As palavras-chave permitem que o leitor tenha acesso aos artigos que foram classificados com esse vocábulo enquanto etiqueta. Dessa forma, o repositório digital de notícias da ET AL. é filtrado para que o leitor consulte o grupo de artigos que corresponde à palavra-chave que selecionou. Em alternativa, pode optar pela procura de termos na barra de pesquisa.

Etiqueta Selecionada

eleições

Eleições para o Parlamento Europeu para portugueses e estrangeiros

Entre 6 e 9 de junho, decorrer as eleições europeias, que irão definir a futura composição do Parlamento Europeu, o único órgão da União Europeia que é eleito diretamente pelos cidadãos europeus. Este ato eleitoral é crucial para a democracia na União Europeia, permitindo aos cidadãos dos Estados-Membros elegerem os seus representantes no único órgão legislativo diretamente eleito da UE. Realizadas a cada cinco anos, são uma oportunidade para expressar ativamente o que se pretende para futuro da Europa e influenciar as decisões políticas que afetam todo o continente.

LER MAIS...

Os estudantes da UMa em Erasmus não falharam o voto nas eleições

Na Eslovénia, Hungria, Espanha ou Eslováquia os estudantes da Universidade da Madeira não falharam o seu direito e dever cívico de votar, com a perceção generalizada de um processo simples e rápido. Ainda assim, os estudantes em mobilidade continuam sem poder optar pelo voto postal, o que penaliza quem vive distante de uma embaixada ou de uma representação consular. Estudantes, como Carolina Rodrigues da Silva, desmistificam: “eu achava que iria ser muito mais complicado votar fora de Portugal, mas foi muito acessível”.

LER MAIS...

Uma oportunidade para a democracia

No dia 6 de outubro, toda a comunidade portuguesa foi chamada às urnas, com o intuito de eleger os seus representantes na Casa da Democracia, para os próximos 4 anos. Com 21 partidos/coligações a concorrem aos cerca de 230 lugares disponíveis na Assembleia da República, e todos, aparentemente, preocupados com o aumento de participação no ato democrático, fiquei a aguardar com grande expectativa o efeito das diversas campanhas nos resultados eleitorais. Foi sem grande surpresa que assistimos a 10 partidos/coligações conseguirem eleger deputados. Alguns deles, pela primeira vez, outros a terem derrotas históricas. Contudo, a maior derrota foi para a democracia, uma vez que o “partido da abstenção” voltou a ganhar as eleições, e com maioria absoluta. Apurados os resultados, importa refletir sobre os mesmos, e trabalhar para os melhorar. Não no sentido do partido “A” ou “B”, mas sim na perspectiva da democracia. Aquilo que se verifica é um sistemático e constante afastamento dos cidadãos para com os veículos de participação formal que hoje existem. Chegam, inclusive, a atribuir grande responsabilidade à minha geração, no que diz respeito a este problema, ao dizerem que os jovens não querem saber, e que não participam. Perdoem-me a ousadia, mas se há coisa com a qual não posso concordar, é precisamente com esta narrativa derrotista perante a minha geração. A minha geração quer saber, a minha geração quer participar, a minha geração quer fazer parte. Mas, em abono da verdade, isto não é um problema das novas ou das velhas gerações. É um problema intergeracional que afeta toda a sociedade portuguesa. Importa, por isso, desvendar os motivos que levam a este afastamento, sendo, na minha opinião, a ausência de soluções para os problemas das pessoas, o principal problema. As pessoas não querem contribuir para algo do qual não sentem que fazem parte e que não lhes traz vantagem. A política se não serve para resolver os problemas da sociedade e melhorar a vida das pessoas, então não serve para coisa alguma. Continuamos com 20% de desemprego jovem, continuamos com falta de camas para estudantes do Ensino Superior, continuamos com graves problemas no acesso à saúde, e muitos outros problemas. Temos agora quatro longos anos pela frente, com partidos ditos fora do sistema a conquistarem assento parlamentar, com um Governo mais livre, podendo fazer acordos pontuais para aprovar as suas posições políticas. Temos, verdadeiramente, uma oportunidade para melhorar a nossa democracia. João Pedro Videira Ex-Presidente da Federação Académica do Porto

LER MAIS...

