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Etiqueta Selecionada

LGBTI+

Falta-te um par de mamas

Ana percebeu cedo que as raparigas têm tarefas distintas das dos rapazes. Quando a sua amiga Cloé chega do Canadá, trazendo consigo os dias brilhantes da juventude, Ana embarca numa viagem que a levará a atravessar a linha do seu horizonte. Repleta de desejo e liberdade, a luz de Lobo e Cão revelará a Ana o mar certo para navegar.

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Docente da Universidade de Aveiro diz que comunidade LGBTI+ é “lixo humano”

Um grupo de estudantes da Universidade de Aveiro (UA) está a preparar uma ação para protestar contra o comportamento de um professor daquela instituição que dizem ter um discurso de “ódio” e “discriminação”. A Associação Académica da Universidade de Aveiro emitiu um comunicado, a 29 de junho, afirmando um “total repúdio” pela “ameaça a integridade e bem-estar”. Perante afirmações de um docente da UA que caracterizou a comunidade LGBTI+ de “lixo humano”, que conduz à “decadência civilizacional”, a reitoria emitiu um comunicado que transcrevemos abaixo. A UA defende a liberdade de expressão e de opinião, consagrada na Constituição da República Portuguesa, reconhecendo a separação das esferas pessoal e profissional. Ciente, porém, da importância que um ambiente de respeito e confiança tem para o bom funcionamento da Instituição, a Universidade saberá avaliar quaisquer condutas que possam interferir com esses últimos valores e propósitos e que se repercutam negativamente na imagem da instituição — e atuará em conformidade, com rapidez e firmeza. A Universidade de Aveiro é hoje reconhecidamente um espaço onde se cruzam diferentes mundividências e onde se promove ativamente a cooperação, a diversidade e a tolerância e onde convivem mais de 90 diferentes nacionalidades. Não são por isso de tolerar discursos de ódio, de discriminação ou de incitação à violência, qualquer que seja a sua natureza, origem ou contexto. Somos quase 20 milhares de pessoas, incluindo 3 milhares de bolseiros, professores, investigadores e pessoal técnico, administrativo e de gestão, empenhados em construir um futuro melhor — no absoluto respeito pelos valores da dignidade e igualdade da pessoa humana, como aliás se encontra estatutariamente estabelecido. Todos os membros da comunidade académica que em qualquer contexto temam pelo incumprimento dos referidos princípios podem e devem comunicar fundamentadamente a apreensão, utilizando para tal os canais formais existentes (e-mail do Reitor; Canal Pergunta ao Reitor; Provedor do Estudante). Todas as comunicações merecerão a devida consideração e reserva e, sendo o caso, atuação adequada. Universidade de Aveiro com ET AL. e Lusa e fotografia de Matia Rengel.

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A ousadia em Toshio Matsumoto: Manifesto(s) LGBT+

Já dizia Gertrude Stein que “a única coisa que torna possível a identidade é a ausência de mudança, mas ninguém acredita de facto que se seja semelhante àquilo que se lembra”. Será, de facto, isto que acontece ao ser humano, quando se depara com a brutalidade da realidade? Quão interiormente estáveis seremos nós? Certamente, na ótica de Toshio Matsumoto tais (des)ilusões são sentidas. Pelo menos é isso que faz transparecer na sua produção de 1969, Funeral das Rosas, quando através do personagem travesti, resolve desmitificar as inocências de um mundo em inconsciente mudança. Trata-se de uma das duas sugestões desta semana do Screenings Funchal, numa parceria com os Cinemas NOS, e com o apoio da ACADÉMICA DA MADEIRA. Será exibido no sábado, 18 de junho. Os clientes NOS, portadores do seu cartão, se forem acompanhados, têm dois bilhetes pelo preço de 1. Se forem sozinhos, ao comprar um bilhete de cinema, têm a oferta de 1 menu pequeno de pipocas e bebida. Não há, portanto, desculpa para não aproveitar mais um momento de grande cinema que o Screenings Funchal proporciona. Filmado numa mistura estilística e lúcida de preto e branco, e misturando estilos cinematográficos excentricamente vorazes, Funeral das Rosas é um dos muitos filmes de Matsumoto, que facilmente influencia toda a década de 60 e 70 do cinema internacional. A sua fragmentada e pesada narrativa, de temáticas explícitas, desde a nudez à violência, da droga ao erotismo, torna-a mais de quarenta anos depois, um fenómeno mistificado. Toshia Matsumoto, foi um cineasta e artista visual, que apoiava os direitos LGBT+. É nessa base, que cria o ambiente de uma noite de Tóquio, na década de 1960, com personagens fora dos padrões sociais à época. A partir daí, constrói-se uma estória em torno de Eddy, um jovem travesti que embarca num caso amoroso com um gerente de bar, após a morte da sua mãe. No entanto, é neste decorrer relacional que se forma um triângulo violento, ciumento, ainda que amoroso. O momento de viragem da narrativa acontece quando Eddy se confronta com memórias traumáticas que o levam à sua infância. Num período temporal, que nos remete para o Japão no pós-Segunda Guerra Mundial, em que as influências externas culturais, como são os casos do rock, da pop art, dos Beatles e da geração hippie, tomam proporções extensas. Esta filosofia da celebração da juventude, das subculturas e contraculturas, dá base e consistência ao desenrolar do filme. Nesta primeira longa-metragem de Toshia Matsumoto, há realmente um efeito de subversão e intoxicação para com o espetador, uma vez que manipula e distorce o tempo, para além de tornar a “obra” informal e exótica – confronta o género e a sexualidade, numa sociedade levitada pelo desastre. Sinta-se também um membro destas manifestações assistindo ao filme. Mas antes, dê uma vista de olhos no trailer, e esteja a par das informações da longa-metragem aqui. Luís Ferro ET AL.

