Arquivo

Um misterioso convento no Funchal

O edifício representado pode não ser sequer no Funchal…Aqui fica a dúvida, para que outros investigadores, com mais conhecimentos do que eu, a possam vir a esclarecer. Situada na rota atlântica que ligava a Europa do Norte às chamadas Índias Ocidentais e Orientais, a Madeira foi, desde o século XVII, ponto de passagem ou estadia de inúmeros viajantes europeus, entre os quais se contaram notáveis aguarelistas. É, com efeito, através das representações de artistas como William e Richard Westall (1765-1836), Andrew Picken (1815–1845), e Frank Dillon (1823-1909) que é hoje possível revisitar algumas das paisagens da Madeira que já não existem. Num tempo em que a fotografia era uma técnica desconhecida, ou dava ainda os primeiros passos, estes artistas, formados na tradição da pintura de paisagem europeia, deixaram-nos o precioso registo do que os impressionou, por vezes com uma tal capacidade de síntese, uma tal maestria no tratamento da composição e do detalhe, que chegamos a duvidar se a fotografia algum dia terá superado a singular nitidez do lápis, do papel e da aguarela. É esse, certamente, o caso de Thomas Ender (1793-1875), o jovem aguarelista que em 1817, por ocasião do casamento da arquiduquesa Leopoldina (1797-1826) com D. Pedro IV (1798-1834), a caminho do Brasil, passou pela Madeira, integrado na expedição científica de história natural que acompanhava a comitiva austríaca. Possuidor de uma técnica de desenho e de uma capacidade de observação notáveis – as cerca de 780 aguarelas que produziu em 10 meses de estadia no Brasil são prova disso – bastaram-lhe os poucos dias que o navio fundeou ao largo do Funchal para nos deixar um precioso conjunto de apontamentos sobre a capital do arquipélago e os seus monumentos. Na perspectiva tirada das imediações do forte da Alfândega – ou do que dele restava em 1817 – vê-se em primeiro plano o pilar de Banger e, à sua direita, o conjunto de edifícios ‘entalados’ entre a praia e a antiga Rua dos Ingleses – actual Rua da Alfândega. Nenhum deles sobreviveu até aos nossos dias mas, como é possível constatar no desenho, com os seus avançados e recuados, oscilavam já entre os cinco e os seis pisos. Segue-se o Forte de São Lourenço e, em último plano, no topo do actual Parque de Santa Catarina, a torre-avista-navios da Quinta das Angústias e o inconfundível perfil da Fortaleza do Ilhéu, ainda separado de terra. Ender desenhou ainda a Sé do Funchal, uma vista de leste da cidade, duas casas de campo nos arredores, e um mosteiro cuja identificação é difícil apurar. «Mosteiro no Funchal», ou, em alemão, «Kloster zu Funchal» – assim se intitula a aguarela. Tratar-se-á do antigo Convento de São Francisco, demolido em 1866 para dar lugar ao Jardim Municipal? O Convento da Encarnação, também ele já demolido? Ou será um erro de classificação da equipa de investigadores brasileiros que, em 2001, se deslocou à Áustria para fotografar toda a colecção de aguarelas de Ender? Neste caso, o edifício representado pode não ser sequer no Funchal… Aqui fica a dúvida, para que outros investigadores, com mais conhecimentos do que eu, a possam vir a esclarecer. Rui Campos Matos Ordem dos Arquitectos – Secção Regional Sul (Delegação da Madeira)

Leguminosas

As leguminosas constituem um grupo alimentar muito importante, da qual fazem parte o feijão, o grão-de-bico, as favas, as lentilhas, as ervilhas, entre outros. Destacam-se por serem ricas em hidratos de carbono de absorção lenta, têm elevado teor protéico, embora de menor valor biológico que o da carne ou o do peixe. São ainda uma boa fonte de vitaminas do complexo B, ricas em minerais como o ferro e o magnésio, e grandes fornecedoras de fibras alimentares, apresentando claramente grandes vantagens para a saúde. Devido ao seu elevado teor de fibra e hidratos de carbono de absorção lenta, acabam por ser muito saciantes, auxiliam na manutenção dos níveis de açúcar no sangue, e ajudam a reduzir o colesterol. O consumo regular destes alimentos, juntamente com a fruta e os hortícolas, tem sido associado a um menor risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e alguns tipos de cancro. As recomendações são: pelo menos 1 porção por dia, que equivale a 3 colheres de sopa de leguminosas cozinhadas (cerca de 80g) por dia. Não é assim tão difícil de atingir estas recomendações. Pode adicionar a sopas ou purés, utilizá-las para enriquecer pratos de arroz e de massa ou por si só como acompanhamento. Assim, para uma alimentação saudável ter… leguminosas deve comer. Bruno Sousa Nutricionista