A importância do escrutínio de todas as gerações

O nosso país tem tudo para ser apetecível. Somos dos países mais seguros da europa, temos uma gastronomia singular e um clima de fazer inveja a muitos outros por essa Europa fora. Contudo, estas características são cada vez mais manchadas pela falta de idoneidade e de transparência da nossa classe política. Torna-se evidente, a cada ato eleitoral, um desinteresse e um afastamento dos eleitores acerca das decisões do nosso país, com maior enfâse dos nossos jovens. Resultado? Uma enorme taxa de abstenção tendo chegado aos 51% nas últimas legislativas. Estes dados espelham a decadência em que está mergulhado o nosso sistema político, num país onde se privilegia a “chico espertice”. As promessas das campanhas eleitorais não passam disso mesmo, promessas, a honestidade é aniquilada pela ambição desmedida, a transparência vira opacidade, que semeia o vírus da descrença e indiferença em todos nós que, diariamente somos blindados com noticiários, sempre sobre o mesmo tema, a corrupção. Depois de José Sócrates e Ricardo Salgado, surge Isabel dos Santos, entre tantos e tantos outros. Perante este status-quo, é perfeitamente plausível que nós jovens, não queiramos pactuar com este compadrio e aldrabices. Todavia, a solução não pode ser ignorar, desligar e fingir que nada se passa. Cabe-nos a nós questionar, cabe-nos a nós colocar em causa tudo isto. Não é concebível que um chamado “hacker”, como Rui Pinto esteja em prisão preventiva tudo porque conseguiu reunir um conjunto de documentação que coloca em causa o nosso sistema. A nossa justiça tem de funcionar, porém não é isso que acontece. Temos uma justiça forte com os fracos e fraca com os poderosos que continuam a minar, a corromper e a esvaziar os cofres do nosso país. Mas isso depende de nós e da nossa articipação activa na sociedade. Queremos mudar? Temos que votar, temos que lutar. Portugal precisa de jovens ativos, irreverentes, atentos, preocupados e vigilantes. A mudança, essa, acontece em cada um de nós. Fiquem atentos e não se deixem manipular! Emanuel Camacho Aluno da UMa

LER MAIS...

Maintaining a Union

The next elections for the European Parliament are almost here and more than ever can these elections affect the future of the European Parliament. Up until now most of the decisions were made by the major parties but this year this could change because of the growing support for smaller parties. Because of this, the decision making in the European Parliament might become more open and democratic. In this way, the European Parliament might start to look more like the Dutch parliament where multiple smaller parties form the majority instead of just two big parties. The Netherlands was one of the first countries to be part of the ‘European Coal and Steel Community which eventually became the European Union. With this, many new European rules and laws were implemented in the Netherlands. In the last decade, more and more people in the Netherlands have started the question the positive effects of the European Union. One of the main reasons for these negative views is the fact that the Netherlands pays more money to the EU than they receive. Though many people see the negative side of our participation in the EU, we still see the positive sides as well. For example, many people in the Netherlands value the possibility to travel freely within Europe. One of the other positive aspects of the EU is the Erasmus programme, which brought all of us, volunteers, to Madeira. In this way, we can see how the EU affects Madeira. Another way to see this is by looking at the infrastructure of Madeira. Many of the roads and constructions on Madeira have been funded by the EU to improve the conditions of the island to make it more attractive for tourism. The money that was used for these projects was most likely paid by countries in the EU that pay more money to the EU than they receive, the Netherlands is one of them. As expected, citizens of these paying countries are starting to question the EU and its effectiveness. A challenge for the EU is to maintain support from all European citizens. A great example of this is Brexit. With the UK leaving the EU, the EU risks other countries following the UK. For the EU it is important to keep the membership of the EU relevant for all countries, even the ones that have grown sceptic of its effectiveness. The EU will be most effective and significant when there are many different countries involved that all have their own culture and input so that we can make Europe a place that houses many different stories, languages and cultures of the countries all working together to create the best possible connection between them so that in the future we can be as united in diversity as possible. Project co-financed by ERASMUS+. Flore Paumen Students’ Union Dutch Volunteer

LER MAIS...

