Luís Ferro

As novas tecnologias são, cada vez mais, fundamentais

No âmbito da Semana das Artes e Humanidades, foi realizada, no passado dia 13 de maio, a pré-apresentação do e-bookEstudos Regionais e Locais: 13 anos de Mestrado (2009- 2022)”, que celebra os 13 anos de criação desse Mestrado na Universidade da Madeira. Helena Rebelo (HR), Directora do Mestrado, e Lúcia Pestana (LP), Mestre em Estudos Regionais e Locais, foram, enquanto autoras, as responsáveis pela apresentação da obra e falaram-nos sobre a iniciativa e a importância desta área de estudo.

FATUM: como tudo começou

A ET AL. entrevistou Luís Eduardo Nicolau, Presidente da Direção da ACADÉMICA DA MADEIRA quando foi criado os FATUM, em 2010. A entrevista integra um ciclo de três conversas sobre o passado e a atualidade do grupo de fados da ACADÉMICA DA MADEIRA.

Dois conflitos em duas partes do mundo

“Depois do polémico Nova Ordem, de 2020, o mexicano Michel Franco está de volta com este filme com Tim Roth e Charlotte Gainsbourg como protagonistas. Alice e Neil Bennett são o coração de uma família inglesa rica, em férias em Acapulco com os jovens Colin e Alexa, até que uma emergência interrompe a viagem. Quando a ordem familiar é perturbada, surgem tensões inesperadas. Filme da competição oficial no 78.º Festival de Veneza.”

Preservando o património cultural português no cinema

“Criada em 1996, a Companhia de Teatro do Chapitô tem desenvolvido o seu trabalho, muitas vezes, sem a atenção devida dos seus pares. É a companhia de teatro portuguesa mais premiada internacionalmente. Andámos também para trás e para a história desses 25 anos através das imagens de arquivo, e são muitas, que a companhia foi registando ao longo do tempo.”

De Gestão aos Estudos Regionais e Locais

Apresentamos a segunda parte da entrevista ao mestrando Nuno Dias, da Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade da Madeira. Integrar este mestrado dá-lhe mais acesso a informações/assuntos/temas que anteriormente não estavam ao seu alcance? Obviamente que sim, até porque desperta as nossas curiosidades para temas/informações/assuntos que não faziam parte de uma conduta mais rotineira, cria em nós a possibilidade de encarar de forma diferente a análise para as diferentes vicissitudes da vida quotidiana. Analisando as cadeiras que teve, existe uma área que lhe tenha chamado mais atenção? A unidade curricular de história do municipalismo (…) foi um enorme desafio lançado pelos docentes. Tive a necessidade de fazer algo de completamente novo, designadamente analisar um ano inteiro de atas de vereação, da Câmara Municipal do Funchal, e fazer um trabalho sobre os acontecimentos que marcaram o ano de 1806, defendendo esse trabalho em contexto de sala de aula e sujeito à sábia crítica dos professores. Quais seriam os desafios (tanto positivos como negativos) de se estudar num mestrado em Estudos Regionais e Locais? Os desafios para mim foram inúmeros, pois estava numa posição difícil por se tratar de algo completamente fora da minha zona de conforto, com unidades curriculares diferentes das minhas bases académicas, o que requereu muita energia, foco, dedicação e resiliência. No entanto, o grupo de mestrandos sempre foi coeso e adotou uma conduta sistemática de entreajuda para que ninguém cedesse perante as dificuldades. Qual a sua opinião acerca do funcionamento do mestrado? Acha que poderiam ser feitas e tomadas mais iniciativas, para que este fosse mais valorizado ou aderido? Sobre essa questão já tive uma conversa com a senhora Diretora do Curso, doutora Helena Dias Rebelo. Julgo ser necessário implementar uma vertente mais prática, no sentido de podermos realizar algumas deslocações para locais externos à própria Universidade, por exemplo museus, bibliotecas, arquivos, etc., compreendendo, porém, que existe uma enorme dificuldade com a articulação dos horários dos alunos com os professores. Acredito que seria adequado trazer algumas personalidades à Universidade para partilhar conhecimentos e implementar um maior dinamismo ao mestrado. São apenas sugestões. Como conjuga a sua vida pessoal, profissional e académica? Muito difícil essa gestão. Inicialmente salientar o excecional apoio da minha esposa que foi inexcedível para que fosse exequível, visto que com dois filhos menores (9 anos e 11 meses) foi uma conjugação muito complexa. Por outro lado, as horas de sono reduziram substancialmente, pois há que fazer opções para conseguir gerir as várias frentes de trabalho e nunca desanimar e resistir sempre através da auto motivação. Com uma vida profissional muito preenchida e exigente, foi sempre possível a compreensão por parte da Direção da AT-RAM, a quem agradeço na pessoa sua diretora dra. Lima Camacho, e de Sua Excelência, o sr. Secretário Regional da Finanças, dr. Rogério Gouveia, que sempre foram exemplares na sua forma de estar e no apoio concedido. Para aqueles que, em áreas de especialização diferentes pretendem enveredar por um outro campo científico, mas sentem-se desinformados o que os tem a dizer? Relativamente a essa questão, referir que nos dias que correm o acesso a informação é cada vez mais fácil, com um leque maior de fontes de recolha de informação (especialmente em fontes abertas) e com a possibilidade de contatar diretamente os organismos para poderem ser corretamente esclarecidos e clarificar as eventuais dúvidas que existam. Referir ainda que, enveredar por outro campo cientifico deverá ser encarado como uma oportunidade de aferir novos conhecimentos, aumentar as suas valências e competências, mas acima de tudo expandir os seus horizontes. Entrevista conduzida por Luís Ferro ET AL. Com fotografia de Fabien Barral.

