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Religião

Religião: como e porquê?

A religião e o culto do divino existem desde que o ser humano se apercebeu da sua própria existência no mundo e nascem da necessidade de explicar os eventos que sucedem na sua interação com o mesmo e com os outros elementos da própria espécie. Segundo o antropólogo inglês, Edward Tylor, as primeiras civilizações criam no animismo, ou seja, na existência da alma como um elemento que ultrapassa a morte do corpo. Ainda nesta linha de pensamento, o antropólogo R. R. Marrett observou que as culturas indígenas dos continentes africano e americano acreditavam que existia uma força inerente aos seres vivos e à natureza que inspirava temor e reverência ao ser humano. De facto, o conceito de alma está presente em diversas religiões. Em segundo lugar, uma vez que as religiões partilham diversos elementos, é justo deliberar o contacto entre os indivíduos da mesma religião e a interação com pessoas de outra. Anteriormente ao Iluminismo, a fé era transmitida de pais para filhos e explicava o funcionamento do mundo. Questioná-la era um ato censurável e punível. Com efeito, não é por acaso que a Igreja Católica lutou afincadamente para se preservar como a única detentora do conhecimento, dado que assim se manteria como a autoridade incontestável. Por este mesmo motivo, outras religiões não eram aceites, pois apesar de terem similaridades, as suas diferenças eram o suficiente para abalar o modo de vida da sociedade, em especial se atentarmos que o Homem nem sempre separou a fé dos assuntos políticos. Não obstante, o século XXI oferece uma maior liberdade religiosa. Se antes da globalização muitos indivíduos não conseguiam cogitar a existência de uma religião distinta da sua, nos dias que correm as pessoas encontram-se melhor esclarecidas. Segundo o The World Factbook, em 2012, 28% da população mundial era cristã, 22% professava o islamismo, 15% cria no hinduísmo e 12% não possuía religião. Contrariamente ao passado, o avanço da ciência e a promoção da educação fornecem explicações sobre o funcionamento do mundo e até mesmo sobre a mente humana. Assim sendo, o que leva os contemporâneos a professarem uma determinada religião? Tal como no passado, a transmissão dos valores religiosos de pais para filhos continua a ser um grande fator. Por outro lado, existem pessoas que procuram a religião após um acontecimento traumático ou de extrema importância e a fé torna-se um meio de renovação e cura interior. Terceiramente, uma pessoa pode abdicar ou até mesmo mudar de religião. Isto pode dever-se ao facto dos seus valores deixarem de coincidir com os valores da religião que praticam ou por deixarem de acreditar no divino. Noutros casos, uma pessoa muda de religião para poder casar-se com o seu parceiro, como é o caso de Meghan Markle que se converteu à Igreja Anglicana para contrair matrimónio com o príncipe Harry. Adicionalmente, existem aqueles que recusam a religiosidade como forma de protesto contra o uso desta para justificar atitudes que atentam contra o bem-estar do outro. Um bom exemplo disto aconteceu em 2017, no Tribunal da Relação do Porto: um homem agrediu a ex-mulher com uma moca por esta ter encontrado um novo companheiro e o juiz encarregado do processo defende a sua atitude, recorrendo a citações bíblicas que fazem a apologia da submissão da mulher ao homem. Concluindo, a religião confere alento ao Homem, porém é inadmissível o seu uso para ferir o outro ou legitimar atos que contradigam os direitos humanos. Sofia Gomes Aluna da UMa