European elections and the future of European Union

To summarise the intricacies and complexities of the European Union is no mean feat, especially to do so in roughly 200 words. The European Union is facing its most difficult challenge to date as people in the member states are increasingly becoming apathetic or downright adversarial towards the EU. With the situation of Brexit being a predominant political problem, that will be felt by most people throughout the continent and the rest of the world, the EU will have to weather this storm if it is to maintain the integrity and diplomatic relations with the rest of the union member states. The EU needs to be strong when confronting Britain as they have to show other countries that leaving the Union is disastrous. The elections in May, look like they will be held with one less member. My country (The United Kingdom) is on course for a shambolic fallout from the EU without a considerable deal in place. The short term consequences will heap havoc on all governments and people involved for a multitude of reasons. The European Union has many faults and problems and if they do not start correcting these issues, fellow Union members will follow in the same footsteps as Great Britain. The European Union has implemented salient laws especially around the environment. But I believe that the economic policies of the EU are what drive a lot of anti-EU sentiment across the whole continent. Over the last ten years since the Great Recession across Europe, the European Central Bank (ECB) has established extremely harsh austerity measures on the periphery members such as Greece, Italy, and Portugal (effects were felt in Madeira as well). And the boom and bust cycle looks likely to repeat itself, like Spain, for example is trying to get out of its economic depression by a substantial increase in consumer spending and the rise in private debt. This is what put most of Europe into a depression in the first place. It is not the refugees that so many on the right would like to point fingers at, which are causing problems in Europe, but macro-economic deflationary forces and economic mismanagement by the ECB which is giving rise to a crumbling Europe. Immediate and well thought out investment needs to take place as soon as possible because discontent as the UK has shown recently, highlights the many Europeans who believe that there is no solution from our political systems. A radical change in the EU’s economic policies needs to happen to save the Union from further political crisis and member departures. Project co-financed by ERASMUS+. James Garn Students’ Union UK Volunteer

LER MAIS...

European elections and the future of European Union

Europe is going through quite difficult times; facing turbulent times and a big important questions coming along force the EU to think about how it is going to shape its future. What kind of solutions it will be able to make and how well will work eventually. European Union has survived always before so now it just needs to focus on solving problems in an innovative way and try to keep people trusting and believing in the work of the Union. Europe has to be able to react quickly to changing reality and turn the challenges into possibilities. This next citation is about the motto of the EU (”United in diversity”) and so, according to the European Commission: “The motto means that, via the EU, Europeans are united in working together for peace and prosperity, and that the many different cultures, traditions and languages in Europe are a positive asset for the continent. This amounts to the embracement of multiculturalism as the goal of European integration, as opposed to the goal of an emerging European identity which had been advocated in the 1990s.” A total of 751 Members of the European Parliament, MEPs, currently represent more than 512 million people from 28 member states of the Union. In February 2018 the European Parliament voted to decrease the number of MEPs from 751 to 705 after the United Kingdom withdraws from the European Union on the current schedule. The EU has the so-called Northern Ireland issue in its hands. A proposal to manage the unique situation of Ireland and in particular, Northern Ireland, created as a result of Brexit, consists of allocating the extra MEP seats for Ireland and giving them to Northern Ireland. In that proposal, the EU has faced multiple critics; some consider that a dangerous precedent, some again that ”any attempt by an Irish government to allow for the election of representatives to speak on behalf of Northern Ireland would renege upon commitments given as part of the Northern Ireland peace process”. That kind of issue would most likely need an agreement from Northern Ireland, the United Kingdom and the European Union. On the official page of the European Union, they have published a text collection called White Paper of the future of Europe and it includes more information about these challenges that the EU is facing at the moment. First of all, new technologies are invented all the time. They are all the time more and more effective. Therefore, the EU should be able to solve possible problems that the increased use of technology and automation in the job market and industry could cause. Another big and significant thing is climate change, the Union needs to bring more innovative environmental solutions to the market, at home and also abroad. As well it would be important to make some decisions in the field of migration; the main challenge is to protect our borders while preserving the right to free movement in Europe. Today we are facing also many kinds of security threats, at our doors and within the Union, for instance, war and terrorism in the Middle East and Africa and the mission of building up troops at eastern borders. Europe also has to deal with the legacy of economic crisis; long-term unemployment and high public and private debt. Ageing population causes challenges in its own part; Union should find a way to modernise our social welfare systems. One significant challenge is likewise the rise of populist and nationalist rhetoric. Challenge is to restore people´s trust, deliver according to expectations and build consensus between member states. Furthermore, other things that involve challenges for Union are shrinking population and waning economic power. At the same time, President Trump´s scepticism of the EU and his reported assessment of the bloc as an economic competitor have induced some concerns. Some European Union countries cause challenges to the Union for instance Greece, Italy and Spain. Therefore, Greece and the European Union are still caring about the legacy of the crisis in Greece. Spain and Italy are in the so-called danger zone because of their huge amount of debt. Also, Russia causes some challenges because of its way to hit the wedge between the unity of members of the European Union. Naturally Brexit, Britain´s decision to separate itself from European Union still affects the Union and probably the relationships of its countries. Project co-financed by ERASMUS+. Anni Ruskela Students’ Union Finnish Volunteer