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Deus não é uma mulher lésbica

Quebrar o preconceito, colocar-se no lugar do outro, fazer entender o amor é responsabilidade de todos nós. Independentemente da nossa orientação sexual, da forma como nos vestimos, da maneira como nos expressamos ou de quem nos põe borboletas na barriga e faz trincar os lábios. Deus é amor. Imagino-O como ser de luz, sem género definido, sem nada que nos afaste Dele. Imagino-O como porto de abrigo, como espaço de fé e esperança, recanto de paz. Deus é amor. Deus não tem género para que não nos separemos Dele pelas suas diferenças. Deus é um todo para todos. É, por isso, que não concordo: Deus não é uma mulher lésbica! Aquela foi uma das frases de um cartaz da última Madeira Pride. É certo, todos sabemos, que era uma frase provocatória, um desafio à reflexão, um empurrão à mudança. Percebo. Que direito teria eu de me dar ao luxo de não perceber? Quem sou eu, senão mais um ser n’“o pequeno caminho das grandes perguntas” (como diz o título de um dos livros de Tolentino de Mendonça)? Eu não sou ninguém mas percebo e penso e reflito. Não sou ninguém mas entendo que quem quer viver o amor pleno precisa de espaço, de liberdade, de respeito. O amor pleno não tem nada definido. Entre quem? Como? O amor pleno não é só entre um homem e uma mulher e essa é a primeira ideia a mudar. O amor pleno “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (Coríntios 13:7). O amor é como Deus. É para todos. Essa deve ser a resposta ao preconceito que nos dilacera, separa, maltrata, distancia. A resposta ao preconceito que nos minoriza, que nos torna vazios. O que restará, se só ficar um vazio? Que humanidade será esta, se não for capaz de perceber a felicidade do outro? Quem somos se o amor nos incomoda? Quem somos, se a igualdade nos amortece? Este caminho de pequenas perguntas (à espera de grandes respostas) é o trilho que percorrem todos aqueles que fazem parte da comunidade LGBTI+ e que, nos dias de hoje, ainda sentem na pele, a discriminação e a violência, o preconceito e o retrocesso. Entendo que queiram sensibilizar pelo choque, fazer mudar pelo desafio, conquistar pelo orgulho demonstrado em mil e uma cores. Mas nem sempre o choque será compreendido da mesma forma, talvez o orgulho possa ser mostrado de outra maneira, talvez as cores possam ser mais partilhadas. O que interessa é a missão. Quebrar o preconceito não é uma responsabilidade só da comunidade LGBTI+. Quebrar o preconceito, colocar-se no lugar do outro, fazer entender o amor é responsabilidade de todos nós. Independentemente da nossa orientação sexual, da forma como nos vestimos, da maneira como nos expressamos ou de quem nos põe borboletas na barriga e faz trincar os lábios. A promoção da solidariedade entre todos deve ultrapassar fronteiras – sejam elas políticas, geográficas, sociais ou etárias. A educação para o amor não depende do orgulho gay ou do orgulho hétero, nem de paradas ou momentos pontuais. Não é uma missão deles ou dos outros. A missão é nossa! É comum. É desígnio indiscutível para a evolução da sociedade. É o que fará os nossos filhos se orgulharem de nós. Hoje pode ser o dia certo para percebermos que todos devemos sentir orgulho naquilo que somos. Porque eu escolho quem me aquece a alma e quem toca no meu corpo. E todos, juntos, escolhemos respeitar esta opção. Vera Duarte Alumnus

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Primeira exposição LGBTQ faz estreia na Ilha da Madeira