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A espiritualidade

Perante o stress do trabalho, a falta de dinheiro e por vezes a doença, são cada vez mais as pessoas que procuram um refúgio espiritual na oração e na meditação. A Escola de Yoga do Funchal (EYF) é, além de uma escola, uma comunidade espiritual. A revista JA foi saber mais acerca da espiritualidade através da professora da EYF, Ana Isabel Freitas. JA: A EYF é um projecto feito a pensar em quem? Quais são as suas mais-valias? AIF: A Escola não pode existir sem alunos logo, ao criá-la, tive como objectivo transmitir os meus conhecimentos a outros para que possam desfrutar dos benefícios de “ser-se Yoguin” (praticante de Yoga). Os benefícios são imensos: o Yoga leva o praticante a encontrar-SE, a saber tratar de si e a viver uma vida mais harmoniosa e realizada. JA: O Yoga é muitas vezes associado à actividade física, no entanto vai muito além disso. Em que consiste? AIF: O Yoga é uma filosofia e uma prática de vida, é também uma ciência, pois usamos metodologias e técnicas cientificamente desenvolvidas e com resultados comprovados. A própria ginástica saiu do Yoga. JA: Pode explicar-nos que actividades são realizadas na Escola? AIF: Temos aulas práticas diárias em que se praticam várias técnicas: exercícios respiratórios, posturas psico-físicas, relaxamento, mantras, exercícios de purificação, de visualização e cromoterapia. Além das aulas, temos um calendário mensal que inclui: ritual de purificação pelo fogo (yagna), ritual de purificação pela água (abishekam), círculos de cura pelo OM, aula para Pais & Filhos/Bebés, orações da manhã e da tarde (mantras e bhajans), meditações. Fazemos também 2 retiros por ano e outras atividades no exterior, como Yoga na montanha ou a Saudação ao Sol Nascente. JA: Um tipo de preconceito visível na sociedade é a religião. O Yoga, tendo como componente essencial a espiritualidade, rejeita crenças religiosas diferentes? AIF: O Yoga não é uma religião, é a ciência das religiões: preconiza uma visão espiritual da vida usando uma abordagem prática e científica. O Yoga acolhe qualquer religião que preconize os princípios éticos universais como a não-violência, a verdade. Uma pessoa judia, muçulmana, cristã ou taoista pode praticar Yoga sem nenhuma contradição. JA: Ao longo da sua vida tem viajado pela Índia. Conte-nos a realidade que lá encontrou. AIF: A Índia para mim é ‘casa’, tem uma ‘carga’ espiritual magnífica. Existem diferenças culturais grandes, no entanto, o Yoga preconiza o respeito pelo outro e aceitação da diferença. A pobreza e a falta de recolha de lixo são problemas que um Yoguin reconhece mas que não ofusca o que a Índia tem de mais brilhante. As pessoas são pobres mas não são depressivas como aqui tendem a ser.. quem é mais pobre? É o que pergunto… JA: Uma das implicações desta actividade é aprender a aceitar o que a vida nos traz. Ao longo da sua experiência tem lidado com alunos cujos problemas (doença, morte…) os tenham conduzido até à Escola? AIF: Os alunos vêm para a Escola quando têm problemas que não podem resolver sozinhos, quer tenham maior ou menor consciência disso. Na nossa ‘inconsciência’ sabemos muita coisa! O nosso eu superior sabe o que o ser necessita e aproxima-nos de pessoas, de lugares que estão de acordo com as nossas necessidades e energia. JA: Como é que o Yoga os ajuda a ultrapassá-los? AIF: A pessoa torna-se mais consciente do que se passa consigo e à sua volta. Torna-se mais orientada e positiva, começa a conseguir resolver problemas em vez de acumulá-los, aumenta a capacidade de aceitação. Ter consciência e saber aceitar são grandes máximas do Yoga e condimentos essenciais para ser feliz. Para perceber é preciso experimentar, porque não marcar uma aula experimental gratuita? Fica aqui o convite. Carolina Martins