LER MAIS...

O perigo das coligações

Nas últimas eleições autárquicas, a 29 de Setembro, assistiu-se em Portugal a um fenómeno nunca antes visto, multiplicando-se a existência de coligações candidatas aos órgãos locais. A Madeira terá sido, porventura, a região do país onde se pode observar com maior intensidade a panóplia de coligações que surgiu ao longo do processo que culminou no dia das eleições. Não só no poder local se fazem coligações. Os destinos da nação estão nas mãos de uma coligação entre o Partido Social Democrata (PSD) e o Centro Democrático Social-Partido Popular (CDS-PP). Na sequência das últimas eleições legislativas, foi necessário recorrer-se a esta coligação para assegurar a governabilidade de Portugal. Também nas eleições europeias, que tiveram lugar recentemente, se fizeram várias coligações, sendo a mais sonante a que juntou os dois partidos do Governo. Na política costuma dizer-se que nem sempre um mais um é igual a dois, e foi precisamente isso que se verificou nas eleições europeias. Um dos perigos de se aliar a outro partido, é que se pode perder o eleitorado que não se reveja nessa sinergia. O resultado eleitoral da Aliança Portugal foi menor do que a soma dos resultados eleitorais passados do PSD e do CDS-PP. Outro problema, que abalou durante algum tempo o país, foi a novela da demissão “irrevogável” do agora Vice-Primeiro-Ministro. A verdade é que uma coligação assenta sempre na figura de dois líderes, geralmente carismáticos. Com o anúncio da sua demissão, Paulo Portas deitou por terra do muito trabalho que tinha vindo a ser feito até àquela altura. Embora tudo se tenha resolvido, se isto acontecesse com um só partido no poder, a situação resolver-se-ia muito mais rapidamente. Também pode-se escalpelizar, ao pormenor, o que se está a passar na capital madeirense: o Funchal, onde a coligação Mudança se candidatou aos órgãos de poder local. Esta coligação integrou diversos partidos, com ideologias políticas dos mais variados sectores. Conseguiu obter uma estrondosa vitória, ganhando a maior câmara da nossa região e destronando uma liderança até então intocável do PSD. Os problemas surgiram com poucos meses de liderança de Paulo Cafôfo, pois depressa as diferentes posições sobre matérias fulcrais na boa condução dos destinos da cidade geraram uma fratura no executivo camarário. Muitos departamentos do município pararam totalmente, outros parcialmente, por toda esta problemática. Mas nem só de aspectos negativos se fazem as coligações. Elas são, por vezes, essenciais, sendo exemplo disso necessidade de governabilidade da República surgida das últimas legislativas. Tendo em conta a situação económica em que Portugal se encontrava, seria gravíssimo não se conseguir encontrar uma solução que permitisse ao Estado funcionar. Outro fenómeno recente foi o surgimento de figuras independentes na liderança das coligações, entendido como vínculo directo ao eleitorado, algo que falta no país. Em suma, é sempre necessário medir os prós e os contras, para ter uma noção da proficuidade, ou não, de determinada coligação. Maurício Ornelas

LER MAIS...

