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Teresa Vieira dá vida uma fábula para crianças

Teresa Vieira, ilustradora de várias obras lançadas pela IMPRENSA ACADÉMICA e pela CADMUS, volta a encantar com o seu trabalho. Numa nova colaboração com a escritora Andreia Baptista, apresenta-nos AI! SE EU FOSSE ZEUS..., um dos lançamentos da CADMUS para Feira do Livro do Funchal.
Ilustração de Teresa Vieira na obra AI! SE EU FOSSE ZEUS, editada pela CADMUS.

Teresa Vieira é uma jovem artista visual de origem madeirense que, a par de trabalhos que tem desenvolvido para integrar exposições e a imagem de campanhas diversas para a comunidade académica, é coautora de vários livros infantis.

O seu último trabalho, publicado pela CADMUS, foi uma biografia da escritora madeirense Luísa Susana Grande de Freitas Lomelino, para crianças, realizada em parceria com o ator e dramaturgo Xavier Miguel, com o título VIDAS (DES)CONHECIDAS: LUZIA.

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AI! SE EU FOSSE ZEUS… é a sua mais recente colaboração com Andreia Baptista e conta a história de uma lebre que queria resolver problemas difíceis de forma simples e impensada. Uma fábula para aprender o valor da responsabilidade e a pensar na consequência do que fazemos.

Baseada nos nomes gregos dados por Andreia Baptista às personagens, Teresa Vieira criou uma ilustração inspirada em pinturas da Antiguidade Clássica.

Teresa Vieira é uma das jovens licenciadas pela UMa e têm colaborado com a IMPRENSA ACADÉMICA e a CADMUS na área da ilustração. Em que medida este trabalho é diferente de outros que já fez?

Este trabalho diferencia-se dos anteriores que tenho ilustrado por ser uma história cujos protagonistas são animais, sem existir a presença dos seres humanos.

Ao ser uma história dirigida às crianças, como comummente acontece neste tipo de relatos, os animais falam e têm pensamentos e emoções. No entanto, eu não quis que fossem totalmente humanizados, ou seja, não queria que vestissem roupas, ou que vivessem em casas com telhas e cozinhassem ovos fritos, por exemplo. Portanto, o meu propósito foi manter uma certa coerência com a realidade, mas acrescentando elementos fantásticos para narrar a história.

Numa recente entrevista à ET AL., falou da sua formação em artes visuais, das influências sobre o seu trabalho e da inspiração que procura. O que nos pode dizer sobre o processo criativo tendo em conta os elementos que evocam as fábulas, os mitos e os contos tradicionais em AI! SE EU FOSSE ZEUS…?

Numa primeira fase, realizei uma pesquisa na net e em vários livros, recolhendo dados sobre os animais que apareciam na história (como eram morfologicamente, qual era o seu habitat, como se organizavam, a função de cada um na natureza, etc.), para depois tentar plasmar toda esta pesquisa nas ilustrações.

Embora não se trate dum livro científico, tentei que as personagens e os elementos que lá aparecem fossem muito próximos com a realidade para que as ilustrações tivessem uma certa função didática. Em relação à parte da elaboração das ilustrações, optei para este projeto combinar técnicas manuais com a parte digital. Fiz primeiro os desenhos a lápis e a marcador de todos os elementos que iriam aparecer no livro.

Não me preocupei em desenhar a composição final, pelo contrário, desenhei todos elementos de maneira isolada na folha em branco, a qual passei logo a digitalizar e, posteriormente, no programa Photoshop, fui juntando todos estes elementos, fazendo uma espécie de colagem digital. Este procedimento, muito utilizado pelos ilustradores na atualidade, me permitiu ter liberdade para modificar as dimensões e as cores dos elementos, assim como brincar e variar a composição até me sentir satisfeita com o resultado.

Grandes artistas plásticos, no passado como ainda atualmente, ilustraram fábulas e contos tradicionais. Tem algum de que goste particularmente?

Bem quando era pequena lembro-me de ler na escola um livro sobre as fábulas de Esopo e as ilustrações tentavam também preservar muito o que parecido com a realidade, mas com elementos humanos, mas honestamente não me lembro qual era o ilustrador.

Posso mencionar que sempre gostei do estilo do ilustrador inglês John Tenniel, o ilustrador do livro Alice no País das Maravilhas, e a sua maneira de representar os animais. E recentemente, no processo de pesquisa de este projeto, deparei-me com uma ilustração do desenhista francês Gustave Doré, representando a famosa fábula A Cigarra e a Formiga. Achei muito curioso que ele tenha usado pessoas e não animais como as personagens, o qual foi uma abordagem bastante original ao meu ver.

Esta parceria com a Andreia Baptista e com a CADMUS está para durar? Vêm aí mais ilustrações?

Bom, falou-se por alto a possibilidade de realizar um outro livro que dê seguimento ao livro da LUNA! OUTRA VEZ NA LUA?!, mas isto está ainda numa fase muito inicial.

Entrevista conduzida por Timóteo Ferreira.
ET AL.
Ilustração de Teresa Vieira.

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