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À conversa com Isabel Silva

Espiritualidade Dimensão do ser humano A espiritualidade é um conceito complexo e multidimensional. Utilizando a analogia de alguns autores, imaginemos uma bola de futebol: a espiritualidade constitui-se de diferenças dimensões (hexágonos que revestem a bola) todas ligadas umas às outras formando a pessoa (bola). Cada porção de revestimento (cada hexágono) representa um aspecto diferente da espiritualidade que está intimamente ligado e relacionado com os outros biopsicossociais, conferindo a cada um a mesma importância no funcionamento do conjunto. Momentos existem em que a bola esvazia e precisa ser cheia de ar. Também em momentos intempestivos da vida, muitas vezes alheios ao controlo do homem, a pessoa sente-se vazia e necessita alimentar o seu espírito através de meios que lhe devolvam sentido à existência. Esta linguagem metafórica esclarece o carácter complexo da espiritualidade e a sua relação com as outras dimensões do ser humano. A ser assim não pode ser destacada ou entendida de forma isolada. Estamos evidentemente a adoptar a percepção global da pessoa humana, em que as várias dimensões que a constituem influenciam e são influenciadas umas pelas outras pois a espiritualidade recusa qualquer tipo de reducionismo. Utilizamos o termo Pessoa porque este nos remete para o Ser em relação. Enquanto Pessoa, o ser humano concretiza-se relacionando-se com os outros, reconhece as suas circunstâncias, procura o sentido da sua existência e por isso singular, único e complexo. Deste modo, a espiritualidade desenvolve-se em duas dimensões: a horizontal, que se expressa na procura de sentido na existência pessoal em relação com os outros e o exterior; a vertical, que se expressa na procura de uma entidade superior ou fenómenos transcendentes que concedam à existência esse sentido e significado. Nas interrogações que tantas vezes formulamos sobre a existência ou não de uma entidade superior, deixamos em aberto a possibilidade dessa existência pelo simples facto de questionar e meditar sobre o assunto. A espiritualidade como dimensão humana reporta-nos ao transcendente, permitindo compreender quem somos e não somente o que somos. Transcender é procurar entender a existência. Existir é também partilhar desejos e crenças em algo que, como seres singulares possuímos e que, como pessoas humanas, universalmente sentimos. São variadas as formas de viver a espiritualidade neste nosso século. A espiritualidade como procura de sentido na existência transforma–se na força impulsionadora para o alcance da harmonia e felicidade. Está presente no movimento constante de aproximação e inter- relação com os outros pares, nos eventos e rituais que dão sentido à nossa vida. Assim sendo, um momento de crise pode ser a primeira oportunidade de encontrarmo-nos como seres espirituais, a primeira oportunidade de sentir o significado da própria existência. É nas situações intempestivas da vida que a mobilização e expressão da dimensão espiritual é feita de forma mais intensa. Manifesta-se nestes momentos pelas expressões de crenças, valores, atitudes, comportamentos e sentimentos. Quantas vezes a angústia da busca perante tantas incertezas que a razão instrumental científica não “dá conta” de explicar e, mesmo quando explica, não plenifica o ser humano nas suas necessidades profundas de coração e alma! Viktor Frankl, em observações decorrentes da sua experiência em campos de concentração, como prisioneiro, durante a segunda guerra mundial, pode perceber que, mesmo num ambiente em que as pessoas se encontravam em situação ímpar, com ínfimas possibilidades de sobrevivência, conseguiam superar a situação de intensa adversidade. Isso é possível porque o ser humano possui uma capacidade única de conservar a sua liberdade de espírito, área que ele considera de domínio exclusivo de cada um, na qual ninguém pode interferir ou modificar a sua decisão. Considerando que para Frankl a dimensão espiritual envolve a capacidade de decidir, essa dimensão permite-lhe, mesmo havendo apenas um resquício de esperança, buscar sentido no sofrimento, na dor e na morte, que desafiam a inteligência humana desde tempos imemoriais. Assim, “se a vida tem sentido, o sofrimento necessariamente também terá”. Nesta reflexão introduzo a importância de reconhecer que a espiritualidade não está somente relacionada com a teologia e as crenças, mas com o usual e mundano. Pensar a espiritualidade remete-nos, deste modo, para o que fazemos no dia-a-dia e que sequencialmente realiza o filme da nossa vida e lhe dá plenitude de sentido. O ser humano é um ser histórico porque possui a capacidade de contemplar o seu passado e o seu presente, podendo assim influenciar o seu desenvolvimento como pessoa, colaborando para que os aspectos de sua vida estejam ligados à sua história e às estruturas sociais. Isto revela-o como um ser multidimensional, bio-psico-sócio-político e espiritual. Embora o enfoque desta reflexão seja a dimensão espiritual, torna-se oportuno trazer uma breve distinção entre os conceitos de espiritualidade, religiosidade e misticismo, que com frequência percebemos haver dificuldade na sua compreensão. A espiritualidade, como vimos, juntamente com a liberdade e a responsabilidade são elementos essenciais na existência humana de onde transcende o logos. A palavra religião, no seu sentido originário, significa ligar e re-ligar tudo com todos, ou seja, a sua prática possibilita a contínua ligação com Deus. A religião molda e codifica a experiência com Deus. Neste sentido a religiosidade é expressão da religião que pode ser demonstrada por meio de dogmas, rituais e a institucionalização do poder religioso. Em relação ao misticismo, é um estado que permite ter acesso directo a Deus pela experiência. A compreensão do significado destes termos: espiritualidade, religiosidade e misticismo, pode colaborar para que se perceba e distinga as diferentes formas de expressões da dimensão espiritual. Assim estaremos mais abertos e mais permeáveis às mais diversas experiências que o ser humano tem ao expressar a sua espiritualidade. Percebemos que as questões que envolvem a dimensão espiritual nem sempre são evidenciadas, avaliadas e questionadas suficientemente, pois a actualidade está mais voltada para a relação do ter do que a relação do ser e, dessa forma, os valores, credos e significados que são inerentes à natureza humana passam despercebidos para muitos. Lentamente, perdeu-se a visão do ser humano como ser de relações ilimitadas, ser de criatividade, de ternura, de cuidado, de espiritualidade, portador de um projecto infinito. Cada vez mais centrados

