UMa suspende obrigatoriedade das máscaras

UMa suspende obrigatoriedade das máscaras

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O reitor da Universidade da Madeira, através de uma nota informativa, indicou que a utilização de máscaras, imposta dentro da Universidade da Madeira há mais de 2 anos, deixa de ser obrigatória a partir de hoje.

Tendo como base a evolução da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) e a deliberação do Conselho do Governo Regional da Madeira, de 12 de maio de 2022, a Universidade da Madeira deixa cair mais uma imposição do estado pandémico.

O comunicado, remetido por correio eletrónico no final de domingo, indica que, “no caso particular da proteção facial respiratória, cada membro da Academia deve, de acordo com a sua responsabilidade individual, decidir usar ou não usar máscara”.

Em fevereiro de 2020, a recém nomeada Comissão de Prevenção e Controlo do Coronavírus (COVID-19) emitiu um breve comunicado sobre a epidemia com a orientação “mais vale prevenir que remediar”. No mês seguinte, a Comissão liderada por Isabel Fragoeiro publicava o “Plano de Contingência Coronavírus (COVID-19)”, um documento com linhas orientadoras para minimizar o impacto e propagação da epidemia. Tinha como base as orientações da Organização Mundial de Saúde, do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, da Direção Geral de Saúde e do Instituto da Administração da Saúde da RAM.

Em março toda a atividade letiva presencial seria suspensa. Numa primeira fase, até 13 de abril. Os alunos da UMa só poderiam deslocar-se à Universidade em situações excecionais, previamente autorizadas. O acesso à Universidade estava vedado a elementos externos à Academia. A Biblioteca, as salas de estudo, a cantina e o bar dos funcionários permaneceriam encerrados.

A 23 de abril de 2020, a Universidade tornou pública a informação sobre o plano para o levantamento progressivo das medidas de contenção motivadas pela pandemia declarada pela Organização Mundial de Saúde. O ensino remoto continuaria e era imposto a utilização de máscaras e outras medidas de proteção dentro do Campus e das restantes instalações da UMa. A reitoria indicava que os equipamentos de proteção individual seriam facultados “aos seus funcionários, docentes e não docentes, bem como aos alunos, no âmbito dos seus serviços gerais e de apoio às atividades dos estudantes, e da realização das atividades letivas e não letivas presenciais em que tenham de participar neste semestre (nomeadamente, eventuais aulas e exames)”. O ensino remoto, com as restantes medidas de restrição e proteção, continuaria no ano seguinte.

Os estudos promovidos pelo OBSERVATÓRIO DA VIDA ESTUDANTIL, estrutura da ACADÉMICA DA MADEIRA, indicaram que a maioria dos estudantes inquiridos revelava prejuízo com o ensino à distância, devido à pandemia e testemunhava uma enorme preocupação quanto à avaliação das cadeiras em que estava matriculada.

Em maio de 2020, os inquiridos revelaram estar a “enfrentar graves dificuldades na adaptação ao ensino à distância (39,5%), na medida em que também torna mais difícil o contato com os docentes (26,3%) para esclarecimentos diversos e pelo facto do sistema não presencial permitir a sobreposição de horários (15,8%), acumulação de trabalho autónomo e indefinição quanto aos novos métodos de avaliação”.

No estudo do ano seguinte, em 2021, 44,7% dos inquiridos assumiu ter sentido grandes dificuldades durante o semestre. A maioria dos que assumiu tê-las sentido (96,6%) apontou como principais razões as diretamente relacionadas com o ensino à distância.

O boletim do SESARAM, de 13 de maio de 2022, indicava mais três óbitos associados à infeção do novo coronavírus (SARS-CoV-2), elevando para 275 o número de mortes no arquipélago desde março de 2020. A UMa informa que “continuará a estar atenta às orientações emanadas pelas Autoridades de Saúde, nesta matéria, e reitera o agradecimento à colaboração responsável que, coletivamente, os membros da Academia têm adotado em prol da saúde de todos”.

ET AL.

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