Toponímia do Funchal: largos

Largo de São Paulo O Largo de São Paulo surge na bifurcação da Rua da Carreira com a Rua das Cruzes. Recebeu a denominação do actual padroeiro da capela ali existente e era uma espécie de adro deste templo católico. A capela teria sido mandada erguer por João Gonçalves Zarco, o primeiro capitão do donatário do arquipélago da Madeira, na capitania do Funchal. De início, o seu orago era São Pedro. Junto à capela, foi instituído um hospital, o primeiro do Funchal, edificado em terreno doado por Zarco no ano de 1454. Funcionou durante quinze anos. Na escritura de terras, que o primeiro capitão tomou para si, sua mulher e descendentes, feita em 1454, aparece-nos São Pedro, entre outras confrontações. Topónimo que se mantém em 1559, quando o corregedor Jácome Dias ordenou a Gonçalo de Marchena que pagasse 71 000 réis ao síndico das freiras do Convento de Santa Clara, pela dívida do foro da várzea do capitão João Gonçalves Zarco que «está à Carreira a S. Pedro». Nos acórdãos da vereação da edilidade funchalense, de 27 de Julho de 1471, regista-se uma referência a este local, designado apenas por São Pedro. O cronista madeirense, Jerónimo Dias Leite, pelo ano de 1579, ao descrever o saque dos corsários ao Funchal em Outubro de 1566, referiu também o topónimo São Pedro, para assinalar o local da morte do capitão Bertrand de Montluc. Por volta de 1584, Gaspar Frutuoso, escreveu: «Do meio desta rua de São Francisco se aparta outra, também principal, de homens mui honrados, que vai ter a São Pedro; chama-se a Carreira dos Cavalos, pelos costumarem correr nela.» No entanto, alguns documentos aludem à Igreja de São Paulo. Em 1540, por exemplo, Pedro Rodrigues, numa carta de aforamento, foi identificado como «mordomo da Igreja de São Pedro que hoje é a Igreja de São Paulo». A Capela de São Pedro ficava no «cabo da cidade», ou seja, no extremo poente da vila e depois cidade do Funchal, próximo da ribeira, também chamada pelo nome do mesmo apóstolo. Miguel Cabral da Câmara morava «além da Ponte de São Pedro», em 1574, de acordo com o termo de óbito de sua esposa. Na visitação de 1675 à freguesia de São Pedro, determinou-se a celebração de missa todos os dias santos nesta capela, situada no «fim da cidade», para os fregueses e vizinhos que, «por mal vestidos», não se podiam deslocar à sede da paróquia. A freguesia de São Pedro, instituída em 1566, extinta em 1579 e restabelecida em 1587, teve a sua primeira sede na capela com a mesma invocação, e aí se manteve até à edificação da nova igreja, concluída pelos finais do século XVI. Nos nossos dias, a Capela de São Paulo está encerrada ao culto, devido ao seu estado de degradação. Deixou de celebrar-se missa neste templo, em Junho de 2014. O edifício, que lhe está adossado do lado nascente, também se encontra em ruína, desde a abertura da circular à cota 40. Apesar de classificada como imóvel de interesse público do património cultural da Região Autónoma da Madeira, a capela vai arruinando-se, bem como a memória do primeiro hospital do Funchal. Neste Largo de São Paulo, já na continuação da Rua da Carreira, uma outra referência impõe-se no n.º 284: a casa onde nasceu o poeta Herberto Helder, em 23 de Novembro de 1930. Filho de Romano Carlos de Oliveira e Maria Ester Bernardes de Oliveira, morreu em Cascais no dia 23 de Março de 2015. Uma singela lápide assinala a efeméride. Refira-se ainda o imóvel com o n.º 278 da Rua da Carreira, onde funcionou o Lar Madeirense, fundado nos anos sessenta. Ali actuava o trio de Rui Afonso. Lugar de convívio e divertimento, constituiu pólo de atracção do Largo de São Paulo. No Diário de Notícias, da Madeira, de 23 de Outubro de 1965, p. 2, publicitavam-se as «matinés dançantes» do Lar Madeirense, a partir das 15:00 h, com entradas a 15$00, incluindo o serviço de chá. Por fim, registe-se que, na Travessa de São Paulo n.º 1, esteve a sede do Grupo Folclórico de Danças Estilizadas «Os Ilhéus», que actuava no Casino da Madeira e em diversas unidades hoteleiras. Nelson Veríssimo Professor da UMa