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Livre em Cristo

Ser livre em Cristo é uma expressão que pode significar muitas coisas sobre as pessoas, como a atitude, o convívio, o respeito, a responsabilidade e a maturidade para com a religião cristã. Quando se é livre em Cristo agimos em relação a tais princípios da nossa religião, assistimos e participamos na eucaristia, frequentamos a catequese, confessamo-nos e colaboramos com a comunidade paroquial em diversas actividades, somos responsáveis, sabemos respeitar (não temos preconceitos em relação à nossa religião e não a escondemos de ninguém por medo ou sentimento de exclusão face a um grupo de amigos) e, acima de tudo, somos livres, na medida em que sentimo-nos bem com os nossos actos e crenças e não temos medo de assumir o que somos nem o que fazemos. Muitos dizem que ser livre em Cristo é um estado, um momento, mas para mim é uma maneira de viver. É uma maneira de amarmos, de sermos amados, de correr riscos, de vencer batalhas, de superar abismos que, nesse momento, mais nos parecem problemas e não desafios. É poder gritar sobre o céu azul sem esperar receber resposta, recebendo olhares reprovadores dos outros como se de loucura se tratasse mas sabendo que, no outro lado, Ele ouve-nos, por mais distantes que estivermos. É podermos ser nós próprios, sem olhares reprovadores, palavras dolorosas, gestos vergonhosos, sabendo que, por mais diferentes que sejamos, teremos sempre um abrigo com Ele, recebendo-nos com um abraço, com um beijo, com carinho. É poder acreditar no futuro onde a paz é infinita, onde a esperança não morre e vive em forma de brisa que refresca-nos eternamente e onde o sorriso é o mais precioso tesouro. Muitas vezes, e através da forma como vivemos e daquilo que dizemos, demonstramos que ainda estamos presos ao pecado e não nos conseguimos libertar. Construímos as nossas próprias prisões, as celas onde seremos eternos prisioneiros, afastando-nos da presença de Cristo. E enquanto não deixamos que o amor de Deus opere nas nossas vidas construímos, tijolo a tijolo, as celas de mágoa e de ressentimento sem desfrutar do calor e do sol que a alegria e a graça do amor de Deus nos oferecem, libertando-nos para que sejamos livres em Cristo. A liberdade vem, e deve vir sempre, acompanhada por responsabilidade, assumindo várias formas. Não precisamos ignorar os conselhos de quem já passou pelo mesmo que nós passamos hoje, ensinamentos que nós, jovens, quase sempre ignoramos ou menosprezamos. Não podemos esquecer a responsabilidade que temos para connosco próprios e para com quem nos é especial. Por isso é importante ser livre em Cristo, pois sê-lo, para mim, é ACREDITAR: acreditar que teremos ajuda, acreditar que tomaremos a decisão mais acertada, mas sobretudo, acreditar em NÓS! Ana Carolina André Sérgio Sara Alves Vera Gonçalves Texto produzido no âmbito de um projecto do 9.º Volume da Catequese da Paróquia de Sta. Maria Maior

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Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé!

