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Residência Universitária

Comissão de Educação e Ciência questiona sobre o alojamento

O alojamento estudantil continua a ser um problema na vida dos estudantes madeirenses, que estudam na UMa e noutras universidades. A ACADÉMICA DA MADEIRA foi inquirida pela Comissão de Educação e Ciência para emissão de um parecer sobre “a tomada de medidas urgentes de apoio ao alojamento de estudantes do ensino superior deslocados e de criação de residências universitárias em património subutilizado do Estado”.

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Uma visita guiada pela Residência

A minha chegada na residência universitária foi, digamos, diferente. O segurança que recebe os estudantes em mobilidade e os demais residentes do estrangeiro apenas fala Português. Quando cheguei, o quarto não estava preparado: não havia lençóis, cobertor ou travesseiro. Mesmo com a informação sobre a minha chegada, a residência não tinha preparado o quarto. A partir do dia seguinte, e durante duas semanas, tentei assinar o meu contrato com a residência. Sem sucesso, recebi diversas justificações que iam da falta de Internet até o momento errado para assinatura. Pensei que se não era importante para eles, não deveria ser para mim. O meu quarto parecia possuir o suficiente para o meu quotidiano. O grande problema começou com uma componente importante: a cama. Pequena, com um colchão num estado deplorável pela sujidade, não permitia que qualquer conformo mínimo ou que alguém mais alto pudesse dormir normalmente. Igualmente desajustada era a secretária que parecia ter sido feita para um miúdo da escola primária. É claro que depois da cama, começamos a reparar que nenhuma das luzes nas secretárias funciona e que as cortinas estão tão sujas como o colchão. A casa de banho representava outro problema: a posição do duche indicava, em todos os quartos, uma fonte de fungos que crescia na parede do quarto. O interior não possuía qualquer prateleira para colocarmos os produtos essenciais de higiene. O duche pingava e tentava nos embalar durante a noite já que a porta da casa de banho não se fechava. Saindo do quarto podemos visitar o epicentro do terror que é a vida dentro da Residência: a cozinha. Cada andar possui uma que é partilhada por cerca de meia centena de pessoas. São quatro mesas, 10 cadeiras, uma torradeira, uma jarra elétrica, um microondas (tem dias), um lava-loiça e um fogão com quatro bocas para os mais de 50 residentes do andar. Os utensílios que existem parecem resgatados de um cenário de guerra e são acompanhados de formigas e baratas que se juntam a loiça que existe e à floresta de fungos e bactérias que cresce pelo espaço. Pensar num forno é parte do imaginário. Em Dezembro passado tudo piorou. Sim, foi possível. O fogão do primeiro andar deixou de funcionar durante meses, juntando-se o fogão do piso térreo que tinha apenas duas bocas operacionais que eram partilhadas por mais de 100 residentes. Infelizmente, o horário limitado das cozinhas só permite que a sua utilização seja até às 2:00 da manhã, o que obriga a que o jantar comece a ser preparado com dois dias de antecedência para que as duas bocas de fogão sejam suficientes. Essa antecedência baixa para a preparação na véspera quando todas as bocas estão operacionais. Acompanhando o espírito de que quase nada funciona, a lavandaria da residência possui metade dos equipamentos a funcionar. Ou metade avariada, dependendo que como olhamos para o copo meio cheio ou meio vazio. As áreas comuns continuam na sala de estar. Cada andar possui uma equipada com um televisor, uma mesa e dois sofás que, para combinar, estão tão sujos que qualquer observador desconfia que nunca foram limpos. Por mais que a Universidade e o curso possam ter sido uma boa experiência, numa ilha que é certamente paradisíaca, a vida na residência foi um verdadeiro inferno e pode eclipsar as boas recordações que levamos. Mais do que a quantidade dos problemas, a falta de vontade de quem gere a Residência é notória. Nem sabem o que estão a fazer, nem querem saber. Muitos problemas são de resolução tão simples que ficamos sem compreender como a administração pode se preocupar tão pouco com a vida dos alunos. Este artigo resulta dos testemunhos partilhados por vários residentes oriundos dos programas de mobilidade Erasmus+ que estudam na Universidade da Madeira.