N’O Recreio tudo acontece, mas pouco se conta

“Nora, de 7 anos, e o seu irmão mais velho Abel regressam à escola. Quando Nora vê Abel a ser intimidado por outras crianças, apressa-se a protegê-lo alertando o pai. Mas Abel obriga-a a guardar segredo. Tomada por um conflito de lealdade, Nora acabará por tentar encontrar o seu lugar, dividida entre os mundos das crianças e dos adultos.”

Há um novo projeto na área dos Estudos Insulares

No âmbito da Semana das Artes e Humanidades, foi apresentada no dia 12 de maio de 2022 a Enciclopédia Digital em Estudos Insulares, por Ana Isabel Moniz, investigadora e professora da UMa. Entrevistámos a docente, para conhecer este novo projeto. Como nasceu a ideia de criar uma enciclopédia em estudos insulares? A ideia nasceu da vontade de investigar a realidade insular, a vários níveis, nomeadamente a de fazer uma investigação que permita a análise crítica das representações poéticas da experiência da ilha, assim como do potencial poiético e criador do arquétipo “ilha” nas literaturas e culturas insulares. Godfrey Baldacchino afirma que, nos nossos dias, cerca de 10% da população mundial (600 milhões de pessoas) vive em ilhas, sejam tropicais, de clima moderado ou polar, numa área que ronda 7% da superfície terrestre. Uma condição geográfica natural que poderá contribuir para a existência de uma eventual identidade cultural inerente a um pensamento insular que molda a experiência de quem convive com essa circunstância. O que poderá significar que a condição periférica tende a converter as ilhas em espaços epistemológicos singulares cientes das suas dissemelhanças e especificidades, motivadas sobretudo pela distância geográfica do continente, mas também da própria identidade nacional. É, portanto, um campo vasto de saber que convida à investigação. Que pesquisa científica fez? O projecto enquadra-se na área da nissologia, enquanto área de conhecimento dedicada à exploração científica interdisciplinar das temáticas da ilha, da experiência da insularidade e da mesologia dos seus ecossistemas, particularmente focada no cruzamento dos estudos literários com as várias ciências sociais, em particular com a geografia e a história, produzindo, em articulação interdisciplinar, conceitos como o de pensamento arquipelágico, popularizado por Glissant no culminar das suas investigações em torno da experiência insular das Antilhas e da Crioulidade, que via como característica de uma identidade global resultante da condição pós-colonial e pós- moderna da contemporaneidade. É ainda de destacar o pensamento de autores como Gilles Deleuze e Félix Guattari, Grant McCall e Bertrand Westphal, cujos trabalhos em torno da relação afectiva entre o humano, o espaço e o território levou ao desenvolvimento de disciplinas como a geofilosofia, a geopoética, a geocrítica e a própria nissologia. Na mesma linha, a proposta de Elizabeth DeLoughrey para o desenvolvimento da arquipelografia, pensada enquanto proposta historiográfica, e a proposta de Daniel Graziadei, de uma poética insular, a nissopoética, são confluências entre os estudos literários e a filosofia metodologicamente enquadrada na proposta epistemológica dos estudos insulares. Que desafios encontrou na sua construção? Nas últimas décadas, os estudos insulares têm suscitado um interesse crescente por parte da