A propósito da Grande Guerra e dos centenários (de 1916 e 1917)

O primeiro bombardeamento (a 3 Dez.) visou a canhoneira La Surprise, em serviço de escolta, e o vapor Dácia. Chegaram naquele dia, pelas 8:30, provenientes de Gibraltar. Em 1916 e 1917 evocam-se os centenários da entrada de Portugal (a 9/3/1916) na Grande Guerra (GG) e do primeiro e segundo bombardeamentos do Funchal (3 e 12 de Dezembro daqueles anos). No início do séc. XX, o Atlântico foi o espaço primordial para onde se transferiram as rivalidades europeias, numa conjuntura de reajustamento das alianças. Em 1914 o valor do Oceano é a imagem dessas rivalidades, depois de a Inglaterra ter abandonado a sua política tradicional de prioridade ao Mediterrâneo. A entente franco-britânica reflecte isto mesmo, em resposta à afirmação da Alemanha e dos seus interesses coloniais. Para o Império Britânico o domínio naval era imprescindível e havia que impedir, a todo o custo, a possibilidade da Alemanha fazer sentir a sua presença no Atlântico. Com tudo isto, os espaços insulares portugueses ganharam uma renovada importância no contexto internacional. A Madeira baseava a sua importância em três aspectos: permitia o controlo de zonas específicas (da entrada no Mediterrâneo, à costa ocidental africana, de Marrocos aos Camarões, colónia alemã, destacando-se os portos de Dakar e Agadir); servia de base para unidades de guerra ou navios mercantes; funcionava como estação segura de abastecimento de combustíveis (carvão e petróleo) e víveres. No início do conflito naval, com o bloqueio da esquadra alemã no Mar do Norte, a preocupação do Almirantado Britânico residiu nas movimentações das unidades alemães isoladas, que na prática agiam como corsários. Depois, numa segunda fase, eliminadas aquelas, centrou-se nas medidas de controlo e fuga necessárias devido à aposta quase exclusiva na guerra submarina por parte da Alemanha. Foi neste contexto que a GG envolveu a Madeira. O primeiro bombardeamento (a 3 Dez.) visou a canhoneira La Surprise, em serviço de escolta, e o vapor Dácia. Chegaram naquele dia, pelas 8:30, provenientes de Gibraltar. A missão do Dácia era desviar (para Brest) o cabo alemão da América do Sul. No Funchal já se encontrava o vapor armado francês Kanguroo. Seguindo-os – ou à sua espera – estava o U-38, sob o comando do capitão-tenente Max Valentiner. A primeira explosão deu-se cerca de 30min. depois de terem fundeado, em frente ao cais. A canhoneira foi, por razões óbvias, a primeira a ser atingida e começou logo a submergir. As outras unidades seguiram-se-lhe. O segundo bombardeamento (a 12/12/1917) foi substancialmente diferente do primeiro. Começou mais cedo, pelas 6:20, e visou apenas alvos terrestres. A acção só demorou 30min. e o U-156, sob o comando do capitão-tenente Konrad Gansser, usou peças de calibre 120 e 150 mm. Os alvos foram o ponto de amarração do cabo submarino, a estação telegráfica (instalada junto ao Convento de Santa Clara), o Palácio de São Lourenço, as plataformas de artilharia e o Forte de São Tiago. Apesar de tudo, nenhum dos alvos foi seriamente danificado e as consequências mais graves foram a morte de 5 civis, os vários feridos e o pânico generalizado. A natureza dos alvos e a precisão do tiro confirma a existência de informadores. Aliás, desde então aumentaram as suspeitas de que os submarinos estariam a ser reabastecidos (de géneros alimentares) a partir da Ilha. Logo após bombardeamento, foi proibida a iluminação nocturna e nomeado um novo governador civil. A GG ao representar o fim do século XIX, fez ressurgir na Madeira um sentimento de orfandade, que ainda durante o conflito, mas acima de tudo depois dele, no início dos anos 20, fez reacender as reivindicações autonomistas. Mas esta já é outra História. Paulo Miguel Rodrigues Professor da UMa e investigador do UMa-CIERL

