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Etiqueta Selecionada

África

África contra o Mundo

Pablo, um guerrilheiro latino-americano, e Zumbi, líder negro rebelde, juntam-se para libertar um país africano através de uma revolução violenta contra o mercenário alemão que governa, com a ajuda de um agente americano e um assessor português, em nome da misteriosa Marlene.

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A Diva dos pés nus

A “diva dos pés descalços”, a icónica Cesária Évora num documentário que mostra imagens nunca vistas e oferece uma visão nunca antes explorada sobre a vida da cantora cabo-verdiana que, apesar de não corresponder ao modelo normal de sucesso, foi capaz de superar todas as condições que normalmente a afastariam da ribalta.

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Uma busca pelo conhecimento e pelo amor

Não há ciência, nem progresso no conhecimento, sem amor, sem paixão, sem identificação, mesmo quando se trata de um tema aparentemente desprovido de vida, como a evolução de uma vertente ou a génese de um aguaceiro. Pode-se, talvez, aplicar rotineiramente uma técnica com pura objectividade, não se pode com certeza, descobrir algo de novo sem que o investigador se implique por completo no tema que tenta elucidar.

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A Odisseia de Argélia por Karim Aïnouz

“Marinheiro das Montanhas é um diário de viagem filmado na primeira ida de Karim à Argélia, país em que seu pai nasceu. Entre registros da viagem, filmagens caseiras, fotografias de família, arquivos históricos e trechos de super-8, a longa-metragem opera uma costura fina entre a história de amor dos pais do diretor, a Guerra de Independência Argelina, memórias de infância e os contrastes entre Cabília (região montanhosa no norte da Argélia) e Fortaleza, cidade natal de Karim e da sua mãe, Iracema. Passado, presente e futuro entrelaçam-se numa singular travessia.” Ao longo da travessia do mar o Homem depara-se com imensas perguntas, inúmeros desafios, seus, do seu povo, da sua cultura, ou da sua relação com os outros. O nosso protagonista não é exceção. Nesta viagem de auto descoberta embarcamos, de “mãos dadas”, nesta tempestade de emoções tanto ou nada desconhecidas ao período pós-colonial da Argélia, a terra natal do pai de Karim, a quem só conheceu aos 18 anos. O filme conta com outras aventuras, como a travessia marítima e a chegada às Montanhas Atlas em Kabylia. Este filme foi realizado por Karim Aïnouz, diretor de cinema, roteirista e artista visual brasileiro, mais conhecido pelos filmes Madame Satã, O Céu de Suely, Praia do Futuro e A Vida Invisível. O tema da viagem interior não é nada desconhecido nas suas produções, sendo todo o enredo um procedimento crescente de independência. Marinheiro das Montanhas é uma sugestão do Screenings Funchal, numa parceria com os Cinemas NOS e com o apoio da ACADÉMICA DA MADEIRA, para sexta e sábado, 9 e 10 de setembro. O cliente NOS, portador do seu cartão, se acompanhado, tem 2 bilhetes pelo preço de 1. Se for sozinho, ao comprar 1 bilhete de cinema, tem a oferta de 1 menu pequeno de pipocas e bebida. Com estas vantagens é só aproveitar mais um momento de grande cinema que o Screenings Funchal proporciona. Allan Hunter, crítico cinematográfico, não fica indiferente a esta mensagem, reconhecendo o encanto do filme na (re)construção individual: “uma verdadeira viagem de auto descobrimento. O Marinheiro das Montanhas, definitivamente ilude-nos com as suas hábeis misturas de pessoal/político e as imagens deslumbrastes que Ainouz encontra ao longo do caminho.” Um filme a não perder. Confira isto e muito mais no portal do Screenings Funchal, e fique-se pela antevisão. Garantimos-lhe uma sensação de rejuvenescimento pessoal nesta nova aventura. O restante depende de si. Apareça. Alexandre Freitas ET AL.