Eleições europeias de 2014

A Europa atravessa um período conturbado e de muita incerteza no futuro do projecto Europeu, outrora idealizado pelo francês Robert Shuman, considerado quase unânimemente como o pai daquele sonho distante chamado Europa. A recente crise pela qual atravessam vários países da União Europeia abalou os alicerces que suportam o projecto de União dos países do “Velho Continente”, e os diferentes povos começam a olhar com alguma desconfiança para a crescente falta de solideriedade dentro da U.E. por um lado, e por outro manifestam desagrado quando há sinais dessa mesma solideriedade. Contradição? Nem por isso. Os países que passam por graves crises, tal como o nosso, muitas vezes vêem as potências económicas do nosso continente, nomeadamente a Alemanha, como um exemplo claro da falta de solideriedade anteriormente mencionada, enquanto que os alemães vêem os países do Sul da Europa como um conjunto que constituí um mau exemplo de gestão da res pública e que por essa má gestão, aqueles países que são financeiramente saudáveis terão que pagar os custos de uma crise, que segundo eles, não criaram. Estamos portanto num dilema. De um lado estão os que acham que, apesar de todos os problemas, a União Europeia continua a ser a melhor solução para termos um continente europeu estável, politica e economicamente forte, para fazer face ao poderio norte-americano e uma China cada vez mais dominante em vários campos. Do outro lado da barricada encontram-se aqueles que vêem uma Europa cada vez mais débil, mais fraca, e que só entendem como benéfico o desmantelamento da União Europeia. Há países mais problemáticos que outros, no que diz respeito ao rumo que a Europa tomará. Vejamos por exemplo o caso grego. A Grécia é porventura o país onde mais violentamente surgiu um sentimento anti-europeu, muito culpa da dificuldade da União em liderar com a crise que atravessa aquele que em tempos foi a maior nação do Mundo. Surgiram muitos movimentos contra a integração da Grécia na União Europeia, muitos deles radicais, tanto de extrema-esquerda, como de extrema-direita, que são semelhantes pelas acções de um verdadeiro ódio contra Bruxelas. Esse sentimento, embora algo recalcado e muito menos violento, foi transposto para uma grande maioria da população grega, que não vê qualquer ajuda externa a chegar ao país. Em Maio deste ano os gregos poderão escolher o seu futuro na Europa, e ao fazê-lo escolherão também enfraquecer ou fortalecer a Europa. Neste momento constitui-se também como a grande incógnita aos olhos de uma Europa o desfecho da questão Ucraniana, sendo que ainda está em suspanse, e aguarda-se uma resolução definitiva do braço de ferro criado entre o povo da Ucrânia e os responsáveis pelos destinos do país. Será interessante observar quem será soberano nesta situação: os orgãos de poder, ou o povo que os elegeu para darem um rumo. A importância destas eleições europeias naquele país não pode ser ignorada. Face aos recentes eventos o povo ucraniano decidirá se irá seguir o rumo que o presidente do país decidiu tomar, aproximando-se da Rússia em detrimento de um acordo com a União Europeia, ou se vai seguir, como parece ser essa a sua vontade manifestada nas ruas das principais cidades deste país do Leste europeu, uma conduta muito mais pró-União Europeia, dando a vitoria nestas eleições aos partidos que defendem essa mesma conduta. Se a Ucrânia se voltar para a Rússia, levantando um pouco da velha cortina de ferro, então a União Europeia sofrerá um rude golpe num projecto que se quer coeso, sem divisões. Outro país importante, e talvez o mais decisivo, para abordar é a França. Sim, o país do pai da União Europeia, é, neste momento, uma nação que está a causar apreensão no círculo de poder político europeu. Marine Le Pen, filha de Jean-Marie Le Pen, é, tal como o pai, profundamente nacionalista e defende questões controversas tais como a oposição à imigração, o regresso da pena de morte e a denúncia de supostos benefícios por parte do parlamento europeu que vão contra a austeridade imposta um pouco por toda a Europa. Sucedeu ao seu pai na liderança da Frente Nacional e tem vindo a crescer exponencialmente nas sondagens, gozando de uma popularidade que será complicada de combater até Maio. Caso a nacionalista ganhe as eleições frente a uma liderança francesa socialista enfraquecida, adivinha-se o começo de um desmantalar da União Europeia. Por todas as questões enunciadas nos parágrafos anteriores, e mais algumas que também seriam pertinentes abordar, maio de 2014 será uma data fundamental para a o projecto europeu. Maurício Ornelas

LER MAIS...
OS NOSSOS PARCEIROS