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A Residência não é apenas um espaço para dormir

Parece-nos estarmos perante uma Residência Low cost à semelhança das companhias aéreas: custo baixo e apetecível mas se precisares de marcar lugar, comer uma bolacha rija, levar uma mala, ou quase garantir um lugar sentado …. é obrigatório desembolsar muito mais. É sabido que o acesso ao Ensino Superior pressupõe, desde logo, alguns desafios desde a qualidade do ensino até às condições que o suportam. Comecemos pelo básico, comecemos pelo alojamento adequado com a disponibilização de serviços e acessos condizentes. Falemos sobre a nossa Residência Universitária. Spoiler alert: existem vários problemas! Ao contrário do que se vive, ano após ano, noutros pontos do país, na Madeira, a questão da oferta de camas ainda não é um verdadeiro problema. É certo que a questão da internacionalização poderia ser potenciada mas, entre muitos outros factores, o alojamento e as suas condições teriam que ser repensadas. Mas, tomemos conta de uma coisa de cada vez. Como em tudo, começar por melhorar o que já existe será o melhor caminho a seguir. É inevitável! Apesar de diversas tentativas de melhoramentos, indicando o quê, porquê e como, não conseguimos evitar. O descontentamento em torno das condições existentes na Residência é cada vez maior entre os seus residentes e familiares. Entre diversos problemas já assinalados, ao momento, o principal foco de descontentamento são as cozinhas, onde um fogão, um microondas e um frigorífico tem que ser partilhado por 50 residentes, isto se as cozinhas dos restantes pisos estiverem funcionais. Caso não estejam ou apresentem algum pequeno ou grande electrodoméstico avariado, os utilizadores podem duplicar. Se dois ou três familiares em casa conseguem semear o pânico quando juntos na cozinha, imagine-se o que se vive diariamente na Residência. É fundamental promover a união e o trabalho de equipa, mas esta não me parece ser a forma mais adequada de o fazer. Quantas vezes ouvimos: “Ok, não há fogão, o microondas também serve ou se usares o do vizinho. Chaleira? Depende do dia. Frigorífico? É possível mas só se chegares primeiro, caso contrário não dá para todos”. Mas é económico, dizem. O alojamento na residência universitária seja no Funchal ou em Trás-os-Montes é, sem dúvida, mais económica e segura para alojar um estudante universitário. Mas será? Actualmente, o preço para os estudantes não bolseiros está fixado nos 170 € mensais, num quarto partilhado por três pessoas. Claro que referimo-nos ao básico. Contudo, se necessário for outro conforto ou serviço básico adicional as coisas mudam de figura. Senão vejamos: + 5 € para teres aparelhos elétricos no quarto; + 24 € por um conjunto de lençóis (2 lençóis + 1 fronha); + 6 € por uma almofada; + 6 € por uma toalha de rosto; + 10 € por uma toalha de banho; + 26 € por um cobertor. Lavandaria? Isso depende. Uma lavagem de roupa, usando uma máquina tipo industrial, custa 2,50€. Contudo, se pensarmos no desperdício e na causa ambiental ou juntamos toda a roupa durante 2 semanas sem a lavar, ou gasto mais lavagens com a máquina quase vazia, garantindo, contudo, que tenhamos roupa fresca a usar. Também existe a possibilidade de juntarmos a nossa roupa, incluindo a íntima, à dos nossos colegas que por vezes nem sabemos quem são. Parece-nos estarmos perante uma Residência Low cost à semelhança das companhias aéreas: custo baixo e apetecível mas se precisares de marcar lugar, comer uma bolacha rija, levar uma mala, ou quase garantir um lugar sentado …. é obrigatório desembolsar muito mais. Não é por acaso que diversos cursos contemplam, nos seus guias privados de recepção aos novos alunos, alojamento em apartamentos, quartos e vivendas que, mesmo que partilhados, não enfrentam problemas que influenciam, inclusive, o seu desempenho académico a custos semelhantes. Contextualizando o problema, e fazendo juz às situações reportadas e às tentativas de diminuição do descontentamento, é fundamental exigirmos que novas dinâmicas sejam criadas para enfrentar os desafios futuros. A imagem da residência escurece a imagem da Universidade da Madeira, não tenhamos dúvidas. Basta ouvirmos que lá vive. Marcos Nascimento Alumnus

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Diz-me como moras dir-te-ei quem tu és!

O alojamento universitário tem que ser mais do que apenas uma cama. Tem que ser acompanhamento e orientação. Tem que ser um lar. E depois? Depois fica tudo mais fácil. É extremamente dispendioso, económica e emocionalmente, viver fora de casa para estudar. Em muitos casos, trata-se da primeira vez que o jovem tem que gerir o seu orçamento, elaborar lista de compras, ir ao supermercado, tratar da lavandaria, limpar e organizar o quarto e, o pior de tudo, cozinhar. Esta é, sem dúvida, a parte invisível do que é viver sozinho enquanto frequenta a Universidade. A visível, todos conhecem. Para muitos, os estudantes que precisam recorrer ao alojamento universitário não têm regras, não limpam o que sujam, só participam e organizam festas, só fazem barulho, deitam-se muito tarde, levam namorados(as) para os quartos/casa e não estudam como deviam. Mas, será mesmo assim? A sê-lo, não teremos nós, adultos envolvidos na educação de nível superior, tanta responsabilidade quanto os não cumpridores das regras sociais e domésticas? Uma simples busca na Internet, a fiel e única companheira de muitos, mostra-nos que tipo de privações passam os estudantes e seus familiares durante 3 ou 5 anos. Camas suspensas entre duas estantes, residências luxuosas no exterior e podres por dentro, camas colocadas em corredores e adegas e alojamento sem casas de banho, têm em comum a falta de alternativa e os preços exorbitantes que são praticados. Mas não julgue, o leitor, que tal acontece lá fora, longe, com estudantes que não conhece o nome, o curso ou a família. Acontece aqui, acontece em Lisboa, acontece no Porto, acontece em Coimbra, acontece em todo o lado. Acontece onde quem precisa não reclama porque crê não ter alternativa (de oferta e/ou económica) ou porque é coagido a não reclamar. Na Madeira, existe apenas uma residência universitária. Tem dez anos. Deram-lhe o nome de Nossa Senhora das Vitórias. É claramente insuficiente para o caminho que a Universidade da Madeira tem trilhado nos últimos anos, talvez os mesmos 10. Vários foram os espaços falados e apresentados como possíveis alternativas de onde construir. O edifício na Rua da Carreira, a Quinta de São Roque ou recuperar a antiga residência “Flamengo” são soluções faladas nos corredores. Por certo, quando estas palavras vos chegar, novos lugares já terão sido apontados. Seria fundamental para a UMa, e para o seu crescimento, existir oferta de alojamento universitário adequado e ajustado à realidade insular. No entanto, cremos que antes de nascer uma nova residência é fundamental fazer crescer – em qualidade, condições e em excelência – a que já existe e que serve centenas de estudantes e suas famílias. E pagar para usar uma almofada não é um bom começo. Mais do que uma cama é prioritário esclarecer as regras pouco claras, minimizar as intransigências – algumas delas causadas, contudo, pelo comportamento de alguns residentes -, resolver o problema das cozinhas minúsculas que servem, em simultâneo e nos dias mais calmos, 50 utentes, a ausência de estendais e de uma lavandaria adequada e, talvez o mais importante, saber ouvir quem lá reside. Afinal, acolher também é educar. Andreia Micaela Nascimento Académica da Madeira

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Living in the Residence

My first thought was: amazing location, within spitting distance of the ocean and with many restaurants and beautiful buildings, there would be no difficulty in finding somewhere to spend my evenings. The term ‘university residence’ conjures up many different pictures for different people. Having been exceptionally lucky during my own time at university in regards to accommodation and having heard people’s horror stories about their own times it was with some trepidation that I came to live at the university residence in Madeira. I discovered that I would be sharing a room, something I hadn’t done since I was a child. Fortunately, these girls were absolutely lovely and very considerate, which was a godsend. It was also very fortunate that we all shared a similar taste in music, hearing Enrique Iglesias was commonplace. After settling into my room I decided to discover what the rest of the building had to offer. I introduced myself to anyone who walked past in the kitchen, determined to meet as many of my neighbours as possible. This way I met several of the other volunteers I would be working beside during my time on the island, all of whom were most welcoming. As the months went by I came to see the positives and negatives of the residence. The positives mainly are the people and the constant buzz of activity throughout the building. The negatives were mainly to be expected, ants, noisy drunks coming home at all hours and the fight for better conditions. For the most part, I’ve enjoyed living in the residence. If I hadn’t been here I would never have met some of the people who’ve made my time in Madeira so memorable, though I’ll be very happy to get back to my own private room. Jessica Clancy Students’ Union English Volunteer Project co-financed by ERASMUS+.

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