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Crise política em Moçambique

A 5 de Outubro de 2017, numa pequena vila piscatória chamada Mocímboa da Praia, um grupo de indivíduos levou a cabo um ataque armado a um posto de polícia, do qual resultou a morte de 2 agentes. A imprensa local deu conta de que este ataque teria sido realizado por jovens locais, denominados de Al-Shabaab, o mesmo nome de um grupo terrorista que opera na Somália. As razões que levaram este grupo a realizar ataques em aldeias e vilas na zona de Cabo Delgado podem ser divididas em 4 factores: políticos, económicos, sociais e religiosos. Apesar de ser uma zona com diversidade religiosa, sempre houve uma tolerância e pacificidade entre os locais. No entanto, nos últimos anos, com a chegada de estrangeiros radicais, originários do Estado Islâmico, essa situação mudou. Os recém-chegados começaram a isolar-se dos restantes, criando as suas próprias mesquitas e recrutando jovens descontentes com o desemprego, a pobreza e os abusos das autoridades. Aliado a isto está, também, o facto das águas desta zona serem extremamente ricas em gás natural, que consiste num dos grandes investimentos estrangeiros na África Subsariana, e a insatisfação da população por não retirar qualquer lucro disso. Na sequência de um novo ataque a Mocímboa da Praia, em 2019, o autoproclamado Estado Islâmico reivindicou, pela primeira vez, a sua presença no país e qualificou-o como parte integrante do seu califado da África Central. Em abril de 2020, de uma só vez, numa aldeia, foram mortas 52 pessoas nas mãos deste grupo terrorista. No final do mesmo ano, na aldeia de Muatide, um campo de futebol foi transformado num campo de execuções, onde, ao longe de 3 dias, mais de meia centena de pessoas foram decapitadas, incluindo crianças. A 24 de março do presente ano, a empresa petrolífera “Total” iria recomeçar a sua atividade destinada à exploração de gás natural, na zona de Palma, quando se deu um novo ataque que espalhou o caos. No mesmo dia, cerca de 3 mil pessoas fugiram a pé e pelo mato para cidades vizinhas, mas o maior fluxo de desalojados chegou a Pemba, capital de Cabo Delgado, de barco, a uma distância de quase 400 km. Cerca de 200 pessoas refugiram-se num hotel local, Amarula. Numa tentativa de fuga, caíram numa emboscada que causou vários mortos e feridos, dos quais um cidadão português. Segundo o ministério da defesa moçambicano, dezenas de civis foram mortos. O movimento terrorista Estado Islâmico reivindicou o controlo da vila de Palma que, atualmente, já está outra vez sob controlo do exército moçambicano. Segundo relatos de habitantes locais, que admitem não voltar ali, quem disparava eram crianças. Este é considerado o ataque mais grave até ao momento. Segundo estatísticas da ONU e de várias ONG’s, os ataques preconizados pelo grupo Al-Shabaab já provocou mais de 2000 mortos em, pelo menos, 838 incidentes violentos. Cerca de 700 mil pessoas perderam as suas casas e foram obrigadas a fugir. Mais de 1,3 milhões precisam de assistência humanitária urgente. A situação sanitária também se tem agravado devido a estes conflitos. Grande parte dos desalojados precisa de medicamentos e cuidados médicos, porque Cabo Delgado e 2 províncias limítrofes têm milhares de casos de cólera, sarampo e covid-19. A Amnistia Internacional condenou a violência deste grupo, no entanto também criticou o governo, acusando-o de combater a violência com atrocidades como tortura e perseguição. Empresas estrangeiras do sector do gás, que estavam a investir bilhões nesta zona, estão agora a reduzir as suas operações devido à insegurança e à queda de preços. Moçambique já está a receber ajuda estrangeira, nomeadamente dos Estados Unidos da América, da África do Sul e da União Europeia. Contudo este apoio é apenas para a formação dos militares, uma vez que o governo moçambicano recusa intervenção militar de outros países em combate. Segundo diversos analistas, a solução para este conflito seria uma maior presença do Estado na região para lidar com os problemas económicos e sociais, nomeadamente uma maior igualdade de oportunidades de trabalho e participação no negócio do gás natural. Desde o fim da guerra civil, em 1992, que Moçambique não assistia a uma crise humanitária como a atual. Mafalda Andrade Aluna da UMa

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Médio Oriente e Norte de África: não fiques indiferente!