A busca de espaços inclusivos pela comunidade LGBTQ também ocorre no mundo das artes, onde, em Portugal, os tópicos da discriminação e suas dificuldades diárias não ocorrem tanto quanto no espaço digital. Nesta situação surgiu o coletivo artQUEERis, que traz pela primeira vez uma exposição de arte feita apenas por pessoas LGBTQ na Ilha da Madeira. Trazendo diversos artistas, locais e estrangeiros, o coletivo quis romper com os padrões heteronormativos ao mesmo tempo que critica a opressão e os comportamentos da sociedade. “Devido aos ideais religiosos ou a falta de conhecimento seguimos caminhos que podem não nos representar” declarou Luiz de Jesus, pintor madeirense que expôs três obras distintas no evento. Ainda assim, alguns artistas optaram por seguir ideais mais pessoais. “Nada é infiel àquilo em que creio e que sinto.” Define Francisco Mata, que em sua série fotográfica expôs a sua visão a temas pessoais vividos. Com diversos tópicos, artistas e formas distintas de arte, a exposição 100Normas trouxe conteúdo diversificado e até curiosos para seus espetadores, que puderam esperar desde desenhos em cartoon até poesia em peças de casas abandonadas. A exposição teve início no dia 4 de outubro e permaneceu durante todo o mês, no Caravel Art Center, no Funchal. Tendo apoio da ALLUMa, Núcleo LGBTQ da UMa, e do Madeira Pride, a exposição abriu as comemorações do Mês do Orgulho na Ilha da Madeira. Eduardo Morais e Filipe Eannes ACADÉMICA DA MADEIRA

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Dia Internacional da Visibilidade Trans

  Omni É o programa da Académica da Madeira que organiza e apoia ações de sensibilização, de educação e de promoção das temáticas que envolvem o universo LGBT+.   Desde 2009, comemora-se a nível mundial o Dia Internacional da Visibilidade Trans. Apesar de maior e melhor tratado nos últimos anos, as pautas do movimento Transsexual ainda são grande tabu por todo o mundo. Quando nascem, às pessoas lhe são atribuídos um sexo em suas certidões de nascimento, porém, aqueles que não se sentem representados por esta definição são considerados transsexuais ou transgêneros, pois o seu gênero não corresponde ao sexo que lhe foi determinado. A transexualidade é dada como condição de disforia, em que o psicológico da pessoa se vê de uma forma diferente ao seu corpo físico, tendo então a pessoa que adaptar a sua aparência, através de processos hormonais e cirúrgicos, para atingirem o corpo físico com o qual se sentem mais confortáveis e condizente com seu gênero. O Dia Internacional da Visibilidade Transsexual foi uma data criada para tornar a efeméride não só uma comemoração onde é questionada a transfobia, mas também para enaltecer e divulgar informações e dar visibilidade a pessoas transsexuais e transgêneros de todo o mundo. Comemorada desde 2009, quando a ativista Rachel Crandall questionou a falta de uma data para vangloriar a cultura transsexual. Até então, a única data em que se discutiam pautas específicas a respeito dos direitos transsexuais era o dia 20 de novembro, o “Dia da Memória Transsexual”, onde se eram lembradas as diversas vítimas, mártires e figuras que marcaram o movimento. Todavia, percebeu-se como a data possuía um tom melancólico, onde não se enaltecia o movimento de forma totalmente positiva. Assim a ativista iniciou, pelo Facebook, uma discussão onde pessoas transsexuais do mundo colocassem discursos a respeito de suas vivências e realidades, surgindo então o Dia Internacional da Visibilidade Trans, comemorado todos os anos a 31 de março. Contudo, os transsexuais são ainda muito marginalizados. Em Portugal, apesar de considerado um país seguro para LGBT, existem diversas falhas nas leis que protegem e/ou auxiliam os transsexuais. Os transsexuais portugueses enfrentam, sobretudo, a luta pela autodeterminação. Para que inicie os seus tratamentos hormonais, de cirurgia de redesignação ou alterar os seus documentos, é necessário um laudo médico psicológico e psiquiátrico. O problema é a burocracia envolvida, pois a obtenção desse laudo está sob as condições de quem irá analisar a pessoa que deseja adaptar seu corpo e identidade a como ela realmente se sente. A autodeterminação declara que o Estado deve levar em conta a própria fala da pessoa em si, sem a necessidade de um processo dificultoso. Apenas em 2018, a Organização Mundial da Saúde deixou de listar a transexualidade como uma patologia mental, tornando-se apenas então uma condição de saúde. A falta de visibilidade traz uma imagem de que os transsexuais são pessoas doentes ou anormais. A importância da educação quanto as pautas devem acontecer não só para acabar com o estigma, mas também para evitar que mais vítimas da transfobia, ou seja, a repulsa e/ou preconceito contra pessoas transsexuais, transgêneros e travestis, surjam. Eduardo Morais e Felipe Eannes ACADÉMICA DA MADEIRA

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