Área Protegida do Cabo Girão

Objetiva uma proteção especial dos recursos marinhos, bem como do património natural e geológico, em harmonia com o desenvolvimento de atividades humanas compatíveis com a salvaguarda dos interesses ambientais. O Cabo Girão é uma das mais altas arribas do mundo (580 m), devendo o seu nome ao facto de ter sido o ponto onde João Gonçalves Zarco terminou o giro da primeira viagem de reconhecimento da ilha, aquando da sua descoberta. Apresenta um relevante património natural, onde se destaca o geossítio do Miradouro do Cabo Girão (CL01) que evidencia particularidades naturais de elevado interesse científico, pedagógico, didático e turístico. A estas, associam-se formações vegetais naturais, zonas de nidificação e repouso da avifauna marinha e ainda o património cultural presente nas várias fajãs, testemunho da presença humana numa tentativa de ultrapassar as dificuldades físicas impostas pelo acesso àquela área. A singularidade, qualidade e diversidade dos valores presentes conferem-lhe o privilégio de ser um dos espaços naturais da Região com grande atratividade de visitantes. A área marinha do Cabo Girão, costa e as arribas, tem um interesse natural e cénico extremamente elevado, particularidades que têm suscitado uma crescente procura desta área, para o desenvolvimento de múltiplas atividades humanas com relevância socioeconómica. Importa assim, fomentar este usufruto, compatibilizando-o com os interesses ambientais prevalentes nestes espaços naturais. É neste enquadramento que é proposta a criação da Área Protegida do Cabo Girão! Esta Área Protegida inclui uma parte marinha designada de Parque Marinho do Cabo Girão e uma parte terrestre que inclui o Monumento Natural do Cabo Girão e a Paisagem Protegida do Cabo Girão. Estas diferentes categorias estão de acordo com as características e com os objetivos específicos de gestão, segundo o sistema de classificação da International Union for Conservation of Nature (IUCN). Assim, o Parque Natural Marinho do Cabo Girão tem como objetivo a proteção, a valorização e o uso sustentado do Mar através da integração harmoniosa das atividades humanas, contribuindo para o bom estado ambiental do espaço marítimo da Região Autónoma da Madeira. Os limites territoriais do Parque Marinho são: a sul a batimétrica dos 50 metros; a norte os 10 metros acima da linha de costa definida pela amplitude média das marés; a este a Ribeira da Alforra e a oeste a Ribeira da Quinta Grande. O Monumento Natural do Cabo Girão é uma área que contém zonas de elevado valor e importância natural e cultural e que devido à sua raridade e qualidades estéticas importa preservar e salvaguardar. Os seus limites territoriais englobam toda a área de encosta definida a este pelo Boqueirão e a oeste pela Ribeira da Quinta Grande; a sul pela linha de base da arriba e a norte pela linha de início do desnível orográfico (excluindo os terrenos agrícolas). A Paisagem Protegida do Cabo Girão define-se como uma paisagem onde a interação das pessoas com a natureza através do tempo tem produzido uma área de carácter distinto, com grande valor estético e cultural que importa preservar, vital para a manutenção e evolução daquela área. Os seus limites territoriais englobam toda a área de terrenos agrícolas das Fajãs, delimitada a este pelo Boqueirão e a oeste pela Ribeira da Quinta Grande. IFCN, IP-RAM