Foi com este o lema que o Papa Bento XVI nos lançou o desafio de nos “fazermos ao largo”. A grande aventura foi as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), que tiveram lugar entre os dias 10 a 21 de Agosto, em Madrid. O DPES, nomeadamente alguns dos elementos do coro Universitário da Madeira, pôde estar presente neste que é o evento que junta de 2 em 2 anos, o maior número de jovens em todo o mundo. Foi o Beato João Paulo II que instituiu as Jornadas e é hoje um dos seus patronos. Juntamo-nos aos restantes Jovens da Diocese, para viver esta experiência que nos tocou e transformou a todos. Partimos rumo a uma aventura que era nova para todos nós. Tivemos a experiência de viver as pré–Jornadas em Segóvia, onde divididos por diversas comunidades fomos acolhidos pelas pessoas locais de uma maneira incrível. Parecia que há muito nos esperavam. Até as portas das suas casas nos abriram. Foi ali que fizemos esta nossa preparação para a grande Jornada de Madrid, com diversas actividades muito enriquecedoras, entre elas uma vigília a Maria lindíssima. Depois chegaram as verdadeiras jornadas… Pelas ruas de Madrid a palavras eram apenas duas: BENTO XVI! Jovens dos 5 continentes… europeus, americanos, africanos, chineses… juntos pela mesma causa. Incrível como “Aquele” que morreu por nós na cruz, há dois mil anos, ainda hoje move milhares e milhares de Jovens… O que nos faz realmente pensar…que ou estamos “maluquinhos” por nos juntarmos ali todos, ou ELE vive mesmo Hoje, em cada um de nós e dá sentido às nossas vidas. O primeiro contacto com o Santo Padre, aquando da sua chegada a Madrid, embora ainda a alguns metros, foi um momento emocionante para todos nós, e que certo não nos sairá da memória. Sentir tanta gente a gritar a uma só voz “Benedito” foi arrepiante, e quando passou por nós, a verdade é que fez a diferença. Algo marcou mesmo, aquele olhar sereno e tão apaziguador. E então nas suas palavras, quando falou e nos deu as boas-vindas em português, foi a alegria total. Tivemos também, no Madrid Arena, o encontro com todos os jovens portugueses presentes nestas jornadas e muitos dos Bispos portugueses, que foi sem dúvida fantástico. Sentimo-nos quase que em casa, tanta era a alegria e fé que se viveu, ali todos juntos, em língua portuguesa. A grande vigília foi sem dúvida o momento alto destas Jornadas, no aeródromo de 4 vientos, em que, debaixo de uma forte chuva e vento, os quase 2 milhões de peregrinos não arredaram pé do local, isto tudo movidos pela fé e vontade de assistir e participar na vigília. Até o Santo Padre não conseguiu ficar indiferente a tamanha prova de fé e sacrifício. Até que chegou a hora da despedida… a Eucaristia de Envio em que fomos convidados pelo Papa a voltarmos às nossas casas, aos nossos países e a levarmos esta alegria e Boa Nova a todos os que connosco convivem e vivem diariamente. Quem sabe não nos possamos encontrar, já em 2013, nas JMJ do Rio de Janeiro. Voltámos todos a casa com uma certeza… estas JMJ não terminaram ali, muito pelo contrário… acabaram de começar! A Jornada continua hoje e sempre, nas nossas casas, na nossa comunidade, aqui na UMa. Já diria o poeta… “Pelo sonho é que vamos, comovidos e mudos. Chegamos? Não chegamos? Haja ou não haja frutos, pelo sonho é que vamos. Basta a fé no que temos, basta a esperança naquilo Que talvez não teremos. Basta que a alma demos, Com a mesma alegria ao que desconhecemos E ao que é do dia-a-dia. Chegamos? Não chegamos? E partimos. Vamos. Somos.” Sebastião da Gama João Francisco (Kiko) Membro do Coro Universitário da Madeira

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OS NOSSOS PARCEIROS