comunidade de investigadores de distintas áreas do saber, comprovado pelo aumento do número de publicações e encontros científicos sobre o assunto. Introduzir, nesta área, um modelo de trabalho que privilegia o trabalho digital, de cariz interdisciplinar e em cooperação, implica sempre desafios, não só financeiros, mas também desafios suscitados pelo trabalho realizado à distância. Mas, para já, têm sido desafios que têm valido a pena. Quem colaborou na realização desta obra? Neste momento de construção da Enciclopédia, já recebemos colaborações de universidades de diversos países, nomeadamente, Portugal (Madeira, Lisboa, Açores), Inglaterra, Espanha, França, Grécia, Itália, Malta, Noruega, Estados Unidos, Japão e de Instituições/Associações tais como Instituto de Geografia e Ordenamento do Território – IGOT-ULisboa, ISISA – International Small Islands Studies Association, SICRI – Small Island Cultures Research Initiative, Association CALI, França (Bretanha), Institut de Recherche pour le Développement (IRD) UMR Espace-dev, Maison de la Télédétection, entre outros. Qual considera ser a importância deste testemunho para a comunidade académica e não-académica? Desenvolver conhecimento em torno das questões relacionadas com heranças, pensamentos, símbolos e lugares das ilhas e insularidades no mundo global. Acredita que a sua divulgação em suporte digital tenha peso na adesão dos estudantes a essa área de estudo? Embora tenha a convicção de que o meio digital não substitui totalmente o papel, acredito que, na investigação, o acesso digital permite atingir mais rapidamente os leitores, agilizando a investigação, sobretudo em termos de tempo e de alcance. Como é que os estudos insulares entraram no seu leque de interesse? A vida académica tem destes desafios! Ser professor implica não só a parte lectiva de contacto com os estudantes, mas também a de investigação. Daí que integre, como membro investigador, o CEComp, Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A investigação que realizamos para a Enciclopédia Digital em Estudos Insulares inclui a conformada pela Utopia, que tem sido trabalhada no Cluster Viagem e Utopia do CEComp. Quais são os seus projetos futuros nesta área? Numa primeira fase, é disponibilizar a Enciclopédia em linha de acesso livre e estabelecer uma rede de trabalho interinstitucional em Estudos Insulares com sede no CEComp/UMa. Numa fase seguinte, pretendemos organizar, em Portugal, uma edição da conferência bianual da ISISA e um volume decorrente desse evento, e obviamente, integrar alunos de pós-graduação e pós-graduados no trabalho científico. Cotamos ainda criar, numa fase posterior, um mapa digital das literaturas e culturas insulares em português. O que prevê com a divulgação desta enciclopédia para a área dos estudos insulares, e, de um modo geral, para as humanidades? O estabelecimento de uma rede de cooperação internacional que permitirá a divulgação, no exterior, do trabalho desenvolvido na Universidade da Madeira e no CEComp e, também, a expansão de possibilidades futuras de colaboração a nível internacional. A investigação em Humanidades é também a promoção da humanidade. Entrevista conduzida por Luís Ferro ET AL. Com fotografia de Ahmed Yaaniu. Nota dos editores: A entrevistada segue a grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990.