The (un)importance of age

Age is not as important as you think, there are tons of examples! I have to admit that this is a rather unusual theme to write about; but as I found myself more than once confronted with my age, I started to think a bit more about the (un)importance of age. I bet every one of us heard it before: “You are too young for this” or “When you’re older you’ll understand that”. But also sentences like: “Are you not a bit old for that?” or “I did not expect that from a person your age” is really common. I myself assume, during my work as a tour guide, that old people are not capable of doing certain things (e.g. walking too much or climbing too many stairs). Of course, there’s a reason: we have a certain presumption of age and most of the time we are right; it is hard to find a 7-year-old who will know exactly how the theory of relativity works, as it is hard to find a 90-year-old who can run a marathon. However, we underestimate people so often. There are tons of experiences that prove that age is a social construct. There is no actual proof that age makes you wiser or more experienced. There are so many seniors, who still haven’t learned anything and are completely ignorant. Isn’t Donald Trump a good example that even if you are old, people might have strange ideas? On the other hand, you have young people like Malala Yousafzai, by far the youngest Noble Prize laureate. Not even twenty yet, she became one of the most famous female activists and women’s rights supporters. Then you have people like Mark Zuckerberg who at 20 years old created the biggest social network that exists. He started to build up Facebook from his dormitory. I bet there were tons of people telling him that he is wasting his youth on that. Today, he is one of the world’s wealthiest and most powerful men. But there are also examples of young people who made a great impact in ancient times. Alexander the Great was 20 when he started to conquer kingdom after kingdom. He was 33 when he died, but he conquered the territories between Greece and India. Also in science, there are several examples of young people who made a great impact. Karl Friedrich Gauß for example, a great German Mathematic, was able at the age of 9 to add all the numbers from 1 to 100 in less than two minutes, by just inventing a simple trick. How many of you are capable of that aged just 9? But there are also examples of the other way around. The queen for example is 90 years old and still capable to visit so many places. Also, Pope Benedict XVI, the predecessor of Francis was still pope at the age of 87, travelling all over the world. Gandhi was 78 when he achieved the independence of India. There are so many people who show us every day that age and capacity of doing something are not related. It is a social construct that makes it a lot of times easier for us to know how to handle people of a certain age, but a lot of times prevent us from accepting that there are also people outside of this scheme. Jan Michel Khün Students’ Union German Volunteer Project co-financed by ERASMUS+.

Living in the Residence

My first thought was: amazing location, within spitting distance of the ocean and with many restaurants and beautiful buildings, there would be no difficulty in finding somewhere to spend my evenings. The term ‘university residence’ conjures up many different pictures for different people. Having been exceptionally lucky during my own time at university in regards to accommodation and having heard people’s horror stories about their own times it was with some trepidation that I came to live at the university residence in Madeira. I discovered that I would be sharing a room, something I hadn’t done since I was a child. Fortunately, these girls were absolutely lovely and very considerate, which was a godsend. It was also very fortunate that we all shared a similar taste in music, hearing Enrique Iglesias was commonplace. After settling into my room I decided to discover what the rest of the building had to offer. I introduced myself to anyone who walked past in the kitchen, determined to meet as many of my neighbours as possible. This way I met several of the other volunteers I would be working beside during my time on the island, all of whom were most welcoming. As the months went by I came to see the positives and negatives of the residence. The positives mainly are the people and the constant buzz of activity throughout the building. The negatives were mainly to be expected, ants, noisy drunks coming home at all hours and the fight for better conditions. For the most part, I’ve enjoyed living in the residence. If I hadn’t been here I would never have met some of the people who’ve made my time in Madeira so memorable, though I’ll be very happy to get back to my own private room. Jessica Clancy Students’ Union English Volunteer Project co-financed by ERASMUS+.

Half-tourist-half-local

Being a volunteer has a somehow schizophrenic side to it: you’re local and tourist at the same time. European Volunteers come from abroad and are living and volunteering in a foreign country for a considerable amount of time. The everyday routine, shaped by the project, somehow makes the volunteers locals of the city they stay and work in. Although I would not go as far as considering myself a local of Funchal, even though I’ve been here for half a year, I feel like I know the city well and my tour guide experience means that I probably know more about Madeira’s capital, its history, buildings etc. than many born and raised locals. So I suggest the term “temporary local” because I do feel at home in Funchal, thanks to the warm welcome of the people and the beauty of the city. Still, I remain a tourist. In the eyes of Madeirans because I don’t look Portuguese, but also because I have a foreigner’s perspective when exploring the island. Now I’m not yet entirely sure if this “schizophrenic state” is a good thing or not. It definitely does get annoying when even after six months, waiters still try to lure you into their restaurants, even though you pass them almost every day and they should have figured out that you’re not on vacation. On the other hand, having the perspective of a foreign person is a most enjoyable thing, because you are constantly keeping an eye out for new things. I told myself I would try to keep that explorer attitude in places I’ll live in in the future. And it is something the locals of Madeira should do more often, to discover more of the beautiful places their island has to offer! Ina Engelhardt Students’ Union German Volunteer Project co-financed by ERASMUS+.

What to bring? Useful gadgets for your stay in Madeira!

