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RISCO trouxe a Arte junto de todas as faculdades

RISCO, como indicado pela organização, "é uma feira dedicada ao desenho e à impressão e outras áreas". Em função do êxito do evento, a organização optou por promover um segundo momento em dezembro, organizado pelos estudantes.
2.ª Feira de Desenho e Impressão, RISCO, que ocorreu em dezembro de 2022.

A 2.ª Feira de Desenho e Impressão, RISCO, contou com uma 1.ª edição em maio de 2022, enquadrada na Semana das Artes e Humanidades. Em dezembro foi feita uma 2.º edição, promovida por alguns estudantes da licenciatura em Artes Visuais.

Teresa Freire, Francisca Mata, Lara de Campos, Joana Santos, Leandro Jesus e Thomaz Moreira, do 2.º ano da licenciatura em Artes Visuais, foram entrevistados sobre o evento e sobre a Arte, na atualidade, em Portugal.

Dois caminhos profissionais, um propósito de vida

Nuno Dias é aluno de 1.º ano do mestrado em Estudos Regionais e Locais na Universidade da Madeira. Com uma licenciatura em Gestão, trabalha atualmente na Autoridade Tributária e Assuntos Fiscais (AT-RAM) da Secretaria Regional das Finanças da Madeira, mais precisamente na aérea dos Impostos Especiais sobre o Consumo. Como

A 2.ª edição da Feira de Desenho e Impressão também foi uma oportunidade para mostrar à comunidade os trabalhos produzidos pelos alunos. Qual a importância dessa interação e da envolvência com o público?

Nesta edição da feira “RISCO” um dos principais objetivos é envolver o público com as artes. É um facto que as pessoas possuem pouco conhecimento das mesmas, daí ser importante este incentivo. Pela nossa parte, trazemos a arte ao público e não o público à arte. Ao mesmo tempo, pretendemos incentivar os nossos colegas a criarem as suas próprias iniciativas e os professores e a universidade a cultivá-las. Para tal, quisemos organizar esta feira, mais livre, feita por alunos para alunos.

Portugal investe pouco em Cultura. O que continua a motivar os alunos a prosseguir os estudos em áreas tão importantes, mas ainda descuidadas pelos governantes, como as Artes?

A cultura permite conhecer novos mundos e novos pensamentos. Acreditamos que um povo culto é um povo consciente. Contudo, também observamos que a cultura não é ainda acessível a toda a gente. Continuamos nesta área porque acreditamos que podemos fazer uma diferença neste parâmetro.

O vídeo, o desenho e as artes performativas integraram a Feira. Qual a importância que esses elementos devem ter na nossa sociedade?

A arte é transformadora, contudo não lhe é dado o devido valor. A arte está presente em tudo o que nos rodeia, isso já nos enriquece enquanto seres humanos mesmo não nos apercebendo disso. Pensemos o caso do vídeo: todos nós assistimos filmes e já fomos cativados por eles. Mudam a nossa visão do mundo, adicionando uma experiência nova. A arte tem que ser tão necessária para a sociedade como qualquer outra coisa.

Como entendem que, na atualidade, as tecnologias podem ser um aliado para as Artes?

Na nossa opinião, a tecnologia pode ser usada como ferramenta para criar algo novo, contudo quando esta deixa de adicionar algo para a criação artística, e se torna um empecilho, acaba por atrapalhar mais do que ajudar.

Entrevista conduzida por Luís Eduardo Nicolau
Com fotografia de Pedro Pessoa.

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