Para além da Cordilheira…Uma estória chilena

No Chile, quando o sol nasce, tem de subir colinas e montes até atingir o topo da Cordilheira dos Andes. No Chile, a cordilheira é tudo. Mas para os cidadãos chilenos, é um território desconhecido.

Uma viagem de sonho…dentro e fora da tela

Numa entrevista concedida para o presskit I Commete, Pascal Tagnati fala-nos de uma curiosa vila onde as pessoas de fora e os residentes interagem e se conhecem diariamente. Aí criam memórias, ideias, ambições e projetos novos de vida. É para o realizador um conjunto de imagens geradas para o seu coração. Em Córsega, as crianças abrilhantam as ruas, os adolescentes correm e saltam que nem fabulosas criaturas do bosque, os adultos discutem o futuro e os mais velhos refletem sobre a sua vida e como esta passa que nem uma efêmera brisa de vento. Tagnati eleva-nos nesta viagem à vila da felicidade e da memória jovial, no drama Um Verão na Córsega (2021). Um Verão na Córsega é a sugestão do Screenings Funchal, numa parceria com os Cinemas NOS e com o apoio da ACADÉMICA DA MADEIRA, para sexta e sábado, 08 e 09 de julho. O cliente NOS, portador do seu cartão, se acompanhado, tem 2 bilhetes pelo preço de 1. Se for sozinho, ao comprar 1 bilhete de cinema, tem a oferta de 1 menu pequeno de pipocas e bebida. Não há, portanto, desculpa para não aproveitar mais um momento de grande cinema que o Screenings Funchal proporciona. Neste filme, Córsega é apenas habitada por aqueles que não vivem sem as boas memórias de uma vida tranquila. Muitos são aqueles que abandonaram o local, fossem por razões profissionais ou mesmos pessoas. No entanto, nunca deixam de a visitar quando o Verão chega. É neste momento, que se procura estabelecer um intercâmbio emocional entre os locais e os citadinos: “Family and long time friends share together this precious moment in the mountains. Under the burning sun and to the sound of rippling laughter, summer suspends time but doesn’t heal all wounds.“. Pascal Tagnati busca o clima ensolarado, os lugares bonitos e radiosos para providenciar o público com pequenos momentos de intensos amadurecimentos, discussões sobre o amor e até mesmo terrores arrepiantes. Elabora um mosaico da vida das pessoas que moram nessa vila francesa. A sua estrutura narrativa livre, permite-nos associarmo-nos a um personagem ou mais, de acordo com a sua história para além da ambiência familiar e caseira implícita nas situações representadas. O filme tem como objetivo central, a deslocação do espectador para o quotidiano dos moradores dessa região, dando-o a conhecer a história local e relacional entre personagens. Não seria por acaso que a estação do Verão estaria aqui a ser usada. O facto de ser usada como período de férias, dá-nos a explorar e a viajar por espaços ditos de momentos de descanso e puro prazer. A intenção é construir-se uma atmosfera de equilíbrio social tanto dentro como fora da tela. Luís Ferro ET AL. Com fotografia da captura da cinematografia de Javier Ruiz Gomez.

Dois caminhos profissionais, um propósito de vida

Nuno Dias é aluno de 1.º ano do mestrado em Estudos Regionais e Locais na Universidade da Madeira. Com uma licenciatura em Gestão, trabalha atualmente na Autoridade Tributária e Assuntos Fiscais (AT-RAM) da Secretaria Regional das Finanças da Madeira, mais precisamente na aérea dos Impostos Especiais sobre o Consumo. Como muitos colegas, é trabalhador e estudante, conciliando dois mundos. Aqui fica a primeira de duas partes da entrevista a Nuno Dias. Qual a importância de continuar a sua formação no Ensino Superior, após uma licenciatura? A formação é um factor nuclear na vida de um ser humano, que deverá ser sempre um foco de qualquer profissional, pois através dela conseguimos aferir novos conhecimentos, específicos ou mais generalistas, que nos fazem expandir os horizontes e poder assim adquirir novas competências/valências para por em prática nos desafios profissionais diários, bem como para o enriquecimento pessoal como ser humano. O que o levou a ingressar no mestrado em Estudos Regionais e Locais? A opção tida consubstanciou-se no facto de, após alguma reflexão, ter decidido que havia chegado a hora de incrementar as minhas habilitações académicas e, considerando as opções existentes na Universidade da Madeira, foi o mestrado que mais se adequa as minhas ambições em termos académicos. Quais foram as maiores dificuldades a nível burocrático? As maiores dificuldades foram de conciliar os meus horários laborais com os horários de funcionamento dos serviços de apoio ao estudante da UMa, para tramitar todos os procedimentos com vista à obtenção do estatuto de trabalhador-estudante. No entanto, é de referir que as senhoras funcionárias dos serviços da UMa anteriormente referidos, foram inexcedíveis no cuidado e na atenção para solucionar a minha questão. De todas as experiências profissionais e pessoais, o que este desafio académico acrescenta? Este desafio académico acrescenta um conhecimento mais localizado das especificidades da cultura insular (conhecimento à escala micro) e dos desafios diários que uma população tem para habitar numa região insular, bem como compreender a evolução da sua organização política, administrativa, cultural e económica ao longo dos últimos séculos da nossa história. Permitiu enriquecer os meus conhecimentos para melhor compreender a articulação e a forma de viver do seu povo, nas suas crenças, cultura e tradições, em suma a sua história tão característica e muito marcada pelas sequelas da história coletiva. Sendo que trabalha na área das ciências económicas, o que a motivou a fazer um mestrado na área das humanidades? Este mestrado também tem uma unidade curricular marcada pelas ciências económicas (na aérea do turismo), mas a área das humanidades permitiu-me enriquecer uma parte da minha formação que se encontrava em déficit, fazendo com que essa vertente fosse mais trabalhada, visando um maior equilíbrio. De que forma consegue relacionar as duas áreas? Na minha opinião, uma área não vive sem a outra. São complementares, na mediada em que a área das ciências exatas terá mais e melhor relevância na sua aplicabilidade quando também existem conhecimento inerente à área das humanidades, pois a adequação das decisões será muito melhor se utilizarmos as sinergias para atingirmos os objetivos finais. No mundo atual, sempre em grande transformação e com um ritmo muito mais acelerado, o processo de decisão sobre uma qualquer matéria/ assunto será muito mais ajustado quando as nossas valências/ competências se alicerçarem em conhecimentos que abrangem as duas áreas. Considera que o mestrado tem lhe trazido benefícios? De que maneira? Claro que sim. Logo pelos factos já supra elencados, como também a partilha de conhecimentos entre os próprios mestrandos, compreendendo os seus percursos, conhecimentos, ambições, etc., e com os professores que partilham as suas vivências e sensibilidades e nos fazem refletir sobre as temáticas abordadas. O mestrado é também a partilha de conhecimento entre todos e concede a possibilidade de encontramos novas amizades e pessoas que mais tarde nos podemos socorrer para melhor nos aconselharmos sobre um determinado assunto. Entrevista conduzida por Luís Ferro ET AL. Com imagem de Joanna Kosinska.