I just FORGOT I´ll be on the same level as Morocco and unfortunately I bought a cream with UV 30. The effect? After my first sunbathing my skin was burned. So remember: cream with UV 50! Before my arrival in Madeira, I searched on google for some information about the climate on the island to prepare the appropriate clothing and footwear. When I was preparing my suitcase I was thinking this way: in Madeira is an ocean and mountains, so I have to be prepared for sunbathing and hiking. I will work as a guide, so I need comfortable shoes and sun cream. Yeah, sun cream… Definitely need to get a cream with a high filter, like UV 50. Actually, after a while of being here I know what really means “must-have” on Madeira. Extremely important are gadgets that make life easier, such as: 1) Bottle of water Here is almost every day warm. Sometimes super-warm. You need to drink water. Water is good for your health. Many of us, volunteers have a special bottle for water. It´s very useful, especially when you are a guide and you walk with tourists in full sunshine. 2) Swimming shoes Here we have only a few beaches with sand. Most beaches are covered with pebbles and gravel. Hint? Invest in swimming shoes. Trust me, your feet will be grateful. 3) Quick drying towel For sunbathing time or just sitting in a park, a very useful is a quick-drying towel, because is light and does not take up much space in your bag- is with me almost every day. 4) Reusable plastic cutlery and lunch box It´s perfect for hiking/camping/picnic/time for a break. Eating outside is expensive and not really healthy. Buy some fruits (here is a lot very delicious fruits!) or cook something nice at home and take with you. Live simple! Beata Rymkiewicz Students’ Union Polish Volunteer Project co-financed by ERASMUS+.

Consumo consciente

Seja um consumidor consciente e responsável. O seu comportamento perante o consumo faz a diferença! Consumir de forma consciente significa mais horas de lazer e menos no trânsito, significa economia de água, de energia e de recursos naturais, significa prestar atenção ao que compramos e lembrar que cada produto tem uma história. Essa história tem o nome de “cadeia de produção” e os fornecedores e empresas integrados nessa cadeia devem ser tão responsáveis quanto o consumidor. O consumidor consciente deve exigir produtos éticos e saudáveis, sem publicidade enganosa, sem poluição do meio ambiente, sem desperdício de recursos naturais e de energia e sem qualquer tipo de exploração no trabalho. O conceito de consumo consciente propõe mudanças nos padrões de produção, distribuição e consumo e a salvaguarda dos bens ambientais. Só estando informado é que poderá agir com conhecimento de causa e tornar-se num protagonista activo no mercado. A facilidade com que as técnicas de marketing e publicidade passam as suas mensagens de promoção dos bens e serviços, se, por um lado, proporciona ao consumidor um leque cada vez maior de oferta, por outro lado, nem sempre lhe assegura o espaço e as condições de reflexão que devem estar presentes em cada acto de consumo. Ora, só a ponderação, a reflexão e a consciência dos seus actos, direitos e deveres, asseguram ao consumidor a escolha certa e as opções mais adequadas. Cada cidadão, enquanto consumidor, pode contribuir para proteger o planeta. Quaisquer que sejam as nossas opções de consumo, elas têm sempre impacto no meio ambiente. Neste sentido, a Secretaria Regional da Inclusão e Assuntos Sociais, através do Serviço de Defesa do Consumidor, tem vindo a dinamizar inúmeras acções de sensibilização e sessões de esclarecimento, com o objectivo de dotar os consumidores da Região Autónoma da Madeira de mais e melhor informação, de modo a poderem desenvolver um consumo consciente, sendo eles, os próprios agentes da mudança. Conheça os conselhos de consumo consciente que pode pôr em prática no seu dia-a-dia: · Leia os rótulos com atenção e procure os produtos com certificação de “rótulo ecológico” ou de sistemas de gestão ambiental e/ou de responsabilidade social; · Leve os seus próprios sacos (de pano, de plástico, com rodas, etc.) para as compras; · Prefira comprar em embalagens familiares, recarregáveis, reutilizáveis e/ou recicláveis; · Evite comprar alimentos com aditivos corantes e conservantes desnecessários; · Na escolha de bens, tenha em conta a sua durabilidade e potencial de reutilização (ex.: electrodomésticos, brinquedos); · Poupe água. Se a água da zona em que reside é de qualidade, beba água da torneira. · Ao cozinhar, aproveite os alimentos na totalidade para evitar o desperdício alimentar. Conserve os alimentos de forma adequada; · Reutilize o papel e imprima com moderação reflectindo sobre aquilo que realmente necessita. · Consuma alimentos preferencialmente produzidos localmente. Seja um agente transformador, enquanto consumidor, na construção da sustentabilidade da vida no planeta! Artigo elaborado ao abrigo do protocolo com o Serviço de Defesa do Consumidor.