Ao entrarmos em 2012, passou um ano sobre o início dos protestos no Médio Oriente e no Norte de África, liderados maioritariamente por jovens. Tudo começou a 17 de dezembro de 2010, precisamente quando um jovem, o tunisino Mohamed Bouazizi, de 26 anos, pegou fogo a si próprio. Como tantas outras pessoas, um pouco por todo o mundo, tinha ficado desempregado e, para sobreviver, decidiu vender fruta e legumes na rua. A venda ambulante é proibida na Tunísia e um dia as autoridades confiscaram-lhe os produtos. Desesperado, regou-se com gasolina, o que acabou por lhe tirar a vida. Uma atitude que deu início aos protestos que ficaram conhecidos como “Primavera Árabe” e que continuam, em nome do fim da pobreza, da ditadura e da corrupção e aspirando à liberdade. Revoltas que, em alguns casos, tiveram já resultados incríveis, que têm espantado o mundo: na Tunísia, a 14 de janeiro de 2011, o Presidente ditador Zine El Abidine Ben Ali caiu, ao fim de 23 anos no poder; no Egito, a 11 de fevereiro de 2011, Hosni Mubarak renunciou ao cargo de Presidente ao fim de 30 anos, estando agora a ser julgado pela ditadura que comandou; na Líbia, o coronel Muammar Khadafi, que encabeçava uma das ditaduras mais antigas do mundo, foi forçado a fugir para parte incerta em agosto de 2011, quando a capital foi tomada pelos rebeldes, após 42 anos no poder; no Iémen, a 23 de novembro de 2011 o Presidente Ali Abdullah Saleh concordou em passar a pasta ao número dois do seu partido, pondo fim a 33 anos de regime autoritário. Sucessos que escondem uma outra realidade, igualmente assustadora. Na Tunísia, um ano depois do início da revolta o ritmo de mudança continua lento; no Egito o governo foi entregue ao Conselho Supremo das Forças Armadas, que tem cometido abusos, por vezes, piores do que os de Mubarak, com os protestos a serem violentamente reprimidos, as mulheres impedidas de se manifestarem e dezenas de civis a serem julgados por tribunais militares; na Líbia as novas autoridades parecem ter pouca força para controlar os grupos armados que ajudaram a depor Khadafi e punir os abusos cometidos nesse processo – como milhares de detenções sem julgamento –; no Iémen, centenas de pessoas morreram durante os protestos e milhares ficaram deslocadas, provocando uma crise humanitária que está a afetar vários países. Factos que são revelados no mais recente relatório lançado pela Amnistia Internacional: “Year of Rebellion: State of Human Rights in the Middle East and North Africa”, disponível na Internet. Apesar de tudo isto, e em jeito de resumo, Philip Luther, Diretor da Amnistia para o Médio Oriente e Norte de África, deixa o que de melhor nos trouxe estas revoltas: “o que foi marcante neste último ano foi que – com algumas exceções – a mudança tem sido amplamente conseguida pelos esforços da população local, que saiu às ruas, e não pela influência ou envolvimento de potências estrangeiras”. Pessoas como todos nós que arriscaram a vida para que o mundo percebesse que juntos fazemos a diferença. É este o princípio que rege a Amnistia Internacional. Neste ano de 2012, não fiques indiferente. Junta-te a nós no Dia de Ação Global pelo Médio Oriente e o Norte de África, a 11 de fevereiro. Mais informações em: www.amnistia-internacional.pt Amnistia